João Luiz Mauad
O ministro Edinho Silva afirmou que o governo não tem um “plano B”
para a proposta de ajuste encaminhada ao Congresso, e que não há
alternativas viáveis, fora das já apresentadas pelo Executivo, para
equilibrar o orçamento do governo, passando ao distinto público a falsa
ideia de que a única maneira de cobrir o déficit das contas públicas é
através da criação ou aumento de impostos, inclusive a malfadada CPMF,
além de cortes ridículos nas despesas.
Mais uma vez, o governo mente!
O leitor talvez não saiba, mas o Tesouro Nacional, ao longo dos
últimos anos, principalmente durante o primeiro mandato da presidente
Dilma, transferiu perto de R$ 520 bilhões para o caixa do BNDES. Para se
ter uma ideia da grandeza desse número, ele representa cerca de 10% do
PIB (2014). Pelos recursos, o governo cobra do BNDES juros de 6% ao ano
(TLJP), enquanto, para captá-los no mercado, paga, em média, 13%. Em
outras palavras, o custo de carregamento desses “empréstimos”, que fazem
a alegria dos grandes empresários tupiniquins, é de aproximadamente R$
35 bilhões, valor superior ao orçamento anual do Bolsa Família (R$ 27,5
bilhões). Agora, eu pergunto: o leitor viu, em algum lugar, menção de
que o governo pretenda pegar esse dinheiro de volta? Nem eu.
Outra possibilidade de arranjar recursos extras para cobrir o déficit
seria através de privatizações de empresas estatais, mas, além da
proposta de vender 25% da BR Distribuidora (o que está bem longe de
significar privatização, já que o controle permaneceria com o Estado),
nem uma linha da proposta recentemente encaminhada ao Congresso toca
nesse ponto. Eles preferem recriar a CPMF, tungando um pouco mais o
bolso do contribuinte. Por quê?
A ideologia petista não admite perder o imenso poder econômico que
hoje detém o Estado brasileiro, seja para fazer afagos aos amigos do rei
(e financiadores do partido), seja para estender seus imensos
tentáculos sobre o mercado.
Não por acaso, no mesmo dia da entrevista de Edinho Silva, sua chefe,
a presidente Dilma Rousseff, voltou a dizer — não exatamente com essas
palavras, pois seu idioma, embora semelhante, não é o meu — que estão
tramando um golpe contra ela, aproveitando-se da crise econômica para
propor seu impeachment. Não esclarece como é que um processo previsto na
Constituição e regulamentado em lei pode ser considerado golpe.
No meu dicionário, golpe é eleger-se mentindo descaradamente ao
eleitorado, mostrando um mundo cor de rosa quando já pairavam nuvens
negras no horizonte, avisando que uma tempestade de grandes proporções
estava a caminho. Golpe é acusar os adversários de tramar a redução de
investimentos em programas sociais, sabendo melhor do que ninguém que,
qualquer que fosse o eleito, inclusive ela própria, teria de fazer
cortes e congelar benefícios. Golpe é divulgar, por anos a fio,
demonstrações financeiras falsas, mostrando superávits onde havia
déficits, escondendo resultados negativos através de contabilidade
fajuta e “pedaladas fiscais”. Golpe é utilizar bilhões em recursos
desviados da Petrobras para abastecer os partidos da base aliada.
Finalmente, golpe é emprestar R$ 520 bilhões do Tesouro (leia-se:
contribuinte brasileiro), cobrando menos da metade dos juros praticados
pelo mercado, aos seus financiadores de campanha e a governos
estrangeiros ideologicamente vinculados a seu partido.
João Luiz Mauad
Administrador de empresas
quarta-feira, 30 de setembro de 2015
Judiciário do amanhã
Carlos Henrique Abrão
Dizem os especialistas que o século XXI é do Judiciário no Brasil - tantas as mazelas e as erronias cometidas continuada e sequencialmente pelos poderes executivo e legislativo. Acreditamos que o mote poderá se transformar em realidade acaso se adotem dez regras básicas e inadiáveis para a consolidação da justiça como poder, a partir de princípios e diretrizes que tornem livre, autônomo e independente sua estrutura, funcionamento e operacionalização. A seguir as nossas singelas sugestões:
1) Reforma imediata da Lei Orgânica da Magistratura,a Lei Complementar 35/79 retrocesso maior do autoritarismo e da falta de interface entre os juízes e a sociedade civil como um todo,eliminando distorções e assimetrias.
2) Fim do quinto constitucional que, apesar de seu contributo, faz demorada a carreira em grandes estados da federação, além de certa politização.
3)Adoção prioritária do critério de mérito para todas as funções, promoções e remoções.
4)Mudança na sistemática de indicação de Ministro para o STF, com a participação direta dos magistrados que, nacionalmente, teriam voz e vez para decisiva seleção,por meio de meritocracia.
5) Alteração do modelo de indicação de vagas ao STJ, com a participação maior de magistrados e viés de provas e títulos com seleção criteriosa de mérito.
6) Autonomia Financeira, fundamental para planejamento e redução do enorme volume morto de serviços repetitivos.
7) Conscientização das ações coletivas para se evitar milhares de pronunciamentos judiciais acerca do mesmo tema e por vezes conflitantes.
8) Especialização dos magistrados ingressantes com estágio nas escolas por período mínimo de seis meses, em várias áreas para ganhar experiência e aptidão.
9) Uniformização da jurisprudência das cortes a partir dos enunciados, súmulas e repetitivos, além da repercussão geral do STJ e STF.
10) Enorme e grande investimento na primeira instância engessada, atravancada, cuja disfunção bate às portas de toda a justiça nacional.
Essas idéias tem um custo reduzido e poderiam ser, houvesse vontade corporativa e também política, tocadas com muita propriedade pelos responsáveis comandantes dos poderes, já que a sociedade civil não pode esperar anos a fio por uma decisão, mormente quando envolve benefício acidentário, previdenciário, internação hospitalar, e qualquer outro pois que os juizados estão atolados e demoram excessivamente para a realização de audiências.
A politização do judiciário é maléfica e exerce um desprestigio à meritocracia, doravante todos os juízes deveriam ser concursados, em diversas etapas,com provas escritas, orais e se obtiverem habilitação, seguirem para a escola permanecendo seis meses, criando uma força de capacidade para compreensão dos processos,tramitação e gestão à frente das comarcas.
Fundamental também a reciclagem constante e periódica do magistrado, não apenas no momento das mudanças dos códigos, mas diuturna, para tanto seriam priorizados os pontos para aqueles que realizarem estudos e atualizações, já que uma falta mais sentida é a inaptidão para temas mais complexos e que despertam uma grita geral na seara econômica e empresarial.
