Cláudia Trevisan
(*)
Em uma
decisão sem precedentes, o embaixador da Bolívia na instituição, Diego Pary,
cancelou o encontro que havia sido convocado por solicitação de 20 países,
entre os quais o Brasil
O
Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) decidiu ignorar
a decisão de seu presidente e realizar sessão para analisar proposta de
resolução que condena o rompimento da “ordem constitucional” na Venezuela e
levanta a possibilidade de aplicação da Carta Democrática Interamericana ao
país. Em uma decisão sem precedentes, o embaixador da Bolívia na instituição,
Diego Pary, cancelou o encontro que havia sido convocado por solicitação de 20
países, entre os quais o Brasil.
Um dos
principais aliados da Venezuela na OEA, Pary assumiu a presidência do Conselho
Permanente na manhã desta segunda-feira, 3, e cancelou a sessão sob o argumento
de que precisaria de tempo para analisar o assunto. Os 20 países protestaram e
exigiram que ele voltasse atrás em sua decisão, o que não ocorreu.
A partir
das 14h, horário em que a reunião deveria começar, os embaixadores desse grupo
de países começaram a entrar no Salão Simon Bolívar, onde ocorrem as sessões do
Conselho Permanente. Também estavam no local o secretário-geral da OEA, Luis
Almagro, e a ministra das Relações Exteriores da Argentina, Susana Malcorra,
que viajou a Washington para participar da reunião.
Seu
objetivo era apresentar o resultado do encontro de chanceleres do
Mercosul, que no sábado pediram a imediata restauração da ordem democrática na
Venezuela, no que foi visto como o primeiro passo para eventual expulsão do
país da organização regional.
Além da
Bolívia, estavam ausentes do Salão Simon Bolívar os representantes dos demais
países bolivarianos (Nicarágua, Venezuela, Equador e El Salvador) e alguns
caribenhos beneficiados pelo Petrocaribe, programa venezuelano de venda de
petróleo a preços subsidiados.
Diante
da ausência de Pary e do vice-presidente do conselho, que também é aliado de
Caracas, a presidência foi assumida pelo embaixador de Honduras, Leonidas Rosa
Bautista, o mais antigo dos representantes na instituição. O fato de que 20 dos
34 integrantes da OEA apoiaram a realização da sessão reflete o crescente
isolamento da Venezuela na organização. Até o fim de 2015, Caracas tinha a
maioria dos votos na instituição e conseguiu bloquear sucessivas tentativas de
discutir a situação do país.
O Estado de S. Paulo
(*) Comentário do editor do
blog-MBF: a diferença entre regimes
autoritários de direita e esquerda está, principalmente, na questão econômica:
- Autoritarismo de esquerda encaminha o
país e todo seu povo à pobreza, menos, logicamente, os chefões.
- Autoritarismo de direita eleva o
nível de vida dos que trabalham, menos, logicamente, dos que defendem estoicamente o socialismo e a parasitagem estatal, burocrática e inepta em todo mundo.
Estes são fatos históricos e não chavão
de militante.
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