Martim Berto Fuchs
Não sou
contra o lucro, pelo contrário. Tenho o lucro como o fermento indispensável ao crescimento. Sou
contra a concentração do lucro. Numa empresa, normalmente o lucro é todo
direcionado aos acionistas. Considero isto um erro e por mais de uma razão.
Primeiro.
Não existe produção sem a participação de trabalhadores, e considero como
trabalhador TODOS envolvidos na produção de determinada empresa, desde o
Presidente até o trabalhador de menor renda.
Segundo.
Nas empresas de capital aberto, o lucro maior é muitas vezes gerado nas Bolsas
de Valores, mais até que na produção.
Terceiro.
Quem diminui o lucro do acionista não é o trabalhador, é o governo, que separa para si, a troco de
apenas se manter (governo como fim em si mesmo), 1/3 parte do faturamento da
empresa, cobrando impostos sobre a produção, sobre a renda, e ainda insatisfeitos, começaram
taxar o faturamento, mesmo que a empresa esteja no prejuízo.
Assim,
acho justo e de boa prática, além de inteligente, a repartição em partes iguais - capital & trabalho - do lucro gerado pela produção dos trabalhadores, pois sem eles não haveria lucro algum, nem haveria valorização das ações (lucro) em Bolsa gerada pelas expectativas futuras,
que, frize-se, permanece todo com o acionista.
A proposta de Capitalismo Social se baseia num pressuposto: é um projeto
completo, logo, não é para ser fatiado e implementado em partes, ou, apenas as partes que
interessarem ao governante de plantão. Descaracterizado, não trará as recompensas pretendidas e se não trouxer, será condenado no todo.
E, não foi desenvolvido pensando em agradar uma das partes já envolvidas com as agruras do nosso cidadão-contribuinte-eleitor, tendo monarquistas, conservadores e liberais de um lado, versus marxistas, socialistas, bolivarianos de outro. Com esta briguinha de comadres estamos envolvidos desde que D.João VI e sua turma de bon vivant aportaram por aqui. À cada par de décadas os militares tem que intervir - benditos sejam - para por ordem na casa e depois tudo volta ao "normal", ou seja, os otários voltam a sustentar os malandros que vivem as custas dos cofres públicos. Aliás, prática que se tornou esporte nacional, já incorporada à cultura.
É tudo ou nada.
E, não foi desenvolvido pensando em agradar uma das partes já envolvidas com as agruras do nosso cidadão-contribuinte-eleitor, tendo monarquistas, conservadores e liberais de um lado, versus marxistas, socialistas, bolivarianos de outro. Com esta briguinha de comadres estamos envolvidos desde que D.João VI e sua turma de bon vivant aportaram por aqui. À cada par de décadas os militares tem que intervir - benditos sejam - para por ordem na casa e depois tudo volta ao "normal", ou seja, os otários voltam a sustentar os malandros que vivem as custas dos cofres públicos. Aliás, prática que se tornou esporte nacional, já incorporada à cultura.
É tudo ou nada.
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