quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Comentando Armínio Fraga

Martim Berto Fuchs

Persiste uma dúvida. Por que pessoas que de alguma forma vivem às custas dos governos, sejam jornalistas, analistas ou economistas, se recusam a pôr o “dedo na ferida” ? Dão voltas e mais voltas, propõem mil soluções, mas não atacam as causas das crises cíclicas de governo que assolam o país há décadas e que a esquerda astutamente chama de crises do capitalismo.

Chegamos novamente ao descalabro do URSS utilizar 75% da sua arrecadação para pagar o funcionalismo público e como as entradas estão atrasadas em função da crise que já se estende há mais de um ano, ter que parcelar os salários.

Isto caracteriza um estado como fim em si mesmo, ou seja, extorque dinheiro da população apenas para se sustentar.  
Fazendo uma analogia, seria o mesmo que um hoteleiro vender antecipadamente suas acomodações para a temporada e depois não permitir a entrada dos hóspedes que pagaram. E, repetindo essa sem-vergonhice ano após ano.

Pergunto: - A sociedade aceitaria tal procedimento ? Nem pensar. Então, porque aceita o mesmo comportamento, a mesma atitude, por parte dos nossos “governantes”, um mais pilantra que o outro ?

Por que os Armínio’s Fraga da vida, do alto da sua sapiência, não tomam coragem e propõe atacar a principal causa da desgraça das nossas empresas privadas e seus trabalhadores ? Será por que também estão com a toda parentela encostada nas folhas de pagamento dos governos ? Ou será que só enxergam e propõe o que lhes convém ?

Quitadas as folhas de pagamento, os hospitais não tem mais verbas para cirurgias. Os ambulatórios não tem mais remédios. As ambulâncias não tem mais gasolina. As escolas não tem mais nem papel higiênico. A polícia não tem munição nem veículos, pois estão nas oficinas. As estradas ... deixa prá lá.

Enquanto isso, após a saída da cabeça de mandioca, inevitável, um dos candidatos à ministro da fazenda será o sr. Armínio Fraga. A banca agradece. E a boiada muge sem nem saber porque. Enfim, é só o que lhe resta.




Nenhum comentário: