segunda-feira, 29 de outubro de 2012

O navio que não navega


Vai precisar mandar para o exterior para consertar (de acordo com o próprio estaleiro).
  
   R$ 336 Milhões

O NAVIO QUE NÃO NAVEGA...
Júlia Rodrigues


Em 7 de maio de 2010, ao lado da sucessora que escolhera e do governador pernambucano Eduardo Campos, o presidente Lula estrelou no Porto de Suape um comício convocado para festejar muito mais que o lançamento de um navio: primeiro a ser construído no país em 14 anos, o petroleiro João Cândido fora promovido a símbolo da ressurreição da indústria naval brasileira.
Produzida pelo Estaleiro Atlântico Sul (EAS), incorporada ao Programa de Modernização e Expansão de Frota da Transpetro (Promef) e incluída no ranking das proezas históricas do PAC, a embarcação com 274 metros de comprimento e capacidade para carregar até um milhão de barris de petróleo havia consumido a bolada de R$ 336 milhões o dobro do valor orçado no mercado internacional.

Destacavam-se na platéia operários enfeitados com adesivos que registravam sua participação no parto de mais uma façanha do Brasil Maravilha. Seria uma festa perfeita se o colosso batizado em homenagem ao marinheiro que liderou em 1910 a Revolta da Chibata não tivesse colidido com a pressa dos políticos e a incompetência dos técnicos. Assim que o comício terminou, o petroleiro foi recolhido ao estaleiro antes que afundasse e nunca mais tentou flutuar na superfície do Atlântico.

O vistoso casco do João Cândido camuflava soldas defeituosas e tubulações que não se encaixavam, além de um rombo cujas dimensões prenunciavam o desastre iminente. Se permanecesse mais meia hora no mar, Lula seria transformado no primeiro presidente a inaugurar um naufrágio. Estacionado no litoral pernambucano desde o dia do nascimento, nem por isso o navio deixou de percorrer o país inteiro.
Durante a campanha presidencial, transportado pela imaginação da candidata Dilma Rousseff, fez escala em todos os palanques e foi apresentado ao eleitorado como mais uma realização da supergerente que Lula inventou.

A assessoria de imprensa da Transpetro se limita a informar que não sabe quando o João Cândido vai navegar de verdade. O Estaleiro Atlântico Sul, criado com dinheiro dos pagadores de impostos, não tem nada a dizer. Nem sobre o petroleiro avariado nem sobre os outros 21 encomendados pelo governo. No fim de 2011, o EAS adiou pela terceira vez a entrega do navio. A Petrobras, que controla a Transpetro, alegou que os defeitos de fabricação só podem ser consertados no exterior. PODE??!!

Quando o presidente era Nilo Peçanha, João Cândido comandou uma rebelião que exigia a abolição dos castigos físicos impostos aos marinheiros. Passados 102 anos, Dilma e Lula resolveram castigá-lo moralmente com a associação de seu nome a outro espanto da Era da Mediocridade: depois do trem-bala invisível, o governo inventou o navio que não navega.

(Texto recebido por email)

A transcrição desse texto se deve, porque considero o governo do ex-presidente Lula, como o mais mentiroso que já houve na história da República.

Enquanto no ano de 2002 (FHC) eram gastos 250 milhões em publicidade por parte do governo federal, no ano de 2008 (Lula), foram gastos 5,2 bilhões.

Esse mito foi construído com verba federal, pois fora do bolsa-família, que ele apenas unificou programas existentes e mudou o nome, e de todas tentativas de desconstruir o Brasil cristão sem propor nada em troca, pouco foi feito, não obstante o brutal aumento da carga tributária, que era nos governos:
Militares (1984)  =  20% do PIB
Itamar (1993/94)  =  22% do PIB
FHC (2002)  =  26% do PIB
Lulla (2009)  =  38% do PIB

Nem é bom perguntar onde foi parar essa fábula de dinheiro, pois ainda são capazes de gastar mais 1 bilhão de reais em publicidade - aliás o único ministério que funciona, o Ministério da Imprensa e Propaganda - para “provar” aos pagadores de impostos, que foi “muito bem” aplicado em saúde, educação, segurança e infraestrutura.
Não pode se esperar muito mais que isso de um governo que teve como lema a máxima: “Uma mentira muitas vezes repetida torna-se uma verdade”.

