Luiz Eduardo da Rocha
Paiva
Pra inglês ver é a expressão da
língua portuguesa usada para indicar algo fictício.
O
Minidicionário Houaiss de Língua Portuguesa define democracia como o governo em
que o povo exerce a soberania.
Com o
aumento populacional e da complexidade das nações, nas democracias modernas, o
povo exerce parte da soberania elegendo, livremente, seus representantes para
governar e legislar em seu nome. No entanto, o exercício da soberania nas
verdadeiras democracias não se limita a eleições livres, como tentam iludir aos
brasileiros. Pressupõe, também, a existência de liberdade e justiça, bases do
progresso, segurança e bem-estar das nações.
Liberdade
para o cidadão expressar o pensamento, escolher o próprio modo de vida e
progredir pelo mérito pessoal, tudo sem restrições estatais e sociais
ilegítimas ou excessivas. Liberdade que termina onde começa a do próximo.
Justiça assentada no respeito aos direitos naturais do ser humano, que
legitimam o direito positivo inscrito em leis elaboradas por legisladores.
Justiça que submete a todos sem exceção e de forma igual.
O Brasil
não é uma democracia, de fato, pois a representação política é autocentrada; o
Estado é deveras centralizador e cerceia sobremaneira as iniciativas
individuais; e a justiça é leniente ou omissa com os abusos e crimes dos
poderosos. Por imaturidade política, deplorável passividade e baixo nível
educacional, cultural e cívico, o povo admite a representação política
descumprir o dever de governar para a coletividade e usar a corrupção para
satisfazer interesses grupais, manter o poder, auferir privilégios ilegítimos e
para o enriquecimento pessoal.
O Brasil é uma plutocracia cleptocrática, pois o poder está com uma aliança mafiosa entre políticos e empresários pseudocapitalistas. Essa máfia rouba bens públicos impunemente e se consolidou graças à omissão da sociedade, de autoridades e de instituições que tinham o dever de agir, oportunamente, para impedir sua ascensão.
O Brasil é uma plutocracia cleptocrática, pois o poder está com uma aliança mafiosa entre políticos e empresários pseudocapitalistas. Essa máfia rouba bens públicos impunemente e se consolidou graças à omissão da sociedade, de autoridades e de instituições que tinham o dever de agir, oportunamente, para impedir sua ascensão.
A
aliança afundou o país na pior crise política, econômica e moral de sua
história. A mudança de governo, em 2016, criou condições para recuperar a
economia e superar a crise política em médio prazo. Porém, quanto à crise
moral, a solução jamais viria com o governo substituto, que é apenas a outra
face da mesma moeda ignóbil, mas era uma etapa imposta na legislação.
Será
preciso recuperar, pela educação, valores cívicos, morais e éticos próprios das
sociedades democráticas vigorosas. Eles foram enfraquecidos, a partir dos anos
1960 com a ascensão da esquerda socialista, que atraiu formadores de opinião e
aparelhou setores estratégicos da nação, conseguindo um significativo controle
do meio cultural, de algumas importantes instituições e de grande parcela da
nação.
Uma
grande vulnerabilidade para a recuperação do país é uma sociedade moralmente
enferma, descrente na justiça, politicamente passiva e sem esperança no futuro.
O primeiro passo da cura é extinguir o inadmissível foro especial, fator de
impunidade e continuidade dessa máfia e, portanto, o centro de gravidade a ser
visado no mais curto prazo. A seguir, é preciso debilitar a liderança
fisiológica e a socialista radical, não votando em candidatos envolvidos em
corrupção ou com discurso revolucionário que promova a cisão nacional.
A Lava Jato abalou a bastilha brasileira da corrupção ao enquadrar a máfia político-empresarial por meio de uma operação legal, a cargo da justiça, respaldada no direito e legitimada pelo apoio da sociedade. Criou condições para uma autêntica Revolução Brasileira (RB), por contribuir para uma profunda e pacífica transformação político-social, capaz de elevar o país a uma verdadeira democracia. O risco a essa revolução vem das manobras da máfia político-empresarial no Executivo, no Legislativo e com elevados apoios no Judiciário, para escapar da justiça e manter sua nefasta preeminência política.
A Lava Jato abalou a bastilha brasileira da corrupção ao enquadrar a máfia político-empresarial por meio de uma operação legal, a cargo da justiça, respaldada no direito e legitimada pelo apoio da sociedade. Criou condições para uma autêntica Revolução Brasileira (RB), por contribuir para uma profunda e pacífica transformação político-social, capaz de elevar o país a uma verdadeira democracia. O risco a essa revolução vem das manobras da máfia político-empresarial no Executivo, no Legislativo e com elevados apoios no Judiciário, para escapar da justiça e manter sua nefasta preeminência política.
Demolir
a velha ordem política é mais fácil e rápido do que construir uma nova com
sólida base moral. A RB será longa e desafiadora.
A
vitória na guerra moral contra a máfia político-empresarial não virá de
instituições que, embora sólidas, não funcionam, pois deixaram o Brasil chegar
à beira do abismo. A maioria é omissa, conivente ou depõe as armas sem
combater.
Como a
solução terá de vir do meio político, será decisiva uma vigorosa e permanente
pressão da sociedade para depurá-lo e renová-lo, voltando às ruas e atuando nas
redes sociais ou diretamente sobre autoridades e instituições, cujos e-mails
estão na internet. Lideranças e instituições ainda confiáveis têm o dever
patriótico de se posicionar e agir sem mais esperar.
Umas
podem fazê-lo de forma pública e outras reservadamente, para conscientizar os
Poderes da União sobre a gravidade da crise e as consequências fatais à paz
social e à unidade nacional, se continuarem legislando sem compromisso com o
futuro da Pátria e arriscando sua sobrevivência. Só se sentindo cobradas,
ameaçadas e controladas de forma virtual e factual, mas sem violência, as
lideranças perniciosas serão impedidas de continuar fazendo política para si
próprias.
A luta
envolverá mais de uma geração, pois não se recupera, em médio prazo, uma
sociedade por tanto tempo aviltada. Se os brasileiros, por falta de empenho e
perseverança, forem vencidos pela máfia dirigente, o país será uma nação sem
alma, sem autoestima e tenderá a submergir em um caos político-social.
Um ator
moral e politicamente desprezível na comunidade global e sério candidato a cair
sob um regime socialista radical, que suprime a liberdade, subjuga a justiça,
sepulta o progresso e o bem-estar das nações que escraviza. Em qualquer
hipótese, a unidade nacional será rompida, pois sem grandeza moral e
perspectivas de futuro um país se esfacela.
Só uma democracia verdadeira garantirá a perenidade do Brasil histórico, o que impõe o fim da plutocracia cleptocrática. Basta de democracia pra inglês ver? Isso só depende de você.
Só uma democracia verdadeira garantirá a perenidade do Brasil histórico, o que impõe o fim da plutocracia cleptocrática. Basta de democracia pra inglês ver? Isso só depende de você.
Alerta Total
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