Naiady Piva
(*)
A ideia
parece maluca, mas Neil Patel promete revolucionar a empresa que for selecionada. Inscrições vão até 24 de
setembro
Para
empresas pequenas, todo lucro é pouco. Entra pouco. Sai menos ainda. Mesmo
assim, o um guru americano garante que dividir o lucro com os funcionários é a
fórmula do sucesso. Neil Patel tem Google, Amazon e General Motors no
currículo. E agora desafia uma empresa brasileira a seguir seus passos.
A ideia
parece maluca. A participação nos lucros e resultados costuma ser privilégio
das gigantes. São empresas que faturam tanto, que não sentem cócegas quando
separam uma parte do seu lucro para retribuir os funcionários que trabalharam
duro por aqueles resultados.
Então
qual a vantagem de uma pequena empresa dividir seus lucros?
Veja o que diz Neil Patel, que
conversou com a Gazeta do Povo:
É
justamente neste ponto que queremos sensibilizar os empresários: uma empresa
cresce com o suporte de um bom quadro de colaboradores. A equipe, que se dedica
diariamente ao negócio, merece ficar com parte do lucro, sim. Isso beneficia a
empresa em vários aspectos, como: comprometimento, produtividade e menor
rotatividade de funcionários.
Na
prática, a empresa vai economizar, diz ele. Isto porque ela retém bons
profissionais, e não precisa gastar treinando gente nova o tempo todo:
Às vezes
uma empresa cresce, faz investimentos estruturais, contrata bons profissionais,
mas, em pouco tempo, não consegue segurá-los devido à baixa competitividade no
mercado no que diz respeito a salários e benefícios. Pesquisas apontam que a
remuneração paga pelas micro e pequenas é 28,8% menor se comparado com as
grandes empresas.
Mas
quanto do seu lucro a empresa deve dividir? Isso depende. Dos números da
empresa e de como ela se organiza. Uma empresa pode faturar milhões, mas não
ter um lucro expressivo, por exemplo. Patel não revela como fez essa divisão
nas empresas para as quais já prestou consultoria, por questões contratuais.
Desafio Patel
Até o
dia 24 de setembro, empresas brasileiras podem se inscrever no Desafio Patel, e
concorrer a uma consultoria gratuita do guru norte-americano.
Para
participar, basta ser uma empresa com CNPJ brasileiro, e disposta à divisão de
lucros.
Buscamos
empresas que têm mentalidade aberta para um crescimento via internet e
marketing digital.
A
vencedora ganha uma consultoria completa, com todas as estratégias de marketing
definidas por Patel e por sua equipe no Brasil. O cadastro pode ser feito na
página do desafio
Quem é
Neil Patel?
Guru do
marketing, Neil Patel já foi, ele próprio, um viral na internet. Tudo começou
em 2014, quando algumas celebridades na internet postaram fotos com a hashtag
"#whoisneilpatel". Em português: #QuemÉNeilPatel.
A
resposta foi imediata. Muitos fãs viram a hash e correram para o Google. As
buscas por "Quem É Neil Patel" cresceram. Era uma arapuca
marqueteira. Quem digitava caía no próprio site de Patel, que ganhou relevância
no Google.
Patel
fez propaganda dele mesmo. O que faz sentido, já que é um profissional do
marketing. Mas ele também tem outras credenciais, além das dele próprio: o Wall
Street Journal o considera o influenciador digital número um da internet, a
Forbes o colou no top 10 do marketing digital, e o Barack Obama o colocou na
lista de 100 empreendedores com menos de 30 anos.
No
Brasil, Patel tem um escritório da sua consultória. Ele também lançou por aqui
uma versão traduzida da sua hashtag, que foi publicada por celebridades do
Instagram local.
Gazeta do Povo
Curitiba
(*) Comentário do editor do
blog-MBF: Em Capitalismo Social defendo
há 42 anos essa tese “dividir o lucro
para crescer”. Não só pelo aspecto econômico, como exposto agora por Neil
Patel, e que já é um excelente motivo, mas também pela justiça social.
As perguntas que faço são:
- Por que só o capital deve usufruir
do lucro, se sem o trabalho ele deixa de existir ? Salvo, é claro, no
neoliberalismo do Sr. Milton Friedman, onde dinheiro gera dinheiro, sem
produção, ou, gera papel pintado e resultados previsíveis como o de 2008.
Muitos perderam para que poucos pudessem ganhar. E depois ainda se queixam que
o moribundo comunismo ainda permanece aterrorizando.
- O que significaria para a produção
das empresas se os trabalhadores tivessem uma renda maior para consumir, mas
renda não advinda de aumentos salariais acima da inflação ou mesmo de
produtividade, mas sim da sua parte nos resultados das empresas, que eles,
assim como o capital, ajudaram a construir ?
- O que significaria para as
empresas e seus acionistas – para o capital -, se seus trabalhadores
trabalhassem motivados e a favor da empresa em vez de contra, via de regra acatando
a orientação das Centrais Sindicais pelegas e se escorando na “Justiça
Trabalhista” ? Significaria a diminuição de custos pelo aumento de
produtividade, objetivo de qualquer empresário privado.
Capitalismo Social sugere o
percentual: 50% do lucro para o capital
e 50% do lucro para o trabalho. Um não existe sem o outro.
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