Milton
Pires
Excelentíssimo Sr. Deputado Federal e candidato à Presidência da
República Jair Messias Bolsonaro, autoridades civis e militares, filósofos,
historiadores, jornalistas, professores e funcionários públicos, estudantes
universitários, profissionais liberais, organizadores e palestrantes da Cúpula
das Américas, senhoras e senhores participantes, cidadãos brasileiros:
Compartilhamos a incomunicável experiência de sobreviver ao mais
nefasto e indecente, corrupto e amoral regime político de nossa história – o
Regime Petista. Vivemos ainda sob a base partidariamente amorfa da Organização
Criminosa que hoje adota o nome de “MDB” e que sustentou politicamente o
Governo Petista dentro do Congresso Nacional.
Trazemos em nossos corações a mágoa, a dor de viver e de acordar todos
os dias, num país gigantesco (rico em possibilidades de crescimento) destruído
do ponto de vista econômico, político e, antes de tudo, cultural. Aqui nos
encontramos reunidos pela esperança de viver num Brasil melhor.
Vinte e oito anos atrás, no dia quatro de julho de 1990, espaço de
tempo que supera a duração do Regime Militar e o seu fim no nosso país, era
promulgada a “Declaração de São Paulo” - manifestava-se ali mais um sintoma,
mais um sinal da neoplasia, da doença comunista da Revolução Cultural
Gramsciana, cujo plano era a tomada da Administração Pública, das chaves dos
cofres e dos arsenais, da máquina de Governo do Brasil e de todos os países da
América Latina.
Dez anos antes da Primeira Reunião do Foro de São Paulo, e ainda no
contexto da existência da União Soviética e do Bloco Socialista que dividia o
mundo na Guerra Fria, o Brasil viu nascer, em 1980, o Partido dos
Trabalhadores.
O PT surgiu da reunião dos criminosos ligados aos sindicatos paulistas
com a esquerda universitária (frustrada pela sua derrota na luta armada) e com
padres comunistas que defenderam e esconderam terroristas durante o Regime
Militar.
Embora o PT tenha nascido em 1980 e a primeira reunião do Foro de São
Paulo só tenha acontecido dez anos depois, urge lembrar que o plano comunista
de dominar o Brasil já vinha sendo colocado em prática há muito tempo.
Durante todo Regime Militar nossa cultura foi deixada de lado, nossas
crianças cantavam músicas de Chico Buarque e depois eram mandadas guardar o
Fogo Simbólico durante a Semana da Pátria nas Escolas Públicas.
A Rede Globo de Televisão, ao mesmo tempo em que crescia com as
concessões dadas pelos Generais Presidentes, corrompia nossas futuras gerações
levando o país a considerar como fatos normais e corriqueiros o uso de drogas,
a iniciação sexual precoce de nossas crianças e o homossexualismo.
A instituição formadora da civilização judaico-cristã, o pilar do
Mundo Ocidental – a Família – foi atacada de todas as formas possíveis e
imagináveis. A Igreja Católica Brasileira, através da CNBB, entregou-se ao PT:
faltava só conquistar o Palácio do Planalto.
Senhoras e senhores, digo que a verdadeira Revolução, a Revolução
Cultural, se fez em silêncio, sem derramamento de sangue algum, corrompendo,
amolecendo, apodrecendo qualquer resquício de cultura, de moral, de
comportamento ético capaz de impedir a tomada do poder político e econômico.
A Revolução Cultural, eu lhes asseguro, antecedeu a luta armada da
década de sessenta, já existia quando o PT foi criado e, por ocasião do primeiro
Foro de São Paulo, em 1990, aprimorou-se no sentido geopolítico para que
pudesse controlar toda América Latina.
A Revolução Cultural nos cerca em toda parte: ela está dentro de
nossas casas, nas nossas escolas, universidades e quartéis, ela é a novela da
Rede Globo, a manchete do Jornal Nacional, o politicamente correto que nos
impõe o medo e a autocensura permanentes que nos constrangem até mesmo quando
queremos responder às perguntas de nossos filhos dentro de casa.
A Revolução Cultural já era fato quando foi formado o Colégio
Eleitoral que daria um sucessor ao General Figueiredo. Tancredo Neves faleceu e
Sarney assumiu quando a cultura brasileira toda nada mais era que um
“puxadinho” da esquerda – nós esquecemos Rui Barbosa, Machado de Assis, Aleijadinho,
Heitor Villa Lobos, Euclides da Cunha…
Nós matamos e enterramos em covas rasas os nomes de homens como
Gilberto Freyre, Otto Maria Carpeaux, Mário Ferreira dos Santos, Nelson
Rodrigues…O Brasil não “matou”, ele nem mesmo reconhece oficialmente como
filósofo um gigante do pensamento nacional como Olavo de Carvalho.
Nós permitimos a expressão sem contraponto, o trabalho de formiguinhas
comunistas como Marilena Chauí, Paul Singer, Chico Buarque e Caetano Veloso...
Nós os deixamos plantar as sementes, fecundar os óvulos que deram origens a
Jojô Todinho, McGuimê, Anitta, Wagner Moura, Márcia Tiburi e Guilherme Boulos…
Encontramo-nos hoje aqui presentes depois de treze anos de Regime
Petista. Nossa cultura inteira desmoronou: se o Brasil hoje desaparecesse da
civilização não deixaria nada do tempo presente. Ao nosso redor milhões de
desempregados buscam uma maneira honesta de sustentar suas famílias, pacientes
morrem como bichos em UPA’s e emergências imundas, sem médicos (ou atendidos
por falsos médicos trazidos por Alexandre Padilha) sem remédios, sem
equipamento…Os professores apanham de verdadeiras gangues de traficantes que se
formaram dentro das escolas públicas, policiais são assassinados omo moscas
tendo como mandantes os criminosos que fazem, à vontade, ligações telefônicas
de dentro dos presídios.
Negamos a necessidade de um Regime de Exceção, agarramo-nos a ideia de
“instituições funcionando”, acreditamos nas eleições de outubro mas, ainda
assim, ao nos pedirem um exemplo de algo que funcione no Brasil (do ponto de
vista institucional) só conseguimos citar o nome de uma Operação da Polícia
Federal que se fez necessária depois da tragédia de 2003.
Em 2003 a Nação, na sua mistura de ignorância e doença mental
produzida pela Revolução Cultural, entregou o Brasil a um alcoolista
analfabeto, envolvido com o crime organizado do ABC paulista.
Este homem, ex-informante do Regime Militar e que foi “criado” pelo
General Golbery do Couto e Silva para amenizar a ameaça de Leonel Brizola, é
hoje o presidiário Luís Inácio Lula da Silva.
Lula produziu uma “Revolução Copernicana” na História Política do
Brasil: antes dele a corrupção girava ao redor do Governo. Depois dele o
Governo passou a girar ao redor da Corrupção.
MENSALÃO, PETROLÃO, ELETROLÃO foram e sempre serão manifestações
diferentes de um mesmo fenômeno regido por um só princípio comunista - “governo
e estado, lei e justiça, partido e poder, são todos uma só coisa a serviço da
revolução mundial”.
Dez anos depois de 2003, sob o jugo de uma estocadora de vento, de uma
assaltante de cofres que enxerga cães invisíveis e saúda a mandioca, a esquerda
brasileira tentou dar mais uma “volta no parafuso”.
Eram as manifestações de junho: esquizo-anarquistas, encapuçados do
PSOL, marginais de todos os tipos, desajustados, gente perto de quem os
petistas, com toda sua ignorância e truculência, eram “intelectuais”, tentaram
transformar o Brasil em Venezuela.
Não conseguiram e o estamento burocrático, a eterna máquina de
corrupção que sabe que não pode “matar a galinha dos ovos de ouro”, decidiu
derrubar Dilma Rousseff.
Dilma não caiu, eu lhes asseguro, por causa das manifestações de rua
nem da Operação Lava Jato: caiu porque a parte da Organização Criminosa
conhecida hoje como “MDB” assim o quis.
Caiu porque o MDB entendeu que, com Dilma, não haveria hoje Brasil
para continuar roubando. Caiu porque o dólar chegaria a cinco reais, porque a
economia estava parando e o Brasil chegando ao colapso total. Dilma foi
derrubada, o MDB assumiu e continua, eu lhes afirmo, roubando, saqueando,
mentindo, corrompendo e fraudando, destruindo o Brasil como nunca.
Hoje todo Brasil, toda Nação, já entendeu que o Exército Brasileiro
(porque não pode ou porque não quer) não pretende assumir o Governo. O Brasil
vai aceitar, portanto, uma eleição com urnas eletrônicas sem comprovante algum,
voto obrigatório e apuração final secreta.
O Brasil vai, antes de qualquer coisa, apostar num Governo Honesto com
um Supremo Tribunal Federal a serviço dos criminosos do Congresso Nacional e,
no final das contas, vai permitir que o velho MDB se “renove” e continue
controlando Câmara e Senado Federal.
Senhoras e senhores, nós lançaremos, apostaremos todas a nossas fichas
em um só nome: Jair Messias Bolsonaro.
Nosso encontro em Foz do Iguaçu, além de marcar o início de uma série
de encontros de contraponto ao Foro de São Paulo, tem uma outra tarefa. Tarefa
esta cuja apologia passo agora a fazer:
O futuro político do Brasil divide-se em dois Planos de Poder e em
três Forças Políticas.
O primeiro Plano de Poder é a manutenção e aprofundamento da Revolução
Cultural e de toda agenda do Foro de São Paulo. O segundo é o nosso: é aquilo
que passo desde já a chamar de “Contra Revolução Cultural”, é o resgate moral e
cívico da Nação através de um Governo não controlado pelo Foro de São Paulo e
conquistado por uma “União entre Conservadores e Liberais”.
As três Forças Políticas em jogo aqui são: Jair Bolsonaro (e nós que
nos apresentamos aqui como seus aliados) a extrema esquerda (a esquerda que
berra pelas ruas que quer “Lula Livre”) e uma terceira força – os sociais
democratas, os “limpinhos”, os integrantes do “Centrão” que, na pessoa do Sr.
Geraldo Alckmin, reuniram (como disse Jair Bolsonaro) a “nata, a elite de tudo
que não presta na Política Brasileira”.
Senhores, temos pela frente um gigantesco desafio – o desafio de fazer
com que o país tenha eleições justas, eleições que não sejam escandalosamente
roubadas como fez o PT em 2014 quando Dias Toffoli trancou-se, por mais de meia
hora, com o resultado final das urnas eletrônicas antes de proclamar Dilma
Rousseff como vencedora.
O Brasil, neste momento, precisa de uma gigantesca união ideológica,
de um movimento cultural só, de uma única linguagem e um só discurso, capazes
de unir liberais da economia e conservadores da cultura, num paradoxo de
salvação, até mesmo numa contradição sem precedentes na História das
Democracias Ocidentais - a “União Conservadora Liberal” (UCL).
A União Conservadora Liberal, que passo agora a chamar de UCL, deve
propor um combate sem tréguas ao Foro de São Paulo e seus candidatos – sejam
eles aberrações psiquiátricas que defendem a ideia de crianças tocando homens
nus em “exposições” ou “limpinhos civilizados” da Social Democracia da Avenida
Paulista que integram despudoradamente o Foro de São Paulo e que querem
aprofundar, com uma linguagem mais moderada e um “comunismo com taxas mais
baixas”, a Revolução Cultural que liquidou o Brasil.
Aproxima-se de nós um dos momentos mais dramáticos de nossa História.
O que fizermos em outubro será lembrado por nossos filhos. “União” é, a partir
de agora, a nossa palavra de ordem para mudar o país.
Brasil acima de Todos. Deus acima de Tudo!
Foz do
Iguaçu, 27 de julho de 2018.
Por Milton
Pires, médico e fundador da União Conservadora Liberal por ocasião da reunião
da Cúpula das Américas, em Foz de Iguaçu, 27/07/18:
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