Bem por tudo isso, a grandiosidade do judiciário brasileiro que ousou em demonstrar ultimamente a sua capacidade, ladeado da competência do ministério público e da estrutura da policia organizada, dependerá de poucas e eficientes alternativas para seu engrandecimento interno,fortalecimento perante a opinião pública e divisor de águas no exterior.
Afinal de contas, a dignidade humana sempre estará protegida e tutela, com a redução dos crimes de corrupção, quando estivermos aos olhos de um Judiciário que se coadune com as exigências da modernidade e principalmente da sociedade democrática.
Carlos Henrique Abrão
Doutor em Direito pela USP com Especialização em Paris, é Desembargador no Tribunal de Justiça de São Paulo.
Alerta Total – www.alertatotal.net
terça-feira, 29 de setembro de 2015
Remendos na Previdência
Suely Caldas
Há exatos 20 anos, desde o governo
FHC, as regras que garantem aposentadoria têm sofrido remendos (mal feitos)
aqui e ali que criam confusão, embaralham cálculos, deixam o segurado perdido
ao tentar adivinhar o valor de seu benefício ou definir se é ou não o melhor
momento para requerê-lo. Tanto remendo por nada, justamente porque não atacam a
raiz dos problemas que têm levado a Previdência ao crescente e explosivo
desequilíbrio financeiro. Pelo contrário, só têm conseguido agravá-lo ano a
ano, nestes 20 anos. Tais remendos pretensamente aliviariam o crônico déficit
do INSS, mas enganam, mascaram, não resolvem o rombo nem corrigem injustiças
sociais.
Ao manter vetos da presidente Dilma a
matérias que pioravam o déficit fiscal, o Congresso Nacional revogou lei que
ele próprio aprovou há três meses, que acabava com o fator previdenciário e
adotava a fórmula 85/95 (soma de idade com tempo de contribuição) para pedir a
aposentadoria. Ou seja, o que era bom para o País deixou de sê-lo três meses
depois - é com essa falta de seriedade, molecagem e tamanha irresponsabilidade
que os parlamentares/legisladores fazem leis que terão de ser cumpridas por 200
milhões de brasileiros. Mais um remendo que não resolve e que ainda criou uma
agravante: funcionários do INSS em greve, Brasília à deriva, mergulhada em
indecisões de um desgoverno, e o segurado que requereu ou vai requerer a
aposentadoria está perdido feito barata tonta.
Ficou tudo muito confuso, mas, ao que
parece, quem entrar agora com o pedido do benefício vai optar entre o fator
previdenciário e a tabela progressiva da fórmula 90/100, que começa com 85/95 e
só chegará a 90/100 em 2022. Veja bem, leitor, a regra é para ser aplicada até
2022, mas a vigência da medida provisória (MP) que a regula acaba em
17/10/2015! Olhe o tamanho da barafunda! E como fica se até o dia 17 o
Congresso não votar a MP? Ninguém sabe, muito menos o governo, que prometeu
substituí-la por outra proposta. Mas, como a gestão Dilma parou, nada acontece
nem se constrói em Brasília - a não ser o toma lá dá cá da reforma ministerial,
PMDB e PT disputando poder e a população à margem, desprezada e esquecida -, é
muito provável que o governo nada apresente quando chegar o dia 17 e a MP
caduque. Neste caso, a fórmula 90/100 desaparece e volta a valer só o fator
previdenciário, como antes? Tanto desgaste, tempo e dinheiro público
desperdiçados por nada? Ou seja, mais um remendo mal remendado, em seguida
desfeito.
É por descaminhos tortos, que nunca
chegam a objetivo algum, que há 20 anos segue a Previdência. Por quê? Faltaram
ousadia e coragem política a FHC, Lula e Dilma para fazerem a coisa certa. O
diagnóstico é conhecido há 20 anos: o déficit do INSS é crescente, explosivo e
precisa acabar porque cria distorções na economia, subtrai verbas de
investimentos e de outras áreas sociais (saúde, educação, segurança, habitação,
saneamento). Analisado desse ângulo, o déficit é socialmente injusto. Mas, de
outro ângulo, a grande maioria dos aposentados ganha pouco, só um salário
mínimo. Em certos casos, também socialmente injusto.
Mas essa injustiça decorre de uma
série de distorções nas regras da Previdência que têm de ser removidas para
eliminar privilégios, racionalizar o sistema, equilibrar receita com despesa e
torná-la autofinanciável. A primeira é adaptar a idade mínima de acesso à
longevidade da população. Segundo o IBGE, o brasileiro vive em média 75 anos, e
pelas regras atuais há quem se aposente com 52/55 anos e passará 23/25 anos
recebendo benefício sem ter contribuído o suficiente para tal. Esse descompasso
é a maior causa do rombo do INSS e, para desfazê-lo, é preciso aumentar a idade
mínima de acesso.
Introduzida pela Constituinte de
1988, a segunda maior distorção é obrigar o INSS a pagar um salário mínimo para
aposentados da área rural que nunca contribuíram para a Previdência. Esse é um
típico programa de renda mínima, como é o Bolsa Família, que deveria constar do
Orçamento-Geral da União. Retirado do INSS, a Previdência ficaria até
superavitária.
SUELY CALDAS
JORNALISTA E PROFESSORA DA PUC-RIO
E-MAIL: SUCALDAS@TERRA.COM.BR
Estadão
Crise de dívidas de estados começa a se desenhar em meio à recessão no Brasil
Anna Edgerton e Filipe Pacheco
SÃO PAULO/BRASÍLIA - O Brasil está aos poucos
se aproximando de uma crise provocada pelas dívidas estaduais.
5 estados, incluindo Rio de Janeiro e Mato Grosso do Sul, receberam
decisão judicial favorável a eles para cumprirem com compromissos perante o
governo federal em um momento em que a pior contração econômica em 25 anos
sufoca suas receitas.
Esse é o exemplo mais recente de como as finanças
dos estados pioraram rapidamente depois que o Rio Grande do Sul não realizou
pagamentos ao governo federal, um mês atrás - o primeiro calote desde que o
colapso das dívidas locais, em 1997, exigiu um resgate por parte do governo
federal. Juntos, os 26 estados e o Distrito Federal devem ao Tesouro ao menos
R$ 547 bilhões (US$ 138 bilhões), o maior valor em 15 anos. A alta dívida se dá
em um momento em que o governo Dilma Rousseff encontra-se imerso em um
emaranhado de desordem fiscal, o que já provocou dois rebaixamentos da nota de
crédito do país neste ano.
“Estamos passando por uma crise e se não nos
unirmos para passar por ela, todos serão afetados -- e antes do que você possa
imaginar”, disse Belivaldo Chagas, governador do estado nordestino de Sergipe,
em entrevista.
