AF Agência
France-Presse
Os ativistas afirmam que o tempo
está acabando antes que se implementem armas que usem força letal sem o
controle de um ser humano
Genebra,
Suíça - Os países deveriam acordar rapidamente um tratado que proíba o uso
dos chamados robôs assassinos "antes que seja tarde demais", disseram
ativistas de diferentes ONGs nesta segunda-feira (27), enquanto eram retomadas
na ONU as negociações sobre este assunto.
Os
ativistas afirmam que o tempo está acabando antes que se implementem armas que
usem força letal sem o controle de um ser humano, e criticaram o organismo da
ONU que promove as negociações, a Convenção da ONU sobre Armas Convencionais
(CCAC), por seu avanço lento no tema.
"Os
robôs assassinos já não são algo da ficção científica", declarou em um
comunicado Rasha Abdul Rahim, assessora da Anistia Internacional em
inteligência artificial e direitos humanos.
"De
drones inteligentes às armas automáticas que podem escolher seus próprios
alvos, os avanços tecnológicos em armamento vão mais rápido que a lei
internacional", disse.
"Pedimos
aos Estados que deem passos concretos para deter a expansão destas perigosas
armas (...) antes que seja tarde demais", acrescentou.
Suas
declarações chegam em um momento em que um grupo de especialistas da CCAC
iniciou uma reunião de uma semana na sede da ONU em Genebra, para discutir
sobre os sistemas de armas autônomas letais.
O
organismo mundial acolheu as primeiras negociações sobre os robôs assassinos no
ano passado com representantes de cerca de 100 países, especialistas e ONGs.
O
embaixador de desarmamento indiano Amandeep Gill, que preside as negociações da
CCAC, disse aos jornalistas que os diálogos tinham "avançado bem"
desde então. No entanto, os países ainda não chegaram a um acordo sobre que
passos tomar para tratar este assunto.
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