DW
(*)
País
arrecadou em 2016 23,7 bilhões de euros a mais do que gastou, um recorde desde
a Reunificação, em 1990. Resultado é atribuído a um crescimento econômico
sólido e a um mercado de trabalho aquecido.
A Alemanha
registrou um novo recorde de superávit orçamentário em 2016, anunciou nesta
quinta-feira (23/02) o Escritório Federal de Estatísticas (Destatis).
Segundo
o comunicado, o país apresentou no ano passado um excedente de 23,7 bilhões de
euros, o mais alto em termos absolutos desde a reunificação alemã nos anos
1990.
O
resultado, ainda mais elevado que a estimativa inicial divulgada em janeiro,
foi atribuído a um crescimento econômico "sólido e contínuo" e aos
baixos índices de desemprego.
Este já
é o terceiro excedente anual consecutivo da Alemanha e, de acordo com o órgão,
representa 0,8% do PIB alemão. Em 2015, o país havia registrado um superávit de
19,4 bilhões, ou 0,6% do PIB, e em 2014 ficou em 0,3%.
O valor
de 2016 é ainda maior do que os 0,6% estimados no mês passado e coloca a
Alemanha em uma situação confortável em relação às regras financeiras da União
Europeia. O bloco estabelece, entre outras normas, que os déficits de estados
membros não ultrapassem 3% do PIB de cada país.
O
excedente do ano passado provém de recursos tanto dos 16 estados alemães quanto
de municípios e do governo federal. Este último arrecadou sozinho 7,7 bilhões
de euros a mais do que gastou.
O
montante, no entanto, é inferior ao superávit de 10 bilhões acumulados em 2015,
algo que pode estar associado aos elevados gastos para lidar com a entrada
de mais de 1 milhão de migrantes e refugiados no país.
O PIB
alemão, por sua vez, teve uma alta de 1,9% no ano passado, impulsionado
sobretudo por um crescimento de 0,4% no último trimestre do ano.
A
previsão do banco central alemão é de uma expansão ainda maior no início de
2017. Para isso, o órgão aposta no forte consumo doméstico, no boom no setor de
construções e num programa especial para acomodar um alto número de migrantes.
DW
(*) Comentário do editor do blog-MBF: respeito ao seu povo que paga a conta. Esta é
toda diferença. Enquanto na Alemanha, com todo investimento que fazem, ainda
conseguem economizar para situações difíceis 23,7 bilhões de euros no ano (R$
81,054 bilhões), no Brasil, nossos “governantes” conseguem a proeza de gastar a
mais do que arrecadado, R$ 170 bilhões, sem contar o que eles transferem para
contas a pagar, e sem falar que pouco investem.
Na Alemanha com responsabilidade
fiscal, a taxa CELIC deles está em zero%
a.a.. A nossa, embutida com um alto spread para calotes, pois somos caloteiros
contumazes, está em 12,25%. Isto que baixou 0.75% nesta semana.
Enquanto isto, o Brasil está
discutindo o nome do próximo Presidente da República, como se esta fosse a
solução. Triste sina.
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