Na mídia do Brasil
A Justiça Federal condenou nesta
segunda-feira, 21, o ex-diretor de Serviços da Petrobrás Renato Duque a 20 anos
e oito meses de prisão por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e associação
criminosa.
É a mais alta pena já imposta pela Operação
Lava Jato contra envolvidos no esquema de propina que se instalou na estatal
entre 2004 e 2014.
Na mesma
sentença, o juiz federal Sérgio Moro condenou o ex-tesoureiro do PT João
Vaccari Neto, também por corrupção, a 15 anos e 4 meses de prisão
pelos crimes atribuídos a Duque.
É a primeira condenação aplicada ao ex-diretor
de Serviços, apontado como elo do PT no esquema Petrobrás, e também do
ex-tesoureiro na Lava Jato.
Também foram condenados outros envolvidos no
esquema. Os operadores Adir Assad, Sônia Mariza Branco e Dario Teixeira Alves
Junior foram condenados a 9 anos e 10 meses, cada um, por lavagem de
dinheiro e associação criminosa.
O juiz federal Sérgio Moro afirma que Duque
recebeu propina de R$ 36 milhões. "A prática dos crimes
corrupção envolveu o recebimento de pelo menos R$ 36.346.200,00, US$
956.045,00 e 765.802,00 euros à Diretoria de Serviços e Engenharia da
Petrobrás (Consórcio Interpar, Consórcio CMMS, Consórcio Gasam e contrato
do Gasoduto PilarIpojuca). Um único crime de corrupção envolveu pagamento
de mais de vinte milhões em propinas", sentenciou Moro.
Sobre Vaccari, o magistrado afirmou. "A prática dos
crimes de corrupção envolveu o recebimento pelo Partido dos Trabalhadores,
com intermediação do acusado, de pelo menos R$ 4.26 milhões de propinas acertadas
com a Diretoria de Serviços e Engenharia da Petrobrás pelo contrato do
Consórcio Interpar, o que representa um montante expressivo."
Nenhum comentário:
Postar um comentário