Nivea Pagnano
“Podemos pretender ser quanto
queiramos; mas não é lícito fingir que somos o que não somos.” José Ortega y
Gasset
Paulo
Freire (1921-1997) é muito conhecido no meio acadêmico e considerado uma
autoridade a ser seguida pela maioria dos docentes, além de fazer parte de
bibliografias de concursos para o Magistério público. Patrocinado pela
Petrobras e Federação Única dos Petroleiros, o Instituto Paulo Freire tem como
missão “educar para transformar”.
Chegando
a ter sido nomeado patrono da educação no governo Dilma, qual foi sua
contribuição para a Educação no Brasil? Consta em biografia publicada no
próprio Instituto, como “parte intrínseca” da obra de Paulo Freire, seu “Método
de Alfabetização”, cuja proposta consiste em “estimular a inserção do adulto
iletrado no seu contexto social e político, promovendo o despertar para a
cidadania plena e transformação social”.
Paulo
Freire testou o método em 1961, na época como diretor do SESI – Serviço Social
da Indústria – em parceria com entidades, também marxistas, promovendo a
alfabetização de adultos cortadores de cana de açúcar, no Recife, sua terra
natal. Desde então, participou de políticas públicas educacionais de governos
como o de João Goulart, e de Luiza Erundina, produzindo extensa bibliografia de
cunho ideológico esquerdista.
O que
não é mencionado, no conjunto da obra e biografias do educador, é a provável
fonte inspiradora de seu método. Em 1943, esteve em Recife, Frank Charles
Laubach (1884-1970), um missionário americano desenvolvedor de metodologia de
alfabetização de adultos, já disseminada, até então, em 34 países. Sua
estratégia adotava como princípio a técnica “each one teach one” (cada um
ensina um), levando os adultos a aprenderem a ler em seu próprio idioma, por
meio de cartilhas. Sua vinda ao Brasil, a pedido do governo federal, gerou
ampla repercussão, nos meios estudantis, tendo ministrado inúmeras palestras em
escolas e universidades. Na época, Freire em sua autobiografia, sequer cita o
missionário educador. No entanto,
cartilhas similares às de Laubach, começam a surgir em Recife, porém enquanto
as primeiras de cunho cristão, as de Freire com idêntica metodologia, eram
carregadas de discursos de teor ateísta com ênfase na luta de classes.
Assim
como a intelectualidade gramscista criou o mito do “pai dos pobres”, o patrono
da educação brasileira, é cria do mesmo pensamento hegemônico. Os resultados
não poderiam ser piores, e serão abordados, em breve, no próximo artigo.
Fonte Nacional
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