Sérgio Alves de Oliveira
O italiano ANTONIO GRAMSCI
(1891-1937), fundador do Partido Comunista Italiano, foi um dos pensadores que deram modelagem especial ao socialismo. Ninguém como ele tinha conseguido fazer com que o socialismo desse abrigo ao que havia de pior no arsenal
humano de uma determinada sociedade. Foi ele quem inventou a DISSIMULAÇÃO como
estratégia para implantação do socialismo.
Gramsci defendia que deveria se
chegar ao comunismo de Marx sem que a sociedade participasse e tivesse consciência que estava sendo conduzida nessa direção. As
primeiras providências deveriam ser com as crianças nos colégios, através da
ideologização (que o Governo local agora batizou com o nome de “Pátria
Educadora”), caminhando ao lado do APARELHAMENTO das instituições
públicas e privadas, sempre que possível, sem qualquer alarde.
“Sorrateiramente”, estão conseguindo
esse intento. São os ensinamentos de Gramsci na prática. É a dinâmica da
pedagogia política sem qualquer escrúpulo agindo criminosamente contra as
crianças. Enquanto isso acontece, a Instância Máxima do Poder Judiciário, o
Supremo Tribunal Federal-STF, majoritariamente, já está à mercê dos
gramscistas, o mesmo acontecendo com a CNBB, a OAB, e outras organizações
importantes, cujo silêncio e omissão frente à degradação moral na
política e à corrupção generalizada, só podem indicar concordância ou
cumplicidade com o “status quo”.
Mas vou provar o que antes afirmei,
ou seja, que o pretenso socialismo, em implantação no Brasil, e no restante da
região abrangida pelo Foro San Pablo, não passa de uma grandiosa farsa. E
vou fazê-lo através de incursões do pensamento sobre o princípio da MAIS-VALIA,
alvo central de Marx, que segundo a definição dada por ele, seria a parte do
valor da força de trabalho não remunerada pelo patrão.
O problema é que a antiga quota da
mais-valia não foi suprimida, nem diminuída, apesar dos ingentes “esforços” (de
discurso) da esquerda. Ao contrário, ela aumentou. E muito. Os seus novos
“sócios-beneficiários” estão de uma ou outra forma ligados ao Governo.
Ocorre que a mais-valia hoje pode ser
bifurcada em duas direções, quando “ontem” era uma só. Sobre ela foi organizado
um “consórcio”, tendo de um lado os empresários, como sempre foi, e do outro os
agentes públicos corruptos. É evidente que o seu valor teria que aumentar. É
necessário mais “alimento” para dois do que para um.
Com isso a parcela de mais-valia do
patrão continua como antigamente. Mas o “plus” que passou a incidir sobre ela, na verdade um sobrevalor, acaba indo para o bolso dos corruptos do serviço
público. Significa dizer, antes do império da corrupção, que foi aperfeiçoada
no período do PT, mas que também havia antes, porém em menor escala, a
sociedade sustentava uma só mais-valia. Agora são duas. E os novos beneficiários
são justamente os que usam o discurso “socialista”... contra a mais-valia.
Mas quem está pagando por essa
corrupção? Pela mais-valia “2”? Como afirmou o juiz Sérgio Moro, para
descobrir é preciso percorrer o caminho do dinheiro. É claro que a conta da
corrupção não vai ser bancada pelo patrão que negocia com o Serviço Público.
Ele sempre vai achar uma maneira de compensar essa perda.
Essa operação, porém, vai afetar toda
a sociedade, que terá que pagar mais impostos para que o Governo consiga
pagar o que comprou com superfaturamento ilícito, ou seja, por preço
maior. Aí deve estar a principal razão pela qual o Brasil é o país onde mais se
paga impostos no mundo, com uma enorme parcela dos tributos pagos pela
sociedade desviada na corrupção desenfreada. Importante é sublinhar que
toda a corrupção envolvendo o Poder Público será paga sempre pelo povo, através
dos impostos. Assim não será a Petrobrás, o BNDES, a Caixa
Econômica Federal, ou o Tesouro Nacional, que vão pagar os valores da
corrupção. Quem vai pagar é o povo mesmo, o verdadeiro titular de tudo que é
público. E com seus impostos.
Se Marx tivesse o azar de ver o que
estão fazendo com a sua “mais-valia”no Brasil, e nos países
“colegas” do Foro San Pablo, certamente ele daria mil cambalhotas na sua tumba,
levantaria e logo passaria a apontar o seu canhão não mais a
mais-valia dos patrões, como fazia antigamente, porém na direção da
mais-valia da corrupção dos governos do Brasil, que conseguiram
implantar, não o socialismo, porém um Capitalismo de Estado pervertido, onde o
beneficiário nem é o Estado, porém seus servidores e políticos corruptos.
Mas com certeza Marx tiraria o
“pé-do-acelerador” no antigo combate que sempre fez à mais-valia dos
patrões, que inclusive também contribuem, e muito, com seu próprio
trabalho, à frente do capital, no ciclo da produção. Mas a partir daí o
seu foco principal de combate passaria a ser a “outra” mais-valia, aquela
oriunda da corrupção, porque não existe nem nunca existirá qualquer argumento
capaz de justificá-la, não fosse por outras razões, pelo simples fato de
que uma surge do trabalho do empresário, e a outra da pura
corrupção, ilegal e imoral, contrariando todos os princípios da decência.
Nota: O título escolhido para esse
texto não significa que o “bandido” seja só o PT. O mesmo se aplica não só aos
partidos e políticos que lhe dão sustentação, como também aos governos e
políticos anteriores a 2003, que não foram muito melhores.
Sérgio Alves de Oliveira
Sociólogo e Advogado.
Alerta Total – www.alertatotal.net
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