sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Nosso sistema político transformou o Estado num monstro.


Urge desmontar a monstruosidade em que foi transformado o Estado, pela mão dos políticos, em função do sistema em que eles operam.

Esse problema não começou agora, mas em 1808 quando da “vinda” da “família Imperial” – 15.000 pessoas  - para se estabelecer na sua principal colônia. Desde então, até hoje, o Estado brasileiro é um fim em si mesmo. O Deus da família Imperial, família cristã e Inquisidora, de Inquisição, criou um Estado especial para eles e esse Estado nos pariu, para que o servíssemos eternamente.

No começo a Corte portuguesa deixou o trabalho, como sempre para os outros, à cargo dos índios “domesticados” e aos portugueses das ilhas trazidos para esse fim: trabalhar. Depois, como o serviço não correspondia às necessidades dos “nobres”, acrescentaram os negros das suas colônias na África, “trazidos” em condições piores do que gado. Não atendidos ainda os reclames para a despesa de uma Corte dissoluta, logo após aquilo que foi considerado como nossa Independência (1822) – assumir a dívida de Portugal para com a Inglaterra – abriram o país para colonos europeus (1824), alemães, italianos, poloneses, lituanos e outros e à estes distribuindo pedaços de terra no meio das matas do sul, para que produzissem e sustentassem o ócio da Corte.

Esses ociosos continuaram usando suas perucas bolorentas e suas roupas fedidas até 1889, quando um golpe interno na Corte retirou da família Imperial o direito de transmitir de pai para filho o cargo maior, passando o mesmo à ser disputado entre os comensais e cortesãos, que despiram as perucas, mudaram o nome de Imperador para Presidente e se “adonaram” da chave do cofre.

Este o resumo da nossa Independência e Proclamação, que de Monarquia Absolutista passou à Monarquia Republicana. Os Sarney’s e Roseana’s continuam assistindo os pobres se decapitarem nas prisões – novos navios negreiros – enquanto se refestelam com caviar e champagne comprados em caminhões, com o dinheiro dos impostos, extorquidos de uma população cada vez mais carente, não obstante a propaganda oficial catalogar cretinamente famílias com R$ 1.240,00/mês de renda como classe média.

Um pouco de história econômica para comparar situações.

Em 1945:
Um Japão arrasado pela Guerra. Hoje 4ª potência mundial.
Uma Alemanha arrasada pela guerra. Hoje 3ª potência mundial.
Uma China, ainda não comunista, mas inexpressiva. Abandonou o comunismo em 1978 e hoje é 2ª potência mundial.
E os Estados Unidos já a 1ª potência mundial em 1945.

E nós ? Brasil ? Em 1945 um país à procura do seu destino, de uma forma de governo que lhe colocasse no lugar de direito, considerando todas suas riquezas naturais; superavitário em dólares pelas exportações de borracha e outros produtos em falta no mercado externo em função da guerra na Europa.
Brasil, hoje, 2014, uma das maiores dívidas externas, uma impagável dívida interna que cresce exponencialmente à mais de 10% a.a., sem contar a capitalização dos juros; nestes termos, impagável.

E por que ? Porque continuamos sendo um Estado como fim em si mesmo. Primeiro foram os oligarcas, depois os burgueses e agora os sindicalistas pelegos que nos assaltam se dó nem piedade.

Existimos e trabalhamos para sustentar a Corte da nossa Monarquia Republicana, que extorque 40% da produção nacional apenas para manter seus privilégios, hoje aumentados para 40 ministérios. Importante salientar que o único que funciona à contento é o da propaganda, que mediante 5 “módicos” bilhões anuais faz os eleitores menos avisados, maioria, acreditar que essa corja trabalha por eles.

Tenho em mãos, ao acaso, dois Cupons Fiscais:

1.   Sacolão : compra R$ 4,64 , impostos R$ 1,48 = 31,89%
2.   Hiper 1,99 : compra R$ 4,49 , impostos R$ 1,56 = 34,74%.
Sem contar TODOS outros impostos existentes, pois no total são 87.

Na nossa Monarquia Republicana - atualmente estando Rei o Luiz 51 de Piracicaba y Bourbon 20 anos, também conhecido como Lulla “O Chefe” – as prioridades são as seguintes, pela ordem de importância para eles:

1.   Corrupção
2.   Futebol
3.   Carnaval
4.   Trabalho, sendo que este tem à fustigá-lo inapelavelmente a Justiça do Trabalho; os sindicatos pelegos comandados pelo Ministério do Trabalho, que tem verdadeira ojeriza pelas empresas privadas que empregam os trabalhadores; e um Estado paquidérmico e  maquiavélico.

É dentro deste quadro que a mídia “preocupa-se” com a próxima eleição, exaltando ou não as “qualidades” dos candidatos, todos atrelados ao sistema político vigente, que exige em primeiríssimo lugar a subserviência do candidato, já por isto mesmo selecionado pela sua folha corrida, aos esquemas já acertados com os financiadores de campanha e com os membros da Corte, que independente de quem ocupar o Trono, para eles nada muda. As benesses por mais 4 anos estarão garantidas.

Não há nenhuma perspectiva de diminuir a dívida pública que já consome uma sétima parte de tudo que é extorquido da população e das empresas, via impostos e multas.

É utopia imaginar que com este sistema político, que nos levou à este Congresso Lamaçal, ou, sórdido balcão de negócios, poderemos um dia sair deste imbróglio.

Por qualquer lado que se olhe, só um novo Contrato Social, um novo paradigma, pode mudar o rumo do nosso país. E este Contrato tem que ser redigido fora dos galinheiros reais, resguardados pelas mesmas raposas de sempre.



segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Fora Lulla, Dilma, Aécio, Campos, Marina e outros menos votados. Precisamos de Estadistas e não desta caterva.


por Martim Berto Fuchs

Fui 100% favorável ao contra-golpe de 1964. Golpe mesmo era comandado por Brizola, que empolgado pelas peripécias de Fidel Castro na minúscula Cuba, queria repetir o feito neste continente chamado Brasil.

Estudava em Porto Alegre justamente nessa época, 1962 à 1965. Acompanhei os discursos inflamados que o mesmo proferia às sextas-feiras à noite ao vivo no cine Marabá, se não me falha a memória, incitando a população ao confronto e já tendo ao seu dispor os Grupos dos 11, por ele formados, em todo Estado e também em SC e PR, grupos que tinham a incumbência de “completar o serviço” depois de perpetrado o golpe.

Apeados do Poder pelas FFAA em 31 de março de 1964, e “convidados” à se retirar do país, o restante da história todos conhecem.

Só que, nesta de cassar os direitos políticos daqueles que tentaram dar o golpe e daqueles que ostensivamente os apoiaram no contra-golpe, a inteligência militar e os civis que participavam do novo Poder, resolveram inibir de forma perene o surgimento de novas lideranças. Digo novas, porque cassaram também muitos daqueles que os apoiaram e que não aceitaram os rumos que a história estava tomando.

Esta decisão então tomada reflete-se nos dias atuais. Os novos políticos surgidos após 1964 são apenas caricaturas, e os de 1985 em diante, não são nada. Só o que esses arremedos de político sabem fazer é se locupletar com dinheiro público, descarada e impunemente. Cada vez mais.

A única liderança que surgiu e em atividade chama-se Lulla, também conhecido pela alcunha de “O Chefe”. Depois das experiências fracassadas para alcançar o Poder maior, consentiu em vender a alma ao capeta para alcançar seus objetivos, e rendeu-se, por escrito, ao escritório das multinacionais no Brasil, qual seja, a FIESP. À partir de 2003 vivemos mais esta experiência, com o mais novo grupo de beneficiados, os sindicalistas pelegos, fazendo parte da Corte e usufruindo das suas benesses. Também aí conhecemos o restante da história, pelo menos até os dias atuais, restando saber o que nos aguarda, que pelo andar da carruagem da nossa Monarquia Republicana, não deixa antever nada bom.

Analisemos rapidamente a ex-China comunista, atualmente apenas autoritária. Em 1964 ela não constava no mapa dos países que tinham um PIB considerável. Em 1984, ela já aparecia em 20º lugar. Em 2014 ela é há tempos o 2º maior PIB do planeta, e não demorará para alcançar o 1º lugar.
Em 1949 Mao Tse Tung à colocou sob o tacão da bota do comunismo. Em 1976, quando da morte do mesmo, o comunismo tinha exaurido até a capacidade do povo alimentar-se. Venceu então, depois de 2 anos de luta interna pelo Poder, a liderança de Deng-Xiao-Ping, que assumiu a direção do partido único. Implementou o

Programa das Quatro Modernizações:

1.   A abertura do setor industrial aos investimentos das corporações transnacionais;
2.   O desmantelamento das comunas populares e o incentivo à volta da agrícola familiar;
3.   A modernização tecnológica das FFAA;
4.   O aumento dos investimentos públicos em ciência e tecnologia.

A continuação desta história estamos assistindo atualmente. Depois de Portugal, Inglaterra e EUA nos explorarem tranquilamente, pois sempre contaram com o apoio das nossas “elites”, agora é a vez da China., que em 1984 detinha o 20º e nós o 11º PIB, fazer com, e do Brasil, o que bem entende, o que mais vantajoso for para ela.

Esta falta de Estadistas, que sempre deram rumo aos países onde se destacaram, não mais será suprida no prazo que o Brasil dispõe para mudar seu futuro. Hoje impõe-se novo enfoque para redirecionarmos o caminho ao brejo que estamos seguindo. Não adianta apenas mudar o maquinista, pois estaremos indo sempre para o mesmo fim. Temos que mudar os trilhos de lugar, para direcionarmos esse comboio à outro destino. A China fez isto e aí está.

E, não mais adianta recorrer às FFAA para nos livrar das asneiras propostas pela esquerda brasileira, cada vez mais vendida aos interesses internacionais, saibam eles disto ou não.

A proposta comunista de nivelar todos por baixo é hoje condizente com a proposta da Oligarquia Financeira Internacional. A diferença consiste em que posto em prática o comunismo como quer a esquerda brasileira, hoje dominada pelo Foro de SP, seríamos todos nivelados na pobreza, as empresas na mão do Estado e só eles nos palácios. É o caminho mais curto para a guerra civil, se conseguirem desta vez dividir as FFAA.

Já na aplicação dos padrões da Oligarquia Financeira Internacional, eles permitem a existência de empresas multinacionais, que à eles pertencem e que pagam bem à seus trabalhadores, e ao restante o salário mínimo e ajudas do Estado; bolsas-família, Minha Casa Minha Vida, em casas que você tem 300 meses para pagar e que não duram 100. Na mão deles estaremos sempre à espera de um novo messias à assumir a Presidência para nos salvar dos “malvados”. Enquanto isto, trabalhamos para eles. Cresce a concentração de renda e cresce a pobreza na mesma proporção, mas nunca ao ponto de nos rebelarmos por completo. Sempre estará presente em nossas mentes embotadas pela propaganda subliminar, que um novo Getúlio Vargas, “pai dos pobres” como ele difundia através do D.I.P. que ele criou para este fim – ou um novo Lulla, “mãe dos ricos”, que torra 5 bilhões por ano do nosso dinheiro em auto-promoção, virá nos “salvar” das garras do FMI ou outras justificativas que eles apresentam dependendo da ocasião, para enganar os otários de sempre.

Em Capitalismo Social não se está atrás de um messias e sim de Estadistas; 15 à nível federal, sendo um magistrado e 14 Secretários escolhidos pelo povo sem interferência de partidos ou de financiadores.

Se o povo errar, aí sim poder-se-á dizer que a culpa é dele. Até lá, a culpa é das organizações criminosas conhecidas por partidos políticos que só indicam bandidos ou incapazes, mas que podem ser manipulados pelos donos dos mesmos e seus financiadores, todos com gordas contas correntes em paraísos fiscais.





sábado, 15 de fevereiro de 2014

“Nobre" príncipe Dom Bertrand de Orleans e Bragança x João Pedro Stedile


por Martim Berto Fuchs

Em artigo publicado no Alerta Total de 11 de fevereiro 2014, o “nobre” príncipe Dom Bertrand descreve em 13 longas laudas sua indignação contra o atendimento que o Papa Francisco dispensou a João Pedro Stedile, um dos fundadores e representante  máximo do MST – Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra.

É um artigo onde Dom Bertrand desfila uma série de lugares comum contra movimentos comunistas, mostrando sua indignação para com a igreja Católica por ter resolvido escutar também as explicações dadas pelo pessoal que está na outra face da mesma moeda, os sem nada.

“Nobres”. Primeiramente, sempre me causou espécie classificar esses senhores amamentados e criados no ócio, de nobres. Não é esse o conceito que faço da palavra nobre. Esses “nobres” foram tornados “nobres” por outros tão “nobres” quanto eles. Isto é, a estultice condecorando o ócio. Por exemplo, se ainda fossem distribuídos esses títulos de “nobreza” hoje em dia, um que seria “nobreado” seria o José Ribamar, o Sir Ney, dono da sesmaria do Maranhão e papa da Casa da Mãe Joana também conhecida por Senado.

