Martim Berto Fuchs
Venho
acompanhando as notícias quanto ao que ocorre no estado do Espírito Santo, na
greve não declarada da Polícia Militar, em função, principalmente, de salários.
Salvo
que tenha passado despercebido, não li sobre aumento de salário para as outras
categorias de funcionários públicos deste estado. As duas perguntas que cabem
então, são:
1.Se
ninguém ganhou aumento desde 2013, por que somente a Polícia Militar entrou em greve
?
2.Se as
outras categorias ganharam aumento, por que a Polícia Militar não ganhou ?
A grande
mídia, que está sempre atrás de notícias bombásticas, e teria por obrigação bem informar, por que questão tão relevante não
é abordada, esmiuçada ?
Da minha
parte, tenho que os serviços essenciais não
podem entrar em greve. Façam
manifestações públicas, livremente, ordeiramente, mas não podem paralisar o
atendimento à população.
Por
outro lado, a irresponsabilidade dos políticos, TODOS, esta sim tem que ser punida, e punida com demissão. A falta
de recursos para pagar os que ainda trabalham no setor público - no máximo a
metade -, tem uma razão bem conhecida: o empreguismo da grande família (cabos
eleitorais, parentes, amantes e amigos) dos políticos e seus financiadores. Nem
a Lei de Responsabilidade Fiscal consegue controlá-los. Gastam
irresponsavelmente os recursos públicos pagando altos salários para apaniguados,
e para quem trabalha, falta dinheiro.
Como a
mudança deste cenário compete ao Poder Legislativo, podre por excelência, os
anos passam e nada muda, a não ser para pior.
Greve
nos serviços públicos essenciais é intolerável. Não pode e ponto final. Se querem
tomar atitudes extremas, invadam o Palácio e prendam o Governador; invadam a
Assembléia e prendam o Presidente da Casa; invadam o Palácio da “Justiça” e
prendam o chefete dos Corregedores, mas não atentem contra a população que lhes
paga o salário, por mais defasado que esteja, que aliás, não é culpa dela.
Até que a situação seja corrigida, deixem funcionando apenas a Secretaria da Fazenda, a Segurança Pública, as escolas, os hospitais e o transporte urbano; o restante da administração pública, nos Três podres Poderes, podem fechar. Ninguém vai sentir falta nem dar por conta.
Até que a situação seja corrigida, deixem funcionando apenas a Secretaria da Fazenda, a Segurança Pública, as escolas, os hospitais e o transporte urbano; o restante da administração pública, nos Três podres Poderes, podem fechar. Ninguém vai sentir falta nem dar por conta.
Prendam
os culpados e não molestem as vítimas. Assim como estão agindo, é igual aquele
caçador, que mira na codorna, acerta no cachorro, e ainda comemora.
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