sábado, 26 de maio de 2012

Fim da cultura judaico-anglo-germânica nas empresas ?


por Martim Berto Fuchs

Com a implosão da URSS em 1989 e o fim da experiência comunista na Rússia, deu-se a derrubada do muro que simbolizava a distinção dos dois regimes: liberalismo cristão – capitalismo - da cultura judaico-anglo-germanica de um lado e seu contra-ponto, o marxismo materialista de outro. 
Para o Partido dos Trabalhadores, mais conhecido pela sigla PT e recém fundado, 1980, o mundo acabava ali.

Tínhamos em um passado recente a dicotomia entre empresas privadas e empresas estatais. A prática nos demonstrou que empresas estatais não funcionaram à contento em lugar algum, mesmo quando se tratava de monopólios. No Brasil, conseguiram quebrar dezenas de bancos estatais e quase todas demais empresas “administradas” pelo Estado; sobrou a Petrobrás, que por mais esforço que fizessem, por se tratar de petróleo, produto de alta lucratividade, conseguiu resistir ao ataques indiscriminados de suas “administrações” e de seus sindicatos.

Dos bancos estatais que sobraram, o BB foi reerguido pela injeção de 8 bilhões de reais na administração FHC e então, juntamente com a CEF passaram à explorar seus clientes na mais explícita usura praticada pelos demais bancos da iniciativa privada. Até o Banrisul, estatal e quebrado, conseguiu sobreviver com as novas taxas praticadas, encobrindo sua ineficiência histórica.

De 1994 em diante, FHC e sua social-democracia, incentivada pela onda privatizante no mundo, passaram à “vender” essas estatais, que começaram apresentar resultados positivos em seus balanços, mas sem respeitar o público consumidor  - telefonia -, pelo contrário, à explorá-lo inescrupulosamente, deixando também,  por mero “esquecimento”, de premiar seus trabalhadores com parte dos lucros extorquidos. O negócio se tornou tão bom, que nem a família “imperial” escapou à sedução de tais lucros, pois o primeiro filho largou dos seus “importantes” afazeres no zoológico, para “administrar” os novos negócios da família, enquanto o pai cuida até hoje de escapar do mensalão e agora também da cachoeira de lama que escorre sob seus pés.

O PT, órfão de um sistema político em decadência, ainda depositava sua confiança na atuação dos irmãos Castro em sua fazenda experimental de nome Cuba. Mas, depois que secou a transfusão de “adubo sonante” da extinta URSS, também esta parou de demonstrar “eficiência”, pois de uma produção de 5,6 milhões de ton/ano de açúcar no fim do governo Batista, 1960, quando lhe “compraram” a propriedade sem pagar pela mesma, estava produzindo apenas 1,2 milhão de ton/ano em 2010, em mais uma cabal demonstração da impropriedade de entregar a administração de empresas na mão do Estado.

O modelo que vingou e que passou a despertar os olhares cobiçosos dos donos do PT, foi o chinês, que com sua sabedoria oriental, pressentiram o fracasso do sistema político ao qual haviam aderido em 1949.  De inimigos declarados e viscerais do capitalismo, fizeram uma parceria proveitosa para ambos. A China entrava com mão de obra escrava, salário registrado de US$ 50/mês, contra US$ 3.000/mês no Japão; as multinacionais cada uma com sua tecnologia; a Alemanha com as máquinas operatrizes; a plutocracia, leia-se Rothschild & Rockfeller com o capital e o mundo passava à comprar porcaria à preço de banana. Foi tão promissor o negócio, que até industriais brasileiros fecharam parte de suas fábricas aqui e reabriram lá, exportando então para cá seus novos bagulhos.

Não podendo implantar no Brasil tal modelo, pois ainda não conseguiram sucatear suficientemente as FFAA para que não lhes barrem a tentativa e nem calar a imprensa, para que não os denunciem,  o PT, auxiliado por seus camisas pardas do PSTU e PSOL, tropas de choque, assume temporariamente o modelo do seu extinto co-irmão alemão, o Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores alemães, qual seja o nazi-fascismo com roupagem mais atualizada, se aliando com empresários chapa branca, pouco importando se Delta falam cobras e lagartos.

Os empresários que não cooperam com o partido, mas antes, o combatem, são perseguidos por Leis mascaradas como a PEC do Trabalho Escravo, sem contar os sindicatos cada vez mais pelegos, modelo copiado de ditador, Mussolini,  para ditador, Getúlio Vargas, que amparados pelo patrão governo, se impõem às empresas privadas e ditam as normas internas para seus departamentos de Recursos Humanos.

Sem ter um novo modelo para apresentar, pois não conseguirão retroagir ao ponto de estatizar a economia, nem impor um Estado Absolutista como seria da sua vontade, mas usando do poder que o cargo lhes confere, esta república sindicalista está destruindo o que funciona, colocando em risco com sua insensatez o futuro do Brasil. E pior, com a cumplicidade do que um dia se chamava oposição e que agora para glória e gozo do PT, puxou a descarga e sumiu pelo ralo.

Não será com suas propostas do século 19 e abandonadas no século 20 ou a falta delas, que o PT conseguirá substituir com vantagem a cultura judaico-anglo-germânica - vulgo capitalismo selvagem - nas empresas, nem edificar um novo contrato social, que contemple a maioria da população brasileira com liberdade e dignidade.


sexta-feira, 18 de maio de 2012

Desabafo de Bill Cosby


Acompanhando as panacéias que governantes divulgam para conseguir se eleger e depois as atitudes administrativas que tomam, caso de Hollande  na França que deverá extorquir 75%  de quem ganha acima de 1 milhão de euros por ano através do I.R., estou publicando um desabafo de quem sente na carne, ou no bolso ? as atitudes de governantes que tentam mascarar a inoperância do Estado, metendo a mão no dinheiro de quem tem, para, quem sabe ?!?!, distribuir para quem não tem, independente de porquê não tem.  O que eles menos fazem é corrigir as desigualdades, atacando as causas. Isto custa votos. Mais fácil é meter a mão no dinheiro dos outros e fazer média com o que não lhes pertence.

A única diferença entre direita e esquerda na França e EUA é esta: a direita produz e acumula nem que seja através de guerras e a esquerda distribui, o dos outros.  No mais, se equivalem. (Comentário do blog)


“Tenho 74 anos e estou cansado. Exceto um breve período na década de 50, quando fiz o meu serviço militar, tenho trabalhado duro desde que eu tinha 17 anos. Trabalhava 50 horas por semana, e não caí doente em quase 40 anos. Tinha um salário razoável, mas não herdei o meu trabalho ou o meu rendimento. Eu trabalhei para chegar onde estou, e cheguei economizando muito, mas estou cansado, muito cansado.

Estou cansado de que me digam que eu tenho que "distribuir a riqueza" para as pessoas que não querem trabalhar e não têm a ética de trabalho. Estou cansado de ver que o governo fica com o dinheiro que eu ganho, pela força, se necessário, e o dá a vagabundos com preguiça para ganhá-lo.

Estou cansado
de ler e ouvir que o Islamismo é uma "religião da paz", quando todos os dias eu leio dezenas de histórias de homens muçulmanos  a matar suas irmãs, esposas e filhas pela "honra" da sua família; de tumultos de muçulmanos sobre alguma ligeira infração; de muçulmanos a assassinar cristãos e judeus porque não são
"crentes"; de muçulmanos queimando escolas para meninas; de muçulmanos apedrejando adolescentes, vítimas de estupro, até a morte, por "adultério"; de muçulmanos a mutilar o genital das meninas, tudo em nome de Alá, porque o Alcorão e a lei Sharia diz para eles o fazerem.


Estou cansado de que me digam que por "tolerância para com outras culturas" devemos deixar que Arábia Saudita e outros países árabes usem o dinheiro do petróleo para financiar mesquitas e escolas madrassas islâmicas, para pregar o ódio na Austrália, Nova Zelândia, Reino Unido, Estados Unidos e Canadá, enquanto que ninguém desses países está autorizado a fundar uma sinagoga, igreja ou escola religiosa na Arábia Saudita ou qualquer outro país árabe, para ensinar amor, tolerância e paz.

Estou cansado de que me digam para eu  baixar o meu padrão de vida para lutar contra o aquecimento global, o qual não me é permitido debater.

Estou cansado de que me digam que os toxicodependentes têm uma doença, e eu tenho que ajudar no seu tratamento e pagar pelos danos que fazem. Eles procuraram sua desgraça. Nenhum germe gigante os agarrou e encheu de pó branco seus narizes nojentos, ou à força injetou porcaria em suas veias esquerosas.

Estou cansado de ouvir ricos atletas, artistas e políticos de todas os partidos falarem sobre erros inocentes, erros estúpidos ou erros da juventude, quando todos sabemos que eles pensam que seus únicos erros foi serem apanhados. Estou cansado de pessoas sem  senso do direito, sejam elas ricas ou pobres.
Estou realmente cansado de pessoas que não assumem a responsabilidade por suas vidas e ações. Estou cansado de ouvi-las culpar o governo e a sociedade de discriminação pelos "seus problemas."

Também estou cansado e farto de ver homens e mulheres serem repositório de pregos, pinos e tatuagens de mau gosto, tornando-se assim pessoas não-empregáveis e, por isso, reivindicando dinheiro do governo (Dos impostos pagos por quem trabalha e produz).

Sim, estou muito cansado. Mas também estou feliz por ter 74, porque não vou ter de ver o Mundo que essas pessoas estão CRIANDO.

Mas estou triste por minha neta e os seus filhos. Graças a Deus estou no caminho de saída e não no caminho de entrada.”


quinta-feira, 17 de maio de 2012

Bem-estar social x finanças

O que levou a França à debater em profundidade novamente esta questão, não foi apenas o resultado do governo de direita de Sarkosy, embora na sua mão tenha se exacerbado, pois o problema vem se agravando nas mãos de governos de ambas matizes, há tempos. O que o trouxe à tona de forma cruel foi a especulação financeira/imobiliária americana, que teve seu desfecho em 2008, e da qual os rentistas da zona do euro participaram, incluso logicamente os franceses.

Especulação financeira nunca foi projeto liberal nem neoliberal, pois desde Adam Schmitt é denunciada como a parte melindrosa da idéia. Especulação financeira é objetivo da plutocracia internacional, anterior ao advento da proposta liberal, que não respeita e nem liga para essa dicotomia liberalismo x socialismo, pois se aproveita dos dois. Se agissem apenas na venda do seu produto, dinheiro, sem ter outra finalidade oculta, não teríamos crise a ser resolvida entre bem-estar social e finanças.

Os governantes, dos dois lados, pouco podem fazer para minorar os efeitos, salvo a ruptura da ordem. Eles não tem por hábito enfrentar as causas, pois quem o faz sempre perde as próximas eleições. Aí, como Sarkosy e quase todos, incluso os nossos, prometem resolver o problema no próximo mandato, sabendo que não o farão.

Bem-estar social e direitos trabalhistas são sempre defendidos com a retórica de que foram conquistas que levaram anos para serem alcançados e por isto se tornam intocáveis.

Os primeiros a alcançar alto padrão de vida no ocidente foram os europeus com o colonialismo, tanto que ao sugarem o que tinha para sugar dentro deste processo, e se auto-concederem um bem-estar social que não podem manter, estão na encruzilhada, pois é óbvio que não podem mantê-lo e ainda incluir aqueles que despojaram. A conta não fecha e não adianta chiar.

Os segundos a alcançar o limite do que se apregoa, bem-estar, foram os americanos. Impondo seus negócios pelo mundo, tanto pela qualidade como pela força, canalizaram para os EUA os recursos mundiais e os colocaram à disposição da sua população dentro dos princípios do liberalismo.

Os terceiros foram os produtores de petróleo, pelos menos aqueles que souberam discernir entre realidade e sonho/demagogia.

Mesmo nas suas melhores épocas, o liberalismo cristão demonstrou ao mundo que é um projeto falível no que tange beneficiar nem que seja com o mínimo para todos. Ou, nunca lhes importou.

A porta foi arrombada e carece ver que solução vão dar ao problema, como frisado, antigo. Até então vinham camuflando-o com empréstimos, que tanto na Europa como nos EUA são acessíveis, contrariamente ao Brasil. Esgotaram este recurso também e agora lhes foi apresentada a conta.

