Petri Krohn
Traduzido
por Vila Vudu
Grandes armas russas a caminho da guerra
Grandes armas russas a caminho da guerra
Os dois
maiores navios de guerra da Marinha Russa, o cruzador de combate movido a
energia nuclear Pyotr Velikiy (099) e o porta-aviões Almirante Kuznetsov (063)
cruzam nesse momento o Canal da Mancha (para os franceses; para os ingleses,
“English Channel”) navegando rumo ao Mediterrâneo oriental. A missão deles é
estabelecer uma zona naval de exclusão de 1.500km ao largo da costa síria, e
repelir decisivamente qualquer grupo naval de ataque dos EUA que se oponha a
essa medida.
A OTAN
diz que o ‘Kuznetsov’ está em missão para “bombardear rebeldes em Aleppo”. É só
parcialmente verdade, porque o porta-aviões está, sim, em missão de combate;
não num cruzeiro de verão, ou em exercício de treinamento ou só arejando a
bandeira. De fato, essa é a primeira vez que qualquer porta-aviões russo ou
soviético é visto em formação para combate.
A
agência Reuters noticia:
“Navios de guerra russos que navegam pelo litoral da Noruega transportam jatos
bombardeiros que provavelmente estão sendo enviados para reforçar um assalto
final à cidade sitiada de Aleppo dentro de duas semanas, disse na 4ª-feira um
experiente diplomata da OTAN, citando fontes ocidentais.
Depois de
reunido no Mediterrâneo, esse grupo de combate russo pode vir a ser a maior
formação naval europeia vista em combate desde a Batalha de Jutlândia em 1916.Wikipedia
Provavelmente,
o grupo de combate incluirá vários submarinos nucleares, das classes ‘Akula’ e
‘Oscar’. Wikipedia
A missão
deles é deter a planejada guerra dos EUA contra a Síria e impedir a Marinha dos
EUA de lançar ataques aéreos ou mísseis cruzadores Tomahawk contra o Exército
Árabe Sírio ou forças russas na Síria. É uma repetição da situação de agosto de
2013, dessa vez, com ainda maior presença naval russa.
A missão
das principais naves da frota militar soviética sempre foi deter e afundar
porta-aviões norte-americanos. A principal arma deles são os mísseis P-700
Granit supersônicos antinavios, transportados pelos ‘Pyotr Velikiy’ e
‘Kuznetsov’, e pelos submarinos de classe ‘Oscar’. Wikipedia
Se essa
força russa for ameaçada, essas naves de guerra receberão o complemento dos
bombardeiros estratégicos ‘Tupolev Tu-22M’ que transportam os mísseis
antinavios ‘Kh-15 e Kh-32′
com alcance operacional de 300 km e 1.000 km respectivamente. Os bombardeiros
terão base na Síria ou na base aérea Hamadan, no Irã.
Os EUA
agora se preparam abertamente para guerra contra a Síria. Todas as tentativas
anteriores em agosto de 2013 goraram, por causa da presença naval russa ao
largo da Síria. Todos esses desenvolvimentos são mantidos secretos para os
públicos ocidentais dos meios comerciais de comunicação.
O
impasse foi exposto pela primeira vez por Israel Shamir em outubro de 2013: “O
evento mais dramático de setembro de 2013 foi a situação de confronto iminente
próxima à costa do Levante, quando cinco destroieres dos EUA, com seus
Tomahawks mirados contra Damasco e, diante deles, a flotilha russa de onze
navios capitaneados pelo navio que transportava o Míssil Cruzador Moskva, e
apoiada por naves de guerra chinesas.
Aparentemente,
dois mísseis foram disparados na direção da costa síria e ambos falharam, sem
chegar ao destino” (The
Cape of Good Hope).
Notícia
mais detalhada foi publicada pelo Australianvoice em 2015: “Assim
sendo, por que EUA e França não atacaram a Síria? Parece óbvio que russos e
chineses simplesmente explicaram que qualquer ataque de forças dos EUA e França
contra a Síria seria respondido com ataque de russos e chineses contra naves de
guerra de EUA e França. Obama, inteligentemente, decidiu não inicia a 3ª Guerra
Mundial em setembro de 2013. (“Conseguirá a Rússia bloquear outra vez uma
mudança de regime na Síria?” Reuters)
Eu
mesmo, em 2013, tentei compreender a missão daquela frota russa. Para mim, as
ordens de Putin àquela frota naquela ocasião foram as seguintes:
1)
Afundar qualquer navio da OTAN envolvido em agressão ilegal à Síria.
2) Estão autorizados a usar armas nucleares táticas, em autodefesa.
2) Estão autorizados a usar armas nucleares táticas, em autodefesa.
Tenho
certeza de que os almirantes da OTAN compreenderam desse mesmo modo a situação.
Nada posso garantir quanto à liderança em Washington.
Oriente Mídia
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