Segundo, também me causa estranheza essa “classe social” condenar o comunismo, pois o comunismo nada mais é que o neo-feudalismo, ou seja, no Portugal de antes, dos seus antecedentes, esses “nobres” senhores feudais exploravam os “não nobres” da mesma maneira que hoje os irmãos Castro exploram os que não pertencem à classe dirigente do povo cubano.

Terceiro, seus parceiros nesta exploração do ser humano, a Igreja Católica e suas ramificações posteriores à Reforma, serviram de modelo para a proposta marxista implementada por Lenin, que também baseava-se na eliminação dos contrários, donos que eram da única verdade. Os “nobres” e a igreja eliminavam em nome de Deus e Jesus, e os marxistas até hoje eliminam em nome do bem comum e do Estado, que são eles. À luz da espiritualidade, nenhuma diferença.

Assim sendo, por que repreender o Papa Francisco por pelo menos tentar diminuir a diferença de renda entre os “nobres” do Clube de Bildenberg e os assalariados e os miseráveis ?

Qual a proposta da sua “classe” para diminuir esta abissal diferença de renda e então poder se referir à boa nova trazida por Jesus em nome de Deus ?

O príncipe Dom Bertrand de Orleans e Bragança é Chefe da Casa Imperial Brasileira – Documento escrito e enviado ao Papa Francisco em 8 de fevereiro de 2014

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Artigo transcrito na Tribuna da Internet de 12 de fevereiro 2014.

 “Com a passagem dos 30 anos de fundação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), no dia 22 de janeiro, o Jornal do Comércio entrevistou um de seus fundadores e principais líderes. João Pedro Stedile não poupa críticas aos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e de Dilma Rousseff, ambos do PT. Stedile questiona o fato de a reforma agrária não ter apresentado resultados significativos no governo Dilma. Segundo o ativista, a reforma agrária só não tem avanços porque a presidente está “alinhada com as oligarquias”.

O Sr. Stedile, arauto do natimorto marxismo, quer resolver o problema de emprego na área rural, através da única proposta que não funcionou em lugar algum.

Desde a extinta URSS, passando pela China de Mao Tse Tung e outros menos votados, até o último a abandonar essa mentira, que será a Coréia do Norte, para infelicidade do seu povo, pois Cuba está comunista até o desencarne dos irmãos Castro, aí então caindo novamente nas mãos da máfia, como aconteceu com a Rússia, que esses países sobreviveram e sobrevivem graças à existência do capitalismo, por mais selvagem que seja.

Responda-me, Sr. Stedile, como pode um país distribuir o que não produz ? Se não existisse o sistema da livre iniciativa produzindo, os regimes comunistas teriam sumido à míngua, ou em pobreza absoluta, ou até em canibalismo. Não adianta querer esconder esta verdade, no caso de Cuba, alegando que a culpa é dos EUA e seu embargo. Quem não produz não tem o que distribuir, à não ser recebendo ou tomando dos outros.

Primeiro foi a URSS que bancou a experiência fracassada do comunismo em Cuba, depois a Venezuela e agora os “companheiros” brasileiros. Detalhe, com o nosso dinheiro, dinheiro dos impostos e verbas do BNDES que um dia teremos que pagar.

Quanto ao fato de Lulla e Dilma serem impostores, o sr. tem toda razão, pois mentem mais do que o capeta. Mas já são mentirosos ricos, eles dois e seus “companheiros” de Corte, não obstante uma parte deles, principalmente os da cúpula do PT, estar passando por uns dissabores momentâneos, quais sejam, serem hóspedes de hotéis sem estrelas e sim grades. Mas nada que o Toffoli e o Lewandowsky não possam resolver quando assumirem o STF. Só um pouco de paciência e os sócios dos bens alheios estarão novamente no lugar que merecem, no Congresso Lamaçal.

Os "nobres" da Monarquia Absolutista e os atuais beneficiários dos impostos que nos extorquem, os "companheiros" da Monarquia Republicana, deveriam, quem sabe, se espelhar no exemplo que vem dando o Presidente do Uruguai, o Sr. José Alberto MUJICA Cordano. A simplicidade e a humildade não lhe tiraram a dignidade e a autoridade para exercer nobremente o seu cargo.


Capitalismo Social. Projeto completo: agosto de 2012.


sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

A outra volta do PT no parafuso

por Milton Pires
Seguindo a velha tradição de tirar vantagem política de absolutamente tudo que acontece no Brasil, o PT não poderia agir diferente naquilo que diz respeito à morte do jornalista Santiago de Andrade. Não se passaram 48 horas para que, a toque de caixa, todo governo se mobilizasse para aprovar uma lei que tenta definir aquilo que já existe... que já está “tipificado” como costumam dizer os operadores do direito, e que só não é obedecido porque até hoje não foi conveniente ao próprio PT. 

Depois de ter desarmado toda população brasileira, o Partido-Religião segue na sua jornada sem obstáculos para implantação do governo totalitário. Usando sempre da estratégia do caos e da confusão, o PT cria problemas contra si mesmo para depois, apresentando-se sempre como “salvador”, adotar medidas que enfraquecem a capacidade de oposição dentro da sociedade brasileira.
Tendo acabado com a oposição partidária, resta ao Partido impedir qualquer forma de reação daquilo que ele mesmo chama de “sociedade civil” mas para isso é sempre necessário sincronizar a repressão com algum evento que mobilize emocionalmente a população. A morte do jornalista da BAND não poderia vir em momento melhor: faltava esse apelo... Esse desespero popular para que, dócil como um animal que se dirige matadouro, os brasileiros aceitassem uma nova versão do AI-5 – desta de vez na versão petista. 

Pergunto o seguinte: imaginem, apenas imaginem, que investigando a morte de Santigo, a “Polícia Federal do B” chegasse à “brilhante” conclusão de que Caio Silva e Fábio Raposo receberam os famosos 150 reais depois de serem “aliciados” por partidos políticos de “extrema-esquerda” através da internet? Qual a próxima medida de “emergência” do Governo Dilma para impedir esse tipo de coisa no país?
Evidentemente a censura, depois de amplo apelo à população através da imprensa domesticada, de toda comunicação através da internet no Brasil ! Ninguém consegue ver que, com o PT no governo, as redes sociais tem no Brasil os seus dias contados? 

A justificativa de manutenção da ordem pública e da paz social foi sempre, durante toda história política do século XX, o argumento favorito de gente como Hitler e Stalin para levar o poder do Estado a níveis até então sem precedentes. Seria preciso estudar cuidadosamente a lição deixada por Hannah Arendt no seu magnífico “A Condição Humana” para entender que, contrariamente ao que se pensa, a vida sob o regime totalitário é a “menos política” de todas as vidas.
A vida política começa quando, saindo da esfera privada, por sua natureza essencialmente não democrática, o homem “politiza” o espaço público. Nesse movimento de sentido único, em que o privado é deixado para trás, o motor é a liberdade... é a possibilidade de, num espaço diferente daquele da família, exercer a democracia como forma de relação entre iguais. Não há, nesse processo, possibilidade de um “caminho inverso”... de uma espécie de imposição da relação democrática entre as pessoas através de um Estado Total e é essa a causa da desgraça da vida sob esse tipo de regime. 

Mais de uma vez escrevi que o PT é um partido totalitário - que é uma organização que pretende substituir as relações mais íntimas, mais particulares e privadas que possam existir na vida das pessoas (relações essencialmente NÃO democráticas) por um modelo único, primeiro de pensamento e mais tarde de ação humana (condição da própria política) que ele mesmo julgue conveniente.
Desarmar toda população brasileira foi o primeiro passo; criar uma Lei contra o Terrorismo o segundo. Impedir definitivamente as comunicações pela internet vai ser o terceiro.
Nada há de mágico em prever esse tipo de coisa. Os exemplos estão na História do século XX e deixam claro que não se trata de uma opção, mas sim da própria natureza desse partido e da visão de poder que ele tem sobre o Brasil...

Há mais de dois mil anos atrás os romanos “pregaram” Jesus Cristo numa cruz... O PT vai fazer o mesmo com a liberdade no nosso país, mas usando parafusos... O primeiro de todos os apertos dele já passou... A Outra Volta do Parafuso está sendo dada...

Milton Simon Pires é Médico.
 
Transcrito do site: www.alertatotal.net/

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

A ideologia que nos oprime

Por Percival Puggina

Volta e meia ouço que as ideologias acabaram. Ensinam-me que esquerda, direita e seus arredores perderam prazo de validade. Vai atrás! Chega a ser engraçado porque não abro jornal, não ouço rádio nem assisto tevê sem que as ideologias fluam aos borbotões das palavras e das imagens. Elas estão entre as mais imediatas causas das notícias. A ideologia que rege a banda nacional, por exemplo, está desintegrando a sociedade. Será preciso mais, para que o reconheçamos?
Rouba-se tudo de todos. O carrinho do bebê e, não raro, também o bebê. A pensão da velhinha e o guarda-chuva do velhinho. Rouba-se tudo de todos. O país virou um covil onde ladrões espantam turistas e apavoram os nativos. Por quê? Porque nossos governantes, legisladores e muitos magistrados consideram de "baixa lesividade" os crimes contra o patrimônio (alheio, claro). 

Nem por roubo à mão armada alguém vai para regime fechado. Se condenado, o assaltante ruma para o semi-aberto, onde não tem vaga. E daí para casa e para as ruas. É por isso que um desmanche de automóveis pode ser fechado quatro vezes. E continuar operando. E é por isso que os vândalos promovem trottoirs em Porto Alegre, quebrando o que encontram pela frente, enquanto a Brigada Militar a tudo assiste zelando pelo bem estar e segurança dos facínoras. Bem sei o quanto essa determinação superior contradiz o ânimo e os princípios que norteiam a formação dos membros da corporação.
O zelo pelo patrimônio privado ocupa o último lugar entre as preocupações das autoridades nacionais. Tendo o direito à propriedade deixado de ser significativo, por motivos doutrinários, filosóficos e ideológicos, tais crimes sumiram do catálogo das condutas coibidas. De tanto repetir que pedra é pau, furto e roubo se converteram em atos de justiça distributiva. "Encostaram-lhe uma arma no peito? Depenaram seu apê? Vá catar coquinho. Cada um com seus problemas."
De nada vale mostrar o quanto é malévola e incoerente essa ideologia de twitter, essa filosofia de quarto de página. Afinal, se o ladrão rouba por necessidade e não por adesão livre e racional ao crime, como explicar o vertiginoso aumento da criminalidade num período de expansão do emprego e da renda das pessoas? Temos, aqui, duas fatuidades: a ideologia que inspira o governo e sua política social. O crime avança - sei que a nada serve repeti-lo - porque é um negócio de alta renda e baixo risco.
Há muitos anos ouvi de alguém com influência na formulação das concepções a que estamos atrelados que nossos códigos protegiam mais os bens do que as pessoas. Foi como subir instantaneamente numa escada e espichar os olhos na direção do horizonte. Estava visto aonde aquilo iria nos levar. Hoje, o ladrão toma-te os bens na boa, mas se o ofenderes com palavras interditas, "preconceituosas", raios e trovões cairão sobre tua cabeça. Ante a inércia, aumentou significativamente o furto e, mais ainda, o roubo à mão armada, não raro com execução das vítimas. A desatenção aos crimes contra o patrimônio acabou com a segurança das pessoas cuja proteção se pretendeu priorizar - quem não vê? Ou será preciso desenhar? Não se constroem presídios e os existentes, superlotados, regurgitam as populações carcerárias de volta às ruas. Por fim, diante desse quadro macabro, nossos governantes fazem quanto podem para desarmar a população. E proclamam, com candura, que não há ideologia alguma nisso.

Percival Puggina (69) é arquiteto, empresário, escritor, titular do sitewww.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões, membro do grupo Pensar+.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Como o PT mantém o Poder

por Marco Antônio Villa

O lulismo vai deixar sinais indeléveis no Estado brasileiro. E, pelo visto, deve permanecer no poder até, no mínimo, 2018. Inexiste setor do Estado em que não tenha deixado a sua marca. A eficácia na tomada do aparelho estatal é parte de um projeto de manietar o país, de controlar os três poderes.

O grande empresariado foi se transformando em um dos braços do Estado, aumentando a cada dia a sua dependência dos humores governamentais. Ter uma boa relação com o Palácio do Planalto virou condição indispensável para o sucesso. O empresário se tornou capitalista do capital alheio, do capital público.

Para a burguesia lulista, nenhum empreendimento pode ter êxito sem a participação dos fundos de pensão dos bancos e empresas estatais, dos generosos empréstimos do BNDES e da ação direta do governo, criando um arcabouço legal para facilitar a acumulação de capital - sem esquecer as obras no exterior, extremamente lucrativas e de risco inexistente, que as empresas recebem de mão beijada, sem concorrência, como as realizadas na África e na América Latina.

A petrificação da pobreza se transformou em êxito. Coisas do lulismo. As 14 milhões de famílias que recebem o benefício do Bolsa Família são, hoje, um importante patrimônio político. Se cada família tiver, em média, 4 eleitores, estamos falando de 1/3 do eleitorado. A permanência ad aeternum no programa virou meio de vida e de ganhar eleição. Que candidato a presidente teria coragem de anunciar o desejo de reformar o programa estabelecendo metas de permanência no Bolsa Família?

A máquina do Estado foi inchada por milhares de petistas e neopetistas. Além dos 25.000 (!!!) cargos de assessoria, nos últimos 11 anos foram admitidos milhares de novos funcionários concursados, estáveis, portanto. Diferentemente do que seria razoável, a maior parte não está nas áreas mais necessitadas. Um bom (e triste) exemplo é o das universidades federais, onde foi realizada uma expansão absolutamente irresponsável. Faculdades, campis, cursos, milhares de funcionários e docentes, para quê? 

Havia algum projeto de desenvolvimento científico? A criação dos cursos esteve vinculada às necessidades econômicas regionais? Foi realizado algum estudo das carências locais? Ou tudo não passou, simplesmente, de atendimento de demandas oligárquicas, corporativas e para dourar os números do MEC sobre o total de universitários no país?

Sem ter qualquer projeto para o futuro, foi acentuado o perfil neocolonial da nossa economia. Vivemos dependentes da evolução dos preços das commodities no mercado internacional - e rezando para que a China continue crescendo. Não temos uma política industrial e o setor foi perdendo importância. O investimento em ciência e tecnologia é ínfimo. A chamada nova economia tem importância desprezível no nosso PIB. A qualificação da força de trabalho é precária. Convivemos com milhões de analfabetos como se fosse um dado imutável da natureza.

A política externa amarrou o destino do Brasil a um terceiro mundismo absolutamente fora de época. Nos fóruns internacionais, o país se transformou em aliado preferencial das ditaduras e adversário contumaz dos Estados Unidos. Abandonamos o estabelecimento de acordos bilaterais para fomentar o comércio. Enquanto o eixo dinâmico do capitalismo foi se transferindo para a região Ásia-Pacífico, o Brasil aprofundou ainda mais sua relação com o Mercosul. Em vez de buscar novas parcerias, optamos por transformar os governos bolivarianos em aliados incondicionais.

Entre os artistas, a dependência estatal foi se ampliando. Uma simples peça de teatro, um filme, um show musical, nada mais é realizado sem que tenha a participação do Estado, direta ou indiretamente. Ter bons relações com o lulismo virou condição indispensável para a obtenção de “apoio cultural”. 

Nunca na história republicana artistas foram tão dependentes do governo - nem no Estado Novo. E cumprem servilmente o dever de obediência ao governo, sem qualquer questionamento.

O movimento sindical foi apresado pelo governo. Os novos pelegos controlam com mão de ferro os “seus” sindicatos. Recebem repasses milionários sem terem de prestar contas a nenhum organismo independente. Não vai causar estranheza se o Congresso - nesta escalada de reconhecer novas profissões - instituir a de sindicalista. A maioria dos dirigentes passou rapidamente pela fábrica ou escritório e está há décadas “servindo” os trabalhadores. Ser sindicalista tornou-se um instrumento de ascensão social. E caminho para alçar altos voos na política.


O filét mignon do sindicalismo são os fundos de pensão das empresas e bancos estatais. Seus diretores, do dia para a noite, entraram no topo da carreira de profissionais do mercado financeiro, recebendo salários e bonificações de dar inveja aos executivos privados. Passam a conviver com a elite econômica e são mimoseados pela burguesia financeira de olho nos recursos milionários dos fundos. Mas ser designado para a direção do Fundo de Amparo ao Trabalhador é o sonho dourado dos novos pelegos.

Em meio a esta barafunda, não causam estranheza o ataque, o controle e a sujeição do Supremo Tribunal Federal à horda lulista.

Os valores éticos e republicanos não combinam com a sua ação política, daí a necessidade de aparelhar todas as instâncias do Estado e de colocá-las ao seu serviço, como já fez com o Congresso Nacional, hoje um mero puxadinho do Palácio do Planalto.

Na república lulista não há futuro, só existe o tempo.


Pelo historiador Marco Antonio Villa no O GLOBO de 01-01-2014

domingo, 9 de fevereiro de 2014

A Sociedade de Emergência - Ensaio sobre o fim da Normalidade

Por Milton Pires

No seu monumental Dicionário de Filosofia, Nicola Abbagnano refere-se ao conceito de emergência como sendo o termo empregado pelos anglo-saxões para indicar o caráter criativo da evolução. Necessário é dizer que hoje é na chamada Teoria dos Sistemas Complexos que se aplica e se estuda a “ideia de emergência” com mais frequência. Foge completamente à capacidade de um simples médico, sem conhecimento formal de filosofia, escrever sobre isso.

Menos ainda é minha intenção nesse artigo discorrer sobre o que venha a ser considerado “emergência” em Medicina. Essas linhas tem conteúdo político e histórico. Preciso de uma outra definição sobre aquilo que pretendo abordar e, correndo o grande risco de cair no “lugar comum”, digo que emergência é uma quebra, uma determinada “ruptura” de uma espécie de “tecido”..Tecido esse que vou aqui, deliberadamente, chamar de “normalidade”.

Acredito que quando alguém termina a leitura daquele que permanece sendo um dos (senão o maior de todos) maiores livros escritos sobre o Brasil, “Casa Grande e Senzala,” a mensagem que fica é que nessa nação o Estado nasceu antes da sociedade. Gilberto Freyre prova, na minha opinião, de maneira genial como uma base naval da marinha portuguesa precisou “correr atrás” dos elementos culturais mínimos para formar um novo país.

Pergunto aqui, e esse é o sentido que quero dar ao ensaio, se não nasceu desse fato uma tradição única da nossa história: a tradição de emergência. Será que o improviso, o “jeitinho”..a “correria na última hora” não passaram a ser conceitos próprios? Não tem eles uma independência e uma força tal que hoje são, em si mesmas, a definição da nossa sociedade?

Há dois dias, as regiões economicamente mais importantes do Brasil ficaram sem energia elétrica. Uma reunião de “emergência” foi convocado para descobrir o que estava acontecendo. Os estádios para Copa estão longe de ficarem prontos? Uma reunião de “emergência” deve ser feita para esclarecer os motivos. Não é mais possível que a grande imprensa esconda a entrevista do Dr.Romeu Tuma no Roda Viva? Os editores e chefes de redação vão fazer definir, em caráter de “emergência” o que deve ser feito? E o caos no metrô de SP? A presidente convocou um encontro de “emergência” com o Ministro dos Transportes.

