BBC-Brasil
Primeiro turno: mais de 70% dos eleitores cadastrados já votaram
Marine Le Pen, da Frente Nacional (extrema direita)
- Suprimir
o 'direito de solo' para aquisição da nacionalidade francesa. Diferentemente do
'direito de sangue', o direito de solo é o princípio pelo qual uma
nacionalidade pode ser reconhecida a um indivíduo de acordo com seu lugar de
nascimento
- Proibir
o uso de símbolos religiosos em todos os espaços públicos e incluir o veto na
legislação trabalhista.
- Reimplantar
a idade mínima para aposentadoria para 60 anos em vez dos 62 atuais.
- Inscrever
na Constituição a "prioridade nacional", com criação de impostos
sobre novas contratações de trabalhadores estrangeiros
- Reduzir
drasticamente a imigração legal de cerca de 200 mil pessoas por ano,
atualmente, para apenas 10 mil
- Retirar
a nacionalidade francesa de pessoas com dupla nacionalidade investigadas por
ligações com o islamismo radical
- Reduzir
o número de parlamentares, atualmente de 577 deputados e 348 senadores, para
300 e 200, respectivamente
- Criar
uma taxa adicional de 3% sobre importações de países que praticam concorrência
desleal, o chamado "protecionismo inteligente"
Emmanuel Macron, do Em movimento!
(centrista):
- Exigir
'ficha limpa' de candidatos e proibir que parlamentares contratem familiares
- Suprimir
120 mil vagas de servidores
- Restabelecer
o serviço militar obrigatório
- Reduzir
a proporção dos gastos públicos em relação ao PIB, com corte de 60 bilhões de
euros (R$ 202 bilhões) durante os cinco anos de mandato
Implementar
um plano de investimento de 50 bilhões de euros (R$ 169 bilhões), incluindo
incentivos à formação profissional e à transição energética
- Aumentar
as pensões mínimas de aposentadoria em 100 euros (R$ 350,00) por mês.
- Criar
15 mil vagas de prisão e contratar 10 mil policiais civis e militares
- Criar
mecanismo de controle de investimentos estrangeiros em setores industriais
estratégicos
- Lutar
contra a otimização fiscal de grandes grupos de internet
Jean-Luc Mélenchon, da França
Insubmissa (extrema esquerda)
- Aumentar
o salário mínimo em 16% para 1,3 mil euros líquidos (R$ 4,4 mil)
- Implementar
novas faixas do Imposto de Renda e criar alíquota de 90% para ganhos acima de
34 mil mensais (R$ 115 mil)
- Reimplantar
idade mínima para aposentadoria para 60 anos em vez dos 62 atuais.
- Reunir
uma Assembleia Constituinte para escrever, sob o controle dos cidadãos, uma
nova Constituição.
- Contratar
pelo menos 60 mil professores, além de policiais e funcionários do serviço
hospitalar.
- Tirar
a França da OTAN (Aliança do Tratado do Atlântico Norte), da OMC (Organização
Mundial do Comércio), do FMI (Fundo Monetário Internacional) e do Banco
Mundial.
- Tornar
inelegível para sempre políticos condenados por corrupção e permitir, por
plebiscito, a revogação de mandatos políticos, inclusive do presidente
- Investir
100 bilhões de euros (R$ 350 bilhões) em projetos de moradia, ecológicos e
serviços públicos.
François Fillon, de Os Republicanos
(direita tradicional):
- Demitir
500 mil servidores
- Acabar
com a atual jornada de trabalho de 35 horas semanais, permitindo que cada
empresa decida por meio de convenções coletivas. Em média, os franceses já
trabalham 39 horas, mas isso é compensado com o pagamento de horas extras ou
dias de folga
- Inscrever
na Constituição o princípio de cotas de imigração e reforçar o direito do solo,
impondo uma série de condições, como escolarização e ausência de condenação
penal
- Aumentar
a idade mínima de aposentadoria para 65 anos em vez dos 62 atuais
- Suprimir
os regimes especiais de aposentadoria
- Reduzir
os gastos públicos em 100 bilhões de euros (R$ 350 bilhões) no período de 5
anos
- Acabar
com o Imposto de Solidariedade Sobre a Fortuna (ISF), cobrado de quem possui
patrimônio superior a 1,3 milhão de euros (R$ 4,4 milhões). O ISF gera receitas
de mais de 5 bilhões de euros (R$ 17 bilhões)
Benoît Hamon, do Partido Socialista
- Criar
a chamada Renda Universal de Existência para pessoas (de jovens a aposentados)
que ganham pouco menos de dois salários mínimos por mês (2,2 mil euros ou R$
7,4 mil), com um complemento de renda de algumas centenas de euros
- Investir
3% do PIB em pesquisas e desenvolvimento e 2% do PIB na Defesa.
- Dar
prioridade ao "made in France"
- Criar
uma taxa suplementar sobre os lucros de multinacionais
- Aumentar
a pensão mínima de aposentadoria em 10%
- Autorizar
a eutanásia
- Legalizar
o consumo da maconha para maiores de idade
- Contratar
40 mil professores
- Manter
a cobertura de saúde de imigrantes ilegais e em situação precária, que
representa gastos de cerca de 800 milhões de euros (R$ 2,7 bilhões) por ano
- Reforçar
o controle de gastos de parlamentares
- Realizar
plebiscito sobre o direito de votos dos estrangeiros (atualmente, apenas
europeus podem votar em eleições municipais e europeias na França)
G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário