Martim
Berto Fuchs
1.O Brasil nunca alcançou o estágio de uma República
Democrática, porque é solapado justamente pelos monarquistas (realistas), que
desde 1889 estão pendurados nas tetas agora magras do Tesouro Nacional, como funcionários
públicos. Nunca largaram. É uma classe privilegiada e privilégio de classe é
contra a natureza da República Democrática.
2.Também, não conseguimos alcançar o estágio de República
Democrática, porque nosso “liberal” é outra classe privilegiada, que também
desde 1889 vive às custas das benesses do Tesouro Nacional. E foi sedimentada
na categoria de privilegiado desde o governo de Getúlio Vargas, ao criar as
corporações patronais.
3.Por último, mas em conjunto, não chegamos alcançar o
estágio de República Democrática, porque também desde 1930 foram criadas as
corporações laborais, garantindo privilégios à uma classe, classe esta
reforçada em 2002 com a eleição do fenômeno Lula, apoiada
entusiasticamente pela principal
corporação patronal, FIESP, que disto esperava tirar vantagens. Mais vantagens ainda.
A natureza humana continua imperfeita, na medida em que os
que tem a obrigação de orientá-la, nossas ditas elites, não estão nem um
pouco preocupadas com o bem estar
daqueles que só tem para oferecer o trabalho braçal.
Enquanto estes forem tratados como escravos, usados e
descartados, o comunismo, este defunto insepulto, se mantém ativo e
disseminando sua ignorância, tanto econômica como social.
Se defendo uma Intervenção Constitucional, é para mudar este
cenário de dominação de classes privilegiadas e não para retroceder à uma
Monarquia, por mais constitucional que venha à ser.
República Democrática é o caminho natural para a justiça
social – capital & trabalho -, mas para chegarmos a ela, necessário se faz
abandonar velhos dogmas e conceitos enraizados que só fazem perpetuar os
privilégios de poucos e as desigualdades para muitos.
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