domingo, 18 de dezembro de 2016

Capítulo adicional do livro “Universalismo Crístico Avançado”

Roger Bottini Paranhos

Conforme prometido no capítulo 13 do livro “Universalismo Crístico Avançado”, segue o “capítulo adicional” que relata a iniciativa de desativação da quarta pirâmide hipnótica atlante no astral no dia 21 de dezembro de 2012.

Quinta-feira, 20 de dezembro de 2012. Olhei para o relógio, que marcava vinte e três horas e dois minutos. Caminhei até a janela de meu apartamento e observei as luzes da cidade.

Eu estava preocupado. Apesar de todos os esforços para divulgar a vibração coletiva do Universalismo Crístico para a entrada na Era da Luz e de muitos terem se engajado nessa abençoada iniciativa, a grande maioria da população mundial ainda permanecia alienada. Alguns temiam tragédias, outros contavam piadas bobas sobre o suposto “fim do mundo”.

Infelizmente, poucos realmente percebiam a importância desta data como marco do início de uma nova era de amor, consciência e progresso espiritual e humano. E um grupo menor ainda estava empenhado em fazer a sua contribuição, sintonizando-se e vibrando sentimentos de amor e paz naquele momento.

Não me refiro aqui apenas à nossa meditação, pois ainda é muito pequeno o número de pessoas que conhece o Universalismo Crístico e apreendeu a sua mensagem libertadora. Estou falando de uma conscientização espiritual e de valores que todas as religiões apregoam e que a humanidade já deveria ter assimilado há muito tempo, procurando seguir como roteiro de luz em sua vida para finalmente encontrar a paz e a felicidade.

Hermes havia me alertado nos últimos dias que a “chave fundamental” para desativarmos a quarta e última pirâmide hipnótica dos magos negros atlantes seria a união e a consciência coletiva, promovendo um sistemático despertar de consciências mundo afora. Mas, claramente, parecia que isso não estava acontecendo; pelo menos não na proporção esperada há milênios, desde que o nosso mundo deu os seus primeiros passos como mais uma das infinitas escolas evolutivas do Universo.

Suspirei, apoiei as mãos por detrás da cabeça e prossegui observando a vista da minha janela, absorto em meus pensamentos. Sentei-me em uma cadeira e meditei por mais alguns instantes. Era necessário dar início ao processo de projeção astral. Libertar-me do corpo físico e adentrar o mundo dos espíritos. Lá, local a que o homem comum não tem acesso lúcido, é que seria travada a grande batalha para a libertação das consciências humanas.

Respirei fundo mais uma vez e procurei não pensar na responsabilidade que detinha em minhas mãos. Felizmente, desta vez, eu não estaria sozinho. Estaria unido a milhares de pessoas com o mesmo propósito.

Pela primeira vez, um trabalho dessa magnitude havia sido revelado com antecedência aos encarnados. Isso era positivo em vista do apoio que receberia, mas também era demasiado perigoso. Várias pessoas seriam assediadas pelas trevas para servirem-lhes de instrumento para confundir e atacar aqueles que estivessem determinados a participar ativamente dessa empreitada de Luz.

Com grande pesar, lembrei-me dos ataques diretos e indiretos que a “Vibração Coletiva para a Entrada na Era da Luz” tinha sofrido nas últimas semanas, prejudicando ainda mais a tarefa que executaríamos. Através do medo, a maior arma dos magos negros, muitas pessoas tinham sido abaladas em sua convicção de doar um pouco de sua energia positiva para a ação da Alta Espiritualidade.

Em seguida, abandonei esses pensamentos e coloquei-me em posição confortável para meditar. Os minutos se passaram lentamente, enquanto a minha consciência se libertava das limitações impostas pelo mundo material.

Senti os sons característicos do desprendimento da alma. Até que, às onze horas e trinta minutos, percebi-me em meio a uma multidão de irmãos de boa vontade em uma aprazível colônia espiritual do Mundo Maior. Todos estavam lá em projeção astral, assim como eu; porém, a grande maioria não tinha a mesma lucidez para perceber o desenrolar dos acontecimentos. Estávamos felizes, extasiados, ao redor de Hermes e dos grandes mestres que trabalham em nome do Espírito Criador. Uma música divina e idealista ecoava pelo ambiente, fazendo vibrar as fibras mais íntimas de nossos corações.

Além de todos que foram tocados pela intensa divulgação da nossa vibração coletiva, estavam presentes pessoas espiritualizadas de todo o planeta que reconheciam naquela data um momento importante para a tomada de consciência da humanidade, e, assim, elevavam as suas preces a Deus com o objetivo de construir a realidade de dias melhores, repletos de amor, fraternidade e consciência para o nosso mundo.

Muito emocionados, todos aguardamos as sábias palavras de Hermes. O líder do projeto Universalismo Crístico na Terra, com infinito amor e carinho, buscou-nos com o olhar, um a um, como a águia zelosa faz com os seus filhotes.

Percebi em seu olhar que éramos poucos. Apesar disso, ele não se mostrava abatido. Hermes abraçava cada um com o olhar, dirigindo-nos infinito amor e demonstrando o seu agradecimento especial por todo o nosso empenho. O sorriso do nobre irmão resplandecia em seu rosto magnânimo, cativando os nossos corações de modo inenarrável.

Observei aquela cena com elevada reverência e, em um misto de autoconfidência e prece divina, falei para mim mesmo:

— Ó, meu Deus, abençoados somos nós por termos a oportunidade de participar ativamente deste momento sagrado. Ainda mais na companhia de tão maravilhoso mentor e mestre!

Segue:


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