segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Democracia não partidária como base de sistema de governo



por Martim Berto Fuchs

O mais correto sistema democrático seria a democracia direta, participativa, sem representantes. Mas, no mundo de hoje, seria quase impossível um sistema baseado em consultas populares em praça pública. Logo, precisamos de representantes, pois nossos afazeres nesse mundo conturbado e disputado, não nos permitem interessar-se continuamente pelos assuntos que dizem respeito a todos, ou, às obrigações do Estado.

Tendo aceito a criação do Estado por questões de ordem e segurança, entre outros motivos, cabe-nos agora selecionar de entre nós, pessoas que representem a vontade da maioria - sem excluir das decisões as minorias, fáceis de consultar através dos representantes, como também podem se fazer representar - para tomar conta e administrá-lo de acordo com as Leis que nós queremos sejam elaboradas.

Na Grécia antiga, na cidade de Atenas, nasceu a democracia participativa, onde as decisões eram tomadas em praça pública. Lamentavelmente naquela época, como também depois, as guerras de conquista faziam parte do dia à dia e os invasores obviamente não aceitaram debater administração com os vencidos e essa experiência se perdeu.

O predomínio dos mais fortes se estendeu das mais variadas maneiras, de +/- 2.500 a.C. até meados do século XVIII, quando então oficializaram uma nova modalidade de subjugação, agora através de partidos políticos. Com sua imposição tornou-se fácil dominar grandes parcelas da população, pois primeiro enquadravam-se os cidadãos nos mesmo, sob ideologismos dos mais variados e depois, através dos seus donos -  inescrupulosos e ricos ou a caminho de ser - dominava-se todos com relativa facilidade.
Essa modalidade permanece em uso no Brasil e no mundo dito democrático. Até nos países de regime autoritário se utilizam desse expediente para mais facilmente iludir e subjugar, pois mesmo tendo partido único e candidato único, esmeram-se em exaltar a forma “democrática” de escolha.

Democracia não partidária é o processo proposto em Capitalismo Social para a escolha dos representantes da sociedade, representantes esses que então movimentarão as engrenagens do Estado, fazendo com que o mesmo funcione em função da sociedade e não mais como um fim em si mesmo, onde a sociedade serve apenas para sua manutenção e pior, servindo e mantendo quem lhe oprime e extorque.

No processo proposto, mediante regras simples mas pré-determinadas, elaboradas mediante discussão pública, caberá à Justiça Eleitoral de cada município a seleção de candidatos à candidato mediante Prova de Qualificação, sem exigência de diplomas ou conclusões de cursos, apenas de currículo e saber, que se comprovará mediante a Prova de Qualificação.

Todos que quiserem ser candidatos à cargos eletivos - para então, representando segmentos de uma sociedade organizada, participar das decisões administrativas do Estado -, uma vez aprovados nessa Prova de Qualificação, poderão se inscrever na própria Justiça Eleitoral como tal.

Esta seleção natural de candidatos, sem imposição dos já então extintos partidos, será complementada com outra medida democrática, qual seja, financiamento público das campanhas. TODOS candidatos terão as mesmas chances, eliminando-se com esse procedimento o peso hoje decisivo do fator econômico nas eleições.

Há um terceiro ponto importante, mas que não podendo ser determinado por Leis, terá que ser apenas alertado.
Já houve, teoricamente, a separação entre Estado e religião. Não obstante, no caso brasileiro, a religião ainda tem peso considerável entre os eleitores.
Refiro-me exclusivamente à que não mais se omita da sociedade, a questão hoje comprovada da reencarnação.
Excluída quando da fundação da Igreja Universal (Katólica em grego) Apostólica (em homenagem aos apóstolos) Romana (pois oficializada pelo Imperador Romano), somente à partir de 1856 com o professor Denizard Rivail (Allan Kardec), o mundo espiritual fez conexão com o mundo material e passou a ditar a relação existente.

“O que plantaste ontem, colherá hoje, o que plantar hoje, colherá amanhã”.  Desta lei nem os materialistas escapam, creiam ou não, pois independe.

