sábado, 9 de junho de 2018

Como ganhar a eleição e perder a presidência?

Chama atenção a falta de empolgação da grande maioria dos brasileiros com o começo da Copa do Mundo da Rússia, que começa semana que vem. No entanto, na hora que a bola rolar, o ópio futebolístico do povo deverá vigorar com plena força e vigor. Ainda mais porque é necessária alguma válvula de escape em um Brasil onde a coisa anda russa... Vperiod, Bruzundanga!

Desânimo idêntico ocorre com a pré-campanha eleitoral. Mas como a definição de candidaturas só acontece no dia 15 de agosto, a tendência é que o eleitor demonstre alguma reação. Pode ser mais animada, indiferente, crítica ou até fanática em relação aos candidatos. Novamente, para nossa desgraça, vamos para mais uma eleição sem um debate acerca de um Projeto Estratégico de Nação. O ritmo político é o de “farinha pouca na crise? O pirão do meu voto primeiro”... Phodda-se o Brasil...

Até agora, a única certeza é que vamos para o cadafalso da urna eletrônica sem o direito ao voto impresso para conferência, por culpa ou dolo de um Supremo Tribunal Federal que decidiu que uma lei aprovada pelo Congresso não precisa ser cumprida. Basta que não interesse aos poderosos de plantão e que tenha o beneplácito da mais alta corte judicial da Nação. Ditadura togada é isto aí...

Por enquanto, o fenômeno que empolga boa parcela do eleitorado é o sentimento de revolta simbolizado e claramente cristalizado na candidatura de Jair Bolsonaro. O presidenciável do PSL precisa entender o seu real papel histórico nesta eleição que o STF tornou totalmente fraudável. Há muito tempo, já deveria ter mudado sua postura política.  Ainda dá tempo de evoluir do discurso meramente radical-populista para uma postura de estadista com visão estratégica.

Desenhando, para deixar claro: até o momento, o pecado de Bolsonaro é não apontar soluções concretas para promover as mudanças estruturais que o Brasil não pode mais adiar. É temerário deixar para fazer isto na hora do “vamos-ver” da campanha. O nível de degradação política, a desorganização econômica e o nível insuportável de insegurança jurídica exigem soluções bem objetivas e práticas para velhos problemas. O eleitor quer respostas rápidas e corretas. Até agora, Bolsonaro tem sido apenas o catalizador da bronca popular. Precisa ser e ir além disto...

Seus adversários operam de maneira patética. Seja a petelândia ou sua prima socialdemocrata, a esquerda não traz novidades para solucionar os problemas que ajudou a agravar no modelo de Estado-Ladrão-Capimunista do Brasil. Outra verdade objetiva é que simplesmente não existe o tal personagem de “Centro”, que os deuses do mercado apontam como “salvador da pátria”. Assim, Bolsonaro parece disputar a presidência com mulas-sem-cabeça. Ele não pode nem deve se igualar aos imbecis, canalhas e corruptos.

O próximo presidente tem grande chance de ganhar a eleição e perder, rapidamente, a Presidência. A previsão vale para quaisquer dos candidatos nesta sucessão temerária. O povo pode não saber direito o que deseja, e nem ter soluções para os problemas estruturais. No entanto, a maioria esmagadora quer e exige pronta resposta para tanto problema. O próximo presidente será mais cobrado que nunca. Também sofrerá mais oposição que nunca, já que a vitória tende a ser de algum dos extremos. Lembremos que, no Brasil. o inexistente “centro” é uma ficção, uma espécie  de travesti de um dos extremos...

O paradoxo previsível? O próximo Presidente será um refém dos deuses do mercado financeiro. Quem urinar (ou defecar) fora do habitual rentismo tem grande risco de não durar muito tempo no troninho presidencial. Cultural e estruturalmente, o esquema que vigora é o estadodependente. Não há previsão de rompimento radical com o regime Capimunista. Quem disser o contrário está mentindo. No Brasil, é subversivo, com risco de eliminação sumária e imediata, aquele que ousa empreender e produzir, remando contra a maré capimunista rentista.

Por isso, será muito fácil ganhar a eleição polarizada. O difícil será sobreviver na Presidência Absolutista, sob pressão intensa do banqueirismo que comanda as regras do jogo cleptocrático e lucra com a dívida pública e privada, forjada na base da usura e do sacrifício financeiro das pessoas e do País. Será duro lidar com as pessoas encasteladas na máquina estatal – que cada vez demanda mais despesas e receitas na base de impostos insuportáveis. Os “barões do serviço público” serão parceiros dos banqueiros na sabotagem “natural” ao próximo governante.

O jogo será previsivelmente muito bruto e desleal. Os capimunistas são majoritários no Brasil. Os estadodependentes são hegemônicos, e não vigora uma tendência de que estejam perto de perder a superioridade. Também não é previsível que o Crime Institucionalizado perca força no domínio do sistema estatal. Assim, qualquer melhora no Brasil só deve acontecer por “milagre” ou “acidente” histórico. Quem deseja empreender, produzir e evoluir economicamente não tem o direito de se iludir...

Ao vencedor (da eleição presidencial de 2018) as batatas... Bem quentes... As instituicães operam infernalmente... Vperiod, Bruzundanga...

Alerta Total


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