Kelli Kadanus
Ex-presidente
responde a outros seis processos na Justiça comum e pode ser condenado ainda
neste ano pelos juízes Sergio Moro, em Curitiba, e Vallisney Oliveira, em
Brasília
O julgamento no Tribunal Regional Federal da 4.ª Região
(TRF4) que confirmou a condenação no processo do tríplex do Guarujá, nesta
quarta-feira (24), não é o único problema jurídico que o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva vai precisar enfrentar em 2018. Ele é réu em mais seis
processos em primeira instância, em Brasília e em Curitiba, que podem gerar
novas condenações contra ele ainda antes das eleições, em outubro.
Só em Curitiba, nas mãos do juiz federal Sergio Moro, são
dois processos relacionados à Lava Jato. O processo referente ao terreno do
Instituto Lula e ao aluguel de um imóvel em São Bernardo do Campo (SP) já
passou da fase de interrogatório dos réus. Ainda faltam as alegações finais do
Ministério Público Federal (MPF) e das defesas, mas o processo aguarda uma
definição sobre a autenticidade dos recibos de aluguéis entregues pela defesa
de Lula. É o processo mais adiantado contra o petista nas mãos de Moro.
O juiz paranaense também vai julgar o processo em que o
MPF acusa Lula de ser o dono de um sítio em Atibaia (SP). Nesse caso, o
processo ainda está na fase de oitiva de testemunhas de acusação e defesa, e
deve demorar um pouco mais para chegar ao fim. Mesmo assim, Moro não costuma
demorar para colocar um ponto final nos processos que correm em Curitiba e pode
sentenciar o ex-presidente ainda neste ano.
Zelotes
Outros quatro processos contra o ex-presidente correm na
Justiça Federal de Brasília, envolvendo casos das operações Lava Jato e
Zelotes. Os juízes responsáveis pelos casos são Vallisney de Souza Oliveira e
Ricardo Leite, respectivamente titular e substituto da 10ª Vara Federal em
Brasília.
O processo mais avançado é o de obstrução de Justiça no
caso envolvendo a suposta compra do silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor
Cerveró. A ação penal é conduzida por Ricardo Leite e o MPF pediu a absolvição
de Lula no processo por falta de provas, além de pedir a anulação do acordo de
colaboração premiada do ex-senador Delcídio do Amaral (sem partido).
Também relacionado à Lava Jato, o processo da Operação
Janus é o segundo da lista de mais adiantados. O MPF aponta que Lula atuou para
liberar verba do BNDES em obra da Odebrecht em Angola.
Lula responde a outros dois processos, da Zelotes, em
Brasília. O primeiro é sobre suposta aceitação de R$ 6 milhões em propina para
favorecer montadoras na edição de uma medida provisória.
O segundo envolvendo Lula é sobre negociações que levaram
a compra, pelo governo brasileiro, dos caças Gripen da sueca Saab. O petista
também é acusado de atuar na renovação de uma medida provisória que favorecia
montadoras de automóveis.
Gazeta do Povo
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