Martim Berto Fuchs
Collor, eleito Presidente com o
slogan de “caçador de marajás”, não se agüentou por muito tempo na presidência
Bastou
uma Fiat Elba, uma reforma na Casa da Dinda e um empréstimo, que tinha por
finalidade esquentar sobra de campanha, para que os marajás do funcionalismo
público derrubassem um Presidente legalmente eleito.
1.Collor
estava demitindo funcionários públicos ociosos. Já os tinha, ociosos, em 1992, principalmente
depois de 1986 e mais ainda depois de 2003. Não só em quantidade, mas também em
regalias e seus custos derivados.
2.Somos
um país com uma legislação intencionalmente complexa e claramente contrária ao desenvolvimento da
iniciativa privada. Da iniciativa privada, só se dá bem, como comprovado, quem
se associa ao Estado por baixo dos panos. Essa legislação o então Presidente
Collor começou gradativamente a tornar sem efeito. Quando foi derrubado pelos
anões do Congresso, já tinha eliminado mais de 1.000 dessas Leis terceiro
mundista.
O
resultado todos conhecem. Foi saído
da presidência na metade do mandato.
De lá
para cá, 1992, nenhum Presidente teve coragem de enfrentar os que
verdadeiramente mandam neste país: o funcionalismo público e sua burocracia irresponsável.
Agora, com o país já quebrado e sem perspectivas de sair da crise, o Presidente
Temer, juntamente com seus colaboradores, resolveu finalmente enfrentar as
causas que vem levando as empresas nacionais serem vendidas a preço de banana
para investidores estrangeiros: o custo da máquina pública e a legislação
trabalhista.
Foi o
que bastou. Na semana em que deveriam votar estas reformas - previdência e
trabalho-, soltaram a bomba especialmente dirigida a ele e seu trabalho.
Imediatamente, apenas por “coincidência”, os sindicatos dos empregados públicos
sem trabalho, sempre de camisas vermelhas, começaram a festejar o fim das
reformas.
Não
estou aqui querendo debater a honestidade dos nossos homens públicos, menos
ainda a de boa parte dos atuais ministros, que como os anteriores, sabidamente,
deixam muito a desejar.
Estou
aqui afirmando em alto e bom som,
que a causa primeira de a economia
brasileira não se firmar e com isto enterrar as empresas nacionais que tem a
coragem, ou a insensatez de investir, é o custo do setor público e uma
legislação trabalhista canhestra.
Cada vez
que se toca neste assunto, lá estão os sindicatos pelegos do funcionalismo
fazendo greve e partindo para o quebra-quebra. Não admitem nem sequer debater o
tema.
Tenho
comigo e é fácil de comprovar, e isto venho afirmando há muitos anos, que dos atuais 11 milhões de pessoas encostadas nas
folhas de pagamento do setor público, em todas esferas, a metade está sobrando.
Isto significa, por baixo, um gasto apenas com salários, de 264 bilhões de reais todos os anos, sem contar as
despesas gerada com eles.
Se os
marajás do funcionalismo público, acumpliciados, que estão tentando derrubar o
Presidente Temer conseguirem seu intento, as reformas devem morrer novamente na
casca. Se alguns poucos abnegados que transitam no Congresso Nacional tentarem
prosseguir, muito provavelmente enfrentarão risco físico perante os
irresponsáveis bolivarianos.
No
entanto, esta moeda tem dois lados. Está mais do que na hora dos empresários não conformes com os donos das
Associações Comercial Industrial, das Federações e das Confederações patronais,
enfrentarem as estruturas quase centenárias destas corporações e, se quiserem
sobreviver em suas empresas e suas famílias, mudarem os rumos do país. Os que
tem cadeira cativa nos sindicatos patronais também vivem, e vivem bem,
encostados nos políticos e nas tetas do
Estado; assim como seus pseudo adversários, as corporações laborais.
Só tem
duas forças que podem interromper nossa caminhada rumo ao endividamento fatal e
por tabela ao abismo:
1.As
FFAA.
2.A
união dos empresários não cooptados pelas corporações patronais e que estão falindo
um após o outro. Não sei se desta vez sobra alguém.
Se for
através das FFAA, será mantido, como de hábito, 1930 e 1964, o capitalismo de
estado, excessivo e desnecessariamente forte.
Se for
através da união dos empresários livres de amarras com os tentáculos do Estado,
nos tornaremos em poucos anos, econômica e socialmente, um dos primeiros países
do mundo.
Temos
tudo para isto, mas precisamos enfrentar nossa Monarquia Republicana, onde o
Rei é escolhido não mais pela dinastia, mas entre os cortesãos da Corte,
composta esta pela burocracia encastelada desde 1808, pelos empresários que
quando suas empresas vão a falência ficam mais ricos ainda, e os últimos integrantes,
os sindicalistas lulistas, fidelistas e bolivarianos.
Chega de
sustentar esta turma de mamadores.
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