Sérgio Alves de
Oliveira
A
escolha do título desse texto foi muito ponderada. Titubeei bastante até
chegar a ele. A primeira opção que imaginei seria “O ‘animus apropriandi’
da esquerda", que significa “a intenção que tem a esquerda de
apropriar-se". Mas apesar da grandeza do latim e das grandes sentenças e
verdades que essa língua “morta” deixou gravadas na pedra de mármore da
sabedoria ,na verdade esse título originariamente cogitado
teria relativa dificuldade de compreensão para uma maioria sem afinidade
com esse idioma. Mas tanto um quanto o outro, pelo qual optei, em última
análise têm igual significado.
Apesar
de eu também ter sido contaminado pela “beleza” do discurso da esquerda na
minha juventude, finalmente acordei dessa ilusão enganosa e comecei a enxergar
o tamanho da falsidade que estava por trás dessa doutrina. Mas também tenho
consciência que o discurso oposto, o da “direita”, igualmente não me serve. Mas
se eu não tiver outra alternativa e for forçado a optar por uma delas,
naturalmente enquanto não surgir algum modelo novo que me convença,
entendo que o discurso da chamada direita é “menos pior”, por ter menos vícios
que o outro.
É nesse
exato sentido que tenho convicção plena que seria possível montar
um sistema político socioeconômico com o arcabouço do capitalismo ,porém
mais justo e sobretudo inteligente, recepcionando e tornando efetivas
nele todas as principais promessas do socialismo/esquerda, que nunca
passaram do discurso, e por consegüinte jamais foram cumpridas ou
aplicadas em qualquer parte do mundo.
No
SOCIAL-CAPITALISMO que tenho em mente, por exemplo, acabaria a compra e
venda de trabalho, a mais-valia e a exploração do trabalho pelo capital,
mediante uma simples mexida nos critérios de remuneração do trabalhador, que
não teria mais salário fixo ,mas variável, relacionado ao “quantum” da
produção, o qual se tornaria uma espécie de sócio do patrão nos
resultados da produção, em dimensão a ser definida.
Essa
modalidade não seria evidentemente uma conciliação entre o CAPITALISMO e o
SOCIALISMO, porém, com certeza, entre o CAPITAL e o TRABALHO, que fariam as
“pazes”, após milênios de “pendengas”, e passariam a trabalhar juntos , em
plena harmonia , dentro de objetivos comuns. O “investimento” necessário
à essa mudança de certo modo revolucionária seria puramente de ordem
PSICOLÓGICA, oriundo de uma espécie de fenômeno estudado em “análise
transacional”, chamado ESTÍMULO POSITIVO CONDICIONADO.
Ora, o
ganho do trabalhador, e também do “patrão”, estariam condicionados aos esforços
e capacitação de ambos, bem como aos efetivos resultados da produção.
Seria uma parceria inédita entre o capital e o trabalho, ambos movidos pelas
mesmas forças psicológicas que fariam a produção econômica dar um estupendo
salto, aumentando o PIB extraordinariamente, favorecendo ambas as partes
partícipes da produção, além da economia do país, sobretudo. Nenhum outro
investimento seria necessário. Bastaria inteligência e alguma psicologia, bem
como libertação de certos “ranços” antagônicos do passado , cultivados
durante séculos.
Porém
não é objetivo desse escrito constituir um “tratado” sobre a esquerda,
socialismo, e correlatos. Sobre esses temas a literatura é boa e quase
infinita . O objetivo que tenho em mente é modesto, buscando abordar meramente
as principais características da esquerda em suas diversas variantes, bem como
suas relações com a invasão de imigrantes indesejados para alguns países, que
hoje se acentuou mais que nunca.
E no
momento em que “acordei” do sonho socialista, como antes
mencionado, tomei consciência que não fazia parte dos seus propósitos a
CONSTRUÇÃO DE RIQUEZAS, pelo trabalho das partes diretamente envolvidas na
produção . O único propósito dessa doutrina era ADONAR-SE DA RIQUEZA ALHEIA, ou
seja, apropriar-se e usufruir dos bens econômicos que outros produziram com
seus esforços.
Na
verdade só o capitalismo valoriza o trabalho, seja do patrão ,seja do
trabalhador. A esquerda não têm essas preocupações num primeiro plano.
Sua prioridade é a de adonar-se do que os “outros” construíram em
suas vidas.
