Com o debate e votação do novo Código Florestal, foi possível observar o grau de politicagem e ideologia que se infiltrou nos assuntos da maior relevância para o futuro do país. O bom senso, se é que alguma vez existiu, foi deixado de lado de uma vez por todas. Tudo agora é politicagem e ideologia.
O Brasil tem inúmeros problemas para enfrentar e que estão sendo deixados de lado. O principal é o de educação. Cada vez que se debate o tema, lá vem como solução os kids Haddad ou kids ideológicos, tão à gosto no RS.
O ECA-Estatuto da Criança e do Adolescente vaza por todos os lados. Diretores e professores de escola são tratados como lixo, mas ninguém enfrenta o problema criado. Os salários dos mesmos estão completamente fora da realidade, mas só fazem demagogia e proselitismo com o assunto. Resolver que é bom, nem pensar. E lá se vão os anos. Crianças recebem diplomas de primeiro grau e não sabem o que fazer com eles, pois se deixaram de ser analfabetos, a bem da verdade apenas aprenderam ler e escrever. Não entendem o que lêem e não sabem escrever o que pensam.
Nas Secretarias de Educação de todos estados, 70% das pessoas registradas como funcionários estão fora das salas de aula e isto que fazem anos que temos a informática no auxílio à administração da burocracia. Logo, quem efetivamente leciona são apenas 30% dos funcionários e ainda por cima são os que menos recebem e tem que enfrentar os alunos e seus pais, autorizados pelo ECA à demonstrar toda sua ignorância. Quer dizer, se não apanharem dos alunos será dos pais e se reagirem à afronta, podem perder o emprego ou ser processados e presos.
Que tipo de educação nossos “políticos” estão imaginando estar sendo aplicada nas escolas públicas ? Imaginando, pois nenhum vai conferir. É isto que querem para nossos futuros cidadãos ? Se hoje, na política, já temos exemplos estarrecedores, o que será daqui 20 anos ? Já não basta termos um sistema político ultrapassado, que gera mais problemas que soluções e ainda estamos preparando uma geração pior do que a atual ? Ou os objetivos dos atuais governantes ainda não foi claramente explicitado, sendo que só eles sabem quais os fins que almejam alcançar com esta política suicida ?
Uma coisa é certa: como os atuais donos da chave do cofre levaram todos assuntos para o viés ideológico, se colocaram num beco sem saída e por tabela a própria prática política. Só aprovam democraticamente o que querem se comprarem os votos necessários para tanto. Aliás, é o que vinha acontecendo até o estouro do mensalão. De lá para cá tem sido difícil aprovar fatores ideológicos, mas eles são perseverantes e não se importam em aprofundar a divisão na sociedade, quando deveriam governar olhando para frente e em nome da maioria, sem esquecer os direitos das minorias. Claramente, governam em nome das minorias, tentando impor conceitos não aceitos ou de difícil assimilação.
Não vislumbro na política em prática no Brasil qualquer esforço de melhorar o sistema democrático, liberdade com dignidade, ainda mais se levarmos em conta que já estamos no século 21 e as propostas, além de mal explicadas, induzem à soluções fracassadas e tentadas vez que outra desde o século 19.
O único que tirou a máscara até agora foi o governador do RS, que declarou estar na hora do seu partido, o PT, voltar à sua proposta socialista, sem explicitar o que isto quer dizer exatamente. Mas, ao menos já deixou claro que o liberalismo cristão está fora de suas cogitações e já iniciou a lavagem cerebral de jovens para que passem à gritar palavras de ordem que não entendem. Quem sabe seja esta a educação projetada pelos atuais governantes para os jovens do Brasil: ranço ideológico.
Se estivessem minimamente preocupados em procurar saídas fora da surrada dicotomia esquerda x direita, poderiam debater democraticamente novos conceitos, nem que fosse apenas por uma questão filosófica, mas nem isto aceitam. Todo e qualquer monólogo tem que ser em torno da derrota do liberalismo cristão, mas sem que contra-propostas sejam apresentadas. Pudera, se tivessem coragem de se apresentar como são, totalitários e ateus, perderiam todas eleições.
Trinta e oito Ministérios é um tiro no nosso bolso. Não há como sobrar dinheiro para educar nossos jovens, pois o dinheiro é gasto com folhas de pagamento de cabos eleitorais, parentes, amantes e amigos; para abastecer as contas do partido e seus aliados e suas contas externas e o que sobrar, para pagar os que os defendem e os isentam de seus “malfeitos”. Esta é a única educação dada à conhecer para quem acompanha a política nacional, estadual e municipal.