Martim
Berto Fuchs
5 - Reforma Administrativa
“Redução
do número de Ministérios, para modernização e racionalização da máquina pública.”
Considerações sobre a proposta de Paulo
Guedes
Nos
governos dos militares entre os anos de 1964 e 1985, o número de Ministérios variou
entre 12 e 15. Depois tivemos:
Sarney =
27 > 22
Collor =
12 > 16
Itamar =
28
FHC = 30
> 26
Lula = 34
> 37
Dilma = 37
> 39 > 32
Temer =
23
Bolsonaro à princípio propõe 15
Ministérios.
Será uma
boa medida. Porém, se o número de pessoas penduradas nas diversas folhas de
pagamento não diminuir proporcionalmente, pouco vai adiantar, pois é aí que reside
a crônica falta de dinheiro para as atividades fim: o dinheiro extorquido da
população indefesa é GASTO em folhas de pagamento desnecessárias, e para cobrir
os custos gerados por este pessoal, sem contar que o ato de empregar a grande
família (cabos eleitorais, parentes, amantes e amigos) é um ato criminoso e
desmoralizante. Quem o pratica não tem moral para mais nada. O próximo passo é
roubar diretamente o dinheiro extorquido da população.
Enfrentar esse desatino é um perigo.
Jânio
Quadros se insurgiu contra o Congresso, e ... caiu.
Fernando
Collor começou diminuir os excessos na máquina pública, e o Congresso o
derrubou.
Temer
tentou diminuir e quase foi derrubado. O esforço para afastá-lo foi grande, e
partiu dos marajás (Janot) do serviço público, e notem que continua. Agora
mesmo o STF, que deveria ser o guardião da Constituição, ataca diretamente o
Presidente da República, sem respeitar as regras do jogo.
Os
partidos, encabeçados pelo PT, que é contra tudo e todos que não compactuam com
ele, comandará e se aliará aos outros partidos contra qualquer medida
saneadora.
Nosso
sistema político, com a profusão de partidos e que aumentam a cada ano, e todos
querendo participar do butim, deverá tornar a vida de Bolsonaro, uma vez
eleito, um inferno. Tem ele, no entanto, uma vantagem sobre Jânio, Collor e
Temer: seu passado, no que tange a patrimônio e como ele foi conseguido, é, até
agora, inatacável. Notamos como estão todos se esforçando para jogar sobre
Bolsonaro a pecha comum a todos políticos: a de corrupto. Não conseguiram. Deus
queira que ele consiga passar por este teste, incólume.
Assim
como Collor se elegeu sem partido, tanto que criou um para ele, Bolsonaro
também está, felizmente, acima deles. Isto tem seu aspecto positivo, mas é, em
função do nosso sistema político, uma faca de dois gumes.
Até onde
as máquinas partidárias vão aceitar terem dispensados do serviço (?) público os
membros das suas grandes famílias ? Até onde irá o boicote às ações que
Bolsonaro se propõe ?
Proposta Capitalismo Social-MBF:
- 14
Ministérios.
-
Pré-dimensionar o tamanho do Estado. Não é porque é público, que tem que
obrigatoriamente ser administrado como se fosse a Casa da Mãe Joana. O Estado
também tem que buscar eficiência e esta começa com a definição das suas
obrigações Constitucionais, que podem e
devem ser mudadas.
O Estado
não pode mais tentar sobreviver, mantendo invertidas as regras mais elementares
de eficiência, tais como:
- a
minoria na atividade fim
- e a
maioria na atividade meio, ou pseudo administrativa.
Também
não pode mais permitir que os próprios funcionários públicos dos Três Poderes,
determinem sua renda mensal à revelia do Congresso – Poder Legislativo – e dos
que pagam a conta.
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