Martim Berto Fuchs
Desde
que os gregos criaram esta palavra, ela vem sendo deturpada. Começando por eles
mesmos, que falavam em poder do povo, mas de cara excluíram os não
proprietários e as mulheres.
Depois
vieram os liberais, com seu sufrágio universal viciado desde a origem, onde o
povo não proprietário e as mulheres podiam votar, mas desde que fosse nas
pessoas por eles, os donos do poder, escolhidas e conseqüentemente impostas
como candidatas.
Na
seqüência surgem os marxistas/comunistas/socialistas, que não consideram como
povo os proprietários, e decidem em nome do povo, excluí-los, principalmente
pelo assassinato.
Até aí temos
dois tipos de repúblicas democráticas, uma em decadência (liberal) e a outra
praticamente extinta (popular):
1.A liberal, que impede o povo que não faz parte
da corriola ser candidato – salvo para vereador, e isto apenas para o primeiro
mandato, pois se o mesmo não entrar no esquema, fica sem legenda para o segundo.
Permite
o voto dos analfabetos, para que esses elejam os analfabetos que eles escolhem como
candidatos. O candidato liberal ou é do esquema, nesse caso até um instruído,
ou escolhido a dedo entre celebridades, celebridades estas quanto mais
ignorantes em política, melhor. Estas celebridades são facilmente eleitas por
seus fãs e mais facilmente ainda manipuladas por seus padrinhos.
2.E a
popular, que assassina todos os que não estão de acordo com suas premissas.
Os
marxistas/comunistas/socialistas vivem do voto do analfabeto. Sem esses votos,
eles desaparecem. Mas não tem por hábito escolher analfabetos como candidatos,
pois até um analfabeto político acaba dando conta que seus padrinhos, salvo o
poder pelo poder, não tem programa, princípios, ética ou moral. Logo, seus candidatos
são majoritária e preferencialmente aqueles que já sofreram lavagem cerebral e
que aprenderam a andar no mesmo tranco que anda a boiada. Obedecem ao estalo do
chicote.
Os
gregos nos legaram uma bela charada.
República Democrática proposta por Capitalismo
Social.
3.Que
nome devemos dar a uma república que visa permitir a todos cidadãos acima de 16
anos votar, desde que possa comprovar junto à Justiça Eleitoral que sabe ler e
escrever, e que para ser votado possa comprovar junto à mesma J.E. que além de
saber ler e escrever sabe interpretar textos constitucionais ?
Pois
bem, é esta República Democrática que defendo em Capitalismo Social e é esta
democracia que professo.
Votar. Nossos governantes extorquem mais do que o suficiente de
toda população, inclusive dos desempregados e das crianças, para bancar em cada
distrito municipal uma sala de aula para alfabetizar quem assim o desejar.
Entre uma eleição e outra, é possível alfabetizar todos que o desejarem. Se
podemos levar urnas lá nos confins do Brasil para que analfabetos votem nos
candidatos impostos, também podemos levar instrução básica.
Ser votado. Depois de aprender a ler e escrever
para poder votar, quem quiser ser candidato terá que demonstrar, numa Prova de Qualificação junto à Justiça Eleitoral da sua cidade, que também sabe
interpretar textos constitucionais, pois, honestamente, não é admissível entregar nas mãos de analfabetos a missão de editar Leis.
São
critérios minimamente justos para quem não é populista, demagogo, ou mal
intencionado politicamente. Pelo menos se aproxima mais do conceito de
democracia: poder do povo ou governo do povo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário