domingo, 21 de maio de 2017

Armação que derrubou Collor está sendo aplicada em Temer

Martim Berto Fuchs

Collor, eleito Presidente com o slogan de “caçador de marajás”, não se agüentou por muito tempo na presidência

Bastou uma Fiat Elba, uma reforma na Casa da Dinda e um empréstimo, que tinha por finalidade esquentar sobra de campanha, para que os marajás do funcionalismo público derrubassem um Presidente legalmente eleito.

1.Collor estava demitindo funcionários públicos ociosos. Já os tinha, ociosos, em 1992, principalmente depois de 1986 e mais ainda depois de 2003. Não só em quantidade, mas também em regalias e seus custos derivados.
2.Somos um país com uma legislação intencionalmente complexa e  claramente contrária ao desenvolvimento da iniciativa privada. Da iniciativa privada, só se dá bem, como comprovado, quem se associa ao Estado por baixo dos panos. Essa legislação o então Presidente Collor começou gradativamente a tornar sem efeito. Quando foi derrubado pelos anões do Congresso, já tinha eliminado mais de 1.000 dessas Leis terceiro mundista.
O resultado todos conhecem. Foi saído da presidência na metade do mandato.

De lá para cá, 1992, nenhum Presidente teve coragem de enfrentar os que verdadeiramente mandam neste país: o funcionalismo público e sua burocracia irresponsável. Agora, com o país já quebrado e sem perspectivas de sair da crise, o Presidente Temer, juntamente com seus colaboradores, resolveu finalmente enfrentar as causas que vem levando as empresas nacionais serem vendidas a preço de banana para investidores estrangeiros: o custo da máquina pública e a legislação trabalhista.

Foi o que bastou. Na semana em que deveriam votar estas reformas - previdência e trabalho-, soltaram a bomba especialmente dirigida a ele e seu trabalho. Imediatamente, apenas por “coincidência”, os sindicatos dos empregados públicos sem trabalho, sempre de camisas vermelhas, começaram a festejar o fim das reformas.

Não estou aqui querendo debater a honestidade dos nossos homens públicos, menos ainda a de boa parte dos atuais ministros, que como os anteriores, sabidamente, deixam muito a desejar.

Estou aqui afirmando em alto e bom som, que a causa primeira de a economia brasileira não se firmar e com isto enterrar as empresas nacionais que tem a coragem, ou a insensatez de investir, é o custo do setor público e uma legislação trabalhista canhestra.

Cada vez que se toca neste assunto, lá estão os sindicatos pelegos do funcionalismo fazendo greve e partindo para o quebra-quebra. Não admitem nem sequer debater o tema.

Tenho comigo e é fácil de comprovar, e isto venho afirmando há muitos anos, que dos atuais 11 milhões de pessoas encostadas nas folhas de pagamento do setor público, em todas esferas, a metade está sobrando. Isto significa, por baixo, um gasto apenas com salários, de 264 bilhões de reais todos os anos, sem contar as despesas gerada com eles.

Se os marajás do funcionalismo público, acumpliciados, que estão tentando derrubar o Presidente Temer conseguirem seu intento, as reformas devem morrer novamente na casca. Se alguns poucos abnegados que transitam no Congresso Nacional tentarem prosseguir, muito provavelmente enfrentarão risco físico perante os irresponsáveis bolivarianos.

No entanto, esta moeda tem dois lados. Está mais do que na hora dos empresários não conformes com os donos das Associações Comercial Industrial, das Federações e das Confederações patronais, enfrentarem as estruturas quase centenárias destas corporações e, se quiserem sobreviver em suas empresas e suas famílias, mudarem os rumos do país. Os que tem cadeira cativa nos sindicatos patronais também vivem, e vivem bem, encostados nos políticos e nas tetas do  Estado; assim como seus pseudo adversários, as corporações laborais.

Só tem duas forças que podem interromper nossa caminhada rumo ao endividamento fatal e por tabela ao abismo:
1.As FFAA.
2.A união dos empresários não cooptados pelas corporações patronais e que estão falindo um após o outro. Não sei se desta vez sobra alguém.

Se for através das FFAA, será mantido, como de hábito, 1930 e 1964, o capitalismo de estado, excessivo e desnecessariamente forte.

Se for através da união dos empresários livres de amarras com os tentáculos do Estado, nos tornaremos em poucos anos, econômica e socialmente, um dos primeiros países do mundo.

Temos tudo para isto, mas precisamos enfrentar nossa Monarquia Republicana, onde o Rei é escolhido não mais pela dinastia, mas entre os cortesãos da Corte, composta esta pela burocracia encastelada desde 1808, pelos empresários que quando suas empresas vão a falência ficam mais ricos ainda, e os últimos integrantes, os sindicalistas lulistas, fidelistas e bolivarianos.

Chega de sustentar esta turma de mamadores.

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