Chama atenção a falta de empolgação
da grande maioria dos brasileiros com o começo da Copa do Mundo da Rússia, que
começa semana que vem. No entanto, na hora que a bola rolar, o ópio
futebolístico do povo deverá vigorar com plena força e vigor. Ainda mais porque
é necessária alguma válvula de escape em um Brasil onde a coisa anda russa... Vperiod,
Bruzundanga!
Desânimo
idêntico ocorre com a pré-campanha eleitoral. Mas como a definição de
candidaturas só acontece no dia 15 de agosto, a tendência é que o eleitor
demonstre alguma reação. Pode ser mais animada, indiferente, crítica ou até
fanática em relação aos candidatos. Novamente, para nossa desgraça, vamos para
mais uma eleição sem um debate acerca de um Projeto Estratégico de Nação. O
ritmo político é o de “farinha pouca na crise? O pirão do meu voto primeiro”...
Phodda-se o Brasil...
Até
agora, a única certeza é que vamos para o cadafalso da urna eletrônica sem o
direito ao voto impresso para conferência, por culpa ou dolo de um Supremo
Tribunal Federal que decidiu que uma lei aprovada pelo Congresso não precisa
ser cumprida. Basta que não interesse aos poderosos de plantão e que tenha o
beneplácito da mais alta corte judicial da Nação. Ditadura togada é isto aí...
Por
enquanto, o fenômeno que empolga boa parcela do eleitorado é o sentimento de
revolta simbolizado e claramente cristalizado na candidatura de Jair Bolsonaro.
O presidenciável do PSL precisa entender o seu real papel histórico nesta
eleição que o STF tornou totalmente fraudável. Há muito tempo, já deveria ter
mudado sua postura política. Ainda dá tempo de evoluir do discurso
meramente radical-populista para uma postura de estadista com visão
estratégica.
Desenhando,
para deixar claro: até o momento, o pecado de Bolsonaro é não apontar soluções
concretas para promover as mudanças estruturais que o Brasil não pode mais
adiar. É temerário deixar para fazer isto na hora do “vamos-ver” da campanha. O
nível de degradação política, a desorganização econômica e o nível insuportável
de insegurança jurídica exigem soluções bem objetivas e práticas para velhos
problemas. O eleitor quer respostas rápidas e corretas. Até agora, Bolsonaro
tem sido apenas o catalizador da bronca popular. Precisa ser e ir além disto...
Seus
adversários operam de maneira patética. Seja a petelândia ou sua prima
socialdemocrata, a esquerda não traz novidades para solucionar os problemas que
ajudou a agravar no modelo de Estado-Ladrão-Capimunista do Brasil. Outra
verdade objetiva é que simplesmente não existe o tal personagem de “Centro”,
que os deuses do mercado apontam como “salvador da pátria”. Assim, Bolsonaro
parece disputar a presidência com mulas-sem-cabeça. Ele não pode nem deve se
igualar aos imbecis, canalhas e corruptos.
O
próximo presidente tem grande chance de ganhar a eleição e perder, rapidamente,
a Presidência. A previsão vale para quaisquer dos candidatos nesta sucessão
temerária. O povo pode não saber direito o que deseja, e nem ter soluções para
os problemas estruturais. No entanto, a maioria esmagadora quer e exige pronta
resposta para tanto problema. O próximo presidente será mais cobrado que nunca.
Também sofrerá mais oposição que nunca, já que a vitória tende a ser de algum
dos extremos. Lembremos que, no Brasil. o inexistente “centro” é uma ficção,
uma espécie de travesti de um dos extremos...
O
paradoxo previsível? O próximo Presidente será um refém dos deuses do mercado
financeiro. Quem urinar (ou defecar) fora do habitual rentismo tem grande risco
de não durar muito tempo no troninho presidencial. Cultural e estruturalmente,
o esquema que vigora é o estadodependente. Não há previsão de rompimento
radical com o regime Capimunista. Quem disser o contrário está mentindo. No
Brasil, é subversivo, com risco de eliminação sumária e imediata, aquele que
ousa empreender e produzir, remando contra a maré capimunista rentista.
Por isso, será muito fácil ganhar a
eleição polarizada. O difícil será sobreviver na Presidência Absolutista, sob
pressão intensa do banqueirismo que comanda as regras do jogo cleptocrático e
lucra com a dívida pública e privada, forjada na base da usura e do sacrifício
financeiro das pessoas e do País. Será duro lidar com as pessoas encasteladas
na máquina estatal – que cada vez demanda mais despesas e receitas na base de
impostos insuportáveis. Os “barões do serviço público” serão parceiros dos
banqueiros na sabotagem “natural” ao próximo governante.
O jogo
será previsivelmente muito bruto e desleal. Os capimunistas são majoritários no
Brasil. Os estadodependentes são hegemônicos, e não vigora uma tendência de que
estejam perto de perder a superioridade. Também não é previsível que o Crime
Institucionalizado perca força no domínio do sistema estatal. Assim, qualquer
melhora no Brasil só deve acontecer por “milagre” ou “acidente” histórico. Quem
deseja empreender, produzir e evoluir economicamente não tem o direito de se
iludir...
Ao
vencedor (da eleição presidencial de 2018) as batatas... Bem quentes... As
instituicães operam infernalmente... Vperiod, Bruzundanga...
Alerta Total
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