Finanças. Toda pessoa que chega à condição de disputar a Presidência de um país, tem obrigação de conhecer, e conhece, como funciona este Poder oculto, a plutocracia. É demagogia culpá-los pelas mazelas que encontra alegando desconhecimento, pois isto indicaria apenas que o candidato estava despreparado para o cargo.

A plutocracia mundial trabalha justamente pelo desequilíbrio das atividades normais, para chegar à um resultado que os leve ao seu desiderato, qual seja, uma Nova Ordem Mundial, já anunciada publicamente, ou, governo mundial único e na mão deles, óbvio.
As escaramuças entre direita e esquerda nas eleições e da forma como se dão, servem apenas para diversão dos mesmos e constatação do êxito das suas demandas.

Quem sabe, à título de não permitir que a bomba exploda antes do tempo previsto, cancelem parte das dívidas daqueles que matematicamente não podem pagar. Mas, vão rebaixar o padrão de vida dos mesmos, queiram ou não. Ou, façam um cineminha para a platéia e concordem com um calote de parte da dívida, Argentina, sabendo que virão novamente com o pires na mão pedir arreglo, pois nunca enfrentam as causas apenas os efeitos e com isto os problemas se adiam e transferem para o próximo governante.

Distribuição equitativa. A má distribuição dos resultados entre capital e trabalho é antiga e não começou com o liberalismo. Diria que a forma como foi conduzida pelo mesmo à exacerbou, mostrando a insensibilidade do homem com seu semelhante, não obstante o desenvolvimento material que trouxe.

Marx estava certo no diagnóstico, de que o liberalismo cristão nas mãos das Monarquias Absolutistas e dos empresários de então, sempre impulsionados pelo capital, não atendia as demandas dos trabalhadores, mas errou na receita, colocando o Estado Absolutista como substituto de ambos e pior ainda, para isolar a ganância do capital representado pela plutocracia, eliminou o lucro. Lembro Joelmir Betting: “matou a vaca para acabar com o carrapato”. E neste receituário a esquerda mundial, pelo menos a brasileira, persiste.

Temos dois sugadores de recursos:
1. a plutocracia, setor bancário internacional e agora também o nacional, e
2. o governo, um verdadeiro saco sem fundo, mas em que todos querem entrar e se proteger. Este busca justamente o que lhe falta para manter a ilusão, com os primeiros. Afunda, pois não suporta o peso de todos, além de se auto-conceder privilégios imorais em relação à quem está de fora mas banca a despesa.

Está na hora de discutir uma nova maneira de enfrentar velhos problemas. Se os ciclos da economia são determinados pela especulação financeira, independente da existência do neoliberalismo e da insistência nas soluções marxistas, é por aí que temos que debater uma saída. Como fazer para não mais depender exclusivamente do capital especulativo de terceiros ?

Particularmente, opto por batalhar contra eles pelo lado do capitalismo como método de produção, sem a particularidade de ser cristão, mas sim e finalmente aplicado não só em prol do capital mas também do trabalho, repartindo igualmente os resultados obtidos.
Paralelamente, a sociedade controlando o gigantismo do Estado através do Poder Constituinte.

Capital se consegue através dos Fundos de Pensão Sociais, pertencentes aos trabalhadores e que não podem ser usados para atividades meio – governo e suas obrigações – somente para atividades fim, como incremento à produção e absorção de mão de obra. E administrados profissionalmente, rigorosamente sem interferência política, pois seria novamente a receita certa para o fracasso.

http://capitalismo-social.blogspot.com/2011/12/11-sistema-previdenciario.html

terça-feira, 15 de maio de 2012

Artigo de Millôr Fernandes

Este artigo de Millôr Fernandes obviamente não é de hoje, porém se torna cada vez mais atual, considerando a orquestração que vem se fazendo contra as FFAA e os governos exercidos pelos militares entre 1964 e 1985.
É lamentável que os anos passem e os governantes estão sempre à procura de bodes expiatórios para encobrir sua falta de objetividade e resultados na administração pública, tanto do país como dos Estados, embora estes sejam conseqüência daquele.

O Brasil enfrenta uma das suas épocas mais negras no que tange à corrupção. Já houve outras, óbvio, mas não assim. Permitiram nesses últimos 17 anos, ano após ano, o aviltamento dos Três Poderes, ao ponto de não passar um único dia sem que a imprensa denuncie mais um, na opinião deles, “malfeito” apenas.

Enquanto isto, precisam desviar a atenção da opinião pública com algum assunto e nada melhor do que olhar para trás. Sim, porque gastaram o crédito que tinham junto à sociedade, quanto ao futuro. Fazem 10 anos que alardeiam diuturnamente o que VÃO FAZER, sem quase nada para mostrar do que foi feito,  não obstante o tempo já passado.
Por isto é novamente oportuno o artigo de Millôr Fernandes, para comparar com o que se fez depois disto pelo Brasil.

“ Militar é incompetente demais!!! Militares, nunca mais!

Ainda bem que hoje tudo é diferente, temos um PT sério, honesto e progressista.
Cresce o grupo que não quer mais ver militares no poder, pelas razões abaixo.
Militar no poder, nunca mais. Só fizeram lambanças.

Tiraram o cenário bucólico que havia na Via Dutra de uma só pista, que foi duplicada e recebeu melhorias; acabaram aí com as emoções das curvas mal construídas e os solavancos estimulantes provocados pelos buracos na pista.
Não satisfeitos, fizeram o mesmo com a rodovia Rio-Juiz de Fora e abriram estradas pavimentadas, as BRs interligando todas as regiões do Brasil.
Construíram portos e aeroportos em todos os Estados.

Com a construção da ponte Rio-Niterói, acabaram com o sonho de crescimento da pequena Magé, cidade nos fundos da Baía de Guanabara, que era caminho obrigatório dos que iam de um lado ao outro e não queriam sofrer na espera da barcaça que levava meia dúzia de carros.

Criaram esse maldito do Proálcool, com o medo infundado de que o petróleo vai acabar um dia.
Para apressar logo o fim do chamado “ouro negro”, deram um impulso gigantesco à Petrobras, que passou a extrair petróleo 10 vezes mais (de 75 mil barris diários, passou a produzir 750 mil); sem contar o fedor de bêbado que os carros passaram a ter com o uso do álcool.
(VALE OBSERVAR QUE FOI O GEISEL QUEM AMPLIOU O LIMITE MARÍTIMO DE 20 PARA 200 MILHAS, PERMITINDO A EXPLORAÇÃO DO PETRÓLEO NO PRÉ-SAL – NÃO FOSSE ISSO, QUEM ESTARIA EXPLORANDO ESSAS ÁREAS, SERIAM AS EMPRESAS ESTRANGEIRAS, SEM NENHUM BENEFÍCIO PARA O BRASIL).

Criaram e ampliaram as Universidades Federais e Escolas Técnicas Federais, espalhando-as por todos os Estados da Federação.

Enfiaram o Brasil numa disputa estressante, levando-o da posição de 45ª economia do mundo para a posição de 8ª, trazendo com isso uma nociva onda de inveja mundial.
Tiraram o sossego da vida ociosa de 13 milhões de brasileiros, que, com a gigantesca oferta de emprego, ficaram sem a desculpa do “estou desempregado”.

Em 1971, no governo militar, o Brasil alcançou a posição de segundo maior construtor de navios no mundo.
Uma desgraça completa.
Com gigantesca oferta de empregos, baixaram consideravelmente os índices de roubos e assaltos.
Sem aquela emoção de estar na iminência de sofrer um assalto, os nossos passeios perderem completamente a graça.

Alteraram profundamente a topografia do território brasileiro com a construção de hidrelétricas gigantescas (Tucuruí, Ilha Solteira, Jupiá, Sobradinho, Itaparica, Paulo Afonso IV, Itaipú, etc.), o que obrigou as nossas crianças a aprenderem sobre essas bobagens de nomes esquisitos.
O Brasil, que antes vivia o romantismo do jantar à luz de velas ou de lamparinas, teve que tolerar a instalação de milhares de torres de alta tensão espalhadas pelo seu território, para levar energia elétrica a quem nunca precisou disso.

Implementaram os metrôs de São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Recife e Fortaleza, deixando tudo pronto para atazanar a vida dos cidadãos e o trânsito nestas cidades.

Esses militares baniram do Brasil pessoas bem intencionadas, que queriam implantar aqui um regime político que fazia a felicidade dos russos, cubanos e chineses, em cujos países as pessoas se reuniam em fila nas ruas apenas para bater-papo, e ninguém pensava em sair a passeio para nenhum outro país.
Foram demasiadamente rigorosos com os simpatizantes daqueles regimes, só porque soltaram uma “bombinha de São João” no aeroporto de Guararapes, onde alguns inocentes morreram de susto apenas.
Os militares são muito estressados.
Fazem tempestade em copo d’água só por causa de alguns assaltos a bancos, sequestros de diplomatas…ninharias que qualquer delegado de polícia resolve.

Tiraram-nos o interesse pela Política, vez que os deputados e senadores daquela época não nos brindavam com esses deliciosos escândalos que fazem a alegria da gente hoje.
Os de hoje é que são bons e honestos.

Cadê os Impostos de hoje, isto eles não fizeram!
Para piorar a coisa, ainda criaram o MOBRAL, que ensinou milhões a ler e escrever, aumentando mais ainda o poder desses empregados contra os seus patrões.
Nem o homem do campo escapou, porque criaram para ele o FUNRURAL, tirando do pobre coitado a doce preocupação que ele tinha com o seu futuro. Era tão bom imaginar-se velhinho, pedindo esmolas para sobreviver.

Outras desgraças criadas pelos militares:
Trouxeram a TV a cores para as nossas casas, pelas mãos e burrice de um Oficial do Exército, formado pelo Instituto Militar de Engenharia, que inventou o sistema PAL-M.
Criaram ainda a EMBRATEL; TELEBRÁS; ANGRA I e II; NUCLEBRÁS; CTA; INSS; FGTS; PIS/PASEP; DATAPREV; SERPRO; ESTATUTO DA TERRA; EMBRAER; ETC.
Tudo isso e muito mais os militares fizeram em 22 anos de governo.
Pensa!!

Depois que entregaram o governo aos civis, estes, nos vinte anos seguintes, não fizeram nem 10% dos estragos que os militares fizeram.

Graças a Deus!
Ainda bem que os militares não continuaram no poder!!
Tem muito mais coisas horrorosas que eles, os militares, criaram, mas o que está escrito acima é o bastante para dizermos:

“Militar no poder, nunca mais!!!”, exceto os domesticados.
Ainda bem que hoje estão assumindo o poder pessoas compromissadas com os interesses do Povo.

Militares jamais!
Os políticos de hoje pensam apenas em ajudar as pessoas e foram injustamente prejudicadas quando enfrentavam os militares com armas às escondidas com bandeiras de socialismo.
Os países socialistas são exemplos a todos.

ALÉM DISSO, NENHUM DESSES MILITARES CONSEGUIU FICAR RICO.
ÊTA INCOMPETÊNCIA!!! “

sábado, 12 de maio de 2012

O desespero bate às portas do PT


Com a doença do poderoso chefão nenhum petista contava. Levavam como favas contadas a eleição de Haddad em São Paulo e o retorno do Lulla ao Poder na hora que bem entendesse. Assim como elegeu Dilma, ela sem nenhum cacife, esperavam vencer também a eleição para a prefeitura em SP, com outro completo desconhecido, salvo por suas trapalhadas no Ministério de Educação.

A Presidente Dilma começa fazer nome próprio, mas apoiada por segmentos contrários ao lullo-petismo, o conselheiro Gerdau, por exemplo, sem contar o escritório das multinacionais no Brasil, FIESP, que lhe dá todo apoio. Sentindo que o Poder começa lhe escapar das mãos, o  PT lançou a campanha volta Lulla. É tarde. A única estrela do PT, sobre a qual gira todo seu glamour, começou a eclipsar-se.

É sintomática a reação do governador do RS, de que está na hora de o PT retornar ao socialismo. Faltou dizer, que só se elegeram ao se afastarem do programa original, autoritário e ateu. Refunda-lo é a volta ao ostracismo, pois é um programa que na prática faliu.

Sentindo um clima adverso com o apagar da sua única estrela, o PT começa mostrar sua verdadeira face, oculta por conveniência.

Abriram guerra escancarada contra a imprensa, o grande empecilho para qualquer projeto totalitário.

Atacam não só a imprensa, o quarto Poder, mas os outros três também, demonstrando claramente que precisam criar motivos para desequilibrar o país e tentar enquanto ainda tem forças, repetir o enredo utilizado no nem tão longínquo 1964.