Enquanto os filósofos e os cientistas da física quântica e agora também da física noética se debruçam em seus estudos para provar ou não a existência de Deus, da nossa parte, enquanto esperamos pelos seus resultados que já tardam 2.500 anos pelo menos, podemos nesse ínterim ir conhecendo o que já se sabe sobre o mundo espiritual e da continuação da vida após a morte. Pelas informações psicografadas, já sabemos que não há cemitérios lá em cima, só aqui em baixo, pois lá é um mundo essencialmente de espíritos, mas vivos.
Uma sociedade conscientizada desse fato - mesmo que alguns ou muitos ainda não creiam em Deus -, deve pelo menos procurar conhecer o que já se sabe sobre o mundo espiritual, do qual TODOS desencarnados fazem parte, vivos, e não mortos à espera de julgamento sem data marcada.

Democracia não partidária, sem distinção de classes  mas considerando necessário o conhecimento sobre as matérias que vai legislar e administrar; sem interferência do capital aliciador de consciências e sem interferência das religiões, dogmáticas, é um novo paradigma, assunto para um novo contrato social, à ser debatido entre os membros da sociedade, para a formação de um Estado voltado desta vez para o bem comum.


quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Um novo Estado é possível !


Martim Berto Fuchs

No princípio era a natureza e a individualidade.
O crescimento da população e o desenvolvimento da inteligência, mostrou para alguns que havia necessidade de ordem.

Como uma minoria usa o Estado
Império Romano matava os contrários que não queriam se submeter à sua ordem. Se não os incomodassem, podiam viver. Caso dos judeus na Palestina enquanto submissos.

O cristianismo de Constantino continuou matando até o fim da Inquisição, com o mesmo propósito: se não os contradissessem, podiam viver.

Karl Marx criou o fato novo, propondo exterminar os contrários para alcançar seus objetivos, oficializando pois a matança como fase intermediária, entre o mal existente – liberalismo - e o bem por ele pregado - comunismo. Esse bem marxista chegaria à sua culminância com o fim do Estado. Era necessário exterminar os contrários, mesmo que não se manifestassem contra o Estado, para finalmente criar a uniformidade bovina.
E assim seus seguidores o fizeram e o fazem até hoje, muito “democraticamente”, como gostam de afirmar. Mata-se o povo discordante, pensante e contrário, pelo bem do povo bovinizado, sem esquecer das regalias em palácio para os novos senhores feudais, agora sob a guarda do deus Estado e não mais do deus cristão.

Hoje no Brasil, 2002 – 2012, temos pela primeira vez os seguidores de Marx com a chave do cofre na mão. Tentam, ainda “democraticamente”, calar toda oposição à seus objetivos, aliás, nunca explicitados, conhecidos apenas por dedução.
Compram os contrários com o dinheiro dos impostos; querem pautar a imprensa - o que ainda não conseguiram mas não vão desistir - e estão conseguindo neutralizar as FFAA, primeiro por seu sucateamento; segundo, moralmente, ou alguém pode explicar a presença de Celso Amorin e José Genoino no topo da pirâmide da segurança nacional ? Se podem esses dois ocupar o cargo que ocupam, então podem perfeitamente, conhecimento por conhecimento, empunhar um bisturi e operar câncer de laringe.  E terceiro, impondo através de medidas como o ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente, um caminho que obrigará à intervenção do Estado, autoritariamente, para voltar a ter ordem na sociedade. Cria-se o caos para depois interferir com mão de ferro. Esse golpe é antigo; os romanos já acabaram com sua república desta forma.

Como uma minoria controla o Estado
Como os Imperadores chegavam ao Poder? Traindo, envenenando, corrompendo, matando os adversários.
Os monarcas ? Traindo, envenenando, corrompendo, matando os parentes indesejados, fazendo casamentos convenientes.
Os Papas antigos, depois da queda do Império Romano, em 485 d.C., nos Estados Papais ? Traindo, envenenando, corrompendo, matando pretendentes indesejados, fazendo casamentos convenientes entre seus filhos e a nobreza, e até por votação.

Depois desse padrão nada democrático, já no século XVIII, para se manter no Poder eles criaram os partidos políticos. Começou na Inglaterra, com a regulamentação e oficialização dos partidos  “Whig” e “Tory”, que, aproveitando, já deixavam bem claro a distinção de classes: um para a nobreza e outro para os comuns.
Seguiu-se a Revolução Francesa, onde se evidenciou a separação entre os com culote dos sem culote, e a designação que se tornou clássica: direita, centro e esquerda, mantida até hoje em nossas “democracias”.

A independência americana foi quem sabe a única que chegou mais perto de um regime democrático, quando da escolha dos primeiros Presidentes. Chegou perto, mas infelizmente também acabou adotando os partidos políticos – facilidade de poucos controlarem muitos - e à partir daí, começou o velho esquema de matar os indesejados, sejam ainda candidatos ou já Presidentes.

No Brasil, até 1930 as votações para escolha dos governantes eram para inglês ver, como se dizia na época. Procedia-se a eleição, guardavam-se os votos sem contá-los ou jogavam fora e escreviam nas atas os nomes dos “vencedores”.
O “democrata” Getúlio Vargas, guindado à força ao Poder para corrigir essa e outras distorções, já de cara não foi muito chegado à votações, tanto que nos primeiros 4 anos de palácio, esqueceu dos seus compromissos com os revolucionários e depois de muita pressão, nomeou indiretamente um Congresso que o elegeu em 1934 por 4 anos. Durou pouco seu espírito democrático, pois em 1937 chutou novamente o pau da barraca, dando novamente um chega prá lá nas tais de consultas populares.
De 1964 à 1985, os Presidente eram “eleitos” pelo Congresso, com “férreos” argumentos junto aos congressistas recalcitrantes.

Hoje, nessa era “democrática” pós 1985, os três grupos que compõe a Corte, oligarcas, burgueses e sindicalistas, através dos seus partidos políticos e daqueles outros que eles compram com o dinheiro “arrecadado” dos impostos sobretudo dos que menos ganham, nos impõe seus testas de ferro, quando não é o próprio Chefe do partido à disputar as eleições.
Nesta “democracia” em que vivemos, temos obrigação, senão seremos multados, de referendar um dos ungidos por eles. Depois vem um analista político qualquer e declara em alto e bom som: - O Congresso é a cara da sociedade. Representa exatamente a sociedade que somos. Logo, para bom entendedor, meia palavra basta: para esses analistas somos todos bandidos.
Em nenhum momento desses houve democracia, salvo no nome. Quanto mais totalitário o regime, mais eles se valem do nome democrático para iludir os desinformados e comprar seu apoio, mistificando com esse sistema eleitoral.

Como a maioria deve administrar o Estado
“O livre-arbítrio nasce com o homem, o que lhe confere o direito de desrespeitar as regras, mas também de sofrer as consequências impostas por elas; enquanto liberdade é o direito que temos de nos mover dentro das mesmas”.

Religiões x Materialismo
Essa dicotomia impera há 2.500 anos. E onde tem nos levado ?
Por mais que as religiões tentem demonstrar o contrário, o mundo espiritual é pré-existente à matéria; é real, vivo e não um cemitério de mortos esperando julgamento sem data marcada.
Se é preexistente à matéria, também desfaz as alegações do materialismo, para quem a matéria precede. Se não quisermos transformar isto em uma discussão filosófica sobre a existência de Deus, ainda indefinido para muitos, basta saber que a reencarnação é fato comprovado e bastaria isso para mudar o mundo, se à todos fosse dado saber e comprovar, aliás com muita facilidade.
Não há mais como dissociar a vida do ser humano em sociedade, do mundo espiritual, real, e das idas e vindas do espírito à matéria transitória.

Quando falamos em democracia, temos que ter em conta, que na sua interpretação correta, nunca foi testada. Um sistema de governo onde a liberdade de escolha dos representantes fosse dado ao povo, sem intermediários, ainda não foi praticado, pelo menos não no mundo moderno e em grande escala.
E é aqui que reside o primeiro erro dos sistemas “democráticos” existentes, incluso EUA: na manipulação da escolha dos representantes.
Segue-se, que o modelo presidencialista como é praticado, dá a uma só pessoa excesso de poder.
Temos pois, manipulação na escolha e excesso de poder para o escolhido, que antes de começar governar já está em dívida com quem o escolheu, financiou, empossou e garante.
Tudo isso sustentado pelos partidos políticos, que teoricamente existem para abrigar correntes de pensamento e na prática não passam de organizações criminosas legalmente autorizadas a funcionar. O resultado é isto que aí está, e não apenas no Brasil. Exploração, amargura, sofrimento e desilusão, em todos quadrantes.

Se queremos que o Estado seja representado pelo que a sociedade realmente é, temos que permitir que ela mesma escolha seus representantes. Em bem menos tempo do que os 2.500 anos transcorridos até agora, ela encontrará seu caminho natural, sob o resguardo de uma ordem expressa pela maioria e levando sempre em conta que o ser humano não é apenas matéria - corpo com cérebro - pois essa vira pó, mas primordialmente o espírito imortal que os anima, cuja finalidade é evoluir.

