Idiana
Tomazelli
(*)
Modelo deve
ser implementado em até cinco anos e pode gerar uma economia de R$ 193,5
milhões no período, segundo o Ministério do Planejamento
BRASÍLIA - O governo federal está desenvolvendo um sistema para mapear
a real necessidade dos órgãos públicos por servidores, de acordo com o serviço
prestado à população. A ideia é ter um "dimensionamento" da força de
trabalho e identificar onde há excesso ou déficit de pessoal. O projeto está
sendo elaborado pelo Ministério do Planejamento em parceria com a Universidade
de Brasília (UnB). O "piloto" está sendo executado em cinco órgãos do
Poder Executivo, mas a iniciativa já despertou interesse no Legislativo e no
Judiciário.
A intenção do governo é implementar o modelo em toda a administração
pública federal nos próximos cinco anos. Neste período, o projeto pode gerar
uma economia de R$ 193,5 milhões, segundo o Ministério do Planejamento. A
ferramenta é considerada essencial e estratégica porque a folha de pagamento da
União já é hoje a segunda maior despesa do Orçamento, atrás apenas dos
benefícios previdenciários. Os gastos com pessoal chegarão a R$ 325,9 bilhões
no ano que vem, e há cada vez menos espaço para que novos contratados
substituam o número crescente de pessoas que se aposentam.
Hoje o governo já realiza mapeamentos sobre a distribuição de sua mão
de obra, mas eles levam até dois anos para ficarem prontos. Com o novo sistema,
esse prazo será de até 90 dias. Com o panorama de cada área nas mãos, a
administração poderá ser remodelada de forma mais ágil segundo suas
necessidades.
Os primeiros a experimentarem o modelo são a Coordenação-Geral de
Gestão de Pessoas do Ministério do Planejamento, a Advocacia-Geral da União
(AGU), a Controladoria-Geral da União (CGU), o Hospital das Forças Armadas e a
Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS). A expectativa é que a
chamada "customização" do modelo para cada um deles seja concluída
até o fim de 2019.
O governo elegeu esses órgãos com o objetivo de ter uma amostra que
contemple diferentes tipos de serviços. Assim, será possível obter cálculos
mais precisos de acordo com o perfil de cada atividade e replicar a ferramenta
com maior facilidade. A metodologia aplicada nas cinco primeiras amostras tem
uma representatividade de 80% da administração pública federal.
Terra
(*) Comentário do editor do blog-MBF: não basta determinar quantas pessoas são
necessárias por órgão. Tem que determinar antes, quantos órgãos são
necessários.
No decorrer
dos anos, foram criando órgãos e enchendo de pessoas, sem nenhum critério. Um
dia tinha que estourar.
O tamanho
do Estado tem que ser pré-determinado, de acordo com aquilo que pretendemos
atender, e não por aquilo que políticos de passagem “acham”.
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