Airton Junior
Pense numa igreja para ser citada no cristianismo!
É um modelo que muitos cristãos insistem em
recriar, é como um sonho de comunidade. Os que assim acham fazem de tal
comunidade um exemplo a ser seguido, mas nesse caminho de volta trazem consigo
na bagagem dois mil anos de história carregada de doutrinas e dogmas
exclusivistas e sectários. Ora, fazer essa viagem com toda essa carga significa
que apreciar os princípios nela observados é dar com burros n’água.
Para uma volta mais coerente precisaríamos fazer
essa viagem de volta retirando também as parafernálias adquiridas em todo esse
tempo.
Nesse caso, quem propõe tal volta precisa enxergar
essa comunidade melhor em seu contexto histórico, cultural, religioso e
político.
Mas, fora essa pesquisa que seria de muito valor,
citarei alguns tópicos que em minha ótica não poderia ficar de fora como itens
a serem questionados.
Nessa comunidade não havia bíblia e nesse
particular já não havia “várias correntes interpretativas dogmatizadas
inquestionáveis a cerca de um texto” que é o que causa já de início
separação-divisão.
Essa igreja era Judia, ou seja, nela ainda havia
práticas judaicas como ir ao templo orar citado no texto, o que em si mesmo não
é nada negativo, pois o reunir-se para orar pode e deve ter um significado
positivo.
Mas o que a igreja moderna deseja imitar de fato é
o acolhimento daquela comunidade. Nota-se que lá, quem acrescentava pessoas era
o Senhor, o tão ensinado evangelismo não era uma ação de dentro para fora, um
ir de encontro, uma pregação para a conquista. Parece não haver preocupação
evangelística. Antes uma comunidade que vivia uma comum-unidade de fato.
Ora, ensinar ou desejar ser uma igreja acolhedora
como essa comunidade implica em renunciar afirmações
fundamentalistas-exclusivistas que tornam impossível o caminhar junto.
Semeador
Irresponsável
Nenhum comentário:
Postar um comentário