A convocação dos sindicatos pelegos para pressionar pela absolvição do sub-chefe Zé Dirceu, nos leva para a balburdia de 1964, que de resultados práticos nos trouxe uma ditadura, só que não a almejada pelos militantes de então.

Agora, tirando de vez a máscara, expõem claramente seus objetivos, que são iguais aos dos seus congêneres da Venezuela, Equador, Bolívia e Argentina, unidos pelo Fórum Social, do qual não podemos esquecer as FARC, narcotraficantes e agora também ponta de lança da luta pela subordinação da imprensa.

Surpreende a falta de propostas das esquerdas americanas. A fracassada experiência em Cuba deveria ter servido de alerta para a mudança de rumos, mas não, continuam batendo na tecla do velho e fracassado projeto de Marx e Engels, apoiado embrionariamente pela plutocracia mundial, como antítese do capitalismo cristão.

Padecemos sob um regime político distorcido, onde a ditadura perniciosa do executivo enxovalhou os outros dois Poderes, tornando o Legislativo mero ratificador de Medidas Provisórias, e o Judiciário como o salão de festas dos seus advogados, com a obrigação de dar legalidade às arbitrariedades e desmandos do partido, apelidados de “malfeitos” pela alta cúpula.

Amparados nas bases pelo sindicalismo pelego, importado por Getúlio Vargas em 1934 da Itália do ditador fascista Mussolini, que se baseia na submissão ao Poder e não à melhoria das relações entre patrões e empregados nas empresas privadas, o PT hoje no comando da nação, não tem nos seus propósitos participar do jogo democrático se for para perder e sim impor seu próprio conceito de “democracia”, dentro da máxima que o fim justifica os meios. De acordo com Machiavel, até poderia, desde que os fins não fossem tão ruins quanto os meios que empregam.

O PT não considera seus oposicionistas como adversários políticos, mas sim como  inimigos de seus projetos nunca claramente explicitados, e, partidos assim, apenas reforçam minha tese de que partidos, além de desnecessários, são prejudiciais ao desenvolvimento do país. Não fosse sua existência no processo democrático, teríamos conseguido nossa Independência financeira e proclamado uma República Democrática e não nos transformado apenas em mais uma Monarquia Republicana, sempre refém dos cortesãos e comensais da Corte e devendo cada vez mais para a banca internacional e agora também para a nacional.

Poucos países no mundo tem as condições de dar a volta por cima e levar seu povo para um patamar de liberdade  com responsabilidade e merecida dignidade como o Brasil, pois a terra nos é farta em tudo e o povo não tem no seu DNA o prazer pela baderna, mesmo instados por insufladores contratados junto à sindicatos pelegos, e que depois cobram dos regimes democráticos recompostos uma bolsa-ditadura pelos seus desserviços prestados.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

POBRES ALUNOS, BRANCOS E POBRES…

Sandra Cavalcanti, professora, jornalista, foi deputada federal constituinte, secretária de Serviços Sociais e presidente do Banco Nacional da Habitação.
Artigo escrito em 2009, mas não perdeu a atualidade.

Entre as lembranças de minha vida, destaco a alegria de lecionar Português e Literatura no Instituto de Educação, no Rio. Começávamos nossa lida, pontualmente, às 7h15. Sala cheia, as alunas de blusa branca engomada, saia azul, cabelos arrumados.
Eram jovens de todas as camadas. Filhas de profissionais liberais, de militares, de professores, de empresários, de modestíssimos comerciários e bancários. Elas compunham um quadro muito equilibrado.
Negras, mulatas, bem escuras ou claras, judias, filhas de libaneses e turcos, algumas com ascendência japonesa e várias nortistas com a inconfundível mistura de sangue indígena.
As brancas também eram diferentes. Umas tinham ares lusos, outras pareciam italianas. Enfim, um pequeno Brasil em cada sala. Todas estavam ali por mérito!
O concurso para entrar no Instituto de Educação era famoso pelo rigor e pelo alto nível de exigências. Na verdade, era um concurso para a carreira de magistério do primeiro grau, com nomeação garantida ao fim dos sete anos.
Nunca, jamais, em qualquer tempo, alguma delas teve esse direito, conseguido por mérito, contestado por conta da cor de sua pele! Essa estapafúrdia discriminação nunca passou pela cabeça de nenhum político, nem mesmo quando o País viveu os difíceis tempos do governo autoritário.
Estes dias compareci aos festejos de uma de minhas turmas, numa linda missa na antiga Sé, já completamente restaurada e deslumbrante. Eram os 50 anos da formatura delas!
Lá estavam as minhas normalistas, agora alegres senhoras, muitas vovós, algumas aposentadas, outras ainda não. Lá estavam elas, muito felizes.
Lindas mulatas de olhos verdes. Brancas de cabelos pintados de louro. Negras elegantérrimas, esguias e belas. Judias com aquele ruivo típico. E as nortistas, com seu jeito de índias. Na minha opinião, as mais bem conservadas.
Lá pelas tantas, a conversa recaiu sobre essa escandalosa mania de cotas raciais. Todas contra! Como experimentadas professoras, fizeram a análise certa. Estabelecer igualdade com base na cor da pele? A raiz do problema é bem outra.
Onde é que já se viu isso? Se melhorassem de fato as condições de trabalho do ensino de primeiro e segundo graus na rede pública, ninguém estaria pleiteando esse absurdo.
Uma das minhas alunas hoje é titular na UERJ. Outra é desembargadora. Várias são ainda diretoras de escola. Duas promotoras. As cores, muitas. As brancas não parecem arianas. Nem se pode dizer que todas as mulatas são negras.
Afinal, o Brasil é assim. A nossa mestiçagem aconteceu. O País não tem dialetos, falamos todos a mesma língua. Não há repressão religiosa.  A Constituição determina que todos são iguais perante a lei, sem distinção de nenhuma natureza!
Portanto, é inconstitucional querer separar brasileiros pela cor da pele. Isso é racismo! E racismo é crime inafiançável e imprescritível.
Perguntei: qual é o problema, então? É simples, mas é difícil. A população pobre do País não está tendo governos capazes de diminuir a distância econômica entre ela e os mais ricos. Com isso se instala a desigualdade na hora da largada. Os mais ricos estudam em colégios particulares caros. Fazem cursinhos caros. Passam nos vestibulares para as universidades públicas e estudam de graça, isto é, à custa dos impostos pagos pelos brasileiros, ricos e pobres.
Os mais pobres estudam em escolas públicas, sempre tratadas como  investimentos secundários, mal instaladas, mal equipadas, mal cuidadas, com magistério mal pago e sem estímulos. Quem viveu no governo Carlos Lacerda se lembra ainda de como o magistério público do ensino básico era bem considerado, respeitado e remunerado.
Hoje, com a cidade do Rio de Janeiro devastada após a administração de Leonel Brizola, com suas favelas e seus moradores entregues ao tráfico e à corrupção, e com a visão equivocada de que um sistema de ensino depende de prédios e de arquitetos, nunca a educação dos mais pobres caiu a um nível tão baixo.
Achar que os únicos prejudicados por esta visão populista do processo educativo são os negros é uma farsa. Não é verdade. Todos os pobres são prejudicados:  os brancos pobres, os negros pobres, os mulatos pobres, os judeus pobres, os índios pobres!
Quem quiser sanar esta injustiça deve pensar na população pobre do País, não na cor da pele dos alunos. Tratem de investir de verdade no ensino público básico. Melhorar o nível do magistério. Retornar aos cursos normais.
Acabar com essa história de exigir diploma de curso de Pedagogia para ensinar no primeiro grau. Pagar de forma justa aos professores, de acordo com o grau de dificuldades reais que eles têm de enfrentar para dar as suas aulas. Nada pode ser sovieticamente uniformizado. Não dá.
Para aflição nossa, o projeto que o Senado vai discutir é um barbaridade do ponto de vista constitucional, além de errar o alvo. Se desejam que os alunos pobres, de todos os matizes, disputem em condições de igualdade com os ricos, melhorem a qualidade do ensino público.
Economizem os gastos em propaganda. Cortem as mordomias federais, as estaduais e as municipais. Impeçam a corrupção. Invistam nos professores e nas escolas públicas de ensino básico.
O exemplo do esporte está aí: já viram algum jovem atleta, corredor, negro ou não, bem alimentado, bem treinado e bem qualificado, precisar que lhe dêem distâncias menores e coloquem a fita de chegada mais perto? É claro que não. É na largada que se consagra a igualdade.
Os pobres precisam de igualdade de condições na largada. Foi isso o que as minhas normalistas me disseram na festa dos seus 50 anos de magistério! Com elas, foi assim.

Circula na internet, mas trata do mesmo tema do artigo sobre Educação no Brasil,  02/05/2012.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

República Destroçada

Transcrevi o artigo de Ana Maria Margarido postado originalmente no site Observador Político, por vir de encontro ao que denuncio em Capitalismo Social.

"Em 1899 um velho militante, desiludido com os rumos do regime, escreveu que a República não tinha sido proclamada naquele mesmo ano, mas somente
anunciada. Dez anos depois continuava aguardando a materialização do seu sonho. Era um otimista. Mais de cem anos depois, o que temos é uma
República em frangalhos, destroçada.
Constituições, códigos, leis, decretos, um emaranhado legal caótico. Mas nada consegue regular o bom funcionamento da democracia brasileira. Ética, moralidade, competência, eficiência, compromisso público simplesmente desapareceram. Temos um amontoado de políticos vorazes, saqueadores do erário. A impunidade acabou transformando alguns deles em referências morais, por mais estranho que pareça. Um conhecido político, símbolo da corrupção, do roubo de dinheiro público, do desvio de milhões e milhões de reais, chegou a comemorar recentemente, com muita pompa, o seu aniversário cercado pelas mais altas autoridades da República.
Vivemos uma época do vale-tudo. Desapareceram os homens públicos. Foram substituídos pelos políticos profissionais. Todos querem enriquecer a qualquer
preço. E rapidamente. Não importam os meios. Garantidos pela impunidade, sabem que se forem apanhados têm sempre uma banca de advogados, regiamente pagos, para livrá-los de alguma condenação.
São anos marcados pela hipocrisia. Não há mais ideologia. Longe disso. A disputa política é pelo poder, que tudo pode e no qual nada é proibido. Pois os
poderosos exercem o controle do Estado – controle no sentido mais amplo e autocrático possível. Feio não é violar a lei, mas perder uma eleição, estar distante do governo.
O Brasil de hoje é uma sociedade invertebrada. Amorfa, passiva, sem capacidade de reação, por mínima que seja. Não há mais distinção. O panorama político foi ficando cinzento, dificultando identificar as diferenças. Partidos, ações administrativas, programas partidários são meras fantasias, sem significados e
facilmente substituíveis. O prazo de validade de uma aliança política, de um projeto de governo, é sempre muito curto. O aliado de hoje é facilmente transformado no adversário de amanhã, tudo porque o que os unia era meramente o espólio do poder.
Neste universo sombrio, somente os áulicos – e são tantos – é que podem estar satisfeitos. São os modernos bobos da corte. Devem sempre alegrar e divertir os poderosos, ser servis, educados e gentis. E não é de bom tom dizer que o rei está nu. Sobrevivem sempre elogiando e encontrando qualidades onde só há o vazio.
Mas a realidade acaba se impondo. Nenhum dos três Poderes consegue funcionar com um mínimo de eficiência. E republicanismo. Todos estão marcados pelo filhotismo, pela corrupção e incompetência. E nas três esferas: municipal, estadual e federal. O País conseguiu desmoralizar até novidades como as formas alternativas de trabalho social, as organizações não governamentais (ONGs). E mais: os Tribunais de Contas, que deveriam vigiar a aplicação do dinheiro
público, são instrumentos de corrupção. E não faltam exemplos nos Estados, até mesmo nos mais importantes. A lista dos desmazelos é enorme e faltariam linhas e mais linhas para descrevê-los.
A política nacional tem a seriedade das chanchadas da Atlântida. Com a diferença de que ninguém tem o talento de um Oscarito ou de um Grande Otelo. Os nossos políticos, em sua maioria, são canastrões, representam mal, muito mal, o papel de estadistas. Seriam, no máximo, meros figurantes em Nem Sansão nem Dalila. Grande parte deles não tem ideias próprias. Porém se acham em alta conta.
Um deles anunciou, com muita antecedência, que faria um importante pronunciamento no Senado. Seria o seu primeiro discurso. Pelo apresentado, é bom que seja o último. Deu a entender que era uma espécie de Winston Churchill das montanhas. Não era, nunca foi. Estava mais para ator de comédia pastelão. Agora prometeu ficar em silêncio. Fez bem, é mais prudente. Como diziam os antigos, quem não tem nada a dizer deve ficar calado.
Resta rir. Quem acompanha pela televisão as sessões do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal (STF) e as entrevistas dos membros do Poder Executivo sabe o que estou dizendo. O quadro é desolador. Alguns mal sabem falar. É difícil – muito difícil mesmo, sem exagero – entender do que estão tratando. Em certos momentos parecem fazer parte de alguma sociedade secreta, pois nós – pobres cidadãos – temos dificuldade de compreender algumas decisões. Mas não se esquecem do ritualismo. Se não há seriedade no trato dos assuntos públicos, eles tentam manter as aparências, mesmo que nada republicanas. O STF tem funcionários somente para colocar as capas nos ministros (são chamados de “capinhas”) e outros para puxar a cadeira, nas sessões públicas, quando alguma excelência tem de se sentar para trabalhar.
Vivemos numa República bufa. A constatação não é feita com satisfação, muito pelo contrário. Basta ler o Estadão todo santo dia. As notícias são desesperadoras. A falta de compostura virou grife. Com o perdão da expressão, mas parece que quanto mais canalha, melhor. Os corruptos já não ficam envergonhados. Buscam até justificativa histórica para privilégios. O leitor deve se lembrar do símbolo maior da oligarquia nacional – e que exerce o domínio absoluto do seu Estado, uma verdadeira capitania familiar – proclamando aos quatro ventos seu “direito” de se deslocar em veículos aéreos mesmo em atividade privada.
Certa vez, Gregório de Matos Guerra iniciou um poema com o conhecido “Triste Bahia”. Bem, como ninguém lê mais o Boca do Inferno, posso escrever (como se fosse meu): triste Brasil. Pouco depois, o grande poeta baiano continuou: “Pobre te vejo a ti”. É a melhor síntese do nosso país.”
(Transcrito do site Observador Político:  REPÚBLICA DESTROÇADA
Por Ana Maria Margarido, em 06/05/2012 às 12:51, do Site Observador Político)

