LEONARDO MAIA MOLL
Já li e analisei CUIDADOSAMENTE as
propostas de todas as chapas às Seccionais da Ordem dos Advogados do Brasil de
Santa Catarina e São Paulo e uma coisa me surpreende: é incrível o SILÊNCIO acerca
da depauperada situação em que se encontra a nossa democracia e a nossa
economia. SILÊNCIO esse que já dura 12 anos!
A única chapa que vi escrever algo a
respeito foi a Chapa do Dr. Adriano Zanotto, que se propõe a restabelecer a
atuação firme contra atos que comprometam a República.
A respeito da nossa economia,
entretanto, não vi sequer um posicionamento: o que as chapas pretendem fazer
contra os gastos excessivos dos governos em TODOS os níveis? O que as chapas
propõem para acabar com a farra dos 3 Poderes, que se lambuzam a gastar
dinheiro do contribuinte de forma vergonhosa? O que as chapas estão pensando
para fazer valer a Lei de Responsabilidade Fiscal, visto que tivemos uma
presidente da república que gastou como se não houvesse amanhã e jogou o país
inteiro no atoleiro?
Por acaso alguma das chapas está se
preocupando com o nível de intervenção econômica absurda a que estamos chegando
em nosso País?
Alguma das chapas sabe que nosso país
está na 118ª posição no ranking de liberdade econômica, enquanto vizinhos como
Chile e Colombia, estão na 7ª e 28ª posições, respectivamente? O que se propõe
para que tenhamos uma economia mais livre dos tentáculos sufocantes do Estado?
O que se propõe para que os investidores possam enxergar em nosso país um porto
seguro e próspero para seus investimentos? O que se propõe para que não
tenhamos órgãos de Estado reféns de governos de turno? Efetivamente, o que se
propõe para que tenhamos um estado pequeno e forte, e que enderece seus
problemas de forma adequada, como assim o fazem todos os países de primeiro
mundo, e não um estado grande e fraco, como sói ocorrer com todas as
subeconomias?
Sinceramente, quanto mais leio as
propostas das chapas mais tenho a impressão de que os advogados se tornaram
seres anestesiados e que só se importam com campeonatos esportivos, bailes,
privilégios segmentados para mulheres, jovens advogados e etc, esquecendo-se de
que se não olharmos para o que realmente importa – nossa democracia e nossa
economia, todo o resto será descartável.
Leonardo Maia Moll
Advogado em São Paulo.
Jornal Fato Jurídico
Nenhum comentário:
Postar um comentário