Martim Berto Fuchs
O
argumento de que o Senado existe para manter a coesão do Estado é falso. O
verdadeiro sentido de existir o Senado é garantir que o Poder não saia das mãos
das elites que desde os primórdios (República Romana) dominam a nação.
A
existência dos Senados – EUA também tem Senados estaduais - nos mais diversos
países não evitou as guerras que as elites, atrás de mais Poder, travam entre
si. Não evitou que um país fosse subjugado por outro e o Estado perdedor
perdesse sua coesão. Mas serviu e serve para garantir que o povo, o verdadeiro
Estado, seja enviado aos campos de batalha para defender as ambições das suas
elites, que dominam o Estado em seu proveito.
É dentre
o povo, que somos todos nós, incluídas pessoas de todas ideologias e de todas
minorias que existem ou que se formam, que terão que ser escolhidos administradores
da res pública, sem privilégios
anacrônicos para grupo nenhum. Aceitar privilégios para minorias, começando
pelas elites, que sem dúvida são uma minoria, é o que mantém a “Casa dos Lordes”
(Senado) em funcionamento. Eliminem-se os privilégios das elites, e teremos
moral para eliminar os privilégios de todos grupos minoritários que se formam
em busca da mesma proteção do Estado, e que deliberadamente confundem privilégios com justiça social.
Não é o
Senado que garante a unidade do Estado, mas sim o cumprimento ao que está
escrito na Constituição - força do direito, e quem garante a Constituição, em
última análise, são as FFAA, o direito da força.
Portanto,
redijamos uma Constituição que garanta o desenvolvimento econômico com justiça
social, sem atender imposição de minorias ideológicas e/ou histéricas, nem
àquelas que se segmentam em castelos e mansões, e estaremos atendendo o povo, que é o
verdadeiro Estado, tendo sempre em mente que o ser humano não é um ser coletivo, mas essencialmente um ser individual, que
vive em sociedade.
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