domingo, 6 de agosto de 2017

Assembléia Constituinte destitui procuradora-geral da Venezuela

DW
(*)

Na sua primeira decisão, colegiado ligado a Maduro afasta do cargo uma das principais críticas do presidente, Luisa Ortega, e coloca um chavista no lugar dela. Horas antes, ela havia denunciado cerco por militares.

A Assembleia Nacional Constituinte da Venezuela, que tomou posse nesta sexta-feira (05/08), aprovou neste sábado a cassação da procuradora-geral Luisa Ortega Díaz e a suspensão do direito de ela exercer qualquer cargo público, após o Tribunal Supremo de Justiça alegar méritos para a decisão.
Ortega Díaz, que é simpatizante do chavismo, converteu-se nas últimas semanas em uma das principais críticas do regime do presidente Nicolás Maduro. Neste sábado, ela havia denunciado que a sede do Ministério Público estava sendo cercada por militares.

Ortega Díaz será sustituída pelo defensor público Tarek William Saab, que se define como chavista e terá poderes de emergência para reformar a Procuradoria-Geral. 

A troca na comando do órgão é uma das primeiras decisões da Assembleia Contituinte, cuja eleição foi duramente criticada pela oposição, que afirma que a Venezuela está no caminho de se tornar uma ditadura.

Também neste sábado, os chanceler dos demais quatro países do Mercosul decidiram aplicar a cláusula democrática e suspender a Venezuela do bloco por tempo indeterminado, conforme o anúncio do ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes.

Cerco ao Ministério Público
Horas antes, Ortega Díaz havia denunciado o que chamou de cerco impostos por militares que se posicionaram em frente e nos arredores da sede do Ministério Público venezuelano, em Caracas.

O episódio ocorreu um dia depois da posse da Assembleia Constituinte, cuja criação foi duramente criticada por Ortega nas últimas semanas. A eleição da Assembleia Constituinte foi boicotada pela oposição e fortemente criticada no exterior.

"Rejeito o cerco ao Ministério Público. Denuncio essa arbitrariedade à comunidade nacional e internacional", escreveu a procuradora em sua conta no Twitter. Ela também publicou fotos que mostram agentes da Guarda Nacional Bolivariana nos arredores e acessos da sede.

Nesta sexta-feira, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), que o governo de Maduro vem ignorando, anunciou a concessão de uma medida cautelar de proteção para Ortega, considerando que a vida e integridade dela "correm risco iminente de dano irreparável".

DW – Deutche Welle

(*) Comentário do editor do blog-MBF:  oficializada a ditadura na Venezuela, com total apoio dos “democratas” brasileiros, aqueles da Comissão da Verdade e da Tortura Nunca Mais.
Única morte consentida é a dos opositores; no momento, é a dos venezuelanos.
Na visão “democrática” da esquerdalha*, oposição pode ser assassinada. Aliás, deve ser, segundo a cartilha que eles seguem, a de Marx, Lenin e Mao, três “expoentes” dos direitos humanos.
Como na América Latrina as coisas acontecem com 50 anos de atraso, o caindo de Maduro continuará escutando seus dois principais conselheiros: o “passarinho Cháves” e o agora sócio do capeta, Fidel, para continuar com o Grande Salto Adiante, desta vez dos bolivarianos, e agora também, com a Assembléia Constituinte, implementar paralelamente a Reforma Cultural, ou seja, aumentarão os assassinatos de opositores, para gáudio da esquerdalha* da América Latrina.

*Esquerdalha: esquerda burra, hipócrita e canalha.


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