Seria muito fácil escrever mais um artigo sobre a incapacidade de prever..sobre a indiferença com o futuro ...sobre a irresponsabilidade da administração pública brasileira em absolutamente “qualquer coisa.” Para evitar tal risco, retorno ao primeiro parágrafo onde menciono aquele conceito que chamei de “normalidade.” Afirmo, lançando mão de um raciocínio puramente dialético, que rompeu-se na sociedade brasileira a estrutura desse tecido que defini. Digo ainda que, perdendo a noção daquilo que venha a ser essa “coisa” chamada normalidade, tudo no Brasil passa, necessariamente, a ser emergência!

A emergência não é, no Brasil, aquilo que em filosofia chamamos acidente; ela é substância...Ela tornou-se parte da própria estrutura do pensamento e tem, em si mesma, a capacidade de força geradora de valores morais que antes residiam num plano do inconsciente coletivo envolvido naquilo que chamei de tecido, ou se quiserem “estrutura”, da normalidade.

Não existe, quero deixar claro, mudança de governo capaz de modificar isso que escrevi acima. Não é partidária a causa do fenômeno que apresentei. A exploração política dessas condições por aquilo que chamo “Partido-Religião” é outro tema. Seria necessário escrever sobre “revolução e normalidade” para entender como a noção de “emergência” presta-se perfeitamente ao nascimento de um regime totalitário.

Enquanto não surgem no Brasil as condições plenas para o advento do terror político (a desinformação, a violência do Estado e a burocracia) já é absolutamente certo que ninguém mais sabe o que é “normalidade” - nasceu a Sociedade de Emergência.

Milton Simon Pires é Médico.

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Comentário do blog sobre artigo "É a estrutura, enroladores" enviado por Adriano Benayon.

"17. Colocar o Brasil no caminho da industrialização, com produção de bens de alto valor agregado e intensidade tecnológica é tarefa que não há como realizar sem as mudanças estruturais rejeitadas pela atual estrutura de poder, dominada pelos concentradores, que controlam também o processo político e os centros formadores de opinião, inclusive a mídia."

A primeira pergunta é:
- Por que o lullo-petismo e sua base enlameada, há 12 anos no poder, não apresentaram sequer um projeto para a sociedade, visando alterar este estado de coisas ?

Façamos um rápido comparativo entre as histórias dos EUA -Estados Unidos da América e os EUB - Estados Unidos do Brasil.

1. Independência:
1.1. EUA - 1776. Se tornaram completamente independentes da Inglaterra e repudiaram a Monarquia em todas suas formas, adotando desde o início a República Democrática.
1.2. EUB - 1822. Se tornaram teoricamente independentes de Portugal e completamente dependentes da Inglaterra, pois o preço da "Independência" foi a servidão para os ingleses; mantendo a Monarquia Absolutista.
1.2.1. EUB, depois de servir de capacho para Portugal e Inglaterra, "proclamamos" a República (1889), instituimos a Monarquia Republicana, não mais de pai para filho e sim o cetro sendo disputado agora entre os comensais da Corte, e fomos nos arrastar e mendigar junto aos EUA.
1.2.2. EUB, atualmente: servimos de capacho (complexo de vira-latas, Nelson Rodrigues) para quem mais pagar pela manutenção do ócio e fausto da Corte, impune e festivamente ocupada pelos oligarcas, burgueses e sindicalistas pelegos, os novos ricos. Ainda estão aprendendo a roubar, tanto que se deixaram apanhar infantilmente.
2. Constituições:
2.1. EUA, à partir de 1776, uma, com 25 emendas.
2.2. EUB, à partir de 1822, sete, mais um número infinito de decretos, atos institucionais, emendas, decretos-leis, medidas provisórias, PEC, etc.
3. Sindicalismo:
3.1. EUA. Copiaram e aperfeiçoaram o trabalhismo ingles. Foi uma luta feroz com os empresários até conseguir impor um "modus vivendi" adequado às duas partes, mas o resultado logo se fez sentir. Primeira potência mundial há muitas décadas.
3.2. EUB. Getúlio Vargas, que traiu os companheiros de golpe tornando-se ditador, 1930, preferiu dispensar o serviço de Lindolfo Collor no Ministério e colocar um capacho que aceitou a imposição de institucionalizar o sindicalismo fascista da Itália, do ditador Mussolini, dependente e subserviente do Estado, para poder também controlar os trabalhadores. O resultado aí está. Um sindicalismo pelego que até hoje rasteja junto aos governantes de plantão, se forem de esquerda, e atrapalha as relações entre as partes, se forem de direita,  e inimigo declarado das empresas.
4. Empresas:
4.1. EUA. Cresceram sem limitações de nenhuma ordem, sendo hoje multinacionais ou transnacionais, muitas com filiais aqui no Brasil.
4.2. EUB. Comecei trabalhar em definitivo, não apenas nas férias, em nov/1965. Técnico industrial. De lá até 1994, Plano Real, creio que quebraram todas, ou quase todas, que já funcionavam em 1965. Com uma diferença. As empresas que pertenciam aos burgueses da Corte, após a quebra, os proprietários ficaram mais ricos, como até hoje acontece.
4.2.1. As empresas nacionais tem contra si os sindicatos pelegos, a Justiça do Trabalho, os bancos e seus juros e um sócio insaciável e traiçoeiro, o governo, que fica com 40% da produção sem praticamente nenhuma contrapartida.

Diga-me caro Adriano Benayon. Como você quer reverter essa situação, sem que seja em primeiríssimo lugar enquadrando o governo ? Ou eventualmente sua proposição seria voltarmos as empresas dos políticos, vulgo estatais, desta vez porém, todas elas seriam pseudamente do Estado, como na antiga URSS ?
A minha proposta, muito clara, sem subterfúgios, está completamente delineada em Capitalismo Social, agosto de 2012, aqui no blog.
Não adianta apenas mostrar os efeitos sobre a sociedade, desta estrutura errada desde sempre, 1808, e menos ainda culpar sempre os estrangeiros por nossas mazelas.
Temos que encarar a nossa dura realidade, que é sermos reféns de um Estado que é um fim em si mesmo. Enquanto esta estrutura persistir, apontar efeitos é chover no molhado. Daqui 10 anos estará tudo igual, ou, mais provável, pior.
José Bonifácio de Andrada e Silva, que trabalhou para as duas Cortes, tanto a portuguesa como a brasileira, em cartas para os amigos, queixava-se amargamente do descalabro que eram as mesmas, tanto lá como aqui. Era uma opinião respeitável e conhecia bem o horror ao trabalho que esses inúteis tinham, e tem. Sombra e água fresca era e é seu lema, hoje agravado pela roubalheira que é protegida e incentivada pela mais descarada impunidade.


Capitalismo Social. Projeto completo: agosto 2012.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

É a estrutura, enroladores

por Adriano Benayon

Economistas escrevem copiosos e longos artigos sobre o quanto a taxa de câmbio do real, valorizada, prejudica a indústria local e contribui para a crise das contas externas apontada pelo déficit recorde nas transações correntes (TCs) com o exterior em 2013: US$ 81,4 bilhões.

2.  Na realidade, é ainda maior, pois as contas foram contabilizadas como exportadas as plataformas de exploração de petróleo em atividade no País. Sem essa maquilagem, o déficit nas TCs  teria sido 10% maior.

3. Claro que a taxa de câmbio do real valorizada pode estimular as importações, mormente num país que está em vias de desindustrialização há decênios, e por incentivar gastos no exterior.

4. Entretanto, faz melhorar a relação de intercâmbio, pois as exportações brasileiras são cada vez mais intensivas de recursos naturais, as commodities, cuja comercialização depende pouco da competição de preços.

5. De fato, foi o grande superávit nas mercadorias, acima de US$ 100 bilhões, que possibilitou o pequeno saldo positivo, de US$ 2,6 bilhões, na balança comercial, em queda impressionante, decorrente do crescente e enorme déficit externo dos produtos industriais: nada menos que US$ 105 bilhões.

6. Na realidade, o déficit industrial chegou a US$ 113 bilhões, se expurgarmos a “mágica” das plataformas. É consequência da desindustrialização do Brasil, dominado pelo capital estrangeiro.

7. A valorização cambial decorre do afluxo de capitais do exterior, que funciona como uma droga, com efeitos altamente prejudiciais à economia, inclusive a própria dependência dessa droga.

8. Por sua vez, os capitais forâneos são atraídos por taxas de juros altas, tendo sido as dos títulos públicos, elevadas, agora, a 10,5% aa. Nos EUA os títulos até dois anos pagam menos de 0,3% aa., e lá a dívida externa, de US$ 16 trilhões, supera o PIB, e a pública ascende a US$ 17 trilhões.

9. O Banco Central, ilegalmente independente na prática, age a serviço dos bancos e empresas transnacionais, inclusive de brasileiros que aplicam diretamente do exterior. As autoridades monetárias servem assim os concentradores, os reais detentores do poder.

10. Entre os prejuízos decorrentes dos juros altíssimos, está o de os juros para as empresas produtivas serem um múltiplo dos títulos públicos,  o que  eleva  o custo de produção de bens e serviços.

11. As  grandes empresas e as transnacionais não padecem com essas taxas, pois são  favorecidas com benigna TJLP (taxa de juros de longo prazo) aplicada pelo BNDES e por taxas também suaves da Caixa Econômica e de outros bancos públicos. 

12. Tudo isso é para fazer crescer os lucros das transnacionais, pois elas nem precisam de crédito - a que têm acesso no exterior a baixo custo - nem dependem de custos de produção baixos, porque, não sofrendo concorrência, aplicam os preços que desejam.

13. Ademais,  elevado às nuvens pelos juros absurdos, o serviço da dívida federal absorve mais de 40% da despesa, impulsionado por taxas de juros acolhidas pelo governo, que, assim, perde capacidade de investimento e custeio.

14.  Já se vê que as mazelas da economia brasileira são estruturais e não podem sanadas por medidas de política monetária ou fiscal, sem substituir o modelo dependente por um modelo econômico e social que atenda os interesses do País.

15. Assim, submisso ao modelo dependente, o governo não tem autonomia sequer para manejar as taxas de câmbio nem as taxas de juros, nem praticar políticas expansionistas ou contracionistas da moeda e do crédito. 

16. O tenebroso art. 164 da Constituição dá todo o poder ao Banco Central para emitir moeda, para passá-la exclusivamente aos bancos privados, deixando sem recursos o setor público e o próprio Tesouro, assim obrigado a endividar-se com os bancos. Não bastasse tudo isso, suas disponibilidades de caixa têm que ser depositadas no Banco Central.

17.  As causas do descalabro são, portanto, estruturais, sistêmicas. Como também estas: 

a) a administração pública tornou-se incapaz de conduzir o desenvolvimento, com o Estado  enfraquecido pelo serviço da dívida, e com as estatais incrivelmente capitalizadas pelo Estado antes de serem privatizadas em favor de grupos concentradores, inclusive estrangeiros.

b) o setor privado nacional continua vitimado pelas políticas públicas, desde que foi condenado a definhar, desde o golpe de 1954, que decretou a entrega do mercado ás empresas transnacionais, sem que tivessem sequer de investir realmente, subsidiadas, de forma absurda, para trazer suas máquinas usadas, amortizadas e mais que pagas no exterior.

c) esses  oligopólios e carteis – que continuaram sendo subsidiados pela União, Estados e Municípios e ocupam posições dominantes  - são os agentes da transferência de recursos para o exterior, através de diversas contas. 

d) essa é a grande fonte da dívida externa, que se desdobrou na enorme dívida interna, cevada com a capitalização de juros, devido às taxas de juros extorsivas; estas, por sua vez, a raiz da dependência financeira, que pretende justificar as altas taxas de juros dos títulos públicos para atrair capitais a fim de compensar os déficits na conta corrente.

e) a ascendência das transnacionais fez delas as beneficiárias dos incríveis subsídios às exportações, instituídos desde o final dos anos 60, as quais não evitaram a explosão da dívida externa daí até o final dos anos 70, que também cresceu com os investimentos públicos na infra-estrutura e nas indústrias básicas, sob dependência financeira (comandada pelo Banco Mundial) e dependência tecnológica, agravadas em função das especificações impostas nas concorrências internacionais.

f) no  “modelo brasileiro” – alardeado nos anos dos falsos milagres econômicos – não há  como incorporar a maior parte da força de trabalho a um processo produtivo de qualidade, nem elevar  o padrão de vida do grosso da população: só cresce a já esmagadora concentração da renda nas grandes empresas e os modestos programas de transferência de renda, na tentativa de sustentar parte do número gigantesco dos  marginalizados, a grande maioria da população; tudo como o Banco Mundial gosta, enquanto  as transnacionais extraem os recursos naturais do País e transferem para o exterior os lucros, principalmente como despesas, afora as crescentes remessas como lucros oficiais e juros.