E como são eles que nos IMPÕEM os candidatos, e à nós eleitores só resta votar no menos ruim, isto para quem consegue discernir, o que não é fácil, continuam se refestelando no dinheiro dos impostos.
A maior prova disto se deu ontem em São Paulo capital:

Paulo Maluf (Interpol) + Lulla (Mensalão) elegeram Haddad para Prefeito. Esse Haddad fará o que ? Não mais do que Celso Pitta. Ou alguém acredita que Haddad terá alguma voz ativa ? Assim como a Presidente Dilma só pode agir fazendo consultas por telefone ao seu mentor, agora o Prefeito da maior cidade do Brasil, além de consultas ao mesmo mentor, também se verá obrigado a perguntar para o foragido da Interpol. Nova “democracia” brasileira em ação; a administração pública na mão de gerentes.

Só mudaremos o Brasil quando mudarmos a forma de escolher candidatos e a maneira de elegê-los. Para começar.
Felizmente, já temos a primeira mostra de que isso é possível e nos vem da Islândia. Vejam esse texto da imprensa européia:

“Os cidadãos da Islândia referendaram, no sábado, com cerca de 70% dos votos, o texto básico de sua nova Constituição, redigido por 25 delegados, quase todos homens comuns, escolhidos pelo voto direto da população, incluindo a estatização de seus recursos naturais.
Uma assembléia popular, reunida espontaneamente, decidiu eleger corpo constituinte de 25 cidadãos, que não tivessem qualquer atividade partidária, a fim de redigir a Carta Constitucional do país. Para candidatar-se ao corpo legislativo bastava a indicação de 30 pessoas. Houve 500 candidatos. Os escolhidos ouviram a população adulta, que se manifestou via internet, com sugestões para o texto. O governo encampou a iniciativa e oficializou a comissão, ao submeter o documento ao referendum realizado ontem.
Ao ser aprovado ontem, por mais de dois terços da população, o texto constitucional deverá ser ratificado pelo Parlamento”.

Então, por que não podemos mudar também no Brasil, para o bem da própria população, o nosso sistema político-eleitoral ? Só por que os donos dos partidos políticos não querem ? Só por que, com certeza, terão que entregar a chave do cofre ?
Se esperarmos por eles, “políticos” profissionais, é bom esperar deitado porque sentado vamos cansar.


sábado, 13 de outubro de 2012

O olho do dono engorda o boi


por Martim Berto Fuchs

Empresa tem que ter dono e esse dono só poderá ser o Estado, se ele pessoalmente não se envolver com a administração, começando pela indicação dos administradores, Diretoria Executiva.

Empresa sem dono, proposta marxista, só poderia partir de quem nunca administrou uma empresa, sempre as voltas com suas proposições filosóficas, tentando demonstrar até matematicamente como o trabalhador era explorado pelos patrões. Marx acertou no diagnóstico, relativamente fácil de concluir, mas errou feio na receita, principalmente ao considerar o homem apenas como matéria com cérebro, portanto fácil de ser moldado.

A proposta liberal, que acabou predominando em todo planeta, provou isso de forma inquestionável. A China, país que estava sujeito à implodir quando nas mãos das teorias marxistas de Mao Tse Tung, após a entrega da produção para as multinacionais capitalistas e ainda, da oferta de mão de obra abundante e gratuita, glória do capitalismo selvagem, conseguiu reverter uma situação que se tornava cada dia mais explosiva.

A Rússia, URSS, Lenin, Stalin, que aplicaram as teorias marxistas ao pé da letra, inclusive e principalmente a garantia (estabilidade) de emprego, quebraram estrondosamente, assim como suas remanescentes Coréia do Norte e Cuba, que apenas sobrevivem em função de ajuda externa. Países que aplicaram a teoria marxista, só poderiam sobreviver se não existisse a proposta liberal, da livre iniciativa. No confronto, perdem sempre, tanto que a URSS tentou por todos os meios implantar suas idéias à nível mundial, idéias sempre apresentadas como “revolucionárias”, se utilizando, como até hoje, de destruir (matar) a concorrência, pois não tinham e não tem condições de competir.

Capitalismo Social defende o sistema de livre iniciativa empresarial, com um detalhe: o trabalhador tem que participar dos resultados e não apenas enriquecer o capital com seu trabalho e sustentar a inoperância do Estado. E isto não pode ser apenas retórica.

