sexta-feira, 21 de julho de 2017

Temer prepara aumento de impostos e corte de mais R$ 5 bi no Orçamento

Claudia Safatle e Fabio Graner
(*)

Os ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, e do Planejamento, Dyogo de Oliveira, se reuniram com o presidente Michel Temer para fazer os acertos finais sobre a elevação da tributação sobre combustíveis. A ampliação do corte do Orçamento em R$ 5 bilhões já está confirmada. Vão definir, também, se uma vez batido o martelo no formato da medida será possível anunciá-la ainda nesta quinta-feira, antes de Meirelles e Temer embarcarem para a Argentina, no fim da tarde. Se não der, a divulgação ficará para amanhã, a cargo do ministro do Planejamento.

Fontes oficiais explicaram que o atraso na divulgação, originalmente prevista para hoje ao meio-dia, não foi motivado por eventuais divergências, mas porque as medidas não ficaram prontas a tempo.

No início da tarde,  uma fonte da área econômica havia dito ao Valor que o governo deixaria para amanhã tanto o anúncio de aumento da tributação sobre combustíveis como a divulgação do relatório bimestral de receitas e despesas.

Os técnicos ainda estavam trabalhando nas contas para fechar um rombo de R$ 18 bilhões nas receitas deste ano, que precisa ser coberto para garantir o cumprimento da meta de déficit primário de R$ 139 bilhões para o governo central.

O aumento de impostos sobre combustíveis, mediante elevação das alíquotas do PIS/Cofins sobre gasolina, diesel e etanol, visa aumentar a arrecadação em mais de R$ 10 bilhões neste ano e mais R$ 20 bilhões em 2018.

Corte Além do aumento de impostos, os técnicos da área econômica finalizam as contas do relatório bimestral e o contingenciamento será ampliado em R$ 5 bilhões, podendo ser temporário. Atualmente, o bloqueio de gastos está em R$ 38,9 bilhões.

VALOR  Econômico

(*) Comentário do editor do blog-MBF:  é muito difícil mudar o estado de coisas no Brasil. Ninguém quer. Os “governantes” podem aumentar impostos o quanto quiserem. Poucos reclamam.
A causa primeira dos descalabros cíclicos das finanças públicas, tem sua principal causa nos gastos públicos, com os salários dos seus funcionários concursados, dos seus “funcionários“ eleitos, e dos inúteis lá colocados pelos eleitos.
Quando falta dinheiro para pagá-los, eles simplesmente aumentam os impostos e distribuem a conta entre todos brasileiros, inclusive sobre as crianças, que afinal, também são consumidoras, sem contar os já desempregados na iniciativa privada, desempregados por culpa da irresponsabilidade dos que estão a gerir o contexto público.
A agência de emprego número HUM no Brasil são os concursos públicos, onde todos estão de olho, pois garante uma existência sem sobressaltos, sem contar todas sicecuras que os que lá já estão, conseguem aumentar ano a ano.
Cheguei aos 72 anos, 42 desde a criação do projeto Capitalismo Social, e dia após dia perco a esperança de ver alguma melhora, pois quando brasileiro não sindicalizado se une, é para fazer auê sobre passe livre, ou, mais recentemente, para defenestrar a ensacadora de vento.
No mais, eles podem aumentar impostos o quanto quiserem, que a grande maioria engole sem se engasgar.
Em 1984 tínhamos uma carga tributária de 20% sobre o PIB. Hoje, anda lá pelos 38% e vão aumentar mais ainda, sempre para poder cobrir suas folhas de pagamento, pois mesmo com tudo que arrecadam, não pagam o principal da dívida (rolam), não pagam os juros, e não cumprem com suas obrigações Constitucionais – saúde, segurança, educação e infra-estrutura.
Nos assaltam apenas para cobrir a folha e as despesas que esses parasitas geram e quem tentar mudar é agredido, física e moralmente.

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