Charles Gomes
Em artigos
anteriores havia traçado sobre a
ganância daqueles que se opõem à ganância capitalista: os socialistas. A tática
de fazer barulho sobre a ganância do setor privado enquanto quietamente
expandem a ganância do setor público sobre nossas vidas tem funcionado
maravilhosamente. Um empresário não tem como esconder que objetiva o lucro ao
etiquetar seus serviços ou produtos, mas o socialista com
facilidade adquirirá espaço no governo ofertando como gratuito o que cobra
dobrado.
No Brasil o contribuinte sob regime cltista
tem sido sustento do funcionário público que possui promessas de regalias e
vitaliciedade monárquica. Como há um sistema estruturalmente ganancioso à
postos ele não é compatível com as crenças daqueles que tornariam o fardo mais
leve. Pergunte a si mesmo: “Se eu fosse ganancioso no Brasil, desejaria servir
o setor público ou privado?”. Se um liberal prega contra a ganância no setor
público sendo ele beneficiado por essa ganância, ele é atacado como hipócrita e
condenado a viver no cinismo. Se cabe algum consolo ao liberal, ser funcionário
público é a única maneira legítima de sonegar impostos, já que o dinheiro que
lhe é eventualmente tirado em impostos é devolvido a cada pagamento de
salário.
Assim os únicos que tem a chave para
adentrar ao Estado sem perder o sono são os socialistas, e com isso podem
modelar nossas instituições de dentro, passando a sintonizarem o regime de
governo com suas crenças leviatânicas.
A estabilidade é um agravante dessa
situação, na verdade ela é o fundamento dessa situação. Fazem parecer a idéia
razoável, mas se trata da criação de uma casta. O político poderá ficar
quatro anos no poder enquanto a classe ficará uma geração. Não é
nesse percalço necessário aderir conscientemente ao socialismo para contribuir
aos progressivos mecanismos de pressão sobre o pagador de impostos, basta
desejar proteger sua função fundada pelo projeto socialista.
Sem fuga do labirinto, o único caminho
avante é aumentá-lo. O funcionalismo segue na direção de expansionismo estatal
sobre uma economia consequentemente cada vez mais decrépita, gerando até mesmo
efeitos colaterais como a explosão de cursos de Direito com objetivo de
pertencer à ele. Procure observar o entusiasmo (e fortunas feitas em cima desse
entusiasmo) revelado quando o governo abre novas vagas para concurso.
Nos Estados Unidos os funcionários
federais doam em massa para o partido democrata e doaram
exclusivamente para Hillary, o bias é visível
quando nas eleições, o distrito de Columbia vota massivamente em democratas,
como Gore (85.16%), Kerry (89.2%) Obama em 2008 (92.46%) e 2012 (92.8%) e 2016
em Clinton (90.5%), depois de Califórnia (que fez
história ao não ter republicanos a disputar o senado) a capital burocrata dos Estados Unidos, onde fica a Casa Branca, é o
ambiente mais democrata. O que esses eleitores querem que só a esquerda
possui? A sobrevivência e expansão de seus cargos e poderes para manterem a
pilharia do livre mercado.
A vitória de Trump e sua promessa de cortes deixou a
classe nervosa com prováveis demissões. Um dos
inimigos de Trump na sua jornada como presidente é ter de enfrentar o Deep
State, que é a classe de empregados
federais que faz pressão sobre suas decisões, vaza
informações e cria
impedimentos ao seu governo.
No Brasil também temos um deep state
marchante contra a austeridade, graças à estabilidade podemos contar com professores
de esquerda ensinando até o fim de suas vidas adolescentes a ficarem
contra as tradições familiares e culturais para serem massa de manobra de suas
causas progressistas e bucha de canhão em greves e protestos contra qualquer
coisa que ameace seus empregos e privilégios legais.
Diferentemente dos americanos, o nosso Deep
State tem uma face violenta.
Os funcionários públicos são os únicos
membros da sociedade beneficiados pelo sistema econômico criado pela esquerda,
sendo a casta privilegiada que no comunismo e fascismo eram os militares. Essa
casta irá com certeza influenciar todas as eleições em que apareçam candidatos
visando dominar os apetites do Estado.
Podemos discutir adiante se o reaganomics é
o melhor dos dois mundos, onde conviveriam um Estado forte e um mercado forte
onde teríamos de discutir apenas as funções do governo, mas mesmo sob esse
modelo o Estado só é rico pois a sociedade é mais rica do que ele, não o
contrário como é o modelo brasileiro.
A esquerda avança livre no país pois mesmo
que o capitalismo funcione ele não é defendido no campo da moral econômica,
debate que liberais perderam ao defenderem algo tão venenoso à natureza humana
como a ganância, deixando o caminho livre para socialistas se apresentarem como
discípulos de Jesus Cristo. Os conservadores não tem essa deficiência liberal e
por não sermos revolucionários podemos buscar exemplo de uma sociedade que
prospere pelo único caminho justo preparado por Deus: trabalho duro.
Reaçonaria
http://reaconaria.org/colunas/charlesgomes/o-deep-state-no-brasil/
Revisado por Maíra Pires @mairamacpires
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