domingo, 28 de setembro de 2014

Manifesto à Nação Brasileira (Generais x Comissão da Verdade)

por 27 Generais de Exército


Nós, Generais-de-Exército, antigos integrantes do Alto Comando do Exército e antigos Comandantes de Grandes Unidades situadas em todo o território nacional, abominamos peremptoriamente a recente declaração do Sr. Ministro da Defesa à Comissão Nacional da Verdade de que as Forças Armadas aprovaram e praticaram atos que violaram direitos humanos no período militar. Nós, que vivemos integralmente este período, jamais aprovamos qualquer ofensa à dignidade humana, bem como quaisquer casos pontuais que, eventualmente surgiram. Vivíamos uma época de conflitos fratricidas, na qual erros foram cometidos pelos dois lados. Os embates não foram iniciados por nós, pois não os desejávamos. E, não devemos nos esquecer do atentado no aeroporto de Guararapes.

A credibilidade dessa comissão vai gradativamente se esgotando pelos inúmeros casos que não consegue solucionar, tornando-se não somente um verdadeiro órgão depreciativo das Forças Armadas, em particular do Exército, como um portal aberto para milhares de indenizações e "bolsas ditadura", que continuarão a ser pagas pelo erário público, ou seja, pelo povo brasileiro. Falsidades, meias verdades, ações coercitivas e pressões de toda ordem são observadas a miúdo, e agora, demodo surpreendente, acusam as Forças Armadas de não colaborarem nas investigações que, em sua maioria, surgem de testemunhas inidôneas e de alguns grupos, cuja ideologia é declaradamente contrária aos princípios que norteiam as nossas instituições militares.

A Lei da Anistia - ratificada em decisão do Supremo Tribunal Federal e em plena vigência - tem, desde a sua promulgação, amparado os dois lados conflitantes. A Comissão Nacional da Verdade, entretanto, insiste em não considerar esse amparo legal. O lado dos defensores do Estado brasileiro foi totalmente apagado. Só existem criminosos e torturadores. Por outro lado, a comissão criou uma grei constituída de guerrilheiros, assaltantes, sequestradores e assassinos, como se fossem heroicos defensores de uma "democracia" que, comprovadamente, não constava dos ideais da luta armada, e que, até o presente, eles mesmos não conseguiram bem definir. Seria uma democracia cubana, albanesa ou maoísta? Ou, talvez, uma mais moderna como as bolivarianas?

Sempre que pode a Comissão Nacional da Verdade açula as Forças Armadas, exigindo que elas peçam desculpas. Assim, militares inativos, por poderem se pronunciar a respeito de questões políticas, têm justos motivos para replicarem com denodada firmeza, e um deles é para que não vigore o famoso aforismo "Quem cala consente!". Hoje, muitos "verdadeiros democratas" atuam em vários níveis de governo, e colocam-se como arautos de um regime que, paulatinamente, vai ferindo Princípios Fundamentais de nossa Constituição. O que nós, militares fizemos foi defender o Estado brasileiro de organizações que desejavam implantar regimes espúrios em nosso país. Temos orgulho do passado e do presente de nossas Forças Armadas. Se houver pedido de desculpas será por parte do ministro.

Do Exército de Caxias não virão! Nós sempre externaremos a nossa convicção de que salvamos o Brasil!

GENERAIS-DE-EXÉRCITO SIGNATÁRIOS

Leônidas Pires Gonçalves; Zenildo de Lucena; Rubens Bayma Denys, José Enaldo Rodrigues de Siqueira; José Luiz Lopes da Silva; Valdésio Guilherme de Figueiredo; Raymundo Nonato Cerqueira Filho; Pedro Luis de Araújo Braga; Antônio de Araújo Medeiros; Frederico Faria Sodré de Castro; Luiz Gonzaga Schoroeder Lessa; Gilberto Barbosa de Figueiredo; Rômulo Bini Pereira; Claudio Barbosa de Figueiredo; Domingos Carlos de Campos Curado; Ivan de Mendonça Bastos; Paulo Cesar de Castro; Luiz Edmundo Maia de Carvalho; Luiz Cesário da Silveira Filho; Carlos Alberto Pinto e Silva; José Benedito de Barros Moreira; Maynard Marques Santa Rosa; Rui Alves Catão; Augusto Heleno Ribeiro Pereira; Rui Monarca da Silveira; Américo Salvador de oliveira; e Gilberto Barbosa Arantes.

Documento no Alerta Total – www.alertatotal.net

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

País tem 3,5 milhões de empresas inadimplentes

Resultado equivale à metade das empresas em operação, diz a Serasa.
91% das devedoras são pequenas e médias; vendas baixas e custos altos são as principais causas para os atrasos

por TONI SCIARRETTA

Mais de 3,5 milhões de empresas estavam em julho com algum tipo de dívida em atraso no país, resultado da queda das vendas e do aumento de custos com fornecedores, funcionários e bancos.

É o maior volume de inadimplentes já registrado no setor produtivo, segundo a Serasa, dona do maior banco de dados de crédito do país.
O número equivale à metade dos 7 milhões de empresas "operacionais" no país, segundo os critérios da Serasa. Para a empresa de crédito, é operacional a companhia que pesquisou a situação cadastral de um cliente ou teve o seu CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) consultado no último ano.

A Receita Federal, que emite o CNPJ, contabiliza cerca de 14 milhões de cadastros ativos, incluindo companhias não-operacionais (holdings, fundos, empresa de participação etc.), além de firmas que faliram, mas não deram baixa no cadastro de contribuinte. Mesmo contando os CNPJs emitidos, os inadimplentes somam 25%.

São empresas que, pelos mais diversos motivos, estão com débito em atraso no banco, deram cheque sem fundo, tiveram títulos protestados, enfrentam ações judiciais porque não pagaram fornecedores ou funcionários, tiveram (ou terão) a luz e o telefone cortados ou entraram em recuperação judicial --processo em que pede prazo para negociar com credores.

Portanto, têm dificuldades para tomar dinheiro emprestado e comprar a prazo.
Os números da Serasa não incluem os débitos na Receita Federal, no INSS e nos Fiscos estaduais e municipais, com exceção daqueles em fase de execução ou inscritos na dívida ativa.

Do total de inadimplentes, 91% são empresas de pequeno e médio portes --com faturamento de até R$ 50 milhões por ano--, tidas como as mais vulneráveis às flutuações das vendas e do crescimento da economia. São ainda as empresas que mais empregam no país --respondem por 52% dos empregos formais, segundo o Sebrae.

Um terço dessas companhias está no Estado de São Paulo, que concentra o maior número de pequenas empresas. Os setores mais afetados são comércio (47%), serviços (42,6%) e indústria (9,1%).

Para Luiz Rabi, economista da Serasa, o número de empresas inadimplentes mostra o microcosmo da recessão técnica do país, após dois trimestres de contração no PIB.
"A empresa fica inadimplente porque não tem caixa para pagar as contas, pois não vendeu como esperava. Ao mesmo tempo, aumentou o custo de materiais, aluguel, salários e os juros do banco."

RECORDES
Foi a primeira vez que a Serasa fez o levantamento pelo número de CNPJ com pendências. Até então, pesquisava o número de dívidas em atraso. Como o dado batia recorde após recorde (subiu 11,4% em julho, na comparação com julho de 2013), decidiu ver o número de empresas.

Para comparar com os anos anteriores, retroagiu ao máximo em seu próprio banco de dados. Descobriu que os 3,578 milhões de inadimplentes de julho deste ano são 8,9% a mais do que os 3,286 milhões de julho de 2013.
"Sabemos que o índice de mortalidade das empresas pequenas é alto. Mas não se trata de um crescimento vegetativo dessa mortalidade. Houve aceleração, o que indica uma piora considerável na economia", disse Rabi.

Para Joseph Couri, presidente do Sindicato das Micro e Pequenas Indústrias de São Paulo, os dados não surpreendem: "É o dia a dia da maioria das pequenas indústrias brasileiras neste ano".

Transcrito da Folha de São Paulo - 15-09-2014.



quarta-feira, 24 de setembro de 2014

As normas que punem as indústrias

por Moacir Pereira

Durante o discurso proferido na abertura da Semana da Indústria, o presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico (SIMMMEB), Hans Bethe, criticou duramente a chamada NR-12, uma norma considerada rigorosa pelo setor produtivo, que vem penalizando várias empresas catarinenses.

A norma foi baixada pelo Ministério do Trabalho há anos. Em 2010 sofreu alterações, ampliando de forma elástica e subjetiva as regras de proteção dos trabalhadores. O número de itens pulou de 40 para 300 e muitos deles são muito mais rígidos do que aqueles aplicados em países desenvolvidos da Europa e da América do Norte.

Como denunciou o industrial Hans Bethe: “Uma norma que nos obriga a reformar máquinas zero quilômetro, mas que servem para qualquer cultura muito mais avançada do que a nossa. Uma norma impedindo que as máquinas produzidas aqui para o mercado externo não possam ser usadas aqui”.

Na reunião mensal do Sistema Fiesc, o consultor jurídico Carlos Kurtz fez um relato sobre a revisão das NR-12, falou das dificuldades de um acordo na revisão e sugeriu ações judiciais pelos sindicatos cujas empresas estejam sendo punidas.

Há casos de indústrias que foram até lacradas por fiscais que dão interpretação subjetiva às normas federais.

O Sistema FIESC enfatizou a importância de medidas para proteção do trabalhador, mas contesta o rigorismo e a subjetividade da NR-12.

Um dos absurdos: tornos que o SENAI usa em SC e que sofrem restrições, são usados pela BMW.


Moacir Pereira
moacir.pereira@gruporbs.com.br
Transcrito do Diário Catarinense de 20-09-2014.


Comentário do blog:

Volto ao assunto.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Atores medíocres da justiça travam a arbitragem


(...) “Na verdade, setores progressistas do direito, defendem a utilização de mecanismos extrajudiciais de resolução de conflitos, a exemplo da arbitragem (Lei 9.307/04) como forma de solucionar demanda trabalhista”.
 
por Roberto Monteiro Pinho
 
Ao contrário do que seus integrantes, os comprometidos com o sistema estatal do judiciário trabalhista sustentam, de que a JT é por excelência uma justiça social, mas, numa análise superficial se pode constatar que o ideal do trabalhismo ficou no meio do caminho, dando lugar à retórica jurídica, as invencionices das decisões das Varas Trabalhistas e dos Tribunais. De fato os legisladores e os inspiradores, que construíram a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), não avaliaram que seu texto, seria canibalizado.
 
Hoje é um deturpado conjunto de artigos e normas, para servir uma nova ordem, porém vetusta e medíocre, orquestrada por magistrados laboristas, que usurpam de um múnus público, violando a fronteira da razoabilidade, para então atuar como verdadeiros justiceiros jurídicos. O código trabalhista com seus 922 artigos é único tanto para a grande empresa, microempresa, e os empregadores individuais. Embora esteja em diferentes universos, exigem tratamentos diferenciados no âmbito da justiça, isso se justifica porque a lei especial para a microempresa, que poderia ser adotada subsidiariamente pelo juiz do trabalho, é completamente ignorada.
 
Na verdade, setores progressistas do direito, defendem a utilização de mecanismos extrajudiciais de resolução de conflitos, a exemplo da arbitragem (Lei 9.307/04) como forma de solucionar demandas trabalhistas. Quando se trata de uma ação trabalhista, é preciso estará atento a dois pontos essenciais para que no processo não ocorra à violação do direito, princípios e o contraditório, infelizmente esse último é letra morta no âmbito da justiça do trabalho. Calamandrei ensina em um dos seus trabalhos que (...) “Sólon, no dizer de Aristóteles, redigiu as suas leis propositalmente obscuras, a fim de darem lugar, a muitas controvérsias, permitindo dessa forma ao estado o meio de aumentar, pelo julgamento, a sua autoridade sobre os cidadãos”, é exatamente, data máxima vênia, o que o julgador da especializada utiliza no trato da relação capital/trabalho, ao violar o direito do empregador.
 
O fato é que a justiça trabalhista ganhou densidade, inflou se tornando um iceberg, com 80% dos processos mergulhados em sua profundeza da leniência e soberba. O micro e pequeno empregador é o que mais sofre agruras na JT, isso porque não dispõe de uma advocacia de ponta, a exemplo dos grandes empregadores, por isso vem colhendo os frutos podres da relação laboral, geradas pelas anomalias econômicas, alta taxas de juros, agregado a sobrecarga fiscal e as constantes mutações do capital internacional, que influenciam e promovem p caos nas empresas. Na verdade a lei trabalhista foi elaborada numa época em que o trabalhador era totalmente desprotegido, e sequer existia a Justiça do Trabalho, muitas de seus artigos foram se dissipando ao longo do tempo, ao passo que a voracidade do Estado aperfeiçoou seus mecanismos.
 
Veio a EC 45/04, que ampliou a competência da JT, que vem extraindo compulsoriamente da força laboral tributos que deveriam ir direto para o bolso do trabalhador, entre os quais a FGTS, multas trabalhistas e outras taxas públicas. Subtrair por exemplo o imposto sindical para que sindicatos virtuais, fantasmas, autênticos feudos familiares se apoderem da arrecadação, em proveito próprio, é um ultraje que a lei, não consegue coibir e sequer alcançar, tamanha a blindagem neste segmento. O fato é que a CLT é desguarnecida quanto ao titulo trabalhista, e por isso é subsidiado por outros códigos e leis. Um dos exemplos é quando é dirigida ao executado, e não é aplicado o menos gravoso (art. 620 do CPC), que limita o valor em até 30% do saldo da reclamada.
 
O juiz vetusto, agindo como justiceiro, decide bloquear 100% da conta, inviabilizando o funcionamento do negócio, colocando em risco a estabilidade de trabalhadores que precisam receber seus salários, tanto alimento quanto ao produto da demanda que ensejou a execução. Convém lembrar que está em curso o PL 1987/07, de autoria do deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), que reúne em único texto o teor de toda a legislação material trabalhista brasileira, num total de 206 leis referentes à CLT, e revoga 195 dessas leis, e neste texto é que podem ser incluídas as questões de fundo de punição (já aprovada no novo CPC) aos magistrados trabalhistas que causarem prejuízo as partes.
 
È necessário que o estado esteja presente na defesa do lar, o direito de preservação do patrimônio familiar, aquele, a exemplo da lei 8.009/90 que protege a bem de família, comumente vilipendiado na especializada, que a meu ver, uma vez violado, o juiz deve ser punido. Por outro é comum às avaliações realizadas por serventuários desqualificados que avalia bens fora da realidade de mercado, o que propicia ao arrematante o enriquecimento sem causa. Existe uma corrente de juristas que defende a extinção, não da justiça trabalhista, mas da CLT, migrando seus artigos consolidados de proteção real ao trabalho para o Código de Processo Civil (CPC), onde o jurisdicionado laboral garimpa subsídios para aplicar na lide, quando existir omissão no texto celetista.

Transcrito:
http://justicadotrabalho.blogspot.com.br/


domingo, 21 de setembro de 2014

Psicologia e mediunidade: reflexões

por Vera Merli Bim

O fenômeno mediúnico se processa por via do inconsciente humano que se localiza no perispírito. Portanto, é um fenômeno espiritual e psicológico. Ao desprezar as influências espirituais do ser humano, a psicologia deixa de compreendê-lo integralmente, assim como para entendermos a comunicação mediúnica, se faz necessário o conhecimento de sua psique.

A psicoterapia só será completamente eficaz, se considerar as influências espirituais do ser; se assim não o fizer, a psicologia será apenas uma ciência de estudo do comportamento, a “comportamentologia”.

Como já foi dito, o fenômeno mediúnico ocorre por intermédio do inconsciente, interferindo no estado psíquico e emocional do ser encarnado. Não se trata de uma qualidade ou defeito adquirido em práticas transcedentais ou místicas, e sim de um fenômeno decorrente do desenvolvimento da consciência durante a evolução da espécie.

A mediunidade não é apenas uma faculdade inerente aos espíritas; é um fenômeno do inconsciente perispiritual, cuja estruturação se deu nos primórdios da evolução anímica, quando da passagem do animal ao humano.

Durante o aperfeiçoamento do espírito, o Homem recebeu uma dimensão energética acima da vibração do corpo físico que supera as que ocorrem no corpo físico e nos centros cerebrais, o que permite a comunicação entre os seres. A faculdade mediúnica existe devido a evolução do aparelho cerebral.

O contato do Espírito com a matéria, e  o conhecimento colabora com a constituição do perispírito,  incluindo a absorção das Leis Divinas.  A psique humana é muito complexa, fazendo com que  o  terapeuta utilize-se de hipóteses para seu estudo, que embora possam explicar a mente humana, são sempre incompletas, parciais.

Admite-se,  através da Física Quântica, que a estrutura cerebral gera um campo tetra-dimensional no qual ocorrem os fenômenos psíquicos, onde encontramos a mente  e seus processos. Entretanto esta hipótese não é considerada ainda por muitos estudiosos, assim como a do perispírito como sede da psique humana.

São inúmeros os tratamentos de transtornos mentais sem sucesso, devido a não consideração da mediunidade.  Não se faz necessário transformar esses doentes em espíritas, impondo-lhes uma crença para obtenção da cura, mas sim em considerar que os processos psíquicos estruturam-se em uma ou várias existências do Espírito; que ao incorporara os fenômenos espirituais a eles, se permitirá uma percepção maior sobre a personalidade do paciente, contribuindo para uma cura mais rápida e eficaz.

O pensamento não é sensorial; ele é a somatória das experiências acumuladas ao longo dos séculos durante diversas encarnações e desencarnações, assim como das interferências espirituais através da mediunidade.

Alguns questionamentos com o paciente, assim como com seus familiares, somados aos sintomas que apresenta e a interpretação  que o mesmo dá a esses sintomas,  revelam aspectos importantes sobre a natureza  espiritual de seus problemas. Muitos sintomas das psicoses e de transtornos psíquicos são acentuados pela mediunidade desconhecida ou não educada.

“Invasão psíquica”
O pensamento de um desencarnado, ao penetrar na mente de um encarnado, pode provocar uma série de transtornos tanto mais sérios quanto for a ligação entre ambos. Se tal relação tiver ocorrido em vidas passadas, o desencarnado poderá provocar alterações no estado psíquico e emocional do encarnado, que quanto mais consciente de sua  responsabilidade como médium, menos perturbação sofrerá.

Essa “invasão” psíquica quando não percebida, provoca perturbações que podem evoluir para uma psicopatologia, seja qual for a relação entre encarnado e desencarnado, ocorrida em vidas passadas, ou presentes e até entre desconhecidos atraídos pela conformidade de comportamento e da moral.

A mediunidade deve ser utilizada como instrumento para o crescimento pessoal, importante para a evolução e a felicidade do indivíduo. Não deve ser aplicada apenas na prática espírita, mas também nas relações humanas do dia a dia. Assim, ela será realmente integrante do ser e estará contribuindo não só com o aprimoramento do médium mas também com uma evolução social sadia.

O mesmo ocorre quando empregamos os Mandamentos Divinos em todas as esferas de atividades, sejam familiares, profissionais, políticas ou sociais, o que tra como consequência equilíbrio nas relações, além de indivíduos e  de sociedade saudáveis e prósperos.

A mediunidade educada permite o conhecimento e a valorização dos conteúdos existentes no inconsciente de si próprio e do é oculto. A maturidade espiritual do médium também controla o desequilíbrio psíquico, que poderá ocorrer através da vaidade e do “poder” que possa vir a dominá-lo. A maneira de se usar a mediunidade concorre para a perturbação psíquica ou não ,  e é de responsabilidade do médium.

Vera Merli Bim
Tarefeira do Grupo Espírita União e Caridade
Penha – SC.
veramerlibim@gmail.com


Transcrito do  Jornal Espaço Espírita -  FEV-MAR-ABB 2013

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Aguardar serenamente (se possível) os acontecimentos


por Carlos Maurício Mantiqueira

A leitura diária dos jornais nos leva a um estado de espírito surrealista.

Presenciamos a uma briga de foice no escuro.

É o roto falando do esfarrapado.

Uma idiota que nada sabe, outra que sabe demais (e cala) e um mixuruca que não decola.

As pessoas se empolgam, brigam, xingam e não percebem que estão trocando seis por meia dúzia.

As “zelite” falidas se mudam ou ameaçam  mudar para o exterior :”Não brinco mais!”.


Brincam, sim... O autoexílio delas, todos os anos, é na Disney, fazendo concorrência desleal ao Pateta.

A solução não virá de urnas eletrônicas tão seguras como tramela de porteira.

Um dia o povo se rebela. Mussolini soube o que é ser pendurado de ponta cabeça.


Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador.

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Pouco santinho

por Sérgio da Costa Ramos

Não há campanha mais morna e deserta de atmosfera do que esta de 2014. Em dois quarteirões da Felipe Schmidt, não recebi um único “santinho”.  Por paradoxal que possa parecer, é um avanço.

O eleitor parece mais amadurecido e insuscetível de deixar-se influenciar pelos mantras dos candidatos. Anos atrás, recebi santinhos repletos de rimas pobres e ideias idem.
“Pra melhorar a cidade, vote no Joaquim Andrade.”
“Idoso, pra melhorar seu auxílio, vote no Abílio.” Ou, “Pra aumentar seu benefício, vote no Fabrício.”

Não eram exatamente esses os vocativos, mas frases adaptadas aos perfis locais. Como seria agora, uma exortação a um voto em Marina Silva:
“Pra acabar com a propina, vote na Marina”.

Suas excelências, os candidatos, não sabem mais o que fazer para atrair a atenção do telespectador ou do pedestre, empanzinado de máximas, slogans, adivinhações, rimas pobres e ricas, “buttons”, chaveirinhos, isqueiros, canetas e toda umasortida coleçõa de quinquilharias … tudo isso em meio a um mar de desencanto com a baixa política.

De minha parte, gostaria de ver tremulando entre os candidatos uma faixa depuradora, ainda que de sinceridade duvidosa.
“Vote num candidato justiceiro, aquele que não mete a mão no baleiro !”

Pois é disto que se trata. Aliviar o Tesouro do assédio permanente a que se vê subjugado, com as equipes de assalto requerendo suas “reeleições” no reino das estatais. Nunca se viu apego maior às cadeiras de espaldar alto do poder. Não há campanhas “feias”, em que “vale tudo”. “Feio” é perder.

“A reeleição fez mal ao Brasil”, admite o candidato Aécio Neves (PSDB). A constatação teria melhor validade se pronunciada por outra boca, posto que o instituto da reeleição foi obra introduzida na vida brasileira exatamente pelos tucanos. Dita assim, com esse pecado original, a frase soa como mais uma manifestação de horror à alternância: reeleição só é boa se é o “nosso” partido que a usufrui …

Uma eleição morna é sinal de evolução. Menos jograis e modinhas, mais avaliação e reflexão. Em países de democracia avançada, o dia da eleição transcorre em absoluta calmaria e, se em dia útil, nem feriado é.

Vivi em 3 de novembro em Nova York, dia de eleição presidencial, uma tgerça-feira. Afora um camelô vendendo buttons numa esquina, nada indicaria ser aquele o dia em que os americanos optariam entre Bill Clinton e o velho Bush, num país em que o voto é facultativo.

O presidente da República deveria ser apenas o funcionário público mais graduado, e não um Messias nos quais partidos cevados na “boquinha” arriscam todas suas esperanças de perpetuação no poder.

Quando este dia chegar, o Brasil estará salvo.

Sérgio da Costa Ramos

Transcrito do Diário Catarinense de 13 09 14.




terça-feira, 16 de setembro de 2014

Petrobrás como Empresa Social


por Martim Berto Fuchs

Empresas tem que ser administradas por profissionais que entendam perfeitamente o que estão fazendo e não por aspones de políticos corruptos. Aliás, neste nosso sistema, político corrupto é quase uma redundância.

O que tem se feito com a Petrobrás no decorrer das décadas é caso de polícia, direto, nem mais para os Tribunais de Contas, ainda mais que estes servem como fim de carreira para políticos sem mandato e especialmente para aqueles que sempre serviram muito bem ao sistema.

Hoje nos defrontamos, novamente, com escândalos na Petrobrás. Desta vez é a turma dos sindicalistas pelêgos que estão saqueando e afundando a empresa, pois além de todas as maracutaias que estão praticando à mando do “Chefe”, são incomPeTentes, pois a única coisa que sabem administrar é greve, bloqueio de rodovias e queima de ônibus, sem esquecer o apoio logístico para os “black bostas”.

Transformada em Empresa Social, a Petrobrás continuaria uma empresa do Estado, apenas não mais servindo de emprego para incomPeTentes e corruptos enriquecerem às suas custas, isto é, às nossas custas, pois quando esgotam seus recursos, são supridos pelo Tesouro Nacional, assim como foi o BB (R$ 8 bilhões) à época do FHC.

Empresas estatais nos moldes conhecidos, não devem mais existir. Podemos e devemos manter nas mãos do Estado, segmentos importantes e empresas que pelo seu porte a iniciativa privada não possa absorver.

Capitalismo Social tem proposta completa tanto para pequenas, médias ou grandes empresas. Proposta muito mais benéfica para os trabalhadores como um todo e para o país, do que as empresas atualmente existentes, sejam Estatais ou privadas.

Apenas, se esperarmos que os políticos  as discutam, é bom esperar deitado, pois sentado cansa.

Enquanto este debate não ocorre, continuamos nos engalfinhando para saber quem roubou mais: os “governantes” anteriores ou os atuais. Enquanto não se chega à um acordo sobre quem roubou mais, uma nova safra de ladrões se prepara para assumir a “administração” da Petrobrás em particular e das Estatais em geral, pois aparentemente teremos nova quadrilha “cuidando” das nossas riquezas e dos seus interesses.







domingo, 14 de setembro de 2014

Homoafetividade e Espiritismo

por Luiz Mello

A palavra homossexualismo tem sido então usada para designar a realidade de homens que sentem atração por outros homens ou mulheres por outras mulheres. Contudo, como esta palavra tem sido usada ao longo do tempo dentro de grande carga de preconceito, preferem a palavra homossexualidade, que teria um caráter mais neutro.

Ainda mais recentemente, outros pesquisadores tem preferido a palavra homoafetividade, por lembrar que a atração não diz respeito apenas a questões sexuais, mas envolve também troca afetiva, convivência amorosa e mesmo a criação de laços estáveis através de relacionamentos duradouros.
Embora a homoafetividade esteja presente em várias culturas e países diferentes, no passado ou na atualidade, no mundo ocidental ela foi encarada durante muito tempo como doença, transtorno ou desvio de comportamento. Preconceitos, discriminações e injustiças foram e ainda são praticadas.

Nas últimas décadas, contudo, um avanço geral da mentalidade social e científica tem trazido uma luz diferente para esta questão. Em países como EUA e Brasil, por exemplo, os compêndios e conselhos profissionais já retiraram a homoafetividade da categoria de transtornos mentais ou comportamentais.

O mesmo avanço se verifica nas questões legais, que buscam prevenir as práticas homofóbicas e igualar os direitos de heterossexuais e homossexuais, inclusive com o direito de constituir famílias reconhecidas como casamento.
Entre os estudiosos do comportamento humano, aos poucos tem sido construído um consenso de que a definição do desejo sexual não é exatamente uma “preferência”, mas sim uma orientação”.

Embora os estudos e as pesquisas tivessem concluído que não há base empírica ou científica para considerar o homossexualismo como anormalidade, ao invés de orientação sexual normal e saudável, o certo é que ainda há um contexto de preconceito social muito forte envolvendo a questão da homoafetividade. Isto se pode ver nos termos chulos e de menosprezo que ainda se usam em comentários e piadinhas, para designar os gays. Embora hoje os homossexuais contem até mesmo com proteções do campo dos Direitos Humanos, o certo é que ainda há no nosso meio, preconceito.