Capitalismo Social entende perfeitamente que o maior empecilho para que isto possa se tornar realidade, é o Estado. Sem o enquadramento do Estado, ou, sem que se aceite um novo paradigma para aquilo que consideramos Estado, meta nenhuma pode ser traçada nem podemos esperar melhoria nas relações entre os membros da sociedade, onde impera a regra do mais forte; começando pelo Estado, que regula as Leis, dispondo das armas jurídicas à seu bel prazer, assim como das armas materiais com sua presença intimidatória.

O Estado NÃO pode ser um fim em si mesmo, como ocorre até hoje em todos países do mundo. Confundem Estado soberano com Estado tirano.

Para o trabalhador ter dignidade, tranqüilidade e felicidade, não pode ser explorado pelo capital e enganado pelo Estado; isso pode e deve ser alcançado por todos aqueles que desejam trabalhar.



quinta-feira, 11 de outubro de 2012

O peso do Cu$to Brasil


Por Simone Kafruni

1. Corrupção elevada
Relatório da FIESP aponta que o custo da corrupção passa de R$ 70 bilhões por ano. Apenas em infraestrutura, o montante desviado poderia aumentar em 525% os quilômetros de ferrovias para escoamento da produção, aumentar o número de portos para 184 ou construir 277 novos aeroportos.

2. Burocracia para criação e manutenção de empresas
No Brasil, são necessárias cerca de 120 dias para se abrir uma empresa. Além disso, é um dos países onde essa ação custa mais caro, cerce de R$ 2 mil. Para ter um negócio, é preciso passar por 13 procedimentos legais. Nos EUA, são seis procedimentos, com custo de R$ 568 e prazo de seis dias.

3.  Cartelização da economia
A cartelização encarece a produção no país. Cerca de 20% do Custo Brasil vem de matérias-primas, como o aço. Os monopólios se valem de sua força e da proteção que o mercado interno tem e colocam preços que são 40% mais altos do que no mercado internacional, prejudicando toda cadeia produtiva.

4. Alta carga tributária
O Brasil, tem, atualmente, a maior carga tributária entre os países emergentes. No país, ela passa de 36% do Produto Interno Bruto (PIB). Para efeito de comparação, na China, a atual fatia de carga tributária não atinge 20%, na Coréia do Sul e Argentina, o índice é de 17%, e no México, de 27%.

5. Taxas de juros reais e spread bancário elevados
Apesar das reduções, o Brasil ainda tem um dos juros reais (a Selic, menos a inflação) mais elevados do mundo. E o spread bancário, que é a diferença entre o que o banco paga pelo dinheiro e o que cobra de quem pega empréstimo dele, é o mais lato do mundo, de 27%. Assim, o lucro dos bancos é grande, mas torna o dinheiro caro para o investimento.

6. Máquina pública inchada
Os gastos do governo com a máquina administrativa também elevam o custo Brasil porque o dinheiro que é pago para servidores públicos e cargos de confiança – com vantagens e benefícios salariais acima da média do setor privado – poderia ser utilizado para investimentos em infraestrutura.

7. Altos custos trabalhistas
Os encargos trabalhistas brasileiros estão muito acima da média mundial. A legislação protege o trabalhador e os salários, que de 2003 a 2009, subiram 150%. Apesar da desoneração anunciada para 2013 para alguns setores, o que vai ocorrer é apenas uma transferência de pagamento de 20% de INSS para 1% do faturamento.

8. Legislação fiscal complexa
Com uma legislação fiscal complexa, as empresas brasileiras tem altos custos para manter tributaristas constantemente atentos às mudanças fiscais. As alterações representam custos adicionais e não dão segurança jurídica para a concretização de projetos de novos investimentos ou para ampliações.

9. Alto custo da energia e infraestrutura precária
Os portos, aeroportos, estradas e ferrovias do Brasil estão saturados.Os custos com transporte e logística para escoamento dos produtos representam, em Santa Catarina, 18% dos custos de produção, enquanto um competidor norte-americano, por exemplo, paga a metade disto, cerca de 9%.

10. Baixa qualidade educacional e falta de mão de obra qualificada
Com a educação precária, falta mão de obra qualificada para atender aos setores produtivos. As próprias empresas precisam gastar para treinar seu pessoal. E existe um hiato muito grande entre a quantidade de profissionais que precisam de emprego e a capacidade necessária para preencher as vagas abertas.


