Estevão Taiar
(*)
SÃO
PAULO - O prefeito eleito de São Paulo, João Doria (PSDB), irá criar um
Conselho Municipal com a participação de pelo menos cinco de seus sete
antecessores. O atual prefeito Fernando Haddad (PT), o ministro da
Comunicações, Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab (PSD), a senadora Marta
Suplicy (PMDB), e os deputados federais Paulo Maluf (PP) e Luiza Erundina
(Psol) aceitaram o convite feito ontem pelo tucano. O único que ainda não
respondeu foi o ministro das Relações Exteriores, José Serra, também do PSDB,
prefeito entre 2005 e 2006. Também é ex-prefeito de São Paulo o deputado
estadual Antonio Salim Curiati (PP), que ocupou o cargo entre 1982 e 1983,
época em que não havia eleição direta para o cargo.
O
conselho irá debater periodicamente a situação da cidade com seus antecessores
terá pelo menos outros cinco integrantes. A ideia de Doria é que o conselho se
reúna a cada três meses. O primeiro encontro, no entanto, ainda não tem data
para ser realizado.
Erundina,
prefeita entre 1989 e 1992, se disse "bastante motivada" com a
proposta. Ela chegou a chamar Doria de "lobista" e acusar o
empresário de praticar um "capitalismo sem risco" durante a campanha
deste ano. Com o fim da disputa, no entanto, ela vê no espaço a oportunidade de
brigar por bandeiras da esquerda. "É uma proposta interessante,
positiva", disse. O próprio Psol deu apoio para que ela participasse.
"Mas vamos manter a nossa autonomia e criticar quando tivermos que
criticar. Não buscaremos um alinhamento. Ele [Doria] respeitou isso",
afirmou.
Já
Serra, prefeito entre 2005 e 2006, está fora do país e ainda não recebeu o
convite formal, segundo a assessoria de Doria. O atual ministro das Relações
Exteriores trabalhou para que o vereador Andrea Matarazzo, hoje no PSD, fosse o
candidato tucano na disputa pela prefeitura neste ano. Com a vitória de Doria
nas prévias, ele se recusou a declarar apoio publicamente. O prefeito eleito é
afilhado político do governador paulista Geraldo Alckmin.
Valor Econômico/Democracia Política e novo Reformismo
(*)
Comentário do editor do blog-MBF: esta é realmente uma inovação bem pensada e
que pode trazer bons frutos. Em Capitalismo Social defendo justamente o fim dos
partidos e suas “ideologias” de ocasião.
Toda idéia tem que estar centrada no
bem da sociedade, e esta não encontra guarida em nem um partido político
existente, cujos objetivos se restringem a alcançar e manter o poder, e
usufruir das obscenas regalias que ele oferece e que por eles são mantidas.
Liberalismo é o que funciona na
economia, mas é desumano em se tratando de justiça social. Sua principal
bandeira é a “Salve-se quem puder”. Quem puder, se salva, que não puder, é
abandonado pelo caminho.
Socialismo só pode ser levado em
conta pelas suas intenções de
justiça social, pois suas propostas colocadas em prática tornam-se uma tragédia
anunciada.
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