AMANDA MARS
Presidente norte-americano proibiu a
entrada de imigrantes de cinco países de maioria muçulmana
Donald Trump conseguiu
uma grande vitória política nesta terça-feira, com a bênção da Suprema Corte
dos Estados Unidos ao seu polêmico veto
migratório para vários países de maioria muçulmana. O tribunal superior,
formado por uma maioria conservadora, aprovou o decreto do presidente dos EUA
com cinco votos a favor e quatro contra.
Para o
republicano, a resolução representa um reconhecimento de especial relevância
neste momento conturbado de sua política migratória, cuja mais recente
polêmica, a separação de crianças e pais indocumentados, o
levou a retificar sua doutrina de tolerância zero na fronteira. "Esta
decisão é também um momento de defesa especial depois de meses de comentários
histéricos da mídia e de políticos democratas que se recusam a fazer o que é necessário
para proteger nossa fronteira e nosso país", disse Trump em seu
comunicado.
Trump
aprovou um veto a sete países de maioria muçulmana com o argumento de garantir
a segurança nacional poucos dias depois de assumir poder, no início de 2017.
Mas os tribunais derrubaram o decreto logo depois por considerá-lo
discriminatório contra cidadãos de uma religião. Depois Trump emitiu um novo
decreto um pouco mais ameno, mas na mesma linha, que também foi suspenso pelos
juízes de instâncias inferiores à Suprema Corte. O mesmo aconteceu com um
terceiro decreto, que agora foi endossado.
A
Suprema Corte dos EUA considera que o veto à imigração não viola a primeira
emenda da Constituição, que impede o Governo de favorecer uma religião em
detrimento de outra, e ratifica o poder presidencial ao decidir quem entra nos
Estados Unidos. Durante a campanha eleitoral, o próprio Trump havia dado
argumentos aos detratores deste veto, afirmando que era necessário proibir a
entrada de "muçulmanos" no país para reduzir os riscos do terrorismo
islâmico.
EL PAÍS
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