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Trabalhador

Historicamente o elo fraco da corrente. Não é para menos, pois todos aqueles que se dispõe reforçá-lo, para que sempre ali não se rompa, tão logo alcançam uma posição que lhes permita corrigir a distorção, esquecem-na.

Na era cristã, ocidente, começando pelo Império Romano e Monarquias, quem trabalhava para os outros e não tinha uma posição um pouco privilegiada, nunca passou de bucha de canhão. Usado, utilizado, sugado, exprimido e jogado fora, igual bagaço. Esta situação dos vassalos durou até +/- o ano 1.000.

Com o crescimento populacional entre os vassalos e mesmo entre os proprietários de terras, nobres, e sem dar conta de se manterem, surgiram os burgos, futuras cidades, para absorver essa mão de obra. Novamente, quem fazia o trabalho mais simples porém indispensável, tinha valor apenas enquanto prestava o serviço. Terminada a tarefa, ficava à deriva até nova ocupação.

Neste ínterim, tanto nobres como vassalos, desempregados no campo e nos burgos, foram utilizados nas guerras. As Cruzadas foram um exemplo de emprego temporário. Eram pagos com o saque. Até o fim do que se convencionou chamar de Idade Média, idade das trevas, sobreviveram disso, guerras e bicos.

Inglaterra, início da industrialização e do conceito de liberalismo, cristão, prometia mudar a situação da população em geral, mediante trabalho com registro. Criou-se a máxima de primeiro deixar crescer o bolo para depois dividir. Esqueceram a divisão. Os proprietários comeram o bolo e os trabalhadores as migalhas.

Como contra-ponto surgiu o movimento trabalhista, sufocado pelos proprietários com apoio dos governantes, e com os trabalhadores novamente ao relento.

Muitas teorias socialistas surgidas na Europa nesse período nunca foram levadas à prática, até que o Manifesto  Comunista e o livro “O Capital” de Marx e Engels, mais consistentes e por conseqüência melhor difundidos, despertou a atenção de líderes de trabalhadores e dos plutocratas - donos do dinheiro circulante no planeta - e que desde meados do século 18 visualizavam a possibilidade de domínio global. Aceitando a teoria da dialética, de Hegel, tese, antítese e síntese, convalidaram e financiaram as teorias socialistas de Marx, de governos populares, ateus, dirigidos pelo Estado, sem propriedade, herança e autonomia pessoal, como antítese, contra seu próprio mundo cristão, monárquico, economicamente favorável à livre empresa e à individualidade pessoal, tese. Novamente não havia maiores preocupações com o trabalhador por parte dos idealizadores, salvo na retórica e no uso dos mesmos para alcançar seus fins.

As teorias de Marx, socialistas, foram finalmente implantadas na Rússia em 1917, agora denominadas de comunismo. Financeiramente trouxeram o retorno esperado para seus idealizadores e patrocinadores, mas como objetivo final para chegarem à almejada síntese, o tempo foi curto. A morte do comunismo na Rússia foi anunciada em 1989. Ainda não o enterraram na Coréia do Norte e Cuba, mas estes já procuram explicações para abandonar o ex-barco comunista antes que submerjam de vez, pois afundando já estão.

Entre os motivos do fracasso, não previstos mas que a prática demonstrou, podemos citar:
1. Eliminaram o lucro, fermento do desenvolvimento.
2. Independente de trabalho realizado, garantiram o emprego, principal motivo da acomodação, relaxamento e conseqüente ineficiência na produção.
3. Igualaram os desiguais, todos no mesmo nível, não valorizando o conhecimento e capacidade individual.
4. E como ateus, não reconheceram que cada ser humano é único e de congênito tem é a personalidade, coletivizando a sociedade. Durante 72 anos conseguiram manter a ilusão de que tinham finalmente descoberto o sistema ideal para o trabalhador. No contexto geral durou pouco.

Na atualidade, o expoente da exploração da mão de obra encontra-se na China e países periféricos, que tendo instituído o comunismo como solução, se viram de uma hora para outra obrigados a procurar amparo no capitalismo e justamente no capitalismo selvagem, este como sempre e cada vez mais maximizando os lucros de todas maneiras possíveis e até independente das Leis. É o paradigma do momento. Estado absolutista abastecendo com mão de obra escrava embora legalizada, empresas multinacionais e capitalistas.

No Brasil, nossos atuais governantes que tem suas origens nos ideais comunistas, com a quebra do mesmo, encontram-se perdidos entre um sistema e outro, conseguindo a “proeza” de enriquecer os ricos e empobrecer os pobres. Iludem, mediante massiva publicidade – 5 bilhões ano só do governo federal -, que com um programa como o bolsa-familia, apenas 12 bilhões de reais/ano em 2011 num PIB de 4,5 trilhões, tenham mudado o perfil de consumo, trazendo este contingente para uma vida digna,  escondendo que paralelamente tiraram mais do que isto dos aposentados da iniciativa privada mediante uma quebra de contrato, jogando-os imerecida e vergonhosamente cada vez mais para uma vida indigna.
A classe média vem sendo sistematicamente rebaixada, ao ponto de hipocritamente  agora classificarem  como tal quem ganha 1.500 reais/mês, o que não paga a mensalidade de uma faculdade de bom nível. Porém para os já consolidados financeiramente, a “sorte” nunca lhes sorriu tanto.
Estranhos paradoxos para um governo que se diz popular, do povo e para o povo.

A tese, liberalismo cristão, e a antítese, comunismo ateu, no que respeita ao trabalhador, falharam. O perigo agora é endossar, por falta de informação, que prevaleça a síntese pensada pelos plutocratas, de um governo único mundial e na mão deles, pois se isto vier acontecer, dificilmente o trabalhador se recupera. Seria a primeira vez na história que os poderosos repartiriam de livre e espontânea “bondade” a fortuna amealhada às custas dos trabalhadores.

Existe outra síntese, que mantém as divisas nacionais, suas bandeiras, seus territórios, mas principalmente que traga a almejada liberdade, individualidade e dignidade para seus trabalhadores, que é o Capitalismo Social. Esta síntese está livre e aberta para debate, sem subterfúgios ou segundas intenções.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Educação no Brasil

O primeiro entrave começa nas ideologias e religiões, ambas trilhando alegremente o caminho do fanatismo e da intolerância. Sei que o termo é forte, mas não me ocorre outro que sintetize melhor a realidade.

Nas ideologias, mantém-se obstinadamente a dicotomia esquerda x direita, para distinguir grupos “preocupados” com o bem estar dos pobres contra os exploradores dos mesmos, como se os dois não se valessem da ignorância (falta de educação) da maioria para manter seu status de privilégios.

Nas religiões, se considerarmos apenas as 3 principais, cristianismo, islamismo e judaísmo, e em especial aquela que nos diz mais respeito, cristianismo, temos que mais uma vez dividi-la, catolicismo x evangélicos e protestantes, que tendo o mesmo e único Deus e o mesmo Evangelho trazido, pregado e vivido por Jesus, conseguem a proeza de  ser antagônicas, ao ponto de inimigas.
E, algumas mais outras menos, mas todas contra a única realidade que emerge, com atraso mas oportuna, que é o espiritualismo, também com o mesmo e único Deus, com a aceitação incondicional do espírito angélico de Jesus e a Boa Nova – Evangelho  segundo o Espiritismo – trazido por Ele na sua reencarnação sacrificial há 2.000 anos.

E nesta briga de foice e martelo no escuro, se não bastassem os desencontros das religiões, temos os materialistas, descrentes do Deus dos cristãos, sempre apresentado como magnânimo e justo. Pudera.

É neste imbróglio que se encontra a educação. Todos “querem” educar, mas não chegam a um acordo de como executar a tarefa. Enquanto não chegam a um denominador comum, o único fato concreto e explícito é a demagogia, a hipocrisia, a mentira e o ECA; sem contar o desperdício do dinheiro dos impostos através do Ministério da Educação e das Secretarias, sejam estaduais ou municipais, todas transformadas em cabides de emprego.
Entra governo, sai governo e o desperdício aumenta na mesma proporção que se desqualifica o ensino público. Uma terça parte dos que estão nas folhas de pagamento do Ministério e das Secretarias, estão designados para entrar nas salas de aula e enfrentar os alunos e seus pais, mas já contando os dias para as próximas férias, uma vez que a regra não escrita é fazer de conta que ensinam e a dos alunos fazer de conta que aprendem. E as outras duas terças partes do pessoal do Ministério e das Secretarias ocupam espaço em frente ao cartão ponto ou já estão em licença qualquer coisa.

Cotas em Universidades Públicas é um exemplo de como nossos governantes fogem do enfrentamento dos problemas, pois continuam atacando os efeitos em vez das causas:

1. No modelo atual, com os “funcionários” que já estão sendo pagos nas escolas públicas, pode-se triplicar o número de vagas sem que seja necessária a contratação de mais pessoas.
2. Mudando-se a também secular orientação, do ingresso nas Universidades Públicas apenas através das notas do vestibular para, também a declaração de renda dos alunos ou responsáveis, ou seja, paga mensalidade na razão direta da sua renda, o mesmo se aplicando para as Universidades particulares, e não precisaríamos de cotas.
3. Desde o 1º grau, passando pelo 2º e chegando ao 3º, aluno paga ou não mensalidade na razão direta da sua renda, sendo responsável pelo dinheiro que eventualmente faltar, o Estado.
4. E para manter a eficiência e justeza na distribuição dos resultados, vem a  transformação de todas escolas em empresas sociais, dignificando seu corpo docente e funcionários.

Não acredito mais em remendos no atual e sempre defasado contrato social que regula nossa convivência em sociedade. São sempre os mesmos problemas e sempre postergados mas quando atacados, pioram, pois  acabam legislando apenas sobre os efeitos, além de prevalecerem as ideologias e religiões, irreconciliáveis.

Está mais do que na hora de enfrentarmos a realidade e debater novas regras de convivência, dentro de um novo paradigma. Não há mais espaço nesta colcha para novos remendos com velhos retalhos.

Educação é o ponto de partida para outro amanhã, pois é quem proporciona as múltiplas oportunidades para que o ser humano desenvolva e consolide sua consciência individual, que é a matriz que lhe estrutura o caráter.