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Plataforma é considerada meio mais
influente na cena extremista de esquerda no país. "Não há lugar na nossa
sociedade para radicais, qualquer que seja sua orientação", diz ministro
do Interior.
O
Ministério do Interior da Alemanha proibiu o site de extrema esquerda
linksunten.indymedia.org. Os operadores da página, que vivem em Freiburg,
receberam a notificação de interdição nesta sexta-feira (25/08), segundo a
agência de notícias DPA.
Para as
autoridades de segurança, o site, lançado no início de 2009, é considerado o
meio mais influente na cena extremista de esquerda na Alemanha. A página
desempenhou um papel importante no contexto dos tumultos na cúpula do G20 em
Hamburgo, em julho, convocando inclusive para protestos violentos, de acordo
com o Verfassungsschutz (serviço de proteção à Constituição). Na
página, usuários podem postar mensagens anônimas.
O site
viola "em finalidade e atividade as leis criminais" e se opõe à ordem
constitucional, publicou o portal Spiegel Online citando um comunicado do
Ministério do Interior. Os símbolos da plataforma extremista também foram
proibidos.
No
contexto da interdição da plataforma, forças de segurança realizaram buscas em
vários locais no estado de Baden-Württemberg nesta sexta-feira.
Autoridades confiscaram computadores, canivetes, bastões e canos, confirmou o
ministro do Interior da Alemanha, Thomas de Maizière. Não houve detenções.
O
ministro admitiu, porém, que o desligamento da plataforma "não será tecnicamente
possível para hoje ou amanhã", mas salientou que a continuação da operação
do site é desde já constituída uma infração criminal. "Não há lugar na
nossa sociedade para extremistas radicais e violentos, qualquer que seja sua
orientação", acrescentou.
Durante
anos, os extremistas de esquerda usaram a plataforma para semear o ódio.
Segundo De Maizière, há quase diariamente "confissões desprezíveis"
de atos criminosos sob a proteção do anonimato, incluindo ataques a policiais e
estações ferroviárias. "Este é um desrespeito fundamental de nossas
leis", afirmou o ministro.
Deutsche Welle
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