Martim
Berto Fuchs
8 - Desestatização
“Privatizações
de estatais e serviços públicos, com uso dos recursos para reduzir dívida
pública.”
Considerações sobre a proposta de Paulo
Guedes
Antes,
uma colocação. Analiso o Brasil como uma Monarquia Republicana, onde
continuamos com uma Corte atuante, composta por monarquistas, conservadores,
liberais e socialistas. Estes últimos, na data em que escrevo (05/04/18), depois
de apenas 15 anos freqüentando os salões da mesma, e desfrutando das benesses
com as quais são agraciados seus membros, foram descartados, jogados na lata de
lixo da história.
Infringiram
regras básicas, que norteiam a Corte desde 1889, quais sejam:
1.Locupletar-se
pode, desde que não deixe o barco afundar, o que prejudicaria a todos, e os
socialistas com o pouco tempo no poder, quase afundaram o barco.
2.O
trono, ou a cadeira de Presidente, é disputado entre os comensais, não sendo
permitido que um dos grupos tentem expulsar o outro; tem para todos, desde que
saibam como repartir. Os socialistas tentaram e trabalharam para expulsar os
outros três grupos e repartir o butim apenas entre os seus. Em data de ontem
(04.04.18) foram expulsos, e seu líder máximo, e único, teve a prisão decretada.
Isto
posto, vamos as considerações.
Venda de estatais
Especula-se
quanto a quantidade de empresas estatais no Brasil. Dos números que já li,
ficarei com o de 150.
Privatização
pura e simples destas empresas, rapidamente, na minha opinião, é um erro.
Antes de iniciar o processo de “vendê-las”
para a iniciativa privada (leia-se empresários da Corte) aos preços camaradas sempre
praticados - além de financiados pelo BNDES a juros subsidiados-, será obrigação
do novo governo, forçar, via Congresso, a alteração de algumas das regras vigentes para as mesmas, e aplicar outras, tais como:
1-Administração
profissional.
2-Acabar
com a garantia de emprego.
3-Como
acionista majoritário, cobrar destas administrações profissionais, eficiência e
produtividade, sem necessariamente apelar para o lucro à qualquer preço, como
muitas empresas privadas fazem, particularmente à custa dos seus trabalhadores,
e, também na diminuição da qualidade dos seus produtos.
Depois
destas medidas, a venda destas empresas se torna bem mais atraente e lucrativa,
podendo então os governos se dedicarem as suas obrigações Constitucionais, que devem
ser preferencialmente saúde, educação, segurança e infra-estrutura.
Com os
socialistas fora da Corte, deverá ser mais fácil fazer passar medidas
saneadoras. É óbvio que ainda permanecerão os mamadores contumazes e esses
também precisam ser enfrentados.
“...com uso dos recursos para
reduzir dívida pública”.
Errado.
Reduzir a dívida pública com os recursos da venda de estatais e permitir que a
drenagem de recursos públicos permaneça em outra e maior instância, é enxugar gelo
com toalha quente. Seria mais uma vez um quebra galho momentâneo, que daria uma
satisfação a rentistas e agradaria os empresários da Corte, que voltariam a
investir com recursos do BNDES, para perder logo adiante.
Os
recursos da venda de estatais, devem servir para investimentos em saúde, educação, segurança e infra-estrutura.
“Reduzir dívida pública”
Temos no
Brasil 11 milhões de pessoas nas folhas de pagamento do Estado, considerando os
três níveis e os três poderes.
Qualquer
empresa especializada, destas que trabalham para empresas privadas na área de organização,
eficiência e conseqüente produtividade, começando pelo organograma e a
quantidade de pessoas necessárias, chegaria a conclusão, mediante estudos nem
tão complexos, que metade desses 11
milhões de empregados públicos estão sobrando.
Isto
significa recursos desviados das áreas a que o Estado tem obrigação, de
aproximadamente R$
286 bi/ano, sem levar em conta a despesa que essas pessoas geram,
que deve somar outro tanto.
Para conseguir
isto, agora que já foram expulsos os inúteis socialistas, temos que “fechar” a Corte, acabar com nossa
Monarquia Republicana, onde se locupletam há mais de um século monarquistas,
conservadores e liberais, e partir para uma República verdadeiramente
Democrática, onde se passe a considerar e respeitar que povo somos todos, e privilégios
e outras sinecuras deixem de agraciar uma minoria, vergonhosamente uma casta,
esta encastelada no Estado, desde 1808.
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