17. Colocar o Brasil no caminho da industrialização, com produção crescente de bens de alto valor agregado e intensidade tecnológica é tarefa que não há como realizar sem as mudanças estruturais rejeitadas pela atual estrutura de poder, dominada pelos   concentradores, que controlam também o processo político e os centros formadores de opinião, inclusive a mídia.

Adriano Benayon é doutor em economia e autor do livro Globalização versus Desenvolvimento.
Nota do blog: enviado pelo autor para email do blog. Estaremos comentando em artigo próprio.

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Livros Especiais - 50. “Mãos de Luz” - Bárbara Ann Brennan.

01. “Teoria da Organização Humana”  - Antonio Rubbo Müller.

02. “A verdadeira história do Clube de Bilderberg” - Daniel Estulin.
03. “O Comitê dos 300”, que revela as entranhas do Clube Bilderberg - Dr. John Coleman.
04. “O Instituto Tavistock de Relações Humanas - Conformando o Declínio Moral, Espiritual, Político e Econômico dos Estados Unidos da América”- Dr. John Coleman.
05. “O Instituto Tavistock” - Daniel Estulin.
06. “ILLUMINATI” - Paul H. Kochs.
07. “História Secreta do Brasil” - Gustavo Barroso.
08. “Os judeus, o dinheiro e o mundo”- Jacques Attali.
09. “Mauá – Empresário do Império” - Jorge Caldeira.
10. “História Social e Econômica da Idade Média” - Henri Pirenne.
11. “Carlos Lacerda - Depoimento”.
12. “Genes, Povos e Linguas” - Luigi Lucas Cavalli-Sforza.
13. “A Viagem em Busca da Linguagem Perdida”  -  Gustavo Korte.
14. “Um Estudo da História” - Arnold J. Toynbee.
15. “História da Civilização” - Oliveira Lima.
16. “O Dinheiro do Mundo” - Jefrei Teodofit.
17. “Uma História da República” - Lincoln de Abreu Penna.
18. “CHINA – A corrida para o mercado” - Jonathan Story.
19. “Ascensão e Decadência da Burguesia” - Emmet John Hughes.
20. “Manifesto Comunista” -  Karl Marx.
21. “Crítica ao Programa de Gotha” - Karl Marx.
22. “O Louco e o Proletário”  -  Emmanuel Todd.
23. “Depois do Império”  -  Emmanuel Todd.
24. “O Positivismo” - Augusto Comte.
25. “História Eclesiástica” - Abade Fleury
26. “Holocausto Brasileiro” - Daniela Arber.
27. “Inquisição – O reinado do medo” - Toby Green.
28. “A Vida de Mahomét” – Émile Dermenghem.
29. “The Black Pope” (O Papa Negro) - M. F. Cusack.
30. “As Deusas, as Bruxas e a Igreja”- Maria Nazareth Alvim de Barros.
31. “A Armada do Papa” - Os segredos e o poder das novas seitas da igreja católica.  Gordon Urquhart .

32. "O Sublime Peregrino"  -  Ramatis  - psicografado por Hercílio Maes.
33. “Reencarnação” - Annie Besant.
34. “Reencarnação: o elo perdido do cristianismo” - Elizabeth C.Prophet & Erin L.Prophet.
35. “Casos sobre reencarnação – 4 volumes“ - Ian Pretyman Stevenson.
36. "A Reencarnação Segundo a Bíblia e a Ciência" - José Reis Chaves - 6ª Edição – 2001.
37. “Recordando Vidas Passadas” - Dra. Helen Wanbach. (+ de 1.000 regressões em pacientes)
38. “Espíritos entre nós” - James Van Praagh.
39. “Nos Céus da Grécia” - James Van Praagh.
40. “A Vida Além da Sepultura” - Ramatis.
41. “A Vida no Outro Lado”  -  Sylvia Browne.
42. “A Noite de São Bartolomeu” - J.W.Rochester/WeraKrijanowsky.
43. “O Faraó Mernephtah” – ditado pelo Conde J.W.Rochester, psicografado por WeraKrijanowsky
44. “O Universo dos Espíritos” - D.Hemmert & A.Rondéne.
45. “Psicoterapia Reencarnacionista” -  Mauro Kwito.
46. “Muitas Vidas muitos Mestres”  - Brian L.Weiss.
47. “Uma Prova do Céu – A jornada de um neurocirurgião à vida após a morte”  -  Dr. Eben Alexander III
48. “A Roda da Vida” - Elizabeth Kübler-Ross.
49. “Medicina Vibracional” - Dr. Richard Gerber.
50. “Mãos de Luz” - Bárbara Ann Brennan.
51. “Reiki” - Pe. MikaoUsui.

51. “Espaço-tempo e além” - Bob Toben e Fred Alan Wolf.
52. “Quem Somos Nós ?” - William Arntz, Betsy Chasse e Mark Vicente.
53. “O Universo Holográfico” – Michael Talbot.
54. “A Experiência da Intenção” - Lynne Mc Taggart.
55. “2012 – A Era de Ouro” - Carlos Torres & Sueli Zanquim.
56. “2012 – A História”  -  John Major Jenkins
57. "A física da alma"  -  Amit Goswami
58. "A Dinastia de Jesus"  -  James D.Tabor.

59. “O Livro dos Espíritos”   -  Allan Kardec
60. “O Livro dos Médiuns”  -  Allan Kardec
61. “Viagem Espiritual” - psicografado por Wagner Borges. Instituto de Pesquisas Projeciológicas e Bioenergéticas.
62. “Viagens fora do Corpo” – Robert A. Monroe.
63. “Viagens além do Universo” – Robert A. Monroe.
64. “A Última Jornada” - Robert A. Monroe.
65. “O Poder da Comunicação” - Joel Lewey e Michelle Lewey.
66. “Sadhana: o Caminho Interior” -Sathya Sai Baba, tradução assinada pelo Professor Hermógenes.
67. “Autobiografia de um IOGUE” - ParamahansaYogananda.
68. “Apometria – “Espírito/Matéria: Novos Horizontes para a Medicina" - Dr. José Lacerda de Azevedo.
69. “Apometria” - Holus Editora -J.S.Godinho.

“A maior de todas ignorâncias é rejeitar uma coisa sobre a qual você nada sabe”  -  H. Jackson Brown.


“Depois dos 40, ninguém gosta de reformar os seus conhecimentos, porque os velhos erros são mais cômodos do que as novas verdades”  -  Fritz Kahn.


Projeto completo de Capitalismo Social:  agosto 2012.