Mas
chegou um dado momento da longa caminhada da esquerda que ela concluiu
que seria preciso avançar mais nos seus pleitos. Além de estar muito
difícil tomar o lugar e a riqueza dos “burgueses” do próprio
país ,”ainda” capitalista, ela certamente viu claro que mesmo que saísse
vitoriosa nessa demanda,ou seja, que conseguisse usufruir de toda a riqueza
nacional, no que pertine aos países menos desenvolvidos, ou pobres,
ainda haveria o inconveniente do “hercúleo” trabalho de construir um país
próspero, passando da condição de pobre a país desenvolvido.
Ora,
isso seria uma tarefa difícil por envolver muito trabalho pela
frente, algo que nunca foi muito atraente à esquerda. Sua preferência esteve
sempre em ganhar tudo prontinho e só usufruir da obra de outros.
Então
a esquerda passou a mobilizar-se não só para tomar para si os bens dos outros,
mas também a partir de então para tomar as rédeas e as riquezas dos
países que outros construíram.
E como
esses países geralmente optaram pela chamada democracia, bastaria uma campanha
de “exportação” em massa dos seus nativos ,até clandestinamente, para esses
países-alvo. Em algum tempo essa gente formaria maioria, elegendo
os seus para governar e fazer as leis. Sem dúvida essa é uma nova forma
de assalto da esquerda: o assalto a outros países.
As
“soberanias” de nações que foram demasiadamente tolerantes com essa
política da nova esquerda mundial, especializada a partir de agora não só
mais em assaltar propriedades nos seus países de origem, porém em
assaltar outros países inteiros, com intentos de tomar-lhes a
direção, sem dúvida foram seriamente afetadas. Grande parte dos europeus, e
seus respectivos governos e parlamentos, por exemplo, não mandam por
inteiro mais nos seus países.
Esse
mando agora é compartilhado com uma multidão de imigrantes clandestinos e
refugiados, com plena cobertura da Organização das Nações Unidas. Essa
situação se tornou tão grave que com toda razão o recém empossado presidente
dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que a Europa havia se tornado uma “bagunça”.
E pela atitude radical que esse Presidente tomou em relação à política das
imigrações para os Estados Unidos, certamente abriram-se com muita oportunidade
as portas para um debate mundial sobre essa questão. É desse debate que estou
participando com meus leitores.
Nunca se
viu na mídia até agora qualquer opinião ou mesmo insinuação de que essa
“bagunça” a que se referiu Trump tivesse origem e comando na ESQUERDA MUNDIAL.
Mas os indícios que levam a essa conclusão são tantos que nenhuma dúvida mais
pode haver que isso de fato está acontecendo. Na verdade o discurso e o
“carimbo” dessas invasões de países não são de esquerda. Mas a ação é
nitidamente de esquerda, do começo ao fim. A “filosofia” é de esquerda. A
sua “alma” é de esquerda. O seu “DNA” é pura esquerda.
Em
primeiro lugar as características dessas invasões de países têm em comum os
seguintes elementos: (1) as migrações clandestinas ou não autorizadas
invariavelmente partem de países MENOS desenvolvidos (mais pobres)
para países MAIS desenvolvidos (mais ricos); (2) os “emigrantes” que saem de
uma nação pobre à procura de outra mais rica no geral pertencem à classe
social mais baixa nos países de origem; (3) os que buscam novos
países jamais optam por nações desenvolvidas que vivem sob a
bandeira socialista. Por quê, então, os países socialistas não demonstram
qualquer sinal de solidariedade com os povos que necessitam abrigo permanente
para uma nova vida, oferecendo-lhes esse abrigo?
Alguém
alguma vez porventura censurou esses países socialistas e ricos de se omitirem
em receber aquelas multidões que procuram abrigo nos Estados Unidos? Eles
estariam fora dessa obrigação?
O que
não deixa qualquer dúvida é que essas movimentações de grandes massas humanas
de um lugar para outro do mundo não surge ao acaso. Existe uma enorme
orquestração e detalhado planejamento por trás dessa política que invade
soberanias e rouba direitos de outros povos. E o que há de comum nessas
invasões é que invariavelmente todos os países de destino são ricos
e organizados no modelo capitalista. Sem dúvida a esquerda está por traz
dessa “bagunça”.
Sérgio Alves de
Oliveira
Advogado
e Sociólogo.
Alerta Total
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