sexta-feira, 9 de março de 2018

No país da soja e milho, Conab destaca aumento de uma outra cultura

ESTIMATIVA DE SAFRA 2017/18

Companhia Nacional de Abastecimento divulgou nesta quinta-feira (8) o 6º Levantamento da Safra de Grãos 2017/18. Apesar de maior que a última pesquisa, safra atual ainda deve ser menor que a passada

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) elevou sua previsão para a Safra de Grãos 2017/18. Em fase de colheita na principais regiões, deverá ter um aumento de 466,3 mil toneladas. Isso é 0,2% a mais que o levantamento realizado no mês passado, podendo atingir a 226,04 milhões de toneladas. Em fevereiro, o número estimado era de 225,6 milhões de toneladas.

Os dados são do 6º Levantamento da Safra de Grãos 2017/18 divulgados nesta quinta-feira (8). Em relação à safra 2016/17, quando aconteceu o recorde de 237,67 milhões de toneladas produzidas, a previsão é de queda de 4,9%. Mesmo assim, o país ainda deverá colher a segunda maior safra de todos os tempos.

Estimativa de safra: soja e milho 2018
Os técnicos da Conab informam em comunicado que o aumento em relação à projeção anterior é resultado do avanço da colheita de soja, principal cultura do País, que tem confirmado boas produtividades, com média de 3.225 kg/hectare, em comparação com 3.185 kg/ha na estimativa anterior, totalizando safra de 113,02 milhões de t (menos 0,9% ante 2016/17).
Além da soja, outro produto que merece destaque é o milho, informa a Conab. Essas duas culturas continuam na liderança do total produzido no País. A safra de milho (duas colheitas por ano) deverá atingir 87,3 milhões de t (queda de 10,8% ante 2016/17). Essa quantidade está distribuída entre a primeira (25,1 milhões de t, menos 17,5%) e segunda safras (62,2 milhões de t, menos 7,8%).

Safra de algodão e arroz 2018
A Conab destaca também o aumento da produção de algodão em pluma, que agora é estimada em 1,9 milhão de t, representando um aumento de 21,3% em relação à safra passada.

A safra de arroz deve diminuir 8,5% em 2017/18, para 11,28 milhões de t. Já as três safras de feijão devem alcançar 3,3 milhões de t (queda de 2,9%). A primeira safra da cultura deve ter volume de 1,25 milhão de t (menos 8,2%); a segunda safra está estimada em 1,24 milhão de t (mais 3,1%), enquanto a terceira safra está projetada em 738,2 mil t (menos 3%).

Na área plantada, as estimativas apontam para um aumento de 0,3% em relação à safra anterior, atingindo 61,06 milhões de hectares. A soja deverá ter 1,1 milhão de hectares a mais do que no ano passado. Aliada ao algodão, ambas foram responsáveis pelo aumento da área total, por serem culturas que apresentam maior rentabilidade e liquidez, diz a Conab.
Com o término do plantio da segunda safra, a área de algodão teve novo incremento, respaldado pelas boas perspectivas na comercialização. A estimativa atual é de que a área brasileira da fibra supere 1,1 milhão de hectares, 21,8% maior do que a safra anterior, com incremento equivalente a 204,3 mil hectares.

Estadão

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