A Fitch Ratings reduziu a classificação do Rio de
Janeiro para o grau especulativo na quarta-feira, citando preocupação de que o
aumento com gastos de previdência estão engolindo as receitas do estado. Estado
proporcionalmente mais endividado do Brasil após o Rio Grande do Sul e Minas
Gerais, o Rio de Janeiro enfrenta um déficit orçamentário de R$ 2,5 bilhões
neste ano devido à redução dos royalties de petróleo, segundo a secretaria de
finanças do estado.
‘Conta não fecha’
Trata-se de “uma situação extremamente difícil para o estado e para o
país”, disse a secretaria estadual de finanças do Rio de Janeiro, em um
comunicado enviado por e-mail.
O Tesouro do Brasil preferiu não comentar sobre a
dívida devida pelos estados. A secretaria de finanças do estado do Mato Grosso
do Sul não respondeu a um telefonema e a um e-mail em busca de comentário.
Os estados brasileiros estão enfrentando um déficit
previdenciário de R$ 112 bilhões neste ano, disse o governador do Rio de
Janeiro, Luiz Fernando Pezão, após reunião com o ministro da Fazenda do Brasil,
Joaquim Levy, na semana passada.
“É preciso que haja uma discussão a respeito da
previdência”, disse ele. “Todos sabem que a conta não fecha. Os estados não têm
como gerar esse tipo de receita todo ano”.
Até quarta-feira, os estados de Alagoas, Goiás e
Rondônia também haviam recebido aprovação judicial para atrasar alguns
pagamentos ao Tesouro.
A assessoria de imprensa da secretaria da Fazenda de Alagoas disse que a
medida tem a intenção de equalizar a dívida de Alagoas com a de outros estados.
A assessoria de imprensa da secretaria da Fazenda de Goiás disse que o Estado
não tem se beneficiado da medida judicial no momento, e que seu nível de
endividamento está dentro da proporção estabelecida por lei.
Depois de o Rio Grande do Sul não ter realizado o
pagamento de R$ 280 milhões no mês passado, o governo federal executou
garantias da dívida e reteve receitas tributárias coletadas pela República que
seriam destinadas ao estado, sinalizando que não tem a intenção de aliviar a
situação para os estados.
Dilma, que enfrenta cada vez mais pedidos de
impeachment, está intensificando os esforços para diminuir o déficit fiscal do
país depois que a Standard Poor’s reduziu a nota soberana do Brasil para o grau
especulativo, no dia 9 de setembro. A maior economia da América Latina
encolherá 2,5% neste ano e 0,5% em 2016, segundo a S&P.
Levy “enviou uma mensagem muito forte aos estados para que não esperem
um resgate”, disse John Welch, estrategista do Canadian Imperial Bank of
Commerce em Toronto. “Manter essa estrutura operando e não tentar subvertê-la é
uma coisa muito boa a longo prazo, mas a curto prazo provoca muitas
dificuldades”.
Anna Edgerton e Filipe Pacheco
Bloomberg News
segunda-feira, 28 de setembro de 2015
MST – Os sem terrinha
Carlos I. S. Azambuja
Algumas manchetes de jornais, segundo
o site do Movimento Paz no Campo (http://www.paznocampo.org.br):
“ - MST: 2 milhões de militantes e 1.800 escolas”
“ - 200.000 crianças no Brasil aprendem no Livro Vermelho de Mao”
“ - País terá graduação para assentados”
“ - Graduação na USP só para aluno assentado”
“ - MST forma professores e prega luta”.
Nas 1.800 escolas públicas dos assentamentos e acampamentos estão matriculados 160.000 sem-terrinhas. Essas escolas são reconhecidas pelo MEC e mantidas, evidentemente, com recursos provenientes do governo.
Em cerca de 20 Universidades existem cursos exclusivos para a formação de sem-terras, por convênio. Esses cursos em sua maioria são pagos pelo Incra. Para se candidatar ao curso é preciso ser assentado, filho de assentado, não ter formação superior e trabalhar como educador em escolas dos sem-terrinha.
A Universidade Florestan Fernandes, inaugurada em janeiro de 2005 pelo MST, em novembro do mesmo ano formava 60 alunos em cursos de especialização, com a presença do então Secretário-Geral da Presidência, ministro Luiz Dulci. Bem destacada no centro de cada diploma estava a frase: “Contra a intolerância dos ricos, a intransigência dos pobres. Não se deixe cooptar. Não se deixe esmagar. Lutar sempre”.
Existe também um projeto de uma escola sul-americana de agroecologia, cujo protocolo de intenções para sua implantação no Estado do Paraná foi assinado pelos governos do Brasil, Venezuela, Paraná e dirigentes da Via Campesina.
Pela primeira vez no Brasil teremos estudantes saídos de universidades com o diploma de professor rural. O Ministério da Educação fechou convênio com cinco universidades para a formação desses cursos. Segundo o MEC, esses cursos são inspirados nos cursos de graduação para os sem-terras. Há mais de três anos existem esses cursos na UFMG.
Na aula inaugural, em 2005, discursou Armando Vieira, líder do MST em MG. Pregou abertamente que as “universidades são latifúndios, e nossa presença aqui é uma ocupação”.
“ - MST: 2 milhões de militantes e 1.800 escolas”
“ - 200.000 crianças no Brasil aprendem no Livro Vermelho de Mao”
“ - País terá graduação para assentados”
“ - Graduação na USP só para aluno assentado”
“ - MST forma professores e prega luta”.
Nas 1.800 escolas públicas dos assentamentos e acampamentos estão matriculados 160.000 sem-terrinhas. Essas escolas são reconhecidas pelo MEC e mantidas, evidentemente, com recursos provenientes do governo.
Em cerca de 20 Universidades existem cursos exclusivos para a formação de sem-terras, por convênio. Esses cursos em sua maioria são pagos pelo Incra. Para se candidatar ao curso é preciso ser assentado, filho de assentado, não ter formação superior e trabalhar como educador em escolas dos sem-terrinha.
A Universidade Florestan Fernandes, inaugurada em janeiro de 2005 pelo MST, em novembro do mesmo ano formava 60 alunos em cursos de especialização, com a presença do então Secretário-Geral da Presidência, ministro Luiz Dulci. Bem destacada no centro de cada diploma estava a frase: “Contra a intolerância dos ricos, a intransigência dos pobres. Não se deixe cooptar. Não se deixe esmagar. Lutar sempre”.
Existe também um projeto de uma escola sul-americana de agroecologia, cujo protocolo de intenções para sua implantação no Estado do Paraná foi assinado pelos governos do Brasil, Venezuela, Paraná e dirigentes da Via Campesina.
