terça-feira, 18 de julho de 2017

Inadimplência das empresas bate recorde e dívidas somam R$ 119 bilhões

O Globo
(*)

Cada CNPJ, diz Serasa Experian, tem em média onze pendências

SÃO PAULO – O número de empresas inadimplentes no Brasil chegou a 5,1 milhões em maio, segundo levantamento da Serasa Experian. O total é recorde da série histórica, que começou a ser feita em 2015, e em relação a maio de 2016 houve um aumento de 15,9%. O total das dívidas das empresas chega a R$ 119,2 bilhões e cada CNPJ tem, em média, 11 dívidas, somando um valor médio de R$ 23 mil.

O levantamento mostra que a maioria das empresas no vermelho é do setor de serviços (46,7%). Se comparado ao mesmo período do ano anterior, houve aumento de 1,5 ponto percentual neste segmento. O comércio corresponde por 43,7%, queda de 1,3 ponto percentual comparado ao mesmo período do ano anterior. A indústria responde por 8,7% da inadimplência, decréscimo de 0,2 ponto percentual em relação a maio de 2016.

Segundo os economistas da Serasa, a retração nas vendas e no ritmo de produção por causa da longa e intensa recessão brasileira tem debilitado o fluxo de caixa das empresas. Por outro lado, as dificuldades de acesso ao crédito, que se mantém caro e escasso, prejudicam a gestão financeira das empresas.

Esses fatores, segundo a Serasa, levam a inadimplência das empresas para patamares recordes, levando as companhias a processos de renegociação. A Serasa até criou um serviço online para que as empresas renegociem seus débitos em atraso, o Recupera PJ.

“Nosso objetivo com o Recupera PJ é reinserir essas empresas no mercado de crédito", diz em nota o vice-presidente de Pessoa Jurídica da Serasa Experian, Victor Loyola.

Segundo a Serasa, a inadimplência das empresas se concentra no Sudeste, com 53,6% das dívidas atrasadas. O Nordeste tem 16,7% do total de empresas com dívidas atrasadas, enquanto o Sul responde por 15,7% do total. Já o Centro-Oeste tem 8,5% e o Norte aparece com 5,4% do total dos CNPJs negativados no Brasil.

Entre os estados, São Paulo tem o maior número de empresas negativadas, com 32,3% do total. Em seguida está Minas Gerais, com 11,1%, e Rio de Janeiro em terceiro, com 8,1%.

(*) Comentário do editor do blog-MBF:  enquanto as empresas privadas, cujos acionistas majoritários não fazem parte da Corte da nossa Monarquia Republicana estão indo à falência:
- Os políticos estão preocupados apenas com suas podres carreiras.
- O dr. Janot e seus cúmplices no STF em detonar o atual Presidente da República para que não faça nenhuma reforma que venha tirar privilégios dos marajás do setor público.
- Os sindicalistas pelegos em não perder o imposto sindical, que os sustenta sem precisar trabalhar.
- Os ditos “representantes” das empresas privadas, as Associações, Federações e Confederações patronais, estão quietas, esperando a borrasca passar, para depois continuarem cuidando dos seus interesses particulares, sempre associados ao Tesouro Nacional, onde seus prejuízos são socializados e os  lucros privatizados.

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