Infelizmente, este tipo de preconceito social foi e ainda é alimentado dentro de muitas religiões, que colocam a homossexualidade como prática desviante e mesmo pecado, crime contra a ordem divina ou sagrada. O certo é que muitos religiosos ainda não superaram seus próprios preconceitos pessoais e acabam confundindo suas convicções pessoais com verdades transcendentes.

Embora o Espiritismo seja filosofia de vida com base empírica e consequências éticas e espirituais e, portanto, baseada na livre investigação, no bom senso e na fé raciocinada, é certo certo que alguns autores espíritas ainda tem tratado do tema com certa dose de preconceito. Autores acabaram interpretando revelações mediúnicas de forma um tanto distorcida, exatamente por que cada um de nós enxerga o mundo através da lente do seu próprio modelo mental.

A principal destas revelações mediúnicas explica a tendência homossexual pelo fato de que, em vidas anteriores, aquele espírito ter feito mau uso do sexo. Razão pela qual, numa nova vida,  reencarnaria num corpo diferente da sua tendência sexual predominante. Explicando melhor. Sabemos que o espírito não tem sexo, razão pela qual pode reencarnar tanto no sexo masculino como no feminino. E é exatamente o que acontece, porque o espírito, em seu processo evolutivo rumo à união com Deus, necessita de ambas as experiências, seja como homem ou como mulher, para desenvolver aspectos diferentes de seu próprio potencial divino.

Assim, por exemplo, o espírito que tenha reencarnado prioritariamente como homem e desenvolvido mais o lado masculino de sua personalidade, poderia reencarnar como mulher, para experimentar algo que se faz necessário para o seu aprendizado. O mesmo poderia se dar também no sentido contrário.
O problema aparece quando alguns autores espíritas entendem que, por causa desta explicação reencarnatória, isto significa que aquele espírito deveria obrigatoriamente “curar” a sua orientação homossexual ou então deveria abster-se de manter relacionamentos homoafetivos. Ambas estas conclusões estão equivocadas.

Lembremos de Allan Kardec, que nos diz que o Espiritismo nunca será ultrapassado pela ciência, pois se a ciência um dia comprovasse que a Doutrina estaria equivocada em algum ponto, ela se modificaria. Isto foi um grande insight de Kardec, pois embora acreditemos que o Espiritismo é fruto das revelações dos Espíritos Superiores, estas revelações só chegam a nós através do canal da mediunidade e do trabalho de entendimento, interpretação e organização deste conhecimento por parte dos encarnados.

Abstinência sexual forçada é conceito ultrapassado

Logo, se a ciência hoje, em diversos campos de investigação, especialmente no estudo da saúde, com a medicina/psiquiatria, e no estudo do comportamento, com a psicologia, não encontram bases para sustentar que a homoafetividade continue sendo considerada um distúrbio mental ou transtorno de comportamento, a Doutrina Espírita precisa levar isto seriamente em consideração.

Neste sentido, não se pode pensar mais em homossexualidade como algum tipo de anormalidade e, portanto, também não se pode mais falar em “curar” a homossexulidade. Lembre-se também que, no Brasil, o Conselho de Psicologia, proibiu aos psicólogos oferecer qualquer tipo de tratamento que tenha como mote tratar da homossexualidade como transtorno psicológico.

Por outro lado, sendo, considerado dentro do aspecto de normalidade de comportamento humano, também não há mais que aconselhar que indivíduos com orientação homoafetivo deveriam abster-se de ter relacionamentos homoafetivos, para cultivar uma pretensa elevação de comportamento através do celibato ou da abstinência afetiva ou sexual.

Se indivíduo reencarnou num corpo com o sexo oposto às suas tendências psicológicas, isto significa apenas que este espírito precisa passar por um determinado gênero de experiências, para sua própria evolução. Este gênero de provas não é mais nem menos do que a prova que um heterossexual possa ter em relação às suas experiências afetivas e sexuais.

O que o Espiritismo tem a dizer para um indivíduo homoafetivo é absolutamente o mesmo que tem a dizer a um heteroafetivo: utilize-se do sexo dentro do relacionamento afetivo sério e comprometido, evitando a promiscuidade e toda e qualquer prática que traga algum prejuízo para a saúde sua e de seu parceiro.

Quando o prazer dos sentidos se une ao prazer do coração, o sexo deixa de ser apenas o encontro erótico de dois corpos e passa a ser uma união sagrada de duas almas que experimentam a mais sublime de todas as experiências humanas: o amor !

Cabe a nós, espíritas, fazer coro com as forças do avanço da cultura, da filosofia e das ciências humanas. Cabe a nós contribuir com as forças evolucionárias que estão aos poucos construindo a era da regeneração. Cabe a nós receber no centro espírita todos os irmãos, independente do gênero de provas que tenham escolhido ou necessitado passar para a sua própria evolução.


Luiz Mello
Psicólogo e tarefeiro da Sociedade Espírita Entreposto da Fé 
Florianópolis-SC
luizpsicologo@yahoo.com.br


Transcrito do Jornal Espaço Espírita – edição de MAI-JUN-JUL

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

O culpado principal

por Carlos Maurício Mantiqueira

O mais infame responsável pela situação em que se encontra o país, é , sem dúvida, o poder judiciário.

Intocados desde os tempos coloniais, subservientes a todos os governos e indulgentes com os erros de seus membros que se defendem mutuamente, os juízes estão surdos aos reclamos da sociedade, cegos diante de enormes injustiças que causam por ação ou inação e mudos às evidências de putrefação das instituições.

Não há remendo possível.

É necessário recomeçar do zero.