(Transcrito do Diário Catarinense de 07.10.12, coluna PÉ NO FREIO)


Nota do blog.
O próprio Diário Catarinense, no meu entender, coopera com esse status reinante, ao promover debates como:
“Por que, mesmo sendo a 6ª economia do Planeta, o Brasil ainda está no 88º do ranking mundial da educação ?”  -  www.precisamosderespostas.com.br .
O problema não está no Ministério da Educação em si, pois os outros 37 Ministérios também não respondem aos anseios da sociedade. É o todo que está errado e isso desde 1808. Ou debatemos, via internet, um novo contrato social, ou continuaremos chovendo no molhado, para gaudio dos nossos políticos e seus financiadores que se refestelam com o dinheiro dos impostos, taxas e multas que nos extorquem.
Os efeitos estão muito bem expostos acima. É chegada a hora de debater e mudar as causas para que consigamos os efeitos desejados. Chega de sustentar nossa Monarquia Republicana, esse regime que nos foi jogado ao colo em substituição ao Absolutismo.


quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Capitalismo Social x liberalismo e marxismo


por Martim Berto Fuchs

Discutir o lado filosófico do capitalismo, exposto positivamente por Adam Smith, David Ricardo, Max Weber, para ficar nos primeiros e mais conhecidos, e negativamente por Karl Marx em parceria com Engels, e estes contrapondo com o comunismo, é levar essa discussão pelo campo teórico, em torno de conceitos, o que objetivamente não leva a nada, pois não resolve a situação dos empreendedores e muito menos dos trabalhadores brasileiros.
Os trabalhadores, visto aqui apenas como empregados não sócios, precisam além do emprego um pagamento e uma vida digna, e o empreendedor quer o mesmo e mais a remuneração do seu capital, sem contar o cuidado para que não acabe todo ele nas mãos do Estado (impostos e multas) e/ou dos especuladores (juros e manobras especulativas).
Portanto, se ainda cabe alguma discussão quanto aos dois sistemas citados, liberalismo e marxismo, é porque eles não atenderam as duas premissas acima e pelos mesmos motivos, quais sejam:

1. No lado físico, o tamanho do Estado. Como “sócio majoritário” nas sociedade capitalistas, primeiro credor de toda receita gerada no país - sua parte na repartição da riqueza em 2009 ficou em 38% -, consome, apenas para se auto-sustentar, quase todo excedente da produção, retornando à quem de direito, à quem a produziu, só as migalhas. É um fim em si mesmo, e a continuar assim, desnecessário.
Nas sociedades comunistas, o Estado é a sociedade (teoricamente) e mesmo distribuindo apenas um pouco para cada um pela incapacidade inata de gerar excedente, não consegue se sustentar e atender as demandas de uma sociedade sempre crescente, logo, de um Estado sempre crescente, não obstante seu controle primeiro sobre os fetos, segundo na taxa de natalidade e terceiro pela eliminação dos contrários.

2. No lado espiritual, do lado comunista/socialista, chama atenção uma afirmação de Engels que foi depois contrariada por Marx e encampada na sua essencia por aqueles que desde então tentaram implementar o marxismo, que é o confronto entre a crença em Deus apresentada por Engels e o materialismo de Marx, finalmente utilizado. Palavras deles:

Engels:  O sujeito desse mundo em movimento é o Espírito do Mundo (ou Superalma; ou Consciência Absoluta), que representa a consciência humana geral, comum a todos indivíduos e manifesta na ideia de Deus.”
Marx:  “A existência material precede qualquer pensamento; inexiste possibilidade de pensamento sem existência concreta. Marx inverte, então, a dialética hegeliana, porque coloca a materialidade – e não as ideias – na gênese do movimento histórico que constitui o mundo. Elabora, assim, a dialética materialista (conceito não desenvolvido por Marx, que também costuma ser referida por materialismo dialético).”
Reside aí o erro primordial de Marx, pois ao considerar o ser humano apenas como matéria descartável, ensejou que psicopatas de vários matizes impusessem a foice e martelo a sua proposta, cada um se esmerando em assassinar contrários para que só sobrassem aqueles que aceitassem a nova ordem, contrária ao capitalismo. 
De acordo com a teoria de Marx - corpo/cérebro sem alma(espírito), apenas matéria - é depois do nascimento que se forma todo “recheio” da mente, logo, pode se incrementar nela o que se deseja, e, para aquelas já formadas, por exemplo, uma mente recheada com idéias capitalista, basta uma boa lavagem cerebral e um “recheio” mais de acordo; se não resolver, descarta-se, produz-se outra. Para eles, simples assim.

Poderíamos dar um desconto a Marx ao não acreditar nos cristãos, mas é difícil aceitar que na sua convivência com Engels e nos seus aprofundados estudos, tivesse descartado por completo a existência da alma(espírito), transformando o ser humano em matéria descartável, cérebro/corpo.
Lá pelos idos de 1850, onde espiritualidade no mundo ocidental era apenas a conhecida pelos exemplos cristãos, ainda poder-se-ia aceitar, mas hoje em dia, com todas comprovações da reencarnação, da percepção extra-sensorial, da não localidade da mente e do mundo espiritual, da física quântica e agora também da física noética, continuar considerando o ser humano apenas como matéria, sem consciência individual, somente cérebro, e por isso tratado igual e coletivamente, obediente e calado, salvo se for para mugir loas aos donos eventuais do Estado, teoricamente de todos, é assinar um atestado de deliberada ignorância.

Atentem: o que é congênito no ser humano é a personalidade, que vai se formando em cada encarnação, logo, não se pode tratar igualmente os desiguais, independente de cor, raça, sexo ou credos.

Não que o liberalismo oriundo dos ditos cristãos tenha sido, no aspecto humano, muito melhor só porque não mata acintosamente; pois ele pouco se importa com a quantidade de desgraçados que deixa pelo caminho nas suas metas de sucesso à qualquer preço, principalmente entre aqueles que não conseguem ser empreendedores e sim servidores, indispensáveis da mesma forma para a subsistência de todos.
Esse cristianismo oriundo de Paulo de Tarso e suas “visões” de Jesus, de suas “conversas” com Jesus desencarnado, que Constantino preferiu ao fundir o paganismo existente no Império Romano à pregação desenvolvida por Jesus na época, que não criava uma nova religião, apenas trazia uma boa nova ao judaismo existente, um Deus de amor em vez de rancor, esse cristianismo que Lutero reformulou em alguns dos seus preceitos mais graves – Idade Média ou das trevas, durou exatamente desde a criação desse cristianismo, ano 325 até a reforma de Lutero, 1517 – foi que serviu de alicerce para o surgimento do liberalismo, sem esquecer do calvinismo, onde se iniciou a revolução industrial.

Engels estava no caminho certo na definição do ser humano, mas assim como Paulo  desvirtuou a pregação de Jesus,  Marx desvirtuou a concepção de Engels. O resultado é esse antagonismo entre cristãos e materialistas, onde a bomba sempre explode em quem não tem como se defender, pois se no capitalismo, para aqueles que conseguem escapar da ação nefasta do Estado, só se dá bem quem for patrão, no marxismo só se dá bem quem chegar à burocracia dirigente.  

Desde 1808 que nossos governantes, independente de suas convicções religiosas e ideológicas, que na maioria das vezes servem somente para as poses nas fotos de domingo e em véspera de eleição, fazem do Estado um prolongamento dos seus negócios. Costumam misturar, “inadvertidamente”, o dinheiro público com o privado, resultando daí, invariavelmente, uma diminuição dos saldos bancários do governo e um aumento dos saldos bancários, no exterior, dos governantes e seus financiadores e fornecedores da iniciativa privada.

Capitalismo Social é uma proposta que leva em conta os dois aspectos citados e não veio para debater indefinidamente Adam Smith x Karl Marx. Já reconheceu o essencial, que é a falta de perspectiva futura para a maior parte da humanidade, e para tanto tem proposta.

Para que não se diga que há uma terceira causa, pois já é efeito, vamos citá-la: a concentração de capital nas mãos da plutocracia internacional. Essa já é uma consequência direta dos Estados que nos desgovernam, desde que os mesmos, na sua divina orgia, fausto e irresponsabilidade, tendo esgotado os recursos extorquidos dos seus cidadãos via impostos e multas, apelam para o cheque especial, bancado por quem lhes conhece e explora as fraquezas, fraquezas essas surgidas e amparadas pela impunidade tornada regra, não mais excessão.