Temos que conviver sob as regras escritas pelo Estado, mas nos cabe o direito de escolher quem ditará essas regras e controlar se os mesmos as estão fazendo cumprir corretamente. Não é porque decidimos criá-lo que vamos permitir que seus administradores nos escravizem.

http://capitalismo-social.blogspot.com.br/2012/08/505-capsoc-prova-de-qualificacao.html

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Livros Especiais - 48. “Filosofia do Espiritismo” - Luiz Caramaschi


01. “Teoria da Organização Humana” - Antonio Rubbo Müller.
02. “A verdadeira história do Clube de Bilderberg” - Daniel Estulin.
03. “O Comitê dos 300”, que revela as entranhas do Clube Bilderberg - Dr. John Coleman.
04. “O Instituto Tavistock de Relações Humanas - Conformando o Declínio Moral, Espiritual, Politico e Econômico dos Estados Unidos da América” - Dr. John Coleman.
05. “ILLUMINATI” - Paul H. Kochs.
06. “Os Protocolos dos Sábios do Sião” - Gustavo Barroso.
07. “História Secreta do Brasil” - Gustavo Barroso.
08. “Os judeus, o dinheiro e o mundo”  -  Jacques Attali.
09. “Mauá – Empresário do Império”  -  Jorge Caldeira.
10. “História Social e Econômica da Idade Média” - Henri Pirenne.
11. “Desobedecendo” - Henry Thoreau.
12. “Sociedades Secretas”  - Sylvia Browne.
13. “Carlos Lacerda - Depoimento”.

14. “The Black Pope” (O Papa Negro) - M. F. Cusack.
15. “As Deusas, as Bruxas e a Igreja” - Maria Nazareth Alvim de Barros.
16. “A Armada do Papa”  - Os segredos e o poder das novas seitas da igreja católica.
Gordon Urquhart .
17. “A Tumba da Família de Jesus” – Simcha Jacobovici e Charles Pellegrino.
18. “A Dinastia de Jesus” – A história secreta das origens do cristianismo.
James D.Tabor

19. “Reencarnação”  -  Annie Besant.
20. “Reencarnação: o elo perdido do cristianismo” - Elizabeth C.Prophet & Erin L.Prophet.
21. “Casos sobre reencarnação – 4 volumes“ - Ian Pretyman Stevenson.
22. "A Reencarnação Segundo a Bíblia e a Ciência" - José Reis Chaves - 6ª Edição - 2001
23. “Recordando Vidas Passadas” - Dra. Helen Wanbach. (+ de 1.000 regressões em pacientes)
24. “Espíritos entre nós”  -  James Van Praagh.
25. “Psicoterapia Reencarnacionista” - Mauro Kwito.
26. “Muitas Vidas muitos Mestres” - Brian L. Weiss.
27. “Minhas Vidas” - Shirley MacLaine.

28. “A Roda da Vida” - Elizabeth Kübler-Ross.
29. “Energia sutil” - John Davidson.
30. “Medicina Vibracional” - Dr. Richard Gerber.
31. “Mãos de Luz” - Bárbara Ann Brennan.
32. “Luz Emergente”  -  Barbara Ann Brennan.
33. “Reinventando a Medicina”  -  Dr. Larry Dossey
34. “Reiki” - Pe. Mikao Usui.
35. “Auras humanas” - Colette Tiret.
36. “Os chakras e os campos de energia humanos” - Shafica Karagulla.

37. “Espaço-tempo e além” - Bob Toben e Fred Alan Wolf.
38. “Quem Somos Nós ?” - William Arntz, Betsy Chasse e Mark Vicente.
39. “O Universo Holográfico” – Michael Talbot.

40. “Viagem Espiritual” - psicografado por Wagner Borges. Instituto de Pesquisas Projeciológicas e Bioenergéticas.
41. “Viajem Astral” - Gavin e Yvonne Frost.
42. “Viagens fora do Corpo” - Robert Monroe.
43. “Viagens além do Universo”  -  Robert Monroe.

44. “Sadhana: o Caminho Interior” - Sathya Sai Baba, tradução assinada pelo Professor Hermógenes.
45. “Autobiografia de um IOGUE”  -  Paramahansa Yogananda.