Pela primeira vez no Brasil teremos estudantes saídos de universidades com o diploma de professor rural. O Ministério da Educação fechou convênio com cinco universidades para a formação desses cursos. Segundo o MEC, esses cursos são inspirados nos cursos de graduação para os sem-terras. Há mais de três anos existem esses cursos na UFMG.
Na aula inaugural, em 2005, discursou Armando Vieira, líder do MST em MG. Pregou abertamente que as “universidades são latifúndios, e nossa presença aqui é uma ocupação”.
Luta de classes e subversão em estado
puro!
A revista Época, em reportagem que ficou famosa – que trazia na capa a frase “MST, Eles querem revolução” – escreveu:
A revista Época, em reportagem que ficou famosa – que trazia na capa a frase “MST, Eles querem revolução” – escreveu:
“Há 20 anos eles eram crianças
colocadas pelos pais na linha de frente das invasões, para constranger a
polícia e suas baionetas. Hoje eles são o comando de ocupações, marchas e
saques pelo Brasil afora. A nova geração do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra
(MST), a primeira nascida nos acampamentos e formada nas escolas da
organização, chegou ao Poder. Quando boa parte do povo estiver pronta para
pegar na enxada, a gente faz uma revolução socialista no Brasil. Meus pais só
queriam um pedaço de terra. Agora queremos mudar a sociedade, mesmo que não
seja pela via institucional. A gente precisa ir para a luta, acampar e viver o
desconforto para destruir o capitalista que vive dentro de nós. Queremos a
socialização dos meios de produção. Vamos adaptar a experiência cubana e
soviética ao país”.
ENCONTRO DOS SEM TERRINHA
Car@s Compas,
O MST irá fazer um encontro dos Sem Terrinha, nos dia 11,12 e 13 de outubro de 2005; serão 1000 crianças e adolescentes do Brasil todo, mais 300 educadores.
ENCONTRO DOS SEM TERRINHA
Car@s Compas,
O MST irá fazer um encontro dos Sem Terrinha, nos dia 11,12 e 13 de outubro de 2005; serão 1000 crianças e adolescentes do Brasil todo, mais 300 educadores.
Nesses tempos de retrocesso profundo,
mais do que nunca experiências como essas devem ser apoiadas, o MST está
precisando do apoio de todas as entidades e lutadores sociais, precisa de:
recursos para garantir a vinda de todos, alimentação, local para ficar e todo
apoio logístico possível.
Camaradas, vamos lá exercitar toda a
nossa solidariedade nessa luta!!!
MST
Secretaria Estadual: 3663-1064
Danilo (setor de projetos): 7438-1413
Carlos I. S. Azambuja
Historiador.
Alerta Total – www.alertatotal.net
Pátria enganadora
Carlos Henrique Abrão
A Nação brasileira perplexa e
acometida de sua mais grave crise vive hoje a desilusão da instabilidade da
moeda, galopante inflação, desnorteio da moeda norte americana, e conta com uma
inqualificável classe política, a única e maior responsável pelos descalabros
da história moderna.
O jeitinho, a lei de Gérson, os
privilégios de castas corporativas e as velhas capitanias hereditárias
comprovam que desde o descobrimento até o século XXI as coisas se mudaram e
para pior. Esse ingresso no capitalismo globalizado levou à ganância e a ambição
generalizada.
Tudo se promete às vésperas das
eleições mas na realidade no dia seguinte tudo se descobre que é pura
enganação. O Brasil literalmente quebrado com ameaça de levar a segunda nota de
rebaixamento, com um mercado acionário caquético, desprovido de regras de
governança e descontrolado em todos os seus fundamentos de uma economia
saudável.
Nessa catarse que nos atinge na qual
as pessoas somente se apresentam para conquista de proveitos próprios temos uma
sociedade desunida. Ninguém se interessa pelo coletivo, pela melhoria do País e
de defesas intransigentes em prol da reconstrução da democracia esfacelada.
No exterior a nossa reputação é
indizível. Os estrangeiros passam sustos quando ouvem falar do Brasil. Fundos e
mais investidores já se foram e agora processam as empresas lá no exterior, com
a possibilidade de acordos bilionários, mas sem caixa ou sustentação de
recursos financeiros para efetivo pagamento da conta salgada.
Dora-se a pílula mas se encobre
a verdade. Uma população acima de 200 milhões de brasileiros navega sem rumo,
sem destino, alquebrada com tantos escândalos cuja variante será um prejuízo de
um trilhão, fruto da corrupção desabrida e do não funcionamento dos nossos
órgãos administrativos e da sonolência do judiciário.
Em sua manifestação, um terço do
produto interno bruto foi para o ralo na perspectiva de uma reviravolta, porém
a recuperação sequer atinge dez por cento de tudo surrupiado pelas quadrilhas e
facções criminosas que assaltaram aos cofres de empresas de sociedade de
economia mista, parcerias público-privadas, e negociatas em refinarias e outras
licitações como já se encontra demonstrado pelo Ministério Público Federal.
Desenhado esse resumo da opera bufa,
enquanto a sociedade não redescobrir a força da sua união e não estiver
disposta aos sacrifícios, o caminho será o mesmo da pura falta de amplitude das
reivindicações em direção à pressão nos representantes do povo para um novo
amanhã.
Saímos há poucos meses de uma eleição
com cargos para o executivo e legislativo, mas menos de um ano e tudo parecer
mais escuro, repleto de trevas, não se falam ou conversam e sequer são capazes
de uma pauta mínima de diálogo em pleno momento de profunda crise econômica.
Muitos economistas que palpitam e
nenhuma economia eficiente, o pauperismo de ideias se compara aquele da
população hoje são mais de 55 milhões de brasileiros que se fizeram presente no
acesso ao crédito que não reúnem condições de pagar o que devem.
Esse momento lúdico somente poderá
ser rompido se cada brasileiro juntar e unir forças no desiderato de um
objetivo comum, o que é dificultoso, pois carregamos uma mentalidade tacanha do
descobrimento. Os interesses de sobrevivência, ganância e ambição perpassam o
coletivo.
Até quando continuaremos nos
enganando mutuamente? O resultado dessa realidade é um naufrágio sem
sobreviventes.
Carlos Henrique Abrão
Doutor em Direito pela
USP com Especialização em Paris, é Desembargador no Tribunal de Justiça de São
Paulo.
Alerta Total – www.alertatotal.net
domingo, 27 de setembro de 2015
A chuva é para todos
Michael
Sandel
“Privilégios sociais e econômicos minam a
democracia, que precisa ser cultivada por meio de uma educação cidadã, defende
professor”
Entrevista de André de Oliveira com Michael Sandel
O
senhor acredita que acabar com a desigualdade é uma questão de justiça?
Sim. Hoje, um dos
principais desafios para se ter uma sociedade mais justa é aprender a lidar com
o abismo entre ricos e pobres. Isso porque, nos últimos anos, a desigualdade só
aumentou na maior parte dos países. No Brasil, vocês tiveram sucesso em reduzir
a pobreza, mas é importante distinguir desigualdade de pobreza. Ou almejamos
uma sociedade menos desigual ou teremos uma comunidade injusta. E existem
inúmeras políticas que podem reduzir a desigualdade. Uma delas, que tem sido
usada por aqui, são as ações afirmativas do governo na educação. Existem duas
razões para ajudar pessoas que vêm de extratos desfavorecidos da sociedade. A
primeira é dar oportunidades iguais para quem está em patamares de desvantagem
socioeconômica. A segunda é criar um ambiente educacional melhor para todos.
Ter estudantes de diferentes origens étnicas, econômicas e sociais em uma mesma
sala de aula cria um ambiente de aprendizagem que ajuda a todos. Isso porque
uma parte do que deveríamos estar ensinando em nossas universidades é um tipo
de educação cidadã que ajude a cultivar cidadãos democratas capazes de
entender, ouvir e discutir com os outros. As ações afirmativas são um belo
exemplo de como se reduz a desigualdade, mas, é bom lembrar, sozinhas, elas não
são capazes de mudar a sociedade.
Em
meio a crise econômica e política do Brasil, o que vemos nas ruas muitas vezes
é muita discussão e pouco debate de ideias.
Esse é um momento
crítico para o Brasil, mas eu acredito que toda crise também apresenta uma
oportunidade de aprofundar a democracia. Eu acho que o ativismo, expresso em
protestos, é saudável. Este é um caminho para expressar sua voz. Outro é no dia
da eleição. Mas acima desses dois existe o exercício cotidiano da democracia.
Ela necessita que os cidadãos debatam através da mídia, de organizações civis,
mas que a conversa não vire uma gritaria, uma discussão sem respeito mútuo. Na
democracia, devemos nos engajar com o outro, mesmo quando não concordamos com
ele, porque só assim é possível tentar encontrar o princípio fundamental de
onde está o desentendimento, tenha ele nascido a partir de uma questão sobre
transporte urbano, saúde ou taxação de renda. Só assim é possível deixar as
coisas claras e evoluir.
Encontrar
esse ponto de equilíbrio pode ser difícil quando algumas questões, como a
corrupção, muitas vezes são vistas como uma primazia de determinados grupos. O
que fazer?
No caso da
corrupção, por exemplo, é necessário enxergá-la não apenas como uma questão
legal, mas como um tema de ética e cultura democrática. Nós costumamos dizer
que a corrupção é sempre o problema de outra pessoa, outro partido político ou
de pessoas em cargos altos da Petrobrás, mas ela está na nossa vida cotidiana.
Nesse momento, eu respeito e admiro a independência do sistema Judiciário
brasileiro, que está fazendo algo sério sobre esse tema. Aliás, a liberdade com
que o Judiciário tem trabalhado também revela a maturidade da democracia
brasileira. Agora é importante valorizar isso, mas sem deixar de trabalhar com
a noção de que a corrupção é algo a ser resolvido em longo termo, algo que
depende de uma nova educação cidadã, só encontrável na convivência diária com o
outro, com o diferente. Este é o caminho para a corrupção se transformar,
gradualmente, em integridade.
O
Supremo Tribunal Federal proibiu doações de empresas a partidos e políticos. O
senhor acredita que essa é uma boa forma de se combater a corrupção política?
Eu acredito que
esse dinheiro distorce a democracia, porque dá muito poder aos mais ricos e faz
com que os cidadãos comuns acreditem que é impossível ter suas vozes
minimamente representadas na vida democrática. Muitas democracias vivem esse
dilema quando o assunto são as doações em campanhas eleitorais. Os EUA vivem
uma versão extrema disso, em que empresas e pessoas muito ricas influenciam
campanhas diretamente. É importante que haja uma limitação da quantidade de
dinheiro que pode ser doado. Nós tínhamos algumas restrições modestas, mas,
infelizmente, nossa Suprema Corte, ao contrário do que está acontecendo no
Brasil, as derrubou. Idealmente, deveria existir alguma combinação entre um
fundo de dinheiro público para campanhas e pequenas contribuições de pessoas
físicas. Isso acabaria com essa distorção que, muitas vezes, também é fonte de
corrupção.
O senhor fala bastante de resolver a
desigualdade por meio de uma “nova educação cidadã”, na qual a convivência com
o diferente é fundamental. É possível imaginar uma comunidade saudável em que
não há convivência em espaços públicos, em que tudo se dá no âmbito privado, do
carro para o trabalho, do trabalho para o carro?
Essa é uma questão
fundamental, porque é impossível ter uma democracia sadia sem espaços públicos,
onde cidadãos, de todas as origens, possam interagir. Parques, bibliotecas,
museus. Tudo isso é necessário para que haja uma cultura democrática forte. Se
as pessoas viverem seus cotidianos apenas em espaços privados, elas terão
poucas oportunidades de encontrar quem é diferente delas. Uma das consequências
mais terríveis da desigualdade, do abismo entre ricos e pobres, é que as
pessoas vivem separadas, distantes. Desse modo, corre-se o risco de que as
pessoas deixem de enxergar a democracia como um projeto comum, que visa ao bem
comum. Só convivendo com pessoas de diferentes origens étnicas, sociais e
econômicas é possível apender a cultivar a democracia.
O
senhor disse que a desigualdade aumentou no mundo. Essa separação, essa falta
de convivência, também aumentou?
Sem dúvida. E quem
perde com isso é a democracia. Eu tenho um conceito que expressa bem essa
separação. Eu chamo isso de “camarotização” da vida. Quando jovem, antes de
existirem setores VIP, eu era um fã de beisebol e ia em todos os jogos torcer
pelo time local. Nessa época, existiam alguns assentos mais caros, mas não
existia uma diferença grande entre preços. Por isso, ir a um estádio era uma
experiência de mistura cívica, era um exercício de cidadania, onde rico e pobre
sentavam lado a lado, onde, para ir ao banheiro, todo mundo usava a mesma fila.
Sem privilégios. Se chovia, todo mundo ficava molhado. Acredito que algo
semelhante à “camarotização” tenha acontecido nas novas arenas de futebol que
substituíram os antigos estádios brasileiros, como o Maracanã. No caso
americano, isso ocorreu durante os anos 1980 e 1990. O camarote é o símbolo
máximo da mudança pela qual nossa sociedade passou e está passando. E, talvez,
por ser tão simbólico, esse seja um dos principais desafios das nossas modernas
democracias: criar espaços em que as pessoas possam conviver sem privilégios.
SERVIÇO
O Estado, em parceria com Harvard,
Insper e a plataforma de cursos online edX, oferece o curso Justiça
(legendado e adaptado para a realidade brasileira), apresentado pelo
filósofo e palestrante americano
Michael
Sandel.
Onde: Plataforma
online edx.org
Quando: 1º de
outubro, com duração de 12 semanas
Preço: Gratuito
(diploma será cobrado)
Inscrições: Inscreva-se
gratuitamente aqui
Jornal O Estado de São Paulo
A importância da ligação entre corpo e espírito
Bruno
Gomes
Muito se fala sobre o Espírito e suas ações,
funções e capacidades que vão além do nosso conhecimento, mas qual seria a real
relação entre o Espírito e o corpo físico?
O Espírito é considerado a verdadeira identidade e
inteligência de um indivíduo, é uma parte da energia inteligente universal que
compõe as características gerais de uma pessoa quando em seu corpo físico ou
até mesmo fora dele, como acontece por exemplo quando estamos dormindo, também
é denominado Alma quando está unido ao corpo físico, no qual todos nós estamos
agora, ou seja, o Espírito habita o corpo físico e dá a ele todas as funções e
características, sejam elas físicas, emocionais ou psíquicas.
O corpo físico por sua vez é a matéria densa, do
qual podemos tocar, manipular e conseqüentemente ser influenciado, ou seja, é o
corpo composto por células, órgãos, líquidos e tecidos do qual de fato
conhecemos.
Mas há algo que vai além dessas definições, que é justamente
a junção do Espírito com o Corpo, essa ligação é vista de diversas maneiras
pelas diferentes religiões e doutrinas espalhadas pelo orbe terrestre, a mais
aceita é a de que o Espírito (Alma) habita o corpo físico através de uma junção
de ligações energéticas que chamamos de Peri–espírito, um corpo fluídico de
natureza etérea semimaterial, é um envoltório do corpo físico, uma ponte entre
o Espírito propriamente dito e o corpo material.
Essa junção é fixa e intermitente enquanto
encarnado (vivo), pois é através dessa ponte que o espírito poderá realizar
suas ações sobre o corpo, tendo em conta de que um espírito encarnado trás em
sua memória de vidas passadas todas as informações das vivencias pregressas,
muitas vezes é comum o corpo físico apresentar alguns detalhes como
conseqüência disso, que podem ser simples sinais inexplicáveis na pele, como
também deficiências e até mesmo malformações em órgãos ou estruturas internas,
do qual faz parte do Carma.
Essa união permite também a impressão no espírito
das atitudes tomadas pela pessoa durante sua vida, isso envolve o tipo de vida,
sua ações, tipos de pensamentos, e todas as características gerais que servirá
como um histórico para a determinação de suas vidas posteriores.
Porém, da mesma forma que o Espírito pode realizar
ação sobre o corpo físico, o efeito contrário é muito freqüente e quiçá mais
importante do que o primeiro. Como disse anteriormente, todas as ações e
hábitos do corpo em determinada vida será carimbada no
Reflexão
Espírito, e chamo a atenção a esse assunto em
particular, como uma forma de reflexão sobre nosso estilo de vida e nossos
objetivos como espíritos encarnados. O cuidado com o corpo vai muito além da
saúde assim como conhecemos, mas é uma forma interina de nos mantermos num padrão
de vibração saudável, do qual poderemos dar a oportunidade ao espírito de
seguir seu real objetivo, isso se baseia não somente numa alimentação saudável,
mas também no tipo de pensamento que predomina durante a maioria do tempo, nas
palavras que falamos e nas ações que praticamos.
Tudo isso é somado, e a partir daí é que vamos
determinar se somos pessoas saudáveis ou pseudo-saudáveis, atualmente existe
uma grande massa de pessoas que são consideradas sedentárias, ou seja, vivem
uma rotina privada de exercícios físicos e muitas vezes acompanhada de má
alimentação e obesidade, digo má alimentação não somente as más escolhas dos
alimentos, mas também como o exagero da mesma, comendo mais do que o organismo
necessita, abrindo as portas a doenças e obsessões, principalmente quando tudo
isso vem acompanhado pelo estresse do dia-a-dia, vemos uma ascensão de casos
relacionados a esses problemas como doenças cardíacas, hipertensão, depressão,
baixo estima, falta de esperança no porvir que a curto e em longo prazo causam
danos muitas vezes irreversíveis.
Nossas atitudes como pessoa também entram nesse
contexto como saúde psíquica ou mental, o que chamamos de ética e valores são
ferramentas magníficas para nos mantermos num padrão alto de vibração, evitar
sentimentos como a inveja, a raiva, pensamentos negativos, ódio e todos os
vícios destrutivos nos permite manter uma porta aberta ao caminho da evolução
espiritual, assim como facilitar as ações positivas de energias superiores.
Incluo também entre esses problemas a falta de
elevação da mente, no sentido de nos conectarmos com as forças superiores que
regem o universo, revisando que o espírito é parte dessa energia universal,
veremos que é fundamental ter um balanço com essas energias, não só para sua
renovação, mas também como uma forma de nos guiarmos pelo caminho
predeterminado para cada um de nós, isso pode ser feito através da meditação,
oração, concentração, leitura, contato com a natureza e diversas outras formas,
sempre seguindo esse objetivo.
Como finalização, podemos ver que há uma ligação
recíproca entre Corpo e Espírito, e que a nivelação nessa ligação é a base para
uma vida sana, seja ela física ou psíquica, uma vida regrada de bons costumes,
boas ações, alimentação saudável e responsável significará uma vida próspera e
principalmente com uma grande evolução na escada do desenvolvimento no “eu”
interior.
Verdade
Mundial
sábado, 26 de setembro de 2015
A farra dos cargos de confiança
Célio
Pezza
A estrutura governamental da
administração Dilma, com seus 39 ministérios, custa perto de R$ 500 bilhões por
ano aos cofres públicos e possui mais de 100 mil pessoas em cargos de
confiança. Este número é um deboche ao trabalhador e contribuinte que não vê
nenhum resultado prático dessa gastança desenfreada. Dentro dessa triste
realidade, chama nossa atenção essa imensa quantidade de cargos de confiança e
seus valores. Só no Ministério da Educação, temos mais de 50 mil cargos de
confiança, fora os cerca de 300 mil efetivos.
