domingo, 26 de fevereiro de 2017

Cofres públicos da Alemanha batem recorde

DW
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País arrecadou em 2016 23,7 bilhões de euros a mais do que gastou, um recorde desde a Reunificação, em 1990. Resultado é atribuído a um crescimento econômico sólido e a um mercado de trabalho aquecido.
A Alemanha registrou um novo recorde de superávit orçamentário em 2016, anunciou nesta quinta-feira (23/02) o Escritório Federal de Estatísticas (Destatis).
Segundo o comunicado, o país apresentou no ano passado um excedente de 23,7 bilhões de euros, o mais alto em termos absolutos desde a reunificação alemã nos anos 1990.
O resultado, ainda mais elevado que a estimativa inicial divulgada em janeiro, foi atribuído a um crescimento econômico "sólido e contínuo" e aos baixos índices de desemprego.
Este já é o terceiro excedente anual consecutivo da Alemanha e, de acordo com o órgão, representa 0,8% do PIB alemão. Em 2015, o país havia registrado um superávit de 19,4 bilhões, ou 0,6% do PIB, e em 2014 ficou em 0,3%.
O valor de 2016 é ainda maior do que os 0,6% estimados no mês passado e coloca a Alemanha em uma situação confortável em relação às regras financeiras da União Europeia. O bloco estabelece, entre outras normas, que os déficits de estados membros não ultrapassem 3% do PIB de cada país.
O excedente do ano passado provém de recursos tanto dos 16 estados alemães quanto de municípios e do governo federal. Este último arrecadou sozinho 7,7 bilhões de euros a mais do que gastou.
O montante, no entanto, é inferior ao superávit de 10 bilhões acumulados em 2015, algo que pode estar associado aos elevados gastos para lidar com a entrada de mais de 1 milhão de migrantes e refugiados no país.
O PIB alemão, por sua vez, teve uma alta de 1,9% no ano passado, impulsionado sobretudo por um crescimento de 0,4% no último trimestre do ano.
A previsão do banco central alemão é de uma expansão ainda maior no início de 2017. Para isso, o órgão aposta no forte consumo doméstico, no boom no setor de construções e num programa especial para acomodar um alto número de migrantes.

DW

(*)  Comentário do editor do blog-MBF:  respeito ao seu povo que paga a conta. Esta é toda diferença. Enquanto na Alemanha, com todo investimento que fazem, ainda conseguem economizar para situações difíceis 23,7 bilhões de euros no ano (R$ 81,054 bilhões), no Brasil, nossos “governantes” conseguem a proeza de gastar a mais do que arrecadado, R$ 170 bilhões, sem contar o que eles transferem para contas a pagar, e sem falar que pouco investem.
Na Alemanha com responsabilidade fiscal, a taxa CELIC deles está em zero% a.a.. A nossa, embutida com um alto spread para calotes, pois somos caloteiros contumazes, está em 12,25%. Isto que baixou 0.75% nesta semana.
Enquanto isto, o Brasil está discutindo o nome do próximo Presidente da República, como se esta fosse a solução. Triste sina.

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