46. Apometria – “Espírito/Matéria: Novos Horizontes para a Medicina" - Dr. José Lacerda de Azevedo.
47. Apometria - Holus Editora - J.S.Godinho.
48. “Filosofia do Espiritismo”  -  Luiz Caramaschi



“A maior de todas ignorâncias é rejeitar uma coisa sobre a qual você nada sabe”.
  H. Jackson Brown

    “Depois dos 40, ninguém gosta de reformar os seus conhecimentos, porque os velhos  
      erros são mais cômodos do que as novas verdades”.
      Fritz Kahn

sábado, 3 de novembro de 2012

Desnacionalização das nossas empresas e seu círculo vicioso


 
1. Adquirem empresas nacionais trazendo certo percentual de dólares para a compra, “ajudando” com isso nossos “governantes”  fecharem as contas externas.
Detalhe: a parte maior dessa compra no entanto, é financiada pelo BNDES.
2. Lhes é exigido um índice de nacionalização de 65%, índice sobre o produto todo, porém aleatório, “negociável intra-muros”, sem pré-determinação, mesmo que não teria à nível de governo pessoas com capacidade para tanto.
Detalhe: a importação dos 35% restantes do produto, que podem ser apenas meia dúzia de peças do conjunto, que poderiam perfeitamente ser produzidas aqui, essas vem superfaturadas, transferindo com isto antecipadamente todo lucro que eventualmente possa ser auferido, subtraindo dos eventuais sócios brasileiros essa participação, sem contar a sonegação do I.R..
3. Importam mais do que exportam, pois o que exportam, é sub-faturado.
Detalhe: criam novamente déficit nas contas externas.
4. Quando precisam de capital, se socorrem nas matrizes, que buscam dinheiro em bancos no exterior à custo de 2 à 3% a.a. enquanto no Brasil, as empresas nacionais se socorrem à um custo de 3 à 5% a.m..
Detalhe: dólares que vem e que terão que ser devolvidos com juros.
Esse é o círculo vicioso a que estamos sujeitos.

Culpa de quem compra nossas empresas ? Não. O mundo está globalizado e também compramos algumas empresas em outros países, ou, montamos empresas lá, não obstante depois as entregarem de graça para os “cumpañeros”, como se o patrimônio fosse deles, governantes.  
Culpa de quem vende ? Também não, pois se vender for um bom negócio, parabéns; mas via de regra vende para não fechar as portas.
Culpa da falta de visão, de conhecimento, de arrojo, de empreendedorismo dos empresários brasileiros ?
Por que então milhares de empresas nacionais são vendidas e outras tanto vão à falência ?
(Poderia aqui fazer uma relação de empresas de porte, nacionais, que foram vendidas para empresários do exterior nos últimos 36 anos (a débâcle principiou em 1976), e, outra relação de empresas de porte que faliram, pois não conseguiram ser vendidas a tempo. Mas o motivo não é a relação e sim o porquê.)

O principal culpado chama-se governo, que por ser um fim em si mesmo, vive e sobrevive às custas da sociedade. Usam e abusam do dinheiro extorquido, como se deles fosse, ao ponto de não sobrar para investimentos.

Desde que começou se formar o Estado brasileiro, 1808, fomos influenciados pela Corte portuguesa que aqui aportou, na época cercada, isolada e protegida pela Inquisição e com isso mantida intocada nas suas idéias medievais, ou seja, impedida de absorver os novos rumos que a Reforma implementou na Europa.
Não é para menos que a Idade Média ou das trevas tem sua duração determinada justamente pelo período compreendido entre a criação da Igreja Universal (Katólica em grego) Apostólica Romana sob o controle do Imperador Constantino (325 DC) e o rompimento com seus dogmas arcaicos (1517), onde algumas dessas regras previam o ócio das elites. Aliás, a palavra trabalho lhes causava urticária. Esta situação na Corte brasileira perdura até os dias de hoje, piorada.
Piorou, pois nossos jovens numa quantidade cada vez maior, espelhando-se no que parece ser o certo para adquirir fortuna, fama e tranquilidade, só pensam em participar das regalias, seja por concursos públicos, seja via eleições, ou entrando como cabos eleitorais, parentes, amigos ou amantes; de alguma forma se esforçam e almejam se pendurar nas folhas de pagamento do setor público.

