Mas só
num país dominado por bandidos, em que o governo não passa de uma associação de
criminosos dedicados a extorquir e dilapidar as riquezas da nação, é que alguém
pode defender uma infâmia dessas sem cometer haraquiri logo em seguida, tamanha
a vergonha.
Para
defender publicamente uma tese dessas, o sujeito precisa ser tão moralmente desprezível
que não se sensibilize minimamente pelo fato de que o eleitor não vota num
parlamentar para cometer crimes em seu nome.
Porque,
se esse fato elementar for levado em conta, é inevitável concluir que a mera
aceitação de uma denúncia por um juízo qualquer, em qualquer instância, já é
motivo suficiente para desqualificá-lo para o exercício de qualquer cargo
eletivo, devendo ter seu mandato automaticamente cassado para que tenha toda a
oportunidade de exercer seu direito à ampla defesa FORA DO CARGO.
O grande
sofisma implícito em todas essas discussões é a ideia falsa de que o mandato é
um "direito" do ocupante do cargo.
Não, não
é. Um mandato é uma "procuração" passada pelo eleitor devido à sua
confiança num candidato. Essa procuração tem que poder ser cassada a qualquer
momento em que essa relação de confiança seja quebrada. Sem isso, não há
democracia, mas, como já disse outras vezes, uma PILANTROCRACIA.
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