Só poderão ser juízes, advogados de mais de cinquenta anos de idade e dez de profissão, de reputação ilibada, escolhidos por sorteio entre os candidatos, para um único mandato fixo de cinco anos, proibida a prorrogação sob qualquer pretexto ou motivo.

Uma remuneração altíssima para cada um evitará tentações e a soma de todas será infinitamente menor que o volume dos roubos hoje praticados contra o erário por políticos e apaniguados.

A perda automática do cargo será aplicada aos que julgarem contra disposição expressa da lei.

Acaba-se com o abuso criminoso hoje cometido pelos que nos impõem o seu arbítrio.


Carlos Maurício Mantiqueira é livre pensador.

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net


quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Cadê o chefe de toda essa roubalheira?

por Márcio Accioly

Não é preciso fazer levantamento que date os primórdios de sua criação, para saber que o patrimônio da Petrobras pertenceu sempre a vivaldinos e vivarachos que sabem e souberam dominá-la em todos os seus ramos e derivações. O Brasil é um país de governantes canalhas que nunca tiveram projeto para o seu desenvolvimento e o de seu povo, dirigentes que têm sempre agido como senhores de escravos.

Quem tiver dúvidas a respeito que busque se informar acerca do “japonesinho” do Geisel, Shigeaki Ueki, ex-presidente da estatal e que vive hoje no Texas com os seus filhos, detentor de uma das maiores fortunas do planeta. Shigeaki carregou tudo que foi possível daquela empresa, à época em que o regime militar (1964-85) mandava ainda e desmandava, embora já observássemos os primeiros passos de sua derrocada.

Na gestão FHC (1995-2003), sua excelência fez David Zylbersztajn, seu genro, presidente da estatal petrolífera. Mas foi durante a administração Henri Reichstul que tentaram mudar o nome para “Petrobrax”, com os meios de comunicação garantindo que ela seria privatizada, o que causou impressionante revolta nacional. À frente dos protestos esteve sempre o PT, impedindo qualquer ação nesse sentido.

Hoje, está se sedimentando a ideia e a certeza, através de provas incontestáveis, que o PT na realidade desejava mesmo a manutenção de todo esses órgãos no país, pois pretendia montar o maior aparelhamento estatal de que já se teve notícia, com os seus integrantes saqueando e roubando os bens públicos a céu aberto. O mensalão petista não passa de roubo de galinha diante do agora descoberto rombo da Petrobras.

Mas não é só isso: a única maneira de se tomar consciência do roubo praticado é com a denúncia de pessoas de dentro, como ocorre com o ex-diretor de comercialização da Petrobras, Paulo Roberto Costa, e como ocorreu com a delação efetuada pelo então presidente nacional do PTB, ex-deputado federal Roberto Jefferson (RJ). É impossível tomar conhecimento de tantos detalhes sem que haja participação direta nos crimes.

Mais: a denúncia do roubo da Petrobras, sem nenhuma dúvida sob a chefia do então presidente Lula da Silva (como ficou bem claro no então mensalão), só está sendo possível por conta da ação direta do então ministro Joaquim Barbosa (STF), que conseguiu a custo a condenação dos réus com a sua relatoria. Sem a presença de Joaquim Barbosa, a descoberta do roubo da Petrobras não teria sido possível!

No chamado mensalão, quem está pagando o pato é o “empresário” mineiro Marcos Valério, condenado a mais de quatro dezenas de anos, como se tivesse partido dele a ideia e como se tivesse agido sozinho. Foi ameaçado de morte, teve filhos e família ameaçados, recolhendo-se convenientemente a silêncio obsequioso, porque partiu do pressuposto de que ninguém no Brasil sofre qualquer punição e os peixes graúdos iriam salvá-lo no momento necessário. Apostou errado.

O problema é que apareceu Joaquim Barbosa que lutou batalhas gloriosas, contra Lewandowskis e simpatizantes, fechando com chave de ouro sua participação no caso e se desligando no momento certo quando o ambiente hostil começava a lhe causar terríveis males. O ministro relator sofreu agressões verbais e ataques de todos os lados, com a persistência inclusive da tentativa e desconstrução de sua imagem, mas permaneceu de pé.

Agora, no caso Petrobras, certamente Paulo Roberto Costa foi confrontado com o mensalão e lembrado de Marcos Valério, o único a sofrer pena rigorosa. E resolveu cantar a pedra, pois controlava quase duas mil contas, desviando bilhões e bilhões de reais para o exterior. Mas falta ainda: falta Lula da Silva contar o financiamento de portos como o de Cuba e o perdão de dívidas de países africanos. Que país de patifes!


Márcio Accioly é Jornalista.

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Mais um partido

por Sérgio da Costa Ramos

No momento em que um bando de humoristas pretende fundar o Partido Pirata do Brasil (PPBr), 33º partido político tupiniquim, sugiro ao leitor:  quer ganhar um dinheirinho desonesto ? Funde também o seu partidinho, com direito a fundo partidário, horário na TV e propina de outros partidões.
O seu partido, aliás, já nascerá partido. Mas as recompensas logo virão. Todo mundo vai ficar feliz se o novo partido conseguir um lugarzinho na famosa base aliada.
No Brasil, as alianças não se fazem mais entre dois partidos unidos por ideias  ou programas. São alianças do tipo “ménage à trois”. Ou até superior a três. São quádruplas, quíntuplas, sêxtuplas. Agremiações políticas não tem mais identidade em torno de ideias. Dois partidos aliados na mesma esquina é briga na certa. Só concordam em discordar.
Perguntem a alguém do PMDB “ que dia é hoje”. A resposta nunca será: “Hoje é dia 6 de setembro de 2014”. Primeiro, será preciso uma “consulta às bases”, depois, “uma reunião do diretório e da executiva”.
A Justiça Eleitoral tentou acabar com esta infame troca-troca. Mas os trânsfugas venceram no cansaço. Não há nada mais surrealista do que uma conversa entre urubus que mudaram de ninho.

                    Você continua no PSXW ?
                    Eeeeeu ? Saí daquela arapuca ! Aquele partido tinha dono. A família inteira se candidatava. E tinha pouco voto. Esperavam que eu puxasse o voto da legenda. Aqui, ó !
                    E o que você fez ?
                    Requeri à Justiça a minha mudança de partido, por “incompatibilidade ideológica” e “perseguição à um filiado”.
                    E a Justiça deferiu ?
                    Claro. Provei que falava a verdade. Agora é vida nova …
                    Vai fundar um partido ?
                    Na verdade, já tinha um pronto. É um partidinho do tipo “linha-auxiliar”, que outros chamam de “boca-alugada”, só pra aumentar a secundagem na televisão.
                    Mas este seu partido terá um programa ? É a favor do que ?
                    Ainda não sei. Mas somos a favor da “propriedade” do mandato. O diploma pertence a uma pessoa, que batalhou e foi eleita. O partido a gente escolhe depois.
                    E qual é a sua grande bandeira política ?
                    Olhe, nossa bandeira é sempre mutante. No momento, somos contra a miséria da classe política.
                    Você não acha esse programa um tanto limitado e egoísta ?
                    Se a gente não cuidar do nosso bolso, quem é que vai cuidar ?


Leilão
por Moacir Pereira
Candidato do PT ao governo do Estado (SC), Cláudio Vignatti denunciou em entrevista na CBN Diário que o processo de alianças políticas em Santa Catarina foi precedido de um verdadeiro leilão. Tudo em troca de tempo na TV. Enfatizou que alguns partidos pediram milhões de reais para integrarem sua coligação.

Transcrito do Diário Catarinense de 06 de setembro de 2014.




sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Everaldo para Presidente ?

“Estado mínimo necessário”

Apenas não aprovo o termo “mínimo”. Dá a entender que poderia se fazer mais, apenas não se faz por falta de merecimento. Prefiro o termo “Estado ideal”.

Desde que D.João VI e seus inúteis (“nobres”), aqui desembarcaram em 1808, e se serviram sem cerimônia das melhores casas do RJ, à revelia, que nossa sina é sustentar a Corte.

Somaram-se aos “nobres”, na Corte, - depois que os ingleses, atendendo aos seus interesses, proibiram o comércio escravagista - os ex-”importadores” de escravos, que vieram à ser nossa incipiente burguesia; aplicando o capital oriundo deste nefando comércio, agora à juros, como rentistas, ajudaram sustentar e manter a Corte no luxo e no ócio, ao qual estavam acostumados.

Apenas a partir de 2003 foi completado o tripé que sustenta a estrutura da atual Corte, com o ingresso arrasador do grupo “ético” do sindicalista-mor, Luiz Inácio Lulla da Silva.

Desacostumados estes ao luxo e ao dinheiro fácil, logo se encantaram com a facilidade de enriquecer impunemente usufruída pelos membros da Corte,  e de “éticos” passaram à etílicos, também enriquecendo à olhos vistos (menos para a Receita Federal).

Nunca houve uma conduta responsável nos salões dos Palácios, mas a partir do ingresso dos sindicalistas pelegos, as orientações passaram de vez para a máxima de Maquiavel: “Os fins justificam os meios”.

Embotados e iludidos pela sua própria retórica, obsoleta, além de colocar nas folhas de pagamento do setor público todos seus filiados, parentes, amantes e amigos, perpetuaram a triste sina deste país, qual seja, mesmo riquíssimo em todos seus recursos naturais, estar nas mãos de uma Corte irresponsável, que abusa da imunidade e da impunidade para cometer todo tipo de desatino, transformando o Estado em um fim em si mesmo.

Chegamos ao candidato Everaldo

Se propõe justamente atacar esta que é a causa principal das mazelas do nosso país: o custo da máquina pública, com todas suas implicações. 

Erroneamente ou por má fé, as esquerdas consideram a dívida pública como a causa principal, propondo o calote, como se o Governo já não estivesse dando calote em tudo e em todos (PEC do calote, precatórios), há muitas décadas, sem que isto melhorasse nossas finanças. A dívida é consequência, é efeito, e não causa.

Mas parece que o candidato Everaldo não aprendeu com a história recente do país, que tentar esta odisseia só com boa vontade é impossível. 

Jânio Quadros tentou. Impossibilitado pelas forças ocultas, não tão ocultas assim, quis dar o golpe, renunciando, voando até SP e esperando dentro do avião que o povo ou o exército o carregassem triunfalmente de volta ao Poder. Está esperando até hoje. 

Depois Collor, também tentou. Estava juntando dinheiro junto à iniciativa privada para comprar os votos necessários no Congresso “Lamaçal” para mudar os rumos deste país. A Corte o desbancou da Presidência por causa de uma Fiat Elba e da reforma de sua casa em Brasília.

Agora, o candidato Everaldo retoma esta bandeira, certíssima, de fechar o ralo por onde escoa o dinheiro dos impostos. Por uma questão de coerência, terá meu voto, mas não conseguirá nada, pois a Corte irá facilmente destroná-lo ou inviabilizar seus objetivos, pois está pensando que conseguirá locomover-se livremente pelos corredores do Palácio. Ledo engano. Outros já tentaram e sabemos o fim da história.

Ou batalha antecipadamente por um novo Contrato Social, dentro de um novo paradigma, bem antes do período eleitoral, ou suas bandeiras serão soterradas uma a uma. 

por Martim Berto Fuchs