Para resolver a questão da industrialização da economia brasileira, na época 200 anos atrasada em relação à Europa, os dois movimentos que ensejaram assumir o governo à força, o primeiro em 1930 com Getúlio Vargas amparado pelos militares e o segundo em 1964 com os militares amparados pelos civis, optaram por chamar a responsabilidade para o Estado, sendo pródigos em criar empresas estatais, principalmente Geisel.
Lamentavelmente, empresas estatais foram e são comprovadamente ineficientes, mas mascaram essa sua marca registrada alegando atendimento social, quando na verdade não conseguem cobrir seus custos nem existir sem que sejam sustentadas anualmente com recursos públicos adicionais, diluídos entre a sociedade, que paga essa conta extra sem saber. De mais a mais, sempre serviram e servem como cabide de emprego para os desocupados da Corte.

1995.  Sob FHC foram “vendidas” as estatais e com o que deveriam ter pago a dívida da Corte,  aliviando a carga das empresas nacionais, conseguiram a proeza de quintuplicar essa mesma dívida, numa demonstração inequívoca de que Estado e nação são dois mundos a parte, esta carregando aquele nas costas. Não é para menos que todos sofrem de dores na coluna.

2012. Dez anos sob a governança e pseudo preocupação dos sindicatos com as empresas e empregos,  e continua a venda e o fechamento das empresas nacionais. Pudera. As sugam de todos os modos, seja pelos impostos, numa participação de “modestos” 38% na produção das mesmas, seja pelos extorsivos juros bancários, altos porque o maior cliente chama-se governo, irresponsável, seja por uma legislação trabalhista errada desde sua origem (1934), quando da implantação do sindicalismo pelego, justamente escolhido por não ter nenhuma autonomia fora das regras da Corte, e complementado por uma Justiça do Trabalho impertinente e defasada, como  sobejamente demonstrado pelo Dr. Roberto Pinho Moreira.

Enquanto as empresas mínguam, os governantes e seus parceiros privilegiados criam uma nova modalidade de empresa, PPP – Parceria Público Privada. Depois das concessões fajutas dos aeroportos, querem viabilizar o trem-bala com essa modalidade de sociedade, onde dilui-se a responsabilidade entre parceiros selecionados sem mais aquela, começando por quem propõe, e o ônus, quase que total (70%), fica para o BNDES, enquanto o bônus, se houver, fica para as partes envolvidas, particularmente.
Também cedido sob a modalidade de concessão, daqui 30 anos nos será devolvido no formato de bagaço.

Em uma obra deste porte, um detalhe demonstra a irresponsabilidade de quem decide:
- Primeiro orçamento = 18 bilhões.
- Segundo orçamento = 33 bilhões.
- Terceiro orçamento = 50 bilhões.
Isto é orçamento ou cartomancia ? Sem contar com os prováveis aditivos, que pela Lei podem alcançar até 25% do total, ou seja, pelo menos mais 12,5 bilhões a se somar.
Custo do km desta locomoção ferroviária de 412 km: a “bagatela” de 151,7 milhões de reais/km.
Detalhe. Não precisam mais ter lucro durante os 30 anos da concessão, pois já foi todo apurado na consecução do projeto, com uma vantagem: não pagarão I.R..

Já passou do prazo de começar a reversão desse perigoso processo de desnacionalização das empresas brasileiras, pois mesmo tendo reservas inesgotáveis de recursos naturais, o que vem equilibrando nossa balança de pagamentos e garantindo novos empréstimos externos, a evolução da tecnologia pode muito bem nos pregar uma peça, e tornar obsoletos alguns desses recursos.
Sem contar que, nossa ignorância em determinar o que servirá ou não no futuro, fará com que os principais recursos naturais do nosso solo e que mais valem, acabem também na mão de empresas estrangeiras, como aliás já vem sendo denunciado por alguns e olimpicamente ignorado pelos responsáveis.

Tem saída para esse impasse ? Tem sim !

A Islândia acaba de dar ao mundo um belo exemplo !

Urge começar o debate de um novo contrato social onde estaria incluído, logicamente, um novo modelo de empresas, premiando igualmente o capital e o trabalho. Apenas não devemos mais esperar que esse debate seja iniciativa das Casas Legislativas, pois se depender delas jamais se fará, pois não lhes interessa mudar e perder as criminosas e por isto inconfessáveis regalias.
E se eventualmente algo for proposto por elas, será apenas mudança de nomes, para que verdadeiramente nada mude. É assim desde 1889, quando substituíram a palavra Monarquia por República e o revezamento no trono não mais se deu entre uma única família. No mais, continuamos sustentando o ócio da Corte, cada vez mais corrompida.