Paulo Guedes
Como resistir ao princípio
federativo de “Mais Brasil e Menos Brasília” se sobram sorvetes a bordo do jato
presidencial e faltam merendas nas escolas públicas?
Entramos em 2017 com uma nova mentalidade no país. A corrupção sistêmica a céu aberto e o desemprego em massa persuadiram contribuintes e eleitores brasileiros de que nosso regime político é caro e entrega pouco.
O país quebrou em 2016, mas Brasília exibia abusivos e mesmo ultrajantes desperdícios no uso das verbas públicas.
O contraste das carências de nossa população com a farra financeira de piratas privados e criaturas do pântano político acabou disparando uma explosiva indignação da opinião pública “como nunca ocorrera antes na História deste país”.
No auge da crise fiscal, em pleno processo de impeachment, desfilavam ostensivos e infindáveis cortejos de carros pretos oficiais saindo do Alvorada e entrando no Jaburu. Com séquitos de servidores em ambos os palácios.
Afinal, que país é este?
Polícia exclusiva do Senado, salários de marajás no Judiciário, generosos reajustes salariais ao funcionalismo público federal, enquanto estados e municípios estão quebrados em meio ao caos da saúde e da educação.
Privilégios em planos de saúde e benefícios previdenciários obtidos por legislação em causa própria, além de estabilidade no emprego, enquanto nada disso está ao alcance da esmagadora maioria da população.
Como resistir ao princípio federativo de “Mais Brasil e Menos Brasília” se sobram sorvetes a bordo do jato presidencial e faltam merendas nas escolas públicas?
Promovida pelo regime militar e mantida após a redemocratização por sucessivos governos, em desacordo com princípios e diretrizes da Constituição de 1988, a engrenagem de gestão centralizada dos recursos públicos derrubou a taxa de crescimento econômico, pelas distorções causadas na alocação de investimentos públicos e privados.
E, também em desacordo com políticas sociais de transferência de renda de uma democracia emergente, essa engrenagem continua promovendo as desigualdades pela assimetria de acesso e captura de recursos públicos por interesses privados.
A Velha Política segue encurralada pelo Novo Judiciário.
É tempo de reformas na economia e na política, que continuarão a ocorrer em 2017. Afinal, “o baixo crescimento resulta de instituições deficientes, que reagem às mudanças em defesa de seus interesses adquiridos”, já advertia o Prêmio Nobel Douglass North.
O Globo
Entramos em 2017 com uma nova mentalidade no país. A corrupção sistêmica a céu aberto e o desemprego em massa persuadiram contribuintes e eleitores brasileiros de que nosso regime político é caro e entrega pouco.
O país quebrou em 2016, mas Brasília exibia abusivos e mesmo ultrajantes desperdícios no uso das verbas públicas.
O contraste das carências de nossa população com a farra financeira de piratas privados e criaturas do pântano político acabou disparando uma explosiva indignação da opinião pública “como nunca ocorrera antes na História deste país”.
No auge da crise fiscal, em pleno processo de impeachment, desfilavam ostensivos e infindáveis cortejos de carros pretos oficiais saindo do Alvorada e entrando no Jaburu. Com séquitos de servidores em ambos os palácios.
Afinal, que país é este?
Polícia exclusiva do Senado, salários de marajás no Judiciário, generosos reajustes salariais ao funcionalismo público federal, enquanto estados e municípios estão quebrados em meio ao caos da saúde e da educação.
Privilégios em planos de saúde e benefícios previdenciários obtidos por legislação em causa própria, além de estabilidade no emprego, enquanto nada disso está ao alcance da esmagadora maioria da população.
Como resistir ao princípio federativo de “Mais Brasil e Menos Brasília” se sobram sorvetes a bordo do jato presidencial e faltam merendas nas escolas públicas?
Promovida pelo regime militar e mantida após a redemocratização por sucessivos governos, em desacordo com princípios e diretrizes da Constituição de 1988, a engrenagem de gestão centralizada dos recursos públicos derrubou a taxa de crescimento econômico, pelas distorções causadas na alocação de investimentos públicos e privados.
E, também em desacordo com políticas sociais de transferência de renda de uma democracia emergente, essa engrenagem continua promovendo as desigualdades pela assimetria de acesso e captura de recursos públicos por interesses privados.
A Velha Política segue encurralada pelo Novo Judiciário.
É tempo de reformas na economia e na política, que continuarão a ocorrer em 2017. Afinal, “o baixo crescimento resulta de instituições deficientes, que reagem às mudanças em defesa de seus interesses adquiridos”, já advertia o Prêmio Nobel Douglass North.
O Globo
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