segunda-feira, 12 de março de 2018

Considerações sobre o plano do economista Paulo Guedes para o candidato Bolsonaro - 5ª parte – “Reforma Administrativa”

Martim Berto Fuchs

5 - Reforma Administrativa

“Redução do número de Ministérios, para modernização e racionalização da máquina pública.”

Considerações sobre a proposta de Paulo Guedes
Nos governos dos militares entre os anos de 1964 e 1985, o número de Ministérios variou entre 12 e 15. Depois tivemos:

Sarney = 27 > 22
Collor = 12 > 16
Itamar = 28
FHC = 30 > 26
Lula = 34 > 37
Dilma = 37 > 39 > 32
Temer = 23

Bolsonaro à princípio propõe 15 Ministérios.
Será uma boa medida. Porém, se o número de pessoas penduradas nas diversas folhas de pagamento não diminuir proporcionalmente, pouco vai adiantar, pois é aí que reside a crônica falta de dinheiro para as atividades fim: o dinheiro extorquido da população indefesa é GASTO em folhas de pagamento desnecessárias, e para cobrir os custos gerados por este pessoal, sem contar que o ato de empregar a grande família (cabos eleitorais, parentes, amantes e amigos) é um ato criminoso e desmoralizante. Quem o pratica não tem moral para mais nada. O próximo passo é roubar diretamente o dinheiro extorquido da população.

Enfrentar esse desatino é um perigo.
Jânio Quadros se insurgiu contra o Congresso, e ... caiu.
Fernando Collor começou diminuir os excessos na máquina pública, e o Congresso o derrubou.
Temer tentou diminuir e quase foi derrubado. O esforço para afastá-lo foi grande, e partiu dos marajás (Janot) do serviço público, e notem que continua. Agora mesmo o STF, que deveria ser o guardião da Constituição, ataca diretamente o Presidente da República, sem respeitar as regras do jogo.
Os partidos, encabeçados pelo PT, que é contra tudo e todos que não compactuam com ele, comandará e se aliará aos outros partidos contra qualquer medida saneadora.

Nosso sistema político, com a profusão de partidos e que aumentam a cada ano, e todos querendo participar do butim, deverá tornar a vida de Bolsonaro, uma vez eleito, um inferno. Tem ele, no entanto, uma vantagem sobre Jânio, Collor e Temer: seu passado, no que tange a patrimônio e como ele foi conseguido, é, até agora, inatacável. Notamos como estão todos se esforçando para jogar sobre Bolsonaro a pecha comum a todos políticos: a de corrupto. Não conseguiram. Deus queira que ele consiga passar por este teste, incólume.

Assim como Collor se elegeu sem partido, tanto que criou um para ele, Bolsonaro também está, felizmente, acima deles. Isto tem seu aspecto positivo, mas é, em função do nosso sistema político, uma faca de dois gumes.  
Até onde as máquinas partidárias vão aceitar terem dispensados do serviço (?) público os membros das suas grandes famílias ? Até onde irá o boicote às ações que Bolsonaro se propõe ?

Proposta Capitalismo Social-MBF:
- 14 Ministérios.
- Pré-dimensionar o tamanho do Estado. Não é porque é público, que tem que obrigatoriamente ser administrado como se fosse a Casa da Mãe Joana. O Estado também tem que buscar eficiência e esta começa com a definição das suas obrigações Constitucionais, que podem e devem ser mudadas.
O Estado não pode mais tentar sobreviver, mantendo invertidas as regras mais elementares de eficiência, tais como:

- a minoria na atividade fim
- e a maioria na atividade meio, ou pseudo administrativa.

Também não pode mais permitir que os próprios funcionários públicos dos Três Poderes, determinem sua renda mensal à revelia do Congresso – Poder Legislativo – e dos que pagam a conta.


Nenhum comentário: