Martim Berto Fuchs
Persiste
uma dúvida. Por que pessoas que de alguma forma vivem às custas dos governos,
sejam jornalistas, analistas ou economistas, se recusam a pôr o “dedo na ferida”
? Dão voltas e mais voltas, propõem mil soluções, mas não atacam as causas das
crises cíclicas de governo que assolam o país há décadas e que a esquerda astutamente
chama de crises do capitalismo.
Chegamos
novamente ao descalabro do URSS utilizar 75%
da sua arrecadação para pagar o funcionalismo público e como as entradas estão
atrasadas em função da crise que já se estende há mais de um ano, ter que
parcelar os salários.
Isto
caracteriza um estado como fim em si
mesmo, ou seja, extorque dinheiro da população apenas para se sustentar.
Fazendo
uma analogia, seria o mesmo que um hoteleiro vender antecipadamente suas
acomodações para a temporada e depois não permitir a entrada dos hóspedes que
pagaram. E, repetindo essa sem-vergonhice
ano após ano.
Pergunto: - A sociedade
aceitaria tal procedimento ? Nem pensar. Então, porque aceita o mesmo comportamento,
a mesma atitude, por parte dos nossos “governantes”, um mais pilantra
que o outro ?
Por
que os Armínio’s Fraga da vida, do alto da sua sapiência, não tomam coragem e
propõe atacar a principal causa da desgraça das nossas empresas privadas e seus
trabalhadores ? Será por que também estão com a toda parentela encostada nas
folhas de pagamento dos governos ? Ou será que só enxergam e propõe o que lhes convém ?
Quitadas as folhas
de pagamento,
os hospitais não tem mais verbas para cirurgias. Os ambulatórios não tem mais
remédios. As ambulâncias não tem mais gasolina. As escolas não tem mais nem
papel higiênico. A polícia não tem munição nem veículos, pois estão nas
oficinas. As estradas ... deixa prá lá.
Enquanto
isso, após a saída da cabeça de mandioca, inevitável, um dos candidatos
à ministro da fazenda será o sr. Armínio Fraga. A banca agradece. E a boiada muge sem nem saber porque. Enfim, é só o que lhe resta.
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