Vale lembrar que na época de
Juscelino Kubitschek tínhamos 13 ministérios. Durante a Ditadura Militar nunca
passamos de 16. José Sarney tinha 25, Fernando Henrique 24, Lula subiu para 35
e Dilma chegou a 39. Países como Alemanha e Estados Unidos têm
respectivamente 14 e 15. Isso mostra claramente que a criação de ministérios e
cargos de confiança é uma forma de abrigar a corte governamental e sua base
aliada.
Faltam professores, médicos,
policiais, mas sobram assessores para todos os lados. Cada deputado federal
pode ter até 25 assessores. Para a Presidência e Ministérios não há limites de
cargos de confiança, bastando que sejam autorizados pela Presidenta. Com tudo
isso, temos um dos piores serviços públicos do mundo. Em termos de salários, um
motorista ou uma secretária do IPEA ganha mais que um professor com doutorado
no magistério público. Cada senador pode contratar até 50 assessores
comissionados, cada deputado até 25 e assim por diante. A Presidência da
República tem cerca de 7.000 servidores e esses cargos envolvem gastos
absurdos.
No final de 2014, o Planalto
adquiriu eletrodomésticos, toalhas de banho, aparelhos de ginástica e outros,
pela bagatela de R$ 260 milhões, para melhorar o condicionamento físico dos
seus servidores e seguranças.
Atualmente, pressionada pelos
movimentos das ruas e pesquisas que apontam mais de 93% de rejeição ao seu
governo, Dilma Roussef deve ser forçada a diminuir a gigantesca máquina de
desperdiçar dinheiro público que ajudou a criar e extinguir alguns ministérios
que nem deveriam ter sido criados. Ao mesmo tempo em que aumentam
impostos, retiram direitos dos trabalhadores, sufocam as empresas e causam
recessão e desemprego, o governo continua com uma máquina inchada, ineficiente
e que segue gastando sem limites o nosso dinheiro.
Até quando o governo vai continuar
com essa gastança, vivendo em outro mundo e rindo da nossa cara? Quando vai
desmontar essa máquina imoral, parar de criar cargos inúteis e se concentrar no
que realmente importa para o país?
Verdade Mundial
STF. Indicações políticas corromperam o Judiciário
Martim Berto Fuchs
Os
reis absolutistas legislavam, executavam e julgavam. Depois, “cansaram” de toda
esse trabalheira e passaram à indicar vassalos para legislar e julgar. É neste
estágio que ainda nos encontramos.
O desmembramento da ação que envolve a
senadora Gleisi do Partido esgôTo, saindo das mãos do juiz Moro e passando para
um juiz de SP, à ser “sorteado”, foi uma decisão dos vassalos da dupla
Lulla/Dilma, que ocupam cadeiras no STF, mas que devem vassalagem à quem os
indicou.
No STF a ação caiu “casualmente” nas mãos
do Dias Toffoli, que de advogado do PT, reprovado em dois concursos para juiz
federal, foi guindado por Lulla ao cargo de ministro no órgão máximo do Poder
Judiciário.
Agora é nas mãos dos seus colegas e
cúmplices do Partido dos Trambiqueiros que se encontra o futuro da senadora
Gleisi, pois continuasse nas mãos de um juiz imparcial, seu futuro seria mais
negro do que a asa da graúna.
Provas
existem, mas à partir de agora serão ignoradas, desconsideradas, como o foram
no processo do mensalão, que só chegou à condenação dos réus por ação firme e
decidida do Ministro Joaquim Barbosa.
Aliás, frise-se, já todos postos em
liberdade pelos seus cúmplices do STF. E quanto à Joaquim Barbosa, não aguentou
o fedor e abandonou a casa.
Esta é a “democracia” em que navega a nau
do PT. Mas eles tem uma boa justificativa: fazem todos esses trambiques pelo
bem do POOOOOOVO.
E
também, não esquecendo, para manter em mãos a chave do cofre, que é o que
interessa à todos eles.
sexta-feira, 25 de setembro de 2015
Recessão Econômica Histórica
Hélio Duque
No século XX, a economia brasileira
registrou dois anos seguidos de recessão econômica, em 1930 e 1931. No século
XXI, 85 anos depois, o cenário recessivo vai se repetir no biênio 2015 e 2016.
Na primeira, fatores externos determinados pelo “craking” de 1929, quebra da
Bolsa de Nova York, gerou a maior crise mundial do sistema capitalista.
Internamente a Revolução de 30,
sepultando a República velha, iria redefinir os caminhos do desenvolvimento
nacional. Na atual que estamos vivendo e se estenderá em 2016, as causas foram
construídas pelo populismo primário do próprio governo. O segundo mandato do
presidente Lula da Silva e o seguinte de Dilma Rousseff, são os únicos
responsáveis pelo caos econômico e social vitimizador da sociedade brasileira.
O Banco Central, através o seu
Relatório Focus, comprova que o Brasil viverá dois anos de ativa recessão. O
descontrole dos gastos públicos, sustentados naqueles governos pela chamada
“nova matriz econômica”, gerou o desastre que desestruturou a economia
brasileira. A expansão fiscal com excesso de desoneração, intervenção na
economia represando preços administrados para combater a inflação, manutenção
artificial da taxa de câmbio, juros subsidiados na escala de bilhões, através o
BNDES, reduziram a arrecadação e atingiu em cheio os investimentos produtivos.
Nos últimos oito trimestres (24 meses) os investimentos vêm registrando queda
livre.
A deterioração fiscal foi o resultado
colhido, com o desemprego decorrente da estagnação econômica invadindo o
cotidiano das famílias brasileiras. A inadimplência deverá atingir em dezembro
próximo níveis extravagantes, levando os trabalhadores a situação de quase
desespero, numa conjuntura de inflação alta e corrosiva do poder aquisitivo dos
assalariados e da classe média. Ao priorizar o crescimento das despesas
públicas, ao invés de canalizar recursos para o crescimento econômico, o
resultado não poderia ser diferente. Foi relegado a nível secundário os investimentos
em infraestrutura e pouca atenção para os investimentos privados produtivos.
O naufrágio dos governos Lula II e
Dilma I teve coadjuvantes importantes a começar pelo Congresso Nacional. E se
estendendo por enormes parcelas da sociedade brasileira dita esclarecida. Todos
coniventes, os primeiros por conveniência eleitoral, os segundos pela
infantilização e ignorância sobre a realidade de uma administração
irresponsável. Igualmente amplos setores empresariais tem grande parcela de
culpa no desastre.
Em dezembro de 2015, entre os países
emergentes na relação do FMI, o Brasil terá a dívida pública mais elevada.
Somente com juros nos últimos 12 meses, pagamos R$ 452 bilhões, representando
quase 8% do PIB. A dívida pública bruta em dezembro de 2014 era de R$ 3
trilhões e 252 bilhões. Seis meses depois, julho de 2015, deu um saldo de R$
336 bilhões, atingindo o total de R$ 3 trilhões e 588 bilhões. Com a taxa Selic
do BC em 14,25%, poderá ultrapassar os R$ 4 trilhões no final do ano. O
rebaixamento do “grau de investimento” colocando-o no círculo dos países
“sujeito a calote” tem na dívida pública bruta uma das suas causas.
Nos últimos anos não faltaram vozes
que alertavam para os descaminhos da política econômica. Ignoradas com
arrogância pelo governo que se achava autossuficiente. Dentre aqueles que
advertiam para a conjuntura adversa, o economista Nilson Teixeira, do Credit
Suisse, apontava o desarranjo das contas públicas. Agora ele prevê que a contração
do PIB será de 3% em 2015 e 1,5% em 2016. No mesmo período os investimentos
externos se reduzirão de 65 bilhões de dólares para 35 bilhões de dólares. A
recessão será brutal nos dois biênios.
Nesse cenário de flagelo econômico,
as camadas populares serão as grandes vítimas, pela razão direta do desemprego
ascendente, levando a perda de renda, agravando a pobreza nacional. O
estelionato foi o dogma construído na década do “nunca antes na história desse
país”, com aprovação de enormes parcelas da população brasileira. Agora a conta
da mentira chegou e é muito salgada.
Na sua origem, o dirigismo econômico
com desprezo pela competência, aparelhando a estrutura pública com pessoas que
tem horror à eficiência, produziu a realidade vivente: recessão profunda e de
longa duração.
Helio Duque
Doutor em Ciências, área econômica, pela
Universidade Estadual Paulista (UNESP). Foi Deputado Federal (1978-1991). É
autor de vários livros sobre a economia brasileira.
Alerta Total – www.alertatotal.net
Apaixonados pela democracia ou pelo dinheiro da viúva ?
João
Luiz Mauad
Informa Lauro Jardim, na Veja.com, que o grupo JBS
doou nada menos que R$ 290 milhões para partidos e candidatos a presidente,
governadores, senadores e deputados, nas eleições de 2014. O único
partido que não recebeu doações dos frigoríficos dos irmãos Joesley e Wesley
Batista foi o PSOL – que está proibido, estatutariamente, de receber doações de
empresas.
Caramba! 290 milhões é muita
grana. Está certo que o faturamento do grupo anda pela casa das dezenas
de bilhões, mas, ainda assim, é preciso amar muito a democracia para doar tanto
dinheiro numa só campanha. Sim, pois das duas, uma: ou estamos diante de
uma paixão arrebatadora pela democracia, ou de um baita investimento visando o
futuro, para não falar de eventuais pagamentos por serviços prestados.
Quê serviços?
Bem, não deve ser por acaso que o BNDES tem investido naquele grupo algo em torno de R$
10,5 bilhões, sendo 8,5 bilhões em ações e 2,1 bilhões em empréstimos
subsidiados. Muito graças a esses investimentos do BNDES, o
JBS vem se consolidando como um dos maiores grupos do mundo em sua área, tendo
adquirido diversos concorrentes, aqui e no exterior, numa demonstração inequívoca
de que a política de escolha de campeões, tão cara aos petistas, também promove
a consolidação de monopólios.
Como escrevi alhures, existem duas maneiras de um
empreendedor tornar-se bem sucedido nos negócios. Na primeira, ele deve
produzir bens ou serviços que atendam aos interesses do consumidor, gerando
resultados desejáveis para a sociedade. Na outra, utiliza-se de meios políticos
para obter do governo variadas vantagens para o seu negócio. Empresários sabem
que os governos costumam ser muito mais eficientes na hora de atender aos
reclamos de lobbies bem organizados e articulados do que propriamente para
gerir os dinheiros públicos no interesse geral.
Normalmente, é muito difícil medir os
benefícios financeiros do compadrio entre grandes empresários e políticos,
embora todos saibam que essa locupletação costuma ser imensamente lucrativa
para todas as partes. Não por acaso, as grandes empresas têm apostado cada vez
mais dinheiro nisso.
Num ambiente que incentive a troca de
favores, mesmo aqueles empresários que talvez preferissem manter distância da
política acabam sendo jogados na prostituição, ainda que em legítima defesa.
Antes de 1998, Bill Gates não tinha um só lobista em Washington, além de estar
afastado das famigeradas doações partidárias. Porém, teve de mudar de atitude
quando o governo quase destruiu sua empresa, através de um processo bilionário
de “concorrência predatória”. Desde então, Gates mantém um verdadeiro exército
de lobistas, consultores e advogados no Capitólio, além de ter-se tornado um dos mais generosos “doadores” políticos do país.
Enquanto os governos detiverem poder
tanto para levar empresários à fortuna quanto à ruína, será quase impossível
escapar do compadrio político. A exemplo da Microsoft, muitas empresas acabam
concluindo que é necessário proteger-se, não só da sanha regulatória dos
governos, mas também de seus concorrentes, frequentemente dispostos a utilizar
os “bons serviços” políticos para enfraquecer os oponentes.
Tocar um negócio num sistema
competitivo não é algo fácil e envolve imensos riscos. Obter benesses e
contratos altamente lucrativos junto a políticos e burocratas é muito mais
fácil. Quanto maior e mais poderoso é o governo, especialmente quando o Estado
se confunde com o próprio sistema econômico, mais os empresários sentem-se
incentivados a buscar rendas através do desvio de dinheiro público e dos
favores especiais (rent-seeking).
O compadrio é conveniente para ambos
os lados, tanto para os governos inchados e sedentos de poder, quanto para os
empresários oportunistas. A sociedade só conseguirá mudar esta tendência
de conluio e corrupção galopantes quando cortar drasticamente os suprimentos de
dinheiro e poder que fazem a festa de políticos, burocratas e
empresários. Mas esta é uma tarefa hercúlea.
Peguem, por exemplo, o pacote do
governo anunciado anteontem para tentar equilibrar o orçamento, um problema que
tem tirado o sono de onze em cada dez governantes, atualmente. Há ali
propostas para aumentar impostos e reduzir algumas despesas, mas ninguém falou
em privatizar empresas estatais ou reduzir os recursos do BNDES destinados a subsidiar
os amigos do rei, duas medidas que , sozinhas, poderiam ajudar muito na
cobertura do déficit. Será que eles não enxergam o óbvio, ou simplesmente
não querem largar o osso?
João
Luiz Mauad
Administrador
de Empresa
Instituto
Liberal
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