sábado, 22 de outubro de 2016

Tucano reunirá cinco ex-prefeitos em Conselho

Estevão Taiar
(*)
SÃO PAULO - O prefeito eleito de São Paulo, João Doria (PSDB), irá criar um Conselho Municipal com a participação de pelo menos cinco de seus sete antecessores. O atual prefeito Fernando Haddad (PT), o ministro da Comunicações, Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab (PSD), a senadora Marta Suplicy (PMDB), e os deputados federais Paulo Maluf (PP) e Luiza Erundina (Psol) aceitaram o convite feito ontem pelo tucano. O único que ainda não respondeu foi o ministro das Relações Exteriores, José Serra, também do PSDB, prefeito entre 2005 e 2006. Também é ex-prefeito de São Paulo o deputado estadual Antonio Salim Curiati (PP), que ocupou o cargo entre 1982 e 1983, época em que não havia eleição direta para o cargo.

O conselho irá debater periodicamente a situação da cidade com seus antecessores terá pelo menos outros cinco integrantes. A ideia de Doria é que o conselho se reúna a cada três meses. O primeiro encontro, no entanto, ainda não tem data para ser realizado.

Erundina, prefeita entre 1989 e 1992, se disse "bastante motivada" com a proposta. Ela chegou a chamar Doria de "lobista" e acusar o empresário de praticar um "capitalismo sem risco" durante a campanha deste ano. Com o fim da disputa, no entanto, ela vê no espaço a oportunidade de brigar por bandeiras da esquerda. "É uma proposta interessante, positiva", disse. O próprio Psol deu apoio para que ela participasse. "Mas vamos manter a nossa autonomia e criticar quando tivermos que criticar. Não buscaremos um alinhamento. Ele [Doria] respeitou isso", afirmou.

Já Serra, prefeito entre 2005 e 2006, está fora do país e ainda não recebeu o convite formal, segundo a assessoria de Doria. O atual ministro das Relações Exteriores trabalhou para que o vereador Andrea Matarazzo, hoje no PSD, fosse o candidato tucano na disputa pela prefeitura neste ano. Com a vitória de Doria nas prévias, ele se recusou a declarar apoio publicamente. O prefeito eleito é afilhado político do governador paulista Geraldo Alckmin.

Valor Econômico/Democracia Política e novo Reformismo

(*) Comentário do editor do blog-MBF:  esta é realmente uma inovação bem pensada e que pode trazer bons frutos. Em Capitalismo Social defendo justamente o fim dos partidos e suas “ideologias” de ocasião.
Toda idéia tem que estar centrada no bem da sociedade, e esta não encontra guarida em nem um partido político existente, cujos objetivos se restringem a alcançar e manter o poder, e usufruir das obscenas regalias que ele oferece e que por eles são mantidas.

Liberalismo é o que funciona na economia, mas é desumano em se tratando de justiça social. Sua principal bandeira é a “Salve-se quem puder”. Quem puder, se salva, que não puder, é abandonado pelo caminho.
Socialismo só pode ser levado em conta pelas suas intenções de justiça social, pois suas propostas colocadas em prática tornam-se uma tragédia anunciada.

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