Jorge Serrão
Estorinha
escrota e real. Treze anos atrás, um dentista foi intimado pelo Fisco Federal a
pagar uns R$ 150 mil de um imposto que ele foi erradamente acusado de não
recolher. A vítima recorreu ao Judiciário. Venceu na primeira instância. A
Receita recorreu. O caso foi para segunda e terceira instâncias, até chegar à
última instância judicial. O STF decidiu anular o processo, e mandou tudo
voltar para a instância inicial. Agora, para ter o direito básico de se
defender, o “juízo” inicial impôs uma condição: o “devedor” precisa depositar
R$ 2 milhões e 300 mil para começar novamente a briga, que pode durar uma ou
algumas dezenas de anos.
Se este
drama real fosse um problema isolado já não seria bom. Acontece que esta é uma
rotina de centenas de milhares de profissionais liberais no Brasil sob regime
do Crime Institucionalizado. Imagina qual deve ter sido a reação dos
brasileiros lesados – como o Tiradentes ou Implantadentes da estorinha -,
diante daquelas malas e caixas com R$ 51 milhões do esperto Geddel?
Simplesmente, a maioria esmagadora da população está revoltada e pronta para
reagir, do jeito que for possível, contra o maior inimigo do povo brasileiro.
Não é o Lula & afins, mas sim o Estado-Ladrão que opera o regime
Capimunista Rentista patrocinador direto dos mais variados crimes.
Vamos
desenhar novamente... Sabe o que acontece com o Tiradentes refém do fisco &
afins. Graças ao poder das Medidas Provisórias e aos deputados e senadores
coniventes com a sacanagem, o Estado-Ladrão produziu uma legislação para tomar
do devedor tudo que ele tiver. O “sonegador”, elevado à categoria de bandido,
tem os seus bens imediatamente indisponíveis. Como “Inscrito na Dívida Ativa da
União”, com o nome “negativado” (leia-se, sujo), o minúsculo empreendedor vai à
falência pessoal. Muito “bandido” nesta situação não agüenta a pressão: fica
doente e morre ou, no extremo, comete suicídio... O Estado-Ladrão segue mais
vivo que nunca...
A
historinha de horrores tem uma terceira parte mais tétrica ainda. O
Estado-Ladrão comete outra barbaridade. Quando fica difícil demais extorquir o
cidadão-refém, o sistema de roubalheira aciona sua armadilha rentista. Todos os
débitos acumulados na dívida ativa da união se transformam em “dinheiro-vivo”.
São “vendidos” ou trocados com grandes instituições financeiras que cumprirão a
missão de usar sua máquina de pressão e opressão para fazer a cobrança.
Qualquer dinheirinho que o “monstro sonegador” tentar circular pelo sistema
bancário será imediatamente apreendido. Tudo com base nas infindáveis
legislações em vigor e com a autorização (ou seria conivência) do Ministério
Público e do Judiciário...
Agora o
devedor consegue compreender por que grandes operações de saneamento público,
como a Lava Jato e afins, dificilmente chegam aos bandidos da cúpula do sistema
financeiro. Os parceiros do Estado-Ladrão Capimunista Rentista são especiais.
Remunerados por juros altos, eles ajudam a rolar, diariamente, as dívidas
geradas pela gastança, desperdício ou roubalheira estatal em todos os poderes.
Agora, também começam a agir como “cobradores implacáveis” de “créditos podres”
do Estado-Ladrão. Tudo feito dentro da lei e da ordem... E pouco adianta recorrer
ao Judiciário, porque este poder que deveria ser moderador não tem demonstrado
capacidade de proteger o cidadão diante dos abusos do Estado-Ladrão.
Por
isso, fica a sugestão para que a Rede Grobo, em parceria com algum santo das
causas impossíveis, lance a campanha “Toga Esperança”. Não podemos incorrer no
pecado de depreciar o Judiciário, porque ele é um poder essencial, desde que
funcione Direito (sem trocadilho infame). Por isso, é fundamental que a
população lesada pelo Estado-Ladrão e seus “poderes” tem o dever de aumentar a
pressão por mudanças estruturais profundas.
A
principal e urgentíssima transformação é uma nova Constituição enxuta e
regulável, sem necessidade de “interpretações” superiores, e que possa ser
aplicada e cumprida por qualquer pessoa ou entidade pública ou privada. Junto
com ela, precisamos enxugar e consolidar legislações que se contradizem. É
fundamental valorizar o papel da primeira instância judicial e implantar um
eficiente sistema de conciliação, para impedir que tantas broncas acabem
entulhando o judiciário. Decisões importantes para a vida das pessoas não podem
demorar (dezenas de) anos para se resolverem – ou não...
Se a
“Toga Esperança” não acontecer, brevemente, vamos assistir a uma inédita
explosão de revolta da classe média brasileira. Por enquanto, ela é uma vítima
que aguenta, civilizadamente, a opressão promovida pelo Estado-Ladrão e seus
aparelhos repressivos. Acontece que a passividade não vai durar para sempre...
As pessoas não suportam mais serem vítimas da Ditadura do Crime
Institucionalizado. São violências praticadas pelos mecanismos do Estado-Ladrão
ou barbaridades cometidas por bandidos de toda espécie, desde os altos escalões
republicanos até os pés de chinelo das favelas.
A “Toga
Esperança” não pode demorar. No imaginário popular – e isto é muito ruim para a
construção da Democracia -, o Judiciário nunca foi alvo de tanta crítica
construtiva e destrutiva, com “direito” a piadas infames e xingamentos em redes
sociais. Desmoralizar o Judiciário e a magistratura interessa à organizada
bandidagem, da zelite ou da periferia. Mas isto não interessa ao cidadão que
precisa e sonha com Justiça.
Hoje não
basta prender “ilustres bandidos” e nem superlotar as medievais cadeias com
marginais mequetrefes. O verdadeiro inimigo é o Estado-Ladrão. O único jeito de
eliminá-lo é uma profunda Intervenção Institucional que reinventará o Brasil.
Tal mudança é inevitável. Se nada mudar, com certeza, a porrada vai cantar e as
conseqüências serão violentas e imprevisíveis.
Por
isso, é melhor, mais seguro e mais barato que a Intervenção Institucional e um
choque de Educação solucionem o Brasil da maneira mais pacífica e civilizada
possível... A “Toga Esperança” deveria ajudar muito no processo. Se não ajudar,
terminará fazendo parte do rol das vítimas... Deu para entender ou precisa
desenhar?
O que
estamos vendo agora é apenas um pedacinho do rabo de um gigantesco monstro que
parece invencível, mas não é...
Alerta Total
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