BBC-Brasil
(*)
Os pais
de Otto Warmbier, o estudante americano que morreu em junho após passar 15
meses em uma prisão na Coreia do Norte, revelaram detalhes do estado de saúde
do filho quando foi libertado e repatriado.
Em
entrevista à rede de TV Fox, a primeira desde a morte de Warmbier, Fred e Cindy
Warmbier acusaram os norte-coreanos de "sistematicamente torturarem"
seu filho. O casal chamou seus captores de "terroristas".
Warmbier
foi preso em Pyongyang no início do ano passado após roubar um pôster de um
hotel da capital.
Ele foi
libertado por razões médicas em junho deste ano, mas chegou aos EUA gravemente
doente e morreu dias depois.
O
governo norte-coreano afirma jamais ter maltratado Warmbier e alega que ele
teve botulismo - uma grave intoxicação bacteriana - e tinha entrado em coma na
prisão.
No
entanto, médicos que cuidaram de Warmbier nos EUA não encontraram qualquer
traço da doença.
'Não foi acidente'
Os pais
do estudante disseram que a entrevista foi motivada pelo desejo de "contar
a verdade sobre as condições em que Otto se encontrava".
Médicos
americanos disseram que Warmbier se encontrava em um estado de "acordado,
mas sem responder a estímulos", acrescentando, porém, que estava longe de
ser um coma.
Fred
Warmbier disse que quando viu o filho, ele estava "perambulando, tendo
espasmos violentos e emitindo sons e uivos que não pareciam humanos".
"Sua
cabeça tinha sido raspada, ele estava surdo e cego. Suas pernas e braços
encontravam-se totalmente deformados e ele tinha uma imensa cicatriz em um dos
pés".
"Parecia
ainda que alguém tinha usado um alicate para trocar de lugar seus dentes
inferiores", acrescentou.
"Otto
foi sistematicamente torturado e ferido intencionalmente by Kim (Jong-un, líder
da Coreia do Norte) e seu regime. Isso não foi um acidente."
Mas ele
também criticou o governo americano e a comunidade internacional por terem
"abandonado meu filho".
Um
jornal americano, o Cincinnati Enquirer, questionou as alegações do casal,
porém. A publicação disse ter conseguido acesso ao atestado de óbito de Warmbier,
baseado em observações externas e que revelaram diversas pequenas cicatrizes,
mas nada que indicasse tortura.
O
Cincinnati Enquirer citou ainda o legista que examinou o estudante para dizer
que seus dentes estavam "em bom estado" e que ele pareceu ter morrido
por causa de danos cerebrais causados por falta de oxigênio. Os pais de
Warmbier não permitiram que ele tivesse autópsia.
Cindy
Warmbier disse que a Coreia do Norte apenas mandou o filho para casa porque não
gostaria que ele morresse no país.
Ela
pediu ainda que as pessoas não visitem a Coreia do Norte, afirmando que o
turismo serve à propaganda de Pyongyang. O governo americano proibiu desde
setembro que seus cidadãos viajem para o país asiático.
O
presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, conhecido por sua predileção pela
Fox News, tuitou que a entrevista do casal foi "grande" e que
"Otto foi torturado de forma inacreditável pela Coreia do Norte".
O
comentário de Trump, assim como o "timing" da entrevista dos
Warmbiers, poderá acirrar ainda mais as tensões entre Washington e Pyongyang,
que há semanas trocam acusações e ameaças.
(*) Comentário do editor do
blog-MBF: eu fico a imaginar se um
estudante norte-coreano roubasse um pôster em um hotel americano e fizessem com
ele o que os norte-coreanos fizeram com este rapaz.
A esquerda brasileira entraria em
total parafuso. No mínimo teriam ataques epilépticos. Iriam para a rua babando
na gravata. Mas como foi o contrário, nem uma palavra a respeito.
Bem, não sei porquê me admiro. A
hipocrisia está no DNA da esquerda, não só brasileira. A verdade para eles é
muito triste, pois vivem da mentira e para a mentira. O mais equilibrado
esquerdista é psicopata de carteirinha.
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