Martim
Berto Fuchs
Antes era apenas o Executivo x Legislativo. Como os dois não mais se
entendem, incluíram o Judiciário. Virou Casa de Irene.
Os mais notórios chefes do Executivo a não se entenderem com o Legislativo
foram Getúlio Vargas, Jânio Quadros e Fernando Collor. Luiz Inácio Lula da
Silva resolveu o problema comprando os deputados e senadores – Mensalão; também é uma maneira, bastante usada, só que pouco democrática e traz em si o germe da ganância, germe
que sempre contaminou os Três Poderes, sem precisar de um estímulo extra.
Timidamente está se discutindo reforma eleitoral e da previdência, mas
unicamente com a finalidade de manter as finanças a salvo do colapso total,
pois aí não haveria dinheiro nem para o salário dos cortesãos da Côrte, que
dirá para suas sinecuras, aumentadas regular e sistematicamente à cada ano, e automaticamente
à cada 5 anos.
Os poderosos da nossa Monarquia Republicana, ou, República Monárquica,
só não aceitam abrir mão dos seus privilégios, "duramente conquistados" no decorrer
das décadas, aí incluída a autorização para empregar – sem trabalho - nas
folhas de pagamento do setor público, toda sua grande família: cabos
eleitorais, parentes, amantes e amigos.
Chama atenção cada vez mais, nesta era onde a informação é
instantânea, o fato de que os trabalhadores da iniciativa privada serem dispensados em épocas de crise – crises via de regra iniciadas pelo descalabro
das contas públicas – e os empregados do setor público, a metade sem trabalho, causa
primeira das crises, são intocáveis. Por que essa discriminação ?
Nas monarquias a população existia para sustentar a Côrte. Não nos
livramos dessa sina, não obstante a tal da proclamação da república em 1889,
que não passou de um golpe dos cortesãos contra a dinastia dos Bragança, pois
mandaram embora a família imperial e passaram a brigar entre si pelo então denominado cargo de presidente.
A briga entre os ocupantes dos Três Poderes continua, cada vez mais
exacerbada, pois incluíram em suas desavenças agora também o Judiciário, que
passou a legislar e também dizer para o Executivo o que ele pode e não pode
fazer. Zorra total.
Enquanto isto, a crise não parou de piorar e não se vê luz no fim do
túnel, pois as medidas em gestação são paliativas, apenas remendos em uma
colcha onde não há mais tecido para remendar.
Mas é nos momentos de crise profunda que se fazem as revoluções, desde
que tenhamos uma base para implantar no dia seguinte, e não mais partir para
improvisações, ou pior, insistir nos remendos.
Temos que definitivamente abandonar os resquícios da monarquia e
implantar uma República Democrática, onde privilégios não tem mais vez. Ou nos
tornamos todos iguais perante a Lei, ou desta vez a coisa não acabará bem. Não
podem mais ignorar os milhões de trabalhadores desempregados por culpa
exclusiva dos nossos “governantes”, enquanto a casta de privilegiados do setor
público ainda faz greve por aumento de salário.
“1.Militares
da reserva, que possuem homens cultos, patriotas e conhecedores dos nossos
problemas, apoiados pelas FFAA, assumem o Poder Executivo, escolhendo entre si
um líder, sem interferência de civis.
2.Extinguem
todos partidos políticos formados e os em tramitação.
3.Cassam
os direitos de todos políticos com mandato, em todo país, ficando as Casas
Legislativas fechadas até que a Justiça Eleitoral organize a Assembléia
Nacional Instituinte Exclusiva. Trabalho com prazo determinado.
3.1.Nomeiam
os Ministros de Estado do Poder Executivo, não mais de 14.
3.2.Nomeiam
os governadores e seus Secretários, não mais de 14.
3.3.Nomeiam
os Prefeitos e seus Secretários, não mais de 14.
Único.
Todos atuarão exercendo ativamente suas funções, não obstante transitórias.
4.Os
políticos cassados e com ficha suja passam à ser julgados imediatamente pelos órgãos competentes, estritamente dentro das Leis vigentes. Caso os julgadores façam
corpo mole como até agora, serão aposentados incontinenti e nomeados outros. Os
aposentados estarão proibidos de voltar ao serviço público, seja via eleição ou
concurso.
5.Revisão
imediata da função e necessidade de permanecer no serviço público, em todas
esferas, os concursados que detestam trabalhar e os não concursados sem
capacidade e sem trabalho.
6.Para
as eleições da A.N.I.E., serão aceitos todos cidadãos com ficha limpa, mesmo os
atuais políticos cassados, apenas que todos como candidatos independentes e
aprovados na Prova de Qualificação aplicada pela Justiça
Eleitoral. Partidos políticos: extintos e proibida a formação de novos.
Único.
Os que participarem da A.N.I.E. não poderão se candidatar para as eleições que
se darão logo após o término da Assembléia, as quais concederão mandato de 5
anos para os novos eleitos.
7.Uma
vez apuradas e confirmadas as apurações da eleição, os governos de transição à
nível federal, estadual e municipal, transmitirão para os novos eleitos seus
cargos.”
Se tiver outra solução, favor expor, mas não pense que os
desempregados esperarão anos a fio, para no fim continuar tudo igual.
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