quarta-feira, 26 de setembro de 2018

"Vou Apertar, Mas Não Vou Acender Agora: o Fascismo do Tráfico, o Socialismo da Maconha e a Fascinação dos Intelectuais com o Abismo.

Roberto Motta

Acabo de ler mais um texto denunciando o "fascismo" que estaria tomando conta do Brasil. Poderia ter sido escrito pelo Freixo, que faz da denúncia do "fascismo" um meio de vida. É um texto fraco, incorreto e preconceituoso.
Na verdade, o fascismo já está instalado no Brasil. Ele é o regime que impera em mais de 100 territórios do Rio de Janeiro - chamados eufemisticamente de "comunidades" - onde a Constituição brasileira não vale nada. O Freixo e seus companheiros sabem também. Por que nunca denunciaram esse fascismo?

Ontem acordei com rojões no tráfico no morro do Pavão-Pavãozinho, anunciando a chegada de drogas. À tarde, o recreio na escola da minha filha foi suspenso porque começara um tiroteio na favela ao lado. Semana passada uma bala de fuzil entrou pela janela de um amigo em Laranjeiras. No quarto das crianças.

Eu denuncio o cinismo assassino dos políticos populistas, dos intelectuais, dos acadêmicos e artistas de esquerda e extrema-esquerda que ignoram esses enclaves fascistas ao lado de nossas casas.

Eu denuncio a campanha deliberada para atribuir esse narcofascismo à "pobreza", à falta de "ensino de qualidade" e à iluminação ruim, e para esconder a verdade: os regimes fascistas das "comunidades" surgiram de um pacto demoníaco.

De um lado desse pacto está uma pseudo elite que foi alimentada, desde o ensino fundamental, com uma ração de marxismo e ódio ao "sistema capitalista". Um dos lideres dessa elite é um "professor" universitário que anda pelo Rio vestido como um adolescente de 15 anos, distribuindo adesivos com o desenho de uma folha de maconha. Uma das líderes é "a favor do assalto".

Do outro lado desse pacto estão criminosos profissionais, com armas e poder pagos pelo faturamento fabuloso do tráfico de drogas - as mesmas drogas consumidas em escala industrial pela pseudo elite intelectual.

Essa elite não se importa se atrás do seu baseado ou da sua carreira de cocaína há uma trilha de sangue.

Está na hora de dizer em alto e bom som: EU ACUSO.
Boa parte dos hipócritas e cínicos que se preocupam com o suposto "fascismo" de um candidato à presidência - que é oficial do exército e parlamentar - JAMAIS levantou sua voz contra os ditadores fascistas do Chapadão, da Pedreira ou do Alemão.

Jamais falaram dos cemitérios clandestinos, das crianças transformadas em objetos de uso sexual, do horror e desesperança de viver sob tribunais sumários e "fornos de microondas", da visão rotineira da venda de drogas ou de soldados do tráfico circulando com armas pesadas.

Está na hora de perguntar: COMO ISSO É POSSÍVEL?
Ao mesmo tempo em que enrola um baseado - comprado do ditador fascista da favela mais próxima - o "professor" universitário denuncia o grave perigo fascista que ronda o país. Mas o verdadeiro extremismo e radicalismo do Brasil é promovido justamente pelo professor e seus colegas de baseado.

São pessoas incapazes de conviver com qualquer visão política diferente da visão hegemônica “de esquerda”.

São proto-ditadores que reivindicam o monopólio total da verdade e da virtude. Para eles, as bandeiras mais importantes do país são a liberação do baseado e a implantação do socialismo.

Para esses intelectuais da cannabis, "fascismo" é apenas uma acusação inconsequente cujo significado a maioria deles desconhece.
Ficou claro o cenário atual? A pobreza eternizada nas favelas, o crime sem qualquer barreira, as leis centradas na proteção dos direitos dos criminosos, as cadeias abarrotadas - não porque se prende demais, mas por que NÃO SE CONSTROEM NOVOS PRESÏDIOS - são os frutos da união dos interesses comuns de duas partes:

De um lado os ditadores intelectuais, movidos a cannabis e socialismo. Do outro, os ditadores fascistas do tráfico.

Os tempos mudaram e surgiram vozes para dizer: eu acuso, eu não aceito. Nossas vozes são cada vez mais numerosas, e se transformaram em uma força política irresistível. Porque somos a maioria. Porque, finalmente, quebramos a espiral do silêncio. Porque reivindicamos os direitos democráticos básicos: o direito à vida, o direito de ir e vir, o direito de viver em paz.

O jogo mudou. Os professores de ideologia e seus financiadores enfrentam agora a possibilidade real de perder os favores e benesses do Estado, e de responder penalmente por todos os seus crimes, como já responde o presidiário famoso de Curitiba.

Essa possibilidade está levando muitos ao desespero. A primeira reação é gritar: "fascismo". Mas já conhecemos esse truque.

Não ouvimos mais os gritos histéricos desses "intelectuais.

O ruído dos tiros de fuzil, ao lado de nossas casas e escolas, finalmente falou mais alto.

Facebook

Nenhum comentário: