O
Presidente francês, Emmanuel Macron, propôs hoje à chanceler alemã, Angela
Merkel, que Paris e Berlim estabeleçam um “roteiro claro e ambicioso até junho”
para reformar a União Europeia (UE).
“Abre-se
hoje uma etapa importante, em que teremos muito a fazer sobre decisões de curto
prazo e na definição de perspetivas a médio e o longo prazo para a nossa
Europa, agora ainda mais essenciais do que há alguns meses”, declarou o chefe
de Estado francês, que recebeu hoje no Eliseu (sede da Presidência francesa) a
líder alemã.
Um dos
objetivos deste encontro foi preparar a próxima cimeira de chefes de Estado e
de Governo da UE, agendada para Bruxelas para a próxima quinta e sexta-feira
(dia 22 e 23 de Março).
Macron
insistiu na “responsabilidade extremamente importante” que enfrentam a França e
a Alemanha, numa altura “em que as tensões internacionais não param de
crescer”.
“Tenho
vontade de o fazer e acho podemos”, acrescentou, por sua vez, a chanceler
alemã, em resposta à proposta de Macron.
“É mais
necessário do que nunca que a Europa possa agir de forma unificada numa
situação geopolítica em que o multilateralismo está sob pressão”, acrescentou
Merkel.
Os dois
líderes também abordaram o recente caso do envenenamento do ex-espião russo
Serguei Skripal e da sua filha, Yulia, em solo britânico, reiterando a
“solidariedade dos aliados” com Londres.
“Condenamos
esta ingerência russa porque tudo leva a crer que foi realmente a Rússia que
liderou estas tentativas de assassínio”, sublinhou Emmanuel Macron.
Felicitando
Angela Merkel pela formação do novo governo alemão (a chanceler foi empossada
esta semana para um quarto mandato), Macron salientou que “por muitos anos” a
Europa esperou que a parceria franco-alemã avançasse e propusesse.
“Estamos
prontos para isso. (...). É essencial que possamos juntos construir esta nova
ambição. Esta é a nossa tarefa até ao mês de junho sobre a união económica e
monetária, sobre a política de migração, a política de defesa, cultura, sobre a
política educativa. Vamos propor um roteiro e vamos colocar nisso a energia
necessária”, frisou o chefe de Estado francês.
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