Nádia Lúcia Fuhrmann
Impressiona
o alto grau de aparelhamento de todas as instituições brasileiras. O PT foi
capaz de timbrar com a ideologia comunista, em alto relevo, todos os
poderes públicos e privados estruturantes da nossa sociedade, em curto
interregno temporal Financiado por grupos progressistas
internacionais e conluios espúrios com a elite política e empresarial nacional,
ávidos por abduzir as riquezas do País, os que antes se autoproclamavam
anti-imperialistas, sucumbiram asquerosamente ao poder autoritário e aos bocadinhos
de privilégios oferecidos pelo globalismo predatório. A ganância os cegou.
Passaram, então, a laborar para os interesses de grupos radicais
da nova ordem mundial de forma sorrateira, com o objetivo de
subverter o ordenamento social/cultural da sociedade brasileira, defendendo
valores insólitos como a ideologia de gênero, escola doutrinadora, Estado sem
religião (diferente de Estado laico), racismo, feminismo, uso indiscriminado de
drogas, famílias alternativas, fim das polícias, aborto, arte degenerada,
migrações em massa, entre outras pautas estranhas ao nosso povo. Os
intelectuais de esquerda, "acomunados" com Gramsci e Marcuse, foram
os grandes propulsores desse discurso dominante, em especial nesta última
década e meia no Brasil. Foi dentro das universidades que, usando o método do
"adestramento do pensamento único" auxiliaram na administração dos
"negócios estatais" com base na engenharia social. Todos os programas
de inserção ( e não foram de inclusão) universitária visaram a este fim - formar
um contingente máximo possível de militantes para o sistema. E foi assim, por
exemplo, que os poderes judiciário, legislativo e executivo foram
colonizados pelos Tribunais do Santo Ofício, digo, pelos mais
diversos Conselhos e Comissões - compostos por olheiros do sistema
que abortam qualquer tentativa de insubordinação aos ditames do Estado
autocrático. Pense (...) quantos conselhos institucionais você conhece? Pois é,
todos, mas todos mesmo, servem para conter qualquer tentativa da nossa parte de
contestar a ordem autoritária vigente no Brasil. O discurso do
"politicamente correto" e o ataque à honra são métodos usados de
forma subliminar e corriqueira para intimidar e perseguir as vozes divergentes.
Até 2016, era praticamente impossível se manifestar contra o governo
"popular", inclusive nas redes sociais. Grandes sites de apoio à
esquerda foram financiados para monopolizar as
ideias comunistas/progressistas no nosso País, e eliminar as
demais.
Do
aparelhamento institucional, os exemplos são muitos. O sistema de saúde foi
drasticamente atingido pela mudança de paradigma nos cursos acadêmicos da área
da saúde. Considerada uma área estratégica, o governo preferiu
"importar" mão de obra cubana em detrimento de melhorias na formação
dos médicos brasileiros. O Programa "mais médicos", além de cooptar
ideologicamente muitos profissionais de saúde nativos, rendeu uma transferência
de mais de R$ 5 bilhões para a Ilha da família Castro. Recentemente, o médico
Milton Pires, cardiologista gaúcho, veiculou um artigo na web denunciando a
perseguição de médicos do serviço de saúde pública por posições políticas
contrárias ao governo petista e o assombroso desmonte da rede hospitalar. Diz
ele "toda a rede hospitalar brasileira foi destruída pelo Regime Petista.
UPA'S são lugares criados para esconder a morte de pacientes que deveriam estar
dentro de hospitais".
Também
as universidades brasileiras, em especial as federais, se transformaram em
incubadoras de parasitas partidários, com pouca ou nenhuma preocupação em produzir
conhecimento filosófico ou científico, tão somente para engrossar o montante de
militantes úteis ao governo, com uma formação pífia e comportamentos
discutíveis que levaram muitos desses à desorientação psicológica. Não vou
citar aqui as inúmeras operações da Polícia Federal dentro das
universidades e as investigações sobre fraudes em concursos públicos, e a
prática do compadrio nas instituições privadas. Porém, é notória a baixa
qualidade da maioria das pesquisas e dos trabalhos acadêmicos e a constrangedora (des)
qualificação dos egressos.
Importante
frisar também que grande parte das quase 500 mil ONGs, aliada aos interesses
políticos e econômicos de organismos internacionais, ocupa papel central na
divulgação do ideário globalista, pressionando a aprovação de leis que
beneficiam seus negócios, mas que nada tem a ver com o desenvolvimento da
sociedade brasileira.
A forma
como a cultura foi aliciada pelo PT causa perplexidade. Sabe-se que os artistas
populares tiveram atribuição fundamental no golpe comunista de 1985. Todos
muito bem recompensados "a posteriori" via Lei Rouanet, contratações
superfaturadas e indenizações milionárias - tudo pago pelo pobre cidadão
contribuinte que amarga desde sempre a falta de acesso a um judiciário neutro, à
educação de qualidade, à saúde com dignidade e à segurança pública. A última
totalmente sucateada, em vias de extinção. No Estado comunista são
criadas as forças nacionais. Porém, elas não servem ao povo, são leais somente
ao governo.
A arte,
a mídia e a educação foram transformadas pela "intelligentsia
esquerdista" em ferramentas altamente destrutivas da ordem moral no nosso
País. Como aceitar o fato de um docente do ensino superior publicar um livro
cujo título é "como conversar com um fascista" e declarar
publicamente que o assalto tem uma função social, e mesmo assim ser lançado
como candidato ao governo do Rio de Janeiro pelo PT? Como aceitar que o
dinheiro público esteja sendo gasto para montar exposições
"artísticas" que promovem o vilipêndio religioso e a pedofilia? Como
aceitar que uma emissora de televisão, dependente de concessão pública, ajuíze
uma ação judicial para minorar a classificação etária de uma novela vespertina
que contém cenas de sexo e violência, de 12 para 10 anos de idade? Como aceitar
o investimento publicitário em músicas populares como "arrasou
"viado""; "que tiro foi esse" e "sentada
diferente"? Lembremo-nos, a família é um impedimento para o
monopólio do poder do Estado; deve ser destruída de acordo com o manual
comunista.
Estamos
vivendo em guerra. A destruição não é visível só pelo assombroso número de
homicídios anuais, mas pelo ataque e aniquilamento das nossas normas sociais,
da moral individual e coletiva, da ética humana e da espiritualidade. Para
isso, usam uma das armas mais potentes e indignas de destruição em
massa, a cultura da subversão pela violência, pela corrupção e pela
libertinagem, embrulhada no dourado invólucro dos "direitos humanos".
Em nome de tal "benevolência" autoproclamam-se humanistas e passam a
exigir o "progresso" da civilização ocidental liberando o sujeito (na
verdade, neste estágio não existe mais o indivíduo, aparece agora a criatura
sujeitada) de todas as "opressões" da sociedade burguesa. Lutam,
então, pelo total livramento dos impulsos sexuais, cujo objetivo, na verdade, é
o de tornar a criatura submissa e improdutiva. Os estultos comunistas creem que
liberando a sexualidade dos sujeitos, esses passariam a não se preocupar mais
com as questões referentes à política e ao Estado, em face do seu estágio de
letargia motivacional direcionada apenas aos prazeres carnais, deixando o
caminho livre aos desmandos do poder instituído. Esse é o motivo da mesma forma
para a defesa da liberação irrestrita de drogas. A estratégia da revolução
cultural para a tomada do poder global não é cria de um só demônio - desde o
século XIX essa teoria vem sendo desenvolvida pela
"intelligentsia" da esquerda internacional, dentre
ela, Marx, Lenin, Munzenberg, Lukacs, Mao Tse Tung,
Gramsci, Horkheimer e Adorno. Theodor Adorno, sociólogo alemão e membro da
primeira geração da Escola de Frankfurt, autor da obra "The Theory of
Modern Music”, propunha, por exemplo, usar a música como arma de destruição
social. Segundo ele, músicas quanto mais degeneradas fossem, mais rapidamente
promoveriam a desorientação mental, condição "sine qua non" para
governar sem resistência. Sigmund Freud afirma que a integral recompensa dos
desejos humanos é incompatível com a organização social humana. Assim, os
pulhas comunistas pretendiam, com a desorganização geral da nossa sociedade, se
oferecer "democraticamente" como "salvadores" para
restabelecer a ordem e a moral, mas sob suas próprias regras.
Por essa
razão, não por outras, a sociedade brasileira passou a ser
"bombardeada" pela revolução cultural, mais perseverantemente a
partir do final dos anos 1980 e, "coincidentemente", ao mesmo tempo
do desmonte do comunismo no leste europeu.
Na
sequência do término do regime cívico-militar e com a ascensão dos comunistas
ao poder, lentamente todas as instituições foram cooptadas a fim de promoverem
e defenderem as pautas progressistas mundiais como o feminismo (Malu Mulher,
lembra da série?), erotização das crianças e dos jovens (filmes, séries e
eventos para jovens ao ar livre onde drogas, bebidas alcoólicas e relações
íntimas fortuitas passaram a ser a moda); letras de músicas incitando ao
estupro e à violência fazem parte da degradação moral da
sociedade; grupos socialmente vulneráveis como gays e negros são
aliciados e usados para promover tão somente o apartheid social. Racismo é
crime, cumpra-se a lei nesses casos, mas isso para eles não basta, o intuito é
fazer com que negros odeiem os brancos. A mesma ideia serve de base para
promover e manipular o ódio de mulheres contra os homens, gays contra héteros,
filhos contra os seus pais, e o mais perverso dos desígnios: a perversão
infantil através da já adiantada implantação da ideologia de gênero nas
pré-escolas brasileiras. Sem dúvida, esse projeto que nega, entre outros, a
diferença entre homens e mulheres, se obtiver êxito fará surgir um outro
"ser vivente", nem homem nem mulher, mas "algo" que poderá
a qualquer momento da vida se transmutar entre, pasme, em torno de
60 formas de definição de sexualidade. Evidente que o leitor atento percebeu
que, ao questionar a criação divina, eles estão exterminando com as religiões
criacionistas e a fé cristã. A ordem é corromper a sociedade até que,
atormentada, ela aceite adorar somente o deus Estado e por ele ser tutelada.
Os
brasileiros estão guerreando contra hostes invisíveis. O Brasil está em guerra,
os estrangeiros olham boquiabertos para a sociedade brasileira, um verdadeiro
laboratório de experiências de destruição moral e cultural. As trincheiras e os
canhões foram cambiados por uma cortina de fumaça ideológica que, de tão
embuçada, desorienta até que o beligerante se entrega voluntariamente sem
alguma resistência. A subversão cultural/social da sociedade brasileira
significa, para a esquerda nacional, a fase final de implantação da revolução comunista.
A trama
é realmente complexa, infelizmente, muito maior do que esse espaço circunscrito
permite desenvolver. No entanto, o curso da história é imprevisível e, tudo
indica, os brasileiros estão prestes a mudar um futuro que já lhes parecia
selado.
Dois